Alex a vê de longe, e vai ate onde ela estava. Em silencio o professor se senta ao lado de Dulce e a observa concentrado.
- Problemas?
- Muitos.- Ela olha para ele incrédula.
- Quer se abrir? - Dulce não conseguiu acreditar em seus ouvidos.
- O que?
- Se abrir, contar seus problemas... Sabe, socializar.
- Minha mãe foi embora de casa , ela nunca foi presente mas é minha mãe, sabe? E meu pai leva todo dia uma mulher diferente pra casa. Eu me sinto violada a cada dia. Meu namorado me traiu com minha prima na minha cama. Aquele cretino engravidou ela! E pra terminar você!
- Eu? Mas eu so te vejo quatro vezes por semana.
- Você me perturba! é uma praga terrível! Não sei como vou te aguentar o resto do ano!
Alex ri.
- Você me conhece a duas semanas.
- E ja te detesto!
- Isso se chama adolescência. Tenho dois filhos um é da sua idade, e bom, ele tem esses momentos de revolta. Mas é altamente normal, você so está amadurecendo...
Dulce enxuga as lágrimas e encara o professor . Seus olhos negros e sedutores eram tentadores e excitantes. Dulce se sentia dopada quando os via. O professor limpa a garganta fazendo dulce voltar a sobriedade.
- Você não cumpriu. - Ela sorri pondo o cabelo loiro e ondulado atrás da orelha.
- O que?
- Disse que não faria amizade com seus alunos, e olha agora, bom você está aqui. " Socializando "
Alex se levanta olhando para ela com pena, ele sorri de lado debochando.
- Só por quê você se abriu comigo não significa que sou seu amigo... Passar bem.
Ele sai e a deixa mais confusa do que antes. Aquele homem era louco.
* * *
- Ele fez isso ? - Jully rir tanto que quase cai da cama.
- O que é tão engraçado nisso?
- O fato de você está incomodada com ele.
- Claro que ele me incomoda. Ele me odeia
- Ai, não seja dramática! Ele é tão gato... Tão sexy ...- Ela diz passando a mão no corpo
- Ai que nojo ... -Dulce rir
- Nessa agonia toda do professor esqueci de falar...
- então diga
- Lembra do Ícaro?
- Seu ficante?
- Esse mesmo... Estamos namorando.
Dulce olha para a amiga e apenas sorri , ela ficava feliz pela alegria da amiga.
- Espero que vocês deem certo. O Danny ja sabe?
- Sim . Dul eu vou sair. depois nós nos falamos. Tenho que arrumar meu quarto antes da reforma.
Ambas se abraçam, Dulce leva Jully ate a porta, Na mesma hora vê que a casa da frente tinha sido comprada. E o dono da casa tinha uma Lamborghini preta . Aquele carro era familiar. Ela entra e vai ate o escritório do pai.
- Papai, Sabe quem esta morando do outro lado da rua?
- Sei sim, eu vendi a casa para ele
- Um homem?- Dulce arregala lá olhos se sobrando na cadeira.
- Sim. Ele tem dois filhos, nós ja estudamos juntos e moramos na mesma casa quando jovens, devi muito ao pai dele.
O coração de dulce fica pequeno o Sr.Alex tinha dois filhos, Sr. Alex tinha uma Lamborghini preta, Sr. Alex poderia ser seu novo vizinho.
- Como é o nome dele? - Ela disse se abanando com os dedos.
- Alex Rodrigues.
O mundo de Dulce desaba. Ela encara o pai sem acreditar, como ele a apunhalou desta maneira?
- o que? Ah! Eu estou sem ar!
- Que problema tem nisso, Dulce? Você é muito dramática, sabia?
- Que problema tem nisso? Pai aquele homem me odeia!
- Eu sei, mas querendo ou não, aquele homem é meu amigo e eu devo muito a ele.
- Pai aquele homem é uma Praga. - Ela pega os papeis da mesa de Carlos e se abana dramaticamente.
- Não diga isso Dulce. Ele não é tão ruim assim. - Ele toma os papeis das mãos dela.- querendo ou não ele comprou a casa.
- É pai! Comprou porque você vendeu!
Ela se levanta e pega as chaves do carro de seu pai, afoita ela tropeça e se bate com a porta.
- Onde vai?
- Vou sair !
- Não vai não!
- porquê? - Dulce pergunta com uma grande indignação
- Fomos convidados para jantar na casa do seu professor. E você vai, querendo ou não, agora suba, tome um banho e desça em meia hora.
- É capaz daquele puto me envenenar!
- Deixe de besteira e se arrume. Você é tao dramática quanto sua mãe!
Dulce faz o que o pai a pede. De cara fechada e passos pesados.
Ela tinha medo do professor encher a cabeça de seu pai de mentiras, ou fazer chantagem emocional.
Assim que o sol se põem, Carlos e Dulce seguem para o outro lado da rua.
