1. Spirit Fanfics >
  2. A Ambiguidade do Gene >
  3. Carne da Mesma Carne

História A Ambiguidade do Gene - Carne da Mesma Carne


Escrita por: Panda_Neko

Notas do Autor


Finalmente, o último capítulo dessa pequena história, eu espero muito mesmo que todos tenham gostado da história, qualquer duvida ou sugestão só pedir!! Bom último capítulo a todos :3 Panda_Neko

Capítulo 5 - Carne da Mesma Carne


Fanfic / Fanfiction A Ambiguidade do Gene - Carne da Mesma Carne

No dia seguinte, a vizinha idosa do número 17 chamou por Ília. Era sábado, e ela sempre era acompanhada pela jovem até o supermercado, onde era ajudada a carregar as compras, além de receber uma adorável companhia como a da moça. Ela chamou, bateu, apertou a campainha mas de nada adiantou. A senhora estava preocupada, sua amiga nunca quebraria esse compromisso. As duas eram como avó e neta, tinham muito apreço uma pela outra e Ília não faria isso sem avisar. A Idosa permaneceu ali insistentemente cerca de quinze minutos. Quando estava quase desistindo, um carro parou. Dele saiu um homem jovem muito bonito e com uma aparência amigável. Era Richard. Ele se encaminhou até a porta e perguntou educadamente se estava tudo bem. A senhora contou a história de como eram próximas e do programa de sábado.  O semblante de Rick se modificou completamente, e vincos surgiram em sua face. Estava extremamente preocupado. Chamaram novamente, mas não receberam nenhum sinal, por isso Gabriel telefonou para o celular de Ília, na esperança de ela atender. Mas isso não aconteceu, e para piorar, o som vinha de dentro da casa. Ele pediu a senhora que ficasse ali enquanto tentava entrar pelos fundos. A porta já estava aberta quando ele chegou, então, caminhou até o quarto de Ília e entrou.

Mais quinze minutos se passaram. A senhora estranhou a demora, e por não conseguir pular a cerca que, separava a parte traseira da casa da entrada, voltou para sua residência e chamou a polícia. Quando finalmente chegaram, foram ver o que havia acontecido. Um Richard desolado abraçava, chorando feito criança, um corpo feminino despido e ensanguentado. Chamaram uma ambulância mas de nada adiantou, ela estava morta. Ele não queria se afastar dela, não podia deixar ela sozinha, em sua mente ela não estava morta, não podia estar. Os dois tinham muito a fazer pela frente, ele queria casar com ela, ter filhos, aquilo só poderia ser um pesadelo. Todos se comoveram com a cena, e tentaram consolá-lo, de nada adiantava, ele não deixava o cadáver ir, precisava dela. Com muito esforço conseguiram distanciar os dois. A polícia disse que faria o possível para encontrar quem havia feito aquilo, e que qualquer coisa que precisasse poderia convocá-los.

Era uma manhã fria e triste de terça-feira, o céu estava sem cor, os pássaros não cantavam. Até mesmo a natureza parecia estar de luto. Ília seria enterrada no cemitério municipal. Diversas pessoas vieram, se despediram e voltaram para suas casas. A grande maioria não levou mais de dez minutos. A grande maioria. Richard não fazia parte desse grupo, estava ao lado do caixão desde o início do enterro, e não saiu de lá se quer um minuto. Seus belos olhos cinzas estavam marejados, e repletos de profundas olheiras de quem não dormia a dias. Sua postura estava acabada, ele estava muito infeliz pela perda. Mesmo que tudo que tiveram foi muito rápido, foi extremamente significativo. Seu semblante mostrava isso. Muitas pessoas vinham trocar palavras reconfortantes e consolá-lo. Todos morriam de pena e pensavam “Um rapaz tão jovem e bom, sofrer assim....pobre homem, não merecia isso”. E assim o tempo passou.

Algumas horas depois, todos os que vieram para a celebração já haviam partido. O frio túmulo apenas não ficou sozinho por causa de Richard. Ele permaneceu ali, imóvel, observando o eterno abrigo de sua amada. De seus olhos, pequenas e infelizes lágrimas escorriam. Eles haviam perdido um pouco do brilho e da magia que traziam consigo, no entanto, devido as lembranças que tinha, ele não desaparecera completamente. Ao longe, outra pessoa observava atenciosamente a cena. Ela se aproximou de Rick e apoiou o braço em seu ombro. Seus rostos viraram no mesmo instante e se olharam diretamente. Dois pares de olhos cinzas se observavam, duas carnes da mesma carne. Então, o recém chegado emitiu apenas onze palavras enquanto abraçava cuidadosamente Richard, “Nós vamos encontrar quem fez isso, eu lhe prometo, meu irmão...”.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...