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História A Aparência é Irrelevante para Aquele que Não Pode Ver - Você pode... descrever para mim?


Escrita por: Beatryce

Notas do Autor


Acabou que me incomodei demasiado com essa capa da fic e resolvi mudá-la

Porém, digamos que eu acabei passando mais tempo do que deveria, umas 6h de edição mais ou menos SOCORRO

Desenhei os óculos escuros e pintei o cabelo do Castiel com aquele bglh que tem no notebook, e olha que é a primeira vez que mexo no ps cs6 aaaaaa

Alguém aqui lê webtoons? Recomendo muito Winter Woods e Siren's Lament aa <333 por falar nisso, eu ainda vou morrer por causa de Siren's, todos vocês estão convidados pro meu velório :v

Enfim
Capítulo com quase 3k de palavras, socorro
eu estou esgotada :/
Mas vale a pena <3

Aliás, essa imagem do cap se assemelha ao do rio mesmo, então né
Coloquei para vocês terem noção do ambiente <3
ENFINZIS

Espero que gostem do capítulo e boa leitura <3

Capítulo 4 - Você pode... descrever para mim?


Fanfic / Fanfiction A Aparência é Irrelevante para Aquele que Não Pode Ver - Você pode... descrever para mim?

— E aí, Natalie? Tenho poucas lembranças da minha infância e principalmente de minha aparência, mas, me diga: Eu estava tão bonito ao ponto de você olhar para mim incessantemente? — Pergunta debochado.

 

Fico parada, estática. Minha respiração aparentava estar calma, porém meu cérebro estava quase pifando. Céus, só faltava essa. Por favor Deus, que ele não seja Ele. Se bem que, Castiel não era desse jeito. É engraçado e bizarro o modo que suas personalidades são... antagônicas.

Estávamos no porão. Não lembro se mencionei, todavia era um lugar realmente escuro. O cheiro de cigarro estava gritante.

Tento soltar-me e ele cede. Olho para seu rosto, um divertido sorriso de canto estava estampado em seus lábios.

 

Não irá responder-me? — Engraçado, o ruivo pega meu caderno de desenho e agora fica se achando, meu Deus. O Castiel que eu conheço realmente não era assim.

 

Suspiro. Sério, eu não estou muito a fim de discutir com o moçoilo. Tudo o que eu quero é pegar meu caderno e vazar.

 

— Olha, eu só quero meu caderno. Pode devolver-me? — Estendi meu braço direito.

 

Ele estava usando seus óculos escuros, porém eu tenho a estranha sensação de estar sendo fixamente observada. Ok Natalie, você tem sérios problemas.

 

Você é bastante talentosa, novata. — Sorri. Ergue o meu caderno aberto na página onde estava o meu desenho mais recente.  — Consigo ver que você conseguiu me desenhar muito bem, me sinto lisonjeado. — E com isso, passa os dedos finos pelos rabiscos de grafite.

— Obrigada.  — Não sei quem é mais errado: Eu, por desenhar bad boys alheios ou ele, por pegar cadernos alheios. Fiquei com uma dúvida, como ele conseguiu “ver”? — Pode me devolver agora?

 

Eu realmente quero ir pra casa, porém no fundo eu anseio pela minha resposta. Olho para seus óculos e dou um passo em sua direção. Pergunto-me como deve ser o mundo para ele.

Qual deve ser o sentimento de não saber como é a pessoa a sua frente? Ou mesmo sua mãe, seu pai. De não poder se olhar no espelho... Seu visual (e seu modo de agir) é completamente o oposto às coisas que estou pensando agora.

 

— Claro, mas acho que ficarei com isso. — Ao terminar, arranca a folha e me devolve o caderno sem pestanejar, já virando para sair do porão. Não acredito.

— É sério isso? Você não poderia simplesmente me dar o caderno? — Reviro os olhos.

Eu quero ficar com esse desenho. Ou eu não posso? Afinal, o desenho é meu, de qualquer forma.

 

Ele está começando a me irritar. De certo modo ele está certo, mas eu queria termina-lo em casa.

 Olhei novamente para ele e não vi seu bastão. Nossa, aposto que se Alexy tivesse me escutado nesse momento, teria maliciado. Apesar de quase não nos conhecermos, é completamente evidente que ele faria esses tipos de comentários.

 

— Enfim, pode ficar com ele se quiser. Já vou indo. — Saí dali juntamente com meu sketchbook pegando minha mochila na escadaria.

 

Andei até o corredor dos armários e parei. Por que eu sou assim? Por que eu não poderia simplesmente ir para casa?

