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História A aposta - Shawmila - Inquebrável.


Escrita por: jujubs021

Notas do Autor


Quinta nossa de cada dia, né? Amém.
Feliz aqui na ilha onde meu shawmila parece morto, mas só parece. Me deixa sofrer que eu gosto de ser trouxa!
Mais um cap pra vcs! Espero que gostem.
Esse momento é nosso. Mas acredito o hot vem no próximo.
Beijão!
<3

Capítulo 42 - Inquebrável.


Fanfic / Fanfiction A aposta - Shawmila - Inquebrável.

 

POV. Narrador.

 

     O motorista desceu as malas e acompanhou a mulher até a área de embarque. Entregou-lhe a passagem e uma carta, onde Justin havia escrito e deixado claro como seguiriam as coisas em diante. Selena à pegou e sentou-se em uma das cadeiras esperando o horário de seu voo ser anunciado.

     Era muito cedo, o voo estava marcado para ás 7 horas da manhã e os óculos escuros escondiam as olheiras de uma noite incrivelmente mal dormida.

- Boa viagem, senhorita! – O homem disse antes de afastar-se e ela apenas acenou positivamente com a cabeça.

     Observou por cima dos ombros o homem sumir por entre as pessoas, mas viu quando ele sumiu pela escada rolante. Levou os dedos, as unhas pintadas de um vermelho vivo, até o lacre do envelope abrindo-o, já sabendo o que provavelmente estaria escrito ali dentro.

Ele estava enxotando-a. Literalmente.

     Queria ela o mais longe possível. O quanto antes. Escreveu dizendo aquilo de certa forma educadamente. Comprometeu-se em mandar dinheiro e fez questão de dizer-lhe que para todos e quaisquer efeitos eles jamais tiveram algo.

     A palavra sublinhada fisgou lhe o estômago. Cutucou o ego da garota enrolada em um dos mais belos sobretudos naquele aeroporto. Sorriu desgostosa, porque por mais que ela quisesse luxúria, não se tratava apenas daquilo.

     No começo era e sempre foi. Estava satisfeita em ser um “estepe”. Por mais que quisesse ser uma primeira dama, sabia que seria quase impossível. Viu Justin crescer na riqueza e encher-lhe de joias. Hotéis cinco estrelas, jantares que beiravam os milhares de dólares. Desde sempre teve tudo que quisera, e não seria diferente daquela vez.

Ela queria Justin.

 

POV. Camila.

 

     Meus olhos percorriam o ambiente incansavelmente, procurando por um rosto desconhecido. Aquilo era patético. Já passava das 13:30 e ninguém havia aparecido. Terminei de tomar meu segundo copo de suco e pedi para que o garçom trouxesse a conta para que eu pudesse pagar e sair dali.

     Estava sentindo-me completamente idiota por ter ido até aquele restaurante esperando descobrir algo sobre Justin. Era ridículo a simples ideia de pensar que ele estivesse escondendo algo de mim.

     Os últimos dias foram um tanto quanto conturbados, mas exatamente naquela manhã tudo parecia calmo e normal. Justin acordou em seu horário costumeiro e tinha um sorriso contagiante nos lábios, como sempre tivera desde estávamos juntos.

     Tomamos café juntos. Ele aprontou-se para uma reunião importante e eu me preparei para a clínica. Nos despedimos no estacionamento do prédio e seguimos cada um para seu caminho. Ele para empresa e eu para a clínica.

    O movimento estava tranquilo. Nada de cirurgias e agora eu tinha mais gente me ajudando. As coisas entrando devidamente em seus eixos, tanto que eu mal tivera tempo de pensar em problemas. Quer dizer, eu mal tivera tempo de pensar em Shawn Mendes ou coisas que o envolvessem. Aquilo até que era bom.

     E lá estava eu pensando no cara em que menos deveria pensar, mais uma vez. Sacodi a cabeça em negação. Primeiro pelo fato de lembrar dele e segundo porque ainda estava sentada naquele restaurante esperando por uma pessoa que não apareceria.

- Senhorita Camila Cabello? – Uma voz grossa perguntou.

     Levantei os olhos. Era um dos métris do restaurante e segurava em mãos dois envelopes. Um branco e um preto.

- Sim?

- São para a senhorita. – Me estendeu os envelopes. No branco havia o número 1 e no preto havia o número 2. – A conta já está paga.

- Obrigada (?).

     O homem sorriu amigavelmente antes de se afastar. Olhei para os lados, mas todo mundo parecia almoçar em sua própria bolha com seus próprios companheiros e ninguém prestava atenção em mim. Olhei para os dois lados do envelope e fui no branco, com o número 1, mas não abri.

     Um certo tipo de nervosismo fez com que meus dedos dessem uma leve tremida e eu senti que precisava de privacidade para abrir aquilo, mesmo sem saber do que se tratava. Peguei minha bolsa e fui em direção ao meu carro. Eu não gostava muito de dirigir, mas exatamente naquele dia Justin havia liberado o motorista para que ele pudesse resolver problemas familiares.

     Assim que entrei e sentei senti que o próximo passo era abrir. E assim o fiz.

