Passado, há 12 anos atrás...
- Como você se atreve a entrar no “nosso” parquinho! - Sua voz soava assustadora, mesmo para um menininho de apenar 4 anos-.
- D-desculpa, eu só queria um lugar calmo para brin... – Quando eu estava tentando me desculpar, o mesmo menino e seus outros amigos me derrubaram no chão, aquele ato me fez ralar o joelho, sujar meu vestido rosa com bordados lindos e bolsos grandes e derrubando meu querido ursinho Teddy-.
- Cala a boca! Você acha mesmo que pode se desculpar? – Outro menino, provavelmente o “líder” daquele grupo de desordeiros, pegou meu querido urso de pelúcia marrom com uma gravatinha de tom ciano, ameaçando de rangá-lo no meio- Acho que esse ursinho de pelúcia pode ficar mais bonitinho se rangá-lo no meio. Não acha Vinícius?- Fala para um garoto que ainda não tinha se pronunciado ainda-.
- Com certeza! Isso servirá de lição para essa garota idiota! – Ele fala com os braços cruzados olhando para mim com cara de deboche-.
- Não! Por favor! Esse ursinho foi um presente de minha falecida avó! – Falava eu em meio de choros e soluços, em uma tentativa inútil de salvar meu ursinho -.
- Ei! Vocês ai! O que pensam que estão fazendo! – Uma voz ecoou atrás de mim, chamando a atenção dos garotos-.
- Ah? O que você quer babaca! – Fala o líder do grupo apontando para um menino atrás de mim. Não consegui olhar para ele, pois eu estava com medo e minhas mãos cobriam meu rosto-.
- O que eu quero?! Olha aqui idiota não estou em meus melhores dias, só queria ir para o parque descansar, mas vejo três idiotas maltratando uma menina que nem ao menos tem capacidade de se defender, então vim até aqui para mostrar-lhes uma lição! – Quando eu ouvi isso olhei para trás e vi um garoto da minha idade com uma blusa de moletom cinza, uma bermuda preta, um tênis all-star vermelho. Mas isso não foi a única coisa que reparei nele, ele tinha olhos pretos e cabelos escuros como a noite, sua postura o dava confiança, suas mão estavam no bolso da bermuda, fazendo-o mesmo ter um ar sério e além de tudo era um garoto bonito-.
- Do que você nos chamou?
- É surdo?
- Seu!... – Quando um dos meninos se jogou nele, ele fez um movimento rápido desviando do golpe-.
- Quero ver você desviar disso! – O outro garoto tenta acertá-lo com um soco mais fracassa, caindo no chão se machucando-.
O líder ficou perplexo com o ocorrido, então largou meu ursinho no chão fugindo do local junto com os outros meninos, gritando para mim e o menino em quanto se distanciava - Vocês vão pagar! Seus estúpidos! –.
- Pff fracotes... Ei você! Por quê não se defendeu?- O menino falou em quanto me ajudava a levantar do chão-.
- M-mas eu não sei me defender... – falei olhando para baixo envergonhada-.
- Não sabe? Como assim? Você nunca falou para alguém algo como “Cala a boca!” “ Me deixa em paz!”- o mesmo falava com uma voz engraçada, tentando me imitar, isso me fez dar uma discreta risada-.
- Do que você esta rindo? – O mesmo me perguntou olhando para minha cara me fazendo corar pela curta distancia que nossos rostos se encontraram-.
- N-nada! – falei dando um paço para trás-.
- Ei garota qual é seu nome?-.
- Alice. E o seu?-.
- Diego!- O mesmo deu um sorriso lindo, permitindo mostrar sua beleza-.
Depois do ocorrido ficamos um pouco no parque brincando. Conheci um pouco sobre o Diego, sei que ele morava só com sua mãe pois seu pai os tinha deixado para viver com outra família, isso era triste mas o mesmo disse para eu não me preocupar, por que ele não se sentia só. Sei que sua cor favorita é preto e que ele gostava de jogar vídeo-game e jogar bola. Sua personalidade era difícil de um certo modo, ele é muito cabeça quente, grosso e tem lado sério, mas eu sei que no fundo ele não é assim, se não por que ele teria me salvado?
- Ei Alice! Por quê não nos encontramos aqui amanhã? – Diz ele sentado no balanço azul do parquinho-.
- Desculpa, mas acho que amanhã terei que ir embora...- falei triste olhando para o chão, me balançando lentamente no balanço-.
- Ah é verdade, você não mora aqui na cidade né?
- Não... Só vinha aqui visitar a minha vô, mas ela morreu, então acho que não irei voltar para cá tão cedo... – Quando eu disse isso, pude ver a cara de triste do Diego, isso me magoou muito-.
- Então... Alice vamos fazer uma promessa?- Diego disse saindo do balanço com um pulo-.
- Promessa?
- É uma promessa! Minha mãe disse que promessas devem ser compridas e respeitadas! – Diego se posicionou na minha frente estendendo sua mão para mim – Vamos prometer nos encontrar aqui nesse mesmo parque! E quando nos encontrarmos vamos ficar sempre juntos!-.
- Para Sempre juntos?
- Sim!
Minhas bochechas ficaram rosadas e concordei um um “sim” com a cabeça. Então ainda sentada no pequeno balanço estendi minha mão para a de Diego e fizemos a promessa.
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