Dei meia volta e fui em direção ao porão novamente. Eu me sinto mal por deixar ele lá, ainda mais quando sei que ele não pode se virar sozinho em tudo. Quando entrei, Castiel estava deitado no sofá velho que tinha no canto do cômodo, com os óculos no tronco, os braços atrás da cabeça e olhos fechados.

 

— O que foi? — Me perguntou, ainda na mesma posição. Suspirei pesadamente.

— Onde está seu bastão? — Eu realmente sou muito intrometida, sério.

— Preocupada? — Sorriu.

 

Tentarei ignorar essa pergunta. Aposto que não tem mais ninguém na escola. E se ele tiver o perdido? Como iria encontrar sozinho?

 

— Estou curiosa, só isso. — Olho pro chão em desdém.

 

Sinto que é muito errado pensar isso, mas digam-me: Não seria mais errado negar-se a ajudar ele?

 

— Está junto com a minha mochila no armário. — Se levanta, coloca os óculos e vai em direção à porta. — Vamos.

 

** * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * **

 

Quando chegamos ao portão da escola, cada um pegou seu caminho. Por mais que eu quisesse perguntar se ele estava bem em ir sozinho, me contive.

 As tardes na França eram frescas e os raios de sol amarelos banhavam o céu e suas nuvens, dando tons dourados a elas.

Segui o caminho para casa calada, era estranha a sensação, eu literalmente não sabia o que pensar. Peguei o caminho do parque, atravessei a ponte que cruzava o rio escutando os pássaros cantarem.

Sentei num banquinho frente ao rio colocando a mochila em meu colo. Peguei meu celular e vi que já tinham três mensagens não lidas. A primeira era de minha tia, dizendo que iria passar uns dias na minha casa. Ela e minha mãe aparentemente tinham muito o que conversar.

A segunda mensagem era de Alexy, dizendo que tinha adorado me conhecer e que tinha certeza que nos daríamos muito bem. Gargalhei quando vi que ele tinha salvo seu contato como “Lexy Nenê S2” no meu celular.

A terceira era da Rosa, dizendo basicamente as mesmas coisas que Alexy. Ele salvou seu contato como “Rosa Florzinha S2”.

Apesar do breve conflito com a loira na aula de Delanay, até que foi um ótimo dia. Ou “ótimo” é uma palavra muito forte para descrever?

 

** * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * **

 

Assim que entrei em casa, fui recebida por um abraço apertado de minha mãe. Esse jeito caloroso brasileiro de ser, eu simplesmente aprecio muito.

 

— Como foi seu primeiro dia? — Me olha nos olhos, sorrindo docemente. Ela é um pouco mais baixa que eu, mas sua personalidade é forte. — Sei que ainda vai demorar pra você se acostumar, mas tenho certeza que você vai se sair bem.

— Não foi muito ruim. Delanay, minha professora de ciências é bem rígida. — Caminhei pela sala, fui em direção das escadas e comecei a seguir para meu quarto. Mamãe me seguiu.

— Fez novas amizades? — Perguntou, hesitante. Ela tem total consciência que sou difícil de fazer amizade, provavelmente por conta do meu trauma.

— Sabe, hoje foi meu primeiro dia. — Abri a porta do quarto, joguei a mochila no chão e tirei os sapatos. — Não sei se quem falou comigo quer realmente ser meu amigo. Podem ter conversado comigo só por educação. — Me joguei na cama pegando o notebook no criado-mudo ao lado.

— Então, com quem você conversou? — Perguntou, sentando na ponta da cama. Ela parecia bem interessada na conversa.

— Bem, algumas pessoas. Tem uma garota, seu nome é Rosalya e ela possui um cabelo branco lindo. Dois gêmeos, Alexy e Armin. Armin é moreno e eu não tive oportunidade de falar muito com ele. Alexy tem cabelos azuis, é muito legal e elétrico. Ele e Rosalya aparentemente são muito amigos.

— Eles foram gentis com você? — Perguntou, dando um sorriso.

— Sim! — Limpei a garganta, dando continuidade à pequena biografia de cada um. — Violette é uma garota de cabelos roxos, calada e muito fofa. Íris é uma ruiva muito gentil e educada. — Abri o notebook, coloquei a senha e abri o navegador. — Um aluno faltou hoje, por isso ainda não sei quem é, pelo o que escutei, é cunhado da Rosalya. E bem, tem um ruivo chamado Castiel também.

— Espera, Castiel?! — Arregalou os olhos, levantando em um sobressalto.

— Calma! Acho que não é o Castiel. Esse que conheci hoje é bem diferente do meu Castiel. Ele é cego, e aparentemente é de nascença.

— Ah, entendi. — Aliviou a tensão que pousava sobre seus ombros e voltou a se sentar. — Ele é bonito? — Perguntou, olhando pra mim maliciosa.