“Olá, Camila. Espero que não tenha trapaceado e aberto o envelope preto primeiro. Caso tenha o feito, desconsidere esse, afinal, uma imagem vale mais do que mil palavras.”

     Fiquei com uma vontade absurda de abandonar aquele envelope e ir logo para o preto, mas ainda não. Havia mais coisa escrita e eu precisava ler. Senti que era errado, mas o faria mesmo assim.

“Peço desculpas por não comparecer, nunca foi minha intenção ir à esse almoço. Acredito que o que falarei aqui será o suficiente para que você saiba. E acredite.”

“Me chamo Selena, tenho 23 anos e sou de Londres. Algo te remete à Londres? Alguém?”

 

Justin, foi a primeira coisa que pensei.

 

“Você sabe que sim.”

“Trabalhei com Justin, que foi seu namorado e agora é seu noivo. Sinto muito por isso, mas terei que lhe dizer. Ele não é o que você pensa. Pode até ser, mas em partes.”

““Não é você, sou eu” Conhece essa frase?”

"Realmente não é você. Sou eu."

"Quando ele chega em casa tarde: é na minha cama que ele estava."

"Quando ele diz que tem uma reunião importante e não vai chegar a tempo do jantar ou do almoço: é comigo que ele está."

"No começo foi mais por adrenalina do que por outra coisa, mas o tempo passou e não foi mais isso. Eu me apaixonei por ele e creio que ele tenha se apaixonado por mim também, caso contrário não estaríamos tendo esse romance enquanto ele mantinha uma relação contigo."

"Sinto muito."

"Não, eu não sinto."

"O problema não é você. Sou eu."

Abra o outro envelope.

 

     Senti minha cabeça latejar e meus olhos estavam embaçados, mesmo que eu não soubesse e não quisesse abrir o outro envelope, eu teria que fazer. Aquilo só podia ser uma brincadeira de muito mal gosto. Só podia.

     Com dedos trêmulos passei pelo rosto limpando algumas finas lagrimas que escorriam, porque eu sentia a história se repetir. Com os mesmos dedos, comecei a abrir o envelope preto. Eram fotos. Muitas.

     Fotos dele sozinho enquanto dormia trajando roupas intimas, ou uma então em que ele estava de bruços e completamente nu. Foto dele junto com uma garota que tinha o rosto enfiado em seu pescoço e mãos apertando-lhe o corpo. Senti náuseas.

Mas aquelas fotos poderiam ser antigas, não poderiam?

Não.

     Atrás de cada uma das fotos havia uma escrita. Com data e hora. Ele já estava comigo quando aquelas fotos foram tiradas.

    Fechei os olhos me recusando a ver outras fotos que estavam espalhadas pelo banco do meu carro. Doía. Doía muito e eu só queria sair dali e questioná-lo sobre aquelas fotos. Não que ele fosse me dizer muita coisa... Peguei o envelope para jogar as fotos dentro novamente e havia um papel dobrado, sem ser uma foto. Peguei em mãos e desdobrei. Era um teste de gravidez, feito ainda naquelas ultimas semanas onde acusava que ela estava grávida.

Grávida?

     Foi mais do que eu poderia suportar, logicamente. No passado, onde eu era uma Camila que acreditava em contos de fadas e finais felizes, mas agora não. A pressão no meu peito diminuiu e eu percebi que as lágrimas que escorriam não eram de tristeza, mas sim de raiva.

     Deixei tudo jogado em cima do banco do carro, porque eu não podia deixar me abalar mais uma vez. Não depois de tudo. Sentir que eu havia sido enganada era péssimo, horrível. Um sentimento de impotência misturado com algo muito, muito amargo.

     Liguei para Ashlee perguntando se havia algo “importante” marcado para aquela tarde e ela negou, mas havia notado que tinha algo errado acontecendo.

- Está tudo bem com você? – Perguntou.

- Vai ficar. Vocês conseguem segurar as pontas por aí?

- É claro, Camila. Faça o que tem que fazer, qualquer coisa nós ligamos pra você.

     Agradeci e desliguei indo diretamente pra casa, ou agora nem eu sabia mais se ali era minha casa. Cheguei e não havia ninguém, como de costume. Tudo estava em seu devido lugar e eu agradeci aos céus por não ter desfeito por completo minha mala.

     Liguei para minha mãe dizendo por alto o que tinha acontecido, na verdade o que iria acontecer. Avisei que iria passar uns dias com ela e obviamente ela estranhou, mas disse que estava de braços abertos me esperando. Tudo que eu precisaria já estava separado, mas eu não iria simplesmente fugir como tinha feito anos atrás. Dessa vez seria diferente.

     Peguei os dois envelopes e sentei no sofá lendo e relendo, lendo e relendo até sentir meus olhos arderem mais uma vez. Ficaria ali esperando até a hora que Justin chegasse do trabalho para colocar as coisas definitivamente em panos limpos.

 

POV. Shawn.

 

- Você não vai procurar ela de novo!

- Eu vou.

- Não vai não!

- Alice, por favor... Sai da minha frente.

     Eu já estava bem. Quase cem por cento. A única coisa que me exigia atenção era a cicatriz que secava no abdômen, mas que não teria problemas com o que eu faria.

     Depois de pensar muito sobre, percebi que já estava na hora de deixar Camila seguir sua vida e, finalmente seguir o meu caminho. Não que eu quisesse, mas sim porque era necessário. Alice estava achando que eu continuaria a correr atrás dela.

- Ela está noiva!

- Eu sei, mas eu preciso ir até ela.

    Alice estava visivelmente irritada. Ela estava na minha frente e agora havia cruzado os braços sob o peito. Suas narinas infladas e sua pose de “eu não vou sair daqui” eram um tanto quanto... medonhas. Ela era baixinha, mas era completamente atiçada.

- Então vai! – Saiu da frente. - Vai lá se arrastar pra ela mais uma vez, Shawn. Mas depois não vem chorar no meu colo não.

- O que te faz pensar que vou lá pra isso? – Perguntei parando no batente da porta enfiando as mãos nos bolsos da calça.

- Você a amou por anos, Shawn. Por anos. Você ficou bem, ela voltou e essas coisas aconteceram de novo. Você precisa superar isso. Ela vai casar com outro cara!

- Você está errada...

- Estou? Sério? – Disse irônica, deixando os ombros caírem.

- Eu não a amei, ainda amo. E é por isso que eu vou deixar ela ir. – Ela franziu o cenho confusa e eu tirei uma das mãos do bolso, puxando assim a corrente com a aliança junto. Ela sabia do que se tratava e mais do que tudo. Sabia o que aquilo significava. – Vou devolver pra ela. Ela faz o que quiser, mas isso não é meu.

- Acho que você é masoquista. – Resmungou e eu ri. - Gosta de sofrer.

     Dei dois passos dando um beijo na testa dela. Alice era como uma irmã que eu não tinha. Ela sorriu a contra gosto, mas assentiu, porque mesmo que ela odiasse ela sempre me apoiava em tudo.

- Já volto.

 

POV. Narrador.

 

     Justin saiu mais cedo da empresa. Passou em uma floricultura e pediu o buquê mais bonito e caro que o homem tinha ali, já havia comprado alguns chocolates para fazer um mimo à Camila. À sua Camila.

     Estava disposto a realmente fingir que nada tinha acontecido e começar definitivamente sua vida com a latina. Já estavam noivos, morando juntos e o próximo passo: formar uma família. A confissão de Selena sobre estar gravida fez com que ele realmente quisesse ser pai, mas ser pai dos filhos de Camila.

     Esperou o elevador chegar até a cobertura e deu uma arrumada na roupa pelo espelho do mesmo. Com uma mão segurou o buquê e com a outra passou rapidamente pelos cabelos, agora curtos. Outra surpresa para a latina que já queria há tempos que ele aparasse as madeixas.

     O elevador se abriu e ele entrou sorridente na sala. Estava um silencio total e ele até acreditou que Camila pudesse não estar em casa, mas o carro dela estava em sua vaga no estacionamento, então ela com certeza estava ali.

- Amor? – Perguntou entrando, mas não obteve resposta. – Camila? – Andou até os quartos e não a viu. Estranhou e então voltou para sala encontrando-a sentada no sofá. – Hey.

     Ela não o encarava, porque estava controlando-se ao máximo para escutá-lo primeiro e não pular no pescoço dele. Criou coragem para ver todas as fotos, uma por uma. Fez uma pesquisa sobre a possibilidade daquilo ser uma montagem, efeitos fotográficos, mas estava perfeito demais pra ser mentira.

     Justin se aproximou e assim que seu pé direito tocou o enorme e grosso tapete ela levantou os olhos em sua direção. Estavam vermelhos, obviamente. Ela havia chorado e ele sabia disso, mas não sabia o motivo. Ainda assim suas pernas tremeram.

- Hey, o que houve? – Até esqueceu-se do buquê que deixou sobre a mesa no meio do caminho, mas quando fez menção em tocá-la ela praticamente deu um pulo do sofá.

- Não toca em mim!

     Definitivamente tinha um tom raivoso em sua voz. Os olhos vermelhos, vestígios de lágrimas. Ela segurava um papel e ele reparou brevemente nos dois envelopes sobre o sofá. Gelou o corpo inteiro. Da cabeça à ponta dos pés.

- O que é isso? – Perguntou brando, porque não sabia do que se tratava. Estava nervoso até certo ponto, mas ele era bom em esconder. E como era.

     Camila riu irônica e até mesmo com certo desgosto, ou nojo. Levou a mão livre até o envelope preto e o pegou com os dedos trêmulos se levantando e praticamente jogando o envelope em cima dele.

- É isso que você vai me dizer. O que é isso?

- Eu não sei? – Perguntou realmente confuso, mas com certo medo. Ele nunca tinha visto Camila daquele jeito, então era algo sério.  

     Enfiou a mão no envelope e pegou tudo de uma vez querendo acabar com aquela agonia toda. Ele odiava enrolação sobre as coisas, mas assim que viu do que se tratava arrependeu-se instantaneamente. Camila percebeu, porque ele ficou pálido. