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História A amante do meu marido (Romance lésbico) - Capitulo 04


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Mais um só porque vocês se comportaram bem, comentaram tanto lá quanto aqui, resolvi posta mais um cap, não se acostumem ein k. Me digam o que estão achando da história, quero muito saber a opinião de vocês.

Espero que gostem <3

Capítulo 4 - Capitulo 04


Eu não tinha vontade de acordar no dia seguinte. Devo admitir que estava desanimada com a minha vida. Eu amava meu marido queria fazer de tudo para meu casamento ir bem, mas isso dependia só de mim? Era algo mútuo, mas parecia que a carga estava toda em minhas costas. Talvez a voz da minha mãe dizendo que era meu dever fazer o casamento ir bem ou que meu marido fosse feliz não saia da minha cabeça. Eu não disse uma palavra durante o café. Carlos estava de ressaca, portanto não falou muito. Meus filhos foram os primeiros a irem para escola, o que foi estranho, geralmente Carlos era quem saia primeiro.

- Querida, o café estava ótimo. - Selou nossos lábios e sorriu. Fazia um bom tempo que não o via sorrir. Ele estava de bom humor, ou se sentindo culpado, talvez bom humor, nunca vi ele sentir culpa. - Ontem foi maravilhoso.

Só para você. - Foi o que pensei, mas apenas Sorri e concordei com a cabeça.

- Tudo seria tão mais fácil se você colaborasse. - Me abraçou por trás e beijou meu pescoço. Meu corpo se arrepiou. Carlos era bonito, estava em forma, não era barrigudo, ou acabado, pelo contrário, cuidava da aparência. Seus cabelos grisalhos davam um ar charmoso, sua barba também o deixava ainda mais atraente, mas suas atitudes deixavam a desejar as vezes.

- Sim, meu amor, desculpe-me por aquele dia, eu só estava com dores de cabeça, não quis te irritar.

- Certo, mas que isso não se repita. - Ela Selou nossos lábios. - Agora vou trabalhar.

- Vai chegar tarde hoje?

- Vou, por quê? - Voltou a ser grosseiro.

- Por nada, só para saber.

- Hum. Até mais tarde. - Sai de casa.

Ao longo da manhã chorei mais um pouco, não entendia porque minha vida tinha que ser assim, Carlos era tão amoroso, tão carinhoso no inicio, o que aconteceu conosco? O que tinha mudado? Onde nos perdemos? Minha cabeça girava, girava e girava, mas eu não conseguia achar uma reposta para tal pergunta. No inicio da tarde decidi ligar para Katia, minha irmã poderia me ajudar.

- Irmãzinha, tudo bem? – Falou animada.

- Sim. – O desanimo na minha voz era palpável.

- Não deu certo com a amante do seu marido.

- Não, não é bem sobre isso.

- Finalmente pediu o divorcio?

- Não, eu só queria ouvir sua voz. – O silencio se fez presente na ligação. Minha irmã e eu, por mais distantes que estivéssemos, conseguíamos sentir as coisas, algo como sexto sentido.

- Apenas desabafe, não precisa me dizer nada.

Novamente, eu voltei a chorar. Me sentia suja, usada, me sentia um objeto. Chorei, por bastante tempo, Katia foi bem paciente, me esperou terminar de chorar e não perguntou nada, apenas disse que estaria comigo não importava qual decisão eu tomasse. Depois daquele terrível episodio as coisas voltaram ao normal. Carlos chegava tarde e saia cedo, reclamava da comida, da vida, do transito e tudo era basicamente culpa minha. Na quarta voltei a Tijuca, diferente da ultima vez não estava lá para aprender a ser mais ousada, eu estava lá porque precisava respirar novos ares e a falta de uma amiga me fez bater a porta daquela jovem novamente.

- Chegou tarde. – Ela abriu a porta sorridente. Estava semi nua e devo admitir que aquilo me constrangeu. – Ah, somos mulheres, tudo que você tem eu tenho.

- Duvido. – Murmurei. Ela era linda, nenhuma celulite, nenhuma estria, corpo escultural, digno de uma menina de vinte anos. Eu não conseguia encarar diretamente seu corpo, aquilo me deixava bem desconfortável, na verdade, nem meu próprio corpo eu conseguia encarar por mais de cinco segundos. – Você sempre abre a porta dessa maneira?