 

Eu entendo minha mãe. Ter uma filha de 17 anos que nunca namorou deve ser foda. Ela de qualquer forma quer que eu preste atenção nos meninos, mas infelizmente acho meus desenhos bem mais importantes.

 

— Olha, ele é “engraçadinho”. — Presto atenção no computador, mas vejo um sorriso se formar nos lábios da moçoila de relance. — E esquentadinho também.

 

Ela se aproxima da porta abrindo-a.

 

— Aliás, Alie.

— Oi?

— Você chamou o Castiel de “seu” ou foi impressão minha? — Gelei sentindo o rosto queimar.

— Mãe!!!

— Vou fazer o jantar! — E logo fecha a porta do quarto gargalhando, eram nítidas suas lágrimas de tanto rir.

Eu tenho o desagradável costume de me importar muito com o passado. Chamar o Castiel de "meu" foi a prova disso.

 

Virei minha atenção para o notebook. Comecei a digitar rapidamente o nome da minha artista preferida no YouTube, apertei enter. Abri outra aba e apertei no Twitter, rede social que estava nos meus favoritos no navegador. Entrei na minha conta normalmente.

Voltei para a aba do YouTube, cliquei no vídeo mais recente e apertei play, rapidamente abrindo o bloco de notas. Comecei a assistir uns tutoriais de desenho e pintura digital. Ia aos poucos anotando no bloco de notas dicas e passos que iriam me ajudar na hora que eu estivesse desenhando.

Fui no Twitter e publiquei: "Queria ter condições de comprar uma mesa digitalizadora, chorei."

E aquilo é verídico. Voltei para o vídeo e continuei anotando as partes mais importantes.

Basicamente, passei uma hora fazendo isso. Fui tomar banho e desci para a cozinha logo em seguida.

 

— Mãe, a tia Ágatha disse que viria passar uns dias aqui. — Avisei, sentando-me à mesa.

— Que bom! Terei com quem fofocar dos vizinhos, finalmente! — Brinca, abrindo a tampa de uma das panelas. Pelo cheiro, era frango ao molho.

— Bando de fofoqueiras. — Entrei na brincadeira. — O cheiro está delicioso.

— Eu sei, tudo o que eu faço é maravilhoso. — Falou debochada, arrebitando nariz. Lembrei do ruivo na hora, sorri internamente.

 

O que será que ele vai fazer com meu desenho?

 

** * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * **

 

Hoje acordei mais cedo e disposta, que milagre.

Tomei banho e saí de casa logo em seguida. Sempre me sinto enjoada de manhã (e dentro de carros também) então é melhor se precaver.

Fui pelo mesmo caminho de ontem. Aproveitei que estava cedo e dei uma passeada no parque. As folhas das plantas ao redor balançavam, fazendo um pequeno farfalhar. Estava frio, minha meia-calça preta não esquentava o bastante. Suspirei.

Escutei uns latidos um pouco longe, mas não liguei. Caminhei um pouco mais, indo em direção da ponte, me escorando na grade e olhando para a água. Escuto alguém se aproximando, escorando-se na grade ao meu lado.

Pego meu celular, desbloqueio e procuro a câmera.

 

Você pode... descrever para mim como está o rio agora? — Ele pede, olhando para o horizonte. Olho para ele. Hesito.

 

O rio estava lindo, sua água estava espelhada por conta do sol nascente e era uma visão simplesmente linda. Espelhava também as plantas e árvores que ficavam ao redor. Para ele, deve ser difícil conviver com isso.

 

— Bem, ele está bonito. — Falei, sem graça. Não queria dar detalhes e contar o quão essa visão era maravilhosa para ele se sentir mal.

 

— Pode me contar com todos os detalhes. Eu quero saber.

A água do rio está espelhada por causa do nascer do sol, os raios formam brilhinhos na água, tem pequenas ondas e o céu tem poucas nuvens. O verde das folhas deixa tudo ainda mais bonito. É uma visão muito linda.

— Obrigado.

 

Silêncio. Foi isso que se alojou ali. Decidi quebrar ele.

 

— Como você conseguiu?

— O quê?

— Ver meu desenho.

— Ah, entendi. Digamos que sua mão não seja a mais leve de todas. — Riu pelo nariz. — Para ver eu simplesmente senti.

 

 Olhei para ele, usava os óculos e um pequeno rabo de cavalo. Os vermelhos estavam vivos com os raios de sol. Olhei para o celular em minha mão. Será que devo?

De alguma forma, me senti inspirada a desenhar aquela cena. Não poderia perder aquilo por nada no mundo. Meu interior queria eternizar aquele brilho escarlate de seus cabelos.

 

— O que você veio fazer aqui? — Perguntei, levantando o celular e posicionando para achar o ângulo perfeito. Sucesso.

 

Pelo jeito, eu vou me divertir bastante ao brincar com minhas aquarelas hoje.

 

— Vim passear com meu cachorro. — Respondeu. Logo me lembrei de Dragon, o cachorro pastor de beauce que o Cast ganhou dias antes do acidente acontecer.

— Legal. Vou indo agora, temos que ir pra escola.

— Até lá.

 

Atravesso a ponte e escuto Castiel assobiar, provavelmente chamando o cachorro.

 

— Dragon, vem rapaz!

 

Estremeço. Escutei certo? “Dragon”?

Congelo.

 

“— Alie, olha esse filhotinho que ganhei! Ele não é fofo?

— Ele é muito lindo! Qual nome vai colocar nele?

— Eu não quero nenhum nome fofo, vou colocar um nome másculo, que nem eu. — Arrebita o nariz. — O que acha de Dragon?”

 

Respirei fundo, novamente minha mente estava pregando peças em mim. Aquilo não era possível.

 

Eu devo realmente estar imaginando coisas.

Aquilo não podia ser possível.

 

** * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * **

 

Entrei na sala e ela estava vazia. Fui direto me sentar na mesma carteira de ontem. Hoje é quinta-feira e tem duas aulas de história seguidas. Eu amo história.

Logo mais alunos foram chegando e se acomodando nas carteiras. Alexy e Armin chegaram e o azulado logo prontificou-se para vir conversar comigo, perguntando dos meus hobbies e coisas do gênero.

Rosaya chegou acompanhada de um garoto bem alto, aproximadamente 1,80 de altura com olhos aparentemente heterocrômicos. Lindos, por sinal. Seu estilo de roupas eram da época vitoriana e novamente, me senti inspirada a desenhar. Rapidamente Rosa se juntou à Alexy na conversa.

 

Infelizmente, o que é bom dura pouco. O sinal toca e Faraize entra nos cumprimentando.

 

Toc-Toc

 

— Tenho certeza que é o Castiel — Escuto uma menina dizer.

Parece que além de cego é surdo para não escutar o despertador. — Concorda outra menina.

 

Novamente, sinto repulsa por esse tipo de gente.

Fiquei calada, todavia eu não estava muito a vontade escutando os insultos que estavam direcionados ao ruivo.

 

Castiel entra e se acomoda na carteira ao meu lado, onde fica a máquina de braille. Ele coloca o fone no ouvido esquerdo e deixa o direito sem, para poder escutar o ambiente enquanto curte seu rock. Winged Skull, pelo que percebi. Pelo menos o moçoilo tem bom gosto.

Passado uns 30 minutos de aula, estávamos revisando sobre alguns conteúdos importantes que estudamos na série passada. A Primeira e a Segunda Guerra Mundial eram alguns deles. E eu, pessoalmente, amava estes conteúdos.

 

— Alunos, vou separar duplas para fazerem um trabalho para a próxima aula sobre a revisão dos conteúdos de hoje. Alexy, você vai com a Rosalya. Armin, você vai com Violette. Lysandre, você vai com...

 

E Faraize continuou falando os nomes das duplas. Eu nem estava dando muita bola, rabiscando no vão da folha de meu caderno de história.

 

— Natalie, você vai com a Charlotte. Castiel, com a Ambre.

— O QUÊ? — Me assusto com o grito de Castiel. Ele aparentemente não tinha ficado nem um pouco contente com isso. — Sinceramente, Faraize, eu prefiro fazer sozinho. — Cruza os braços, dando de ombros.

— Eu amo o Castiel, mas eu não quero fazer o trabalho com ele, ele não vai ser uma boa dupla pra mim. — Declara, dengosa. Até agora, Ambre falou bosta todas as vezes que abriu a boca. Repulsa.

— Por que, Ambre? — Pergunta Faraize.

 

Não, não pode ser. Ela não vai falar isso.

Deus, por favor, me diga que não é o motivo que estou pensando.

 

— Porque ele é deficiente. — Responde Li.

 

Eu não acredito nisso. Eu simplesmente não acredito. Levanto em um sobressalto, com muita raiva.

Eu simplesmente não posso acreditar nisso. Meu maior desejo no momento é enfiar uma caneta na minha garganta (ou enfiar na garganta da loira).

 

— Espera, quer dizer que você não vai fazer com ele porque ele é cego? Deus me ajude. — Suspiro, olhando para o teto. Viro-me para o professor e digo. — Faraize, pode me trocar de dupla?

 

 

Continua no próximo capítulo...


Notas Finais


Estou simplesmente morta.
Por favor, deixem comentários sobre o que estão achando da fanfic <3
isso vai me ajudar muito a continuar com a estória <3

Beijinhossss e até o próx capítulo <33333


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