Eles entram na casa do professor, o lugar era enorme , de tirar o fôlego. Primeiro são recepcionados por uma empregada. - Dulce se perguntava como ele tinha tanto dinheiro para morar naquele lugar com vários empregados, sendo um simples professor.
Eles se sentam em um sofá e são recebidos por Alex
-Carlos ! - Ele diz o abraçando. Dulce se surpreende, seu pai tinha muitos amigos, mas poucos recebiam seu abraço. Carlos era um homem muito fechado, e Dulce era a única mulher que ele declarava realmente amar.
O professor se vira para falar com Dulce. A garota olha com desprezo, ela cruza os braços e o observa com raiva.
- Eu despenso seu abraço.
" Dulce não faça isso com meu amigo! " Carlos pensa, e belisca o braço da filha.
- Pensei que você só fosse mal educada na frente dos amigos ... - Retruca Alex
- Esta errado professor. Só sou mal educada com você!
- Dulce por favor - Carlos resmunga para a filha
- Deixe-a Carlos ... Não tem importância, sabe como são esses jovens.
" Vou ter importância quando meter minha mão na sua cara !" Pensa Dulce com os olhos cheios de raiva. Alex faz um sinal para a empregada cuidar de Dulce, ela estava entediada, chateada e stressada.
- Não ligue para ele. Meu pai gosta de provocar as pessoas . - Diz um jovem que estava sentado na poltrona. - Ele era moreno, assim como Alex, seus cabelos pretos eram cacheados e caiam pelos ombros.
- Quem é você?
- Filho do Alex . Meu nome é Henrique. Você deve ser Dulce. Meu pai ja falou de você e muito mal. E pelo visto não foi exagero.
- Olha me desculpe mas seu pai é um monstro.
- Tem certeza? Não foi meu pai que quase matou um homem em uma briga, foi seu pai não é mesmo? - um ano atrás ele tinha se envolvido numa briga . e quase matou uma pessoa. Tudo por causa de Rebeca. - Isso faz do seu pai um maníaco!
Aquilo faz Dulce ter ainda mais raiva, ninguem falava daquele jeito de seu pai. Ela distância a mão e volta com força para o rosto do garoto. No nariz
- Pensa duas vezes antes de provocar a filha desse homem!
Ela pega a bolsa e sai da casa. Indo para casa de Jully, dulce bate na porta afoita.
- Oi Dul?
- Conhaque por favor.- ela se mostrava exausta.
- O que?
Ela entra na sala jogando a bolsa no sofa, e indo ate o armário de bebidas, dulce volta ao sofá com uma garrafa na mão apenas.
- O que houve Dulce?- Diz Daniel preocupado- seus pais brigaram?
- Minha mãe foi embora lembra?
- Ah... É verdade .
- Cadê sua irmã?
- Na casa do namorado. Mas me diga o que houve.
- Meu pai vendeu a casa da frente para o nosso professor! Aquele puto fez o filho dele me humilhar!
Ela vira a garrafa na boca e bebe, deixando algumas gotas caírem.
- Como ele arrumou todo esse dinheiro ?
- Vendendo drogas, quem sabe? Mas isso é o que menos interessa . Acredita que ele teve a cara de pau de convidar eu e o meu pai para jantarmos lá?
- Acredito. Mas porquê você esta aqui?
- Dei um soco no filho dele
- Você é louca?
- Ele falou mal do meu pai!
- Então nesse caso o louco é ele ...
Dulce não suporta as lágrimas dentro dos olhos e as solta. Ela chora de raiva ,raiva que ela nem sabia de onde vinha. Só saía do peito e ia para os olhos
- Não chore
- Como não chorar . Ele me odeia
- Dul , não tem como ninguém te odiar . Você é uma menina doce
- Doce feito limão- Dulce ironisa
- Você é linda . Acredito que todos os garotos da escola te desejam...
- Eu não desejo ninguém
- Infelizmente. Mas se quiser desejar alguém... Estou disponível
- Como se eu fosse tão idiota!
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Dulce chega em casa . seu pai estava muito preocupado
- Onde você estava?
- Na casa da Jully
- É Verdade que você bateu no Henrique?
- Bati sim!
- você não pensa no que faz?
- Não penso
Carlos chega mais perto da filha. Ele sente o cheiro de álcool vindo dela
- Você bebeu?
- Sim ... - Dulce diz com vergonha - Eu também preciso relaxar
- Você é uma criança!
- Criança que ja viu de tudo nessa vida, inclusive a infidelidade dos meus pais!
Carlos para e observa o sofrimento da filha . Ele a abraça e beija o alto da sua cabeça.
Mais tarde ela estava dormindo . Carlos pega o telefone e liga para um amigo que era psicólogo. Ele sabia que a filha precisava desabafar . E ele não queria se sentir culpado pelo sofrimento da filha.
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