- Eu sabia que era você. – Ela sorriu, me deu passagem e eu entrei.

- Você poderia, por favor, vestir algo.

- Eu ia abrir a porta nua, só para comprovar que você tem problemas com a nudez alheia e aposto que com a sua. – Parece até que leu minha mente, apenas sorri sem graça. – Você precisa se sentir confortável com seu corpo.

- Eu me sinto. – Era mentira, eu não me sentia. Carlos sempre ressaltava que eu estava gorda, cheia de celulite e estrias, que o tempo havia acabado comigo. – Só não quero ficar o dia inteiro nesse apartamento com você assim. – Apontei para ela.

- Apenas se acostume. – Ela soltou uma gargalhada e se sentou no sofá. – Ande, venha, vamos assistir Game of Thrones.

Eu me sentei na outra ponta do sofá, o que causou uma diversão nela. Ela me explicava algumas coisas até que uma cena um tanto quanto constrangedora me fez levantar do sofá. Uma das prostitutas do Little finger estava fazendo sexo com outra a pedido dele, para mostrar se ela era boa o suficiente para trabalhar em seu bordel. Eu não tinha intimidade, mas ainda assim fui a cozinha pegar um copo de água. Alguns segundos depois, a sala ficou em silencio, creio que ela deve ter pausado. Quando voltei, a cena já tinha acabado, mas estava pausado, parecia estar me esperando.

- Você já acalmou seus ânimos? – Debochou.

- O quê? – Perguntei perplexa.

- Você parecia bem mexida com a cena.

- Eu só me senti um pouco desconfortável.

- Com o fato de duas mulheres fazendo sexo? Você nunca viu isso num filme pornô?

- Eu não assisto a esse tipo de filme.

- Já assistiu? – Decidi permanecer calada.

- Por que tudo tem que envolver sexo?

- Não é para isso que você está aqui? Você quer que eu te ensine ou só quer vir aqui para assistir series.

- Você é muito explicita.

- Sexo é explicito, intimo, mas você parece ter medo de intimidade, por quê?

- Eu não tenho, sou casada com o mesmo homem há vinte anos, eu sou bem intima dele.

- Não, convivência nem sempre é intimidade. Você pode falar com ele sobre tudo? Se ele iniciar uma frase você pode terminar ou vice versa? Ele conhece seus medos? Se todas as respostas ou a maioria foi não, significa que vocês tem convivido juntos por vinte anos, mas vocês nunca fuderam de verdade, nunca foram íntimos de verdade, eu acho que já fui mais intimida de você que ele, permaneceu comigo semi nua no mesmo lugar por quase três horas e ele, você já fez um oral ou simplesmente deixou ele lhe fazer uma espanhola, porque peitos você tem para isso.

- Eu realmente não quero falar de sexo dessa maneira. - Falei incomodada com a forma explícita que estávamos falando do assunto.

- Não sei como falar de sexo sem ser explícito, acho que não existe como falar. Okay. - Ela se deu por vencida, parece que entendeu que aquele assunto não me agradava. Levantou-se foi ao quarto e se vestiu, uma calça de algodão cinza e uma blusa do mesmo modelo, mas branca. - Como foi a última lição de casa que te dei? – Sentou-se novamente na minha frente.

- Eu... Bom… na verdade eu não sei responder.

- Vocês pelo menos transaram? - Um silêncio se abateu na conversa, minha mente voltou para aquele dia, eu simplesmente concordei brevemente. - Como foi?

- Vocês já... Fizeram quando ele estava bêbado?

- Nós já fizemos bêbados.

- Mas só ele estando bêbado. - Ela arqueou uma sobrancelha. - Sabe, ele querendo muito.

- Ele te forçou? - A jovem levantou-se de seu lugar, parecia surpresa e percebi que aquele assunto estava entrando numa zona perigosa.

- Não, claro que não, sou a mulher dele, então tenho que fazer sexo com ele. - Ela me encarou, saiu da sala e voltou logo depois, dessa vez estava vestindo um blusão que ia até suas coxas. Sem dizer nada se aproximou de mim e deu um abraço, que me pegou de surpresa.

- Eu realmente sinto muito, nenhuma mulher deveria passar por isso. - A sinceridade em sua voz, a proximidade repentina me fez derramar uma lágrima solitária.


Notas Finais


http://www.contoscontados.com/p/historias.html >> Capitulo cinco está disponivel nesse link.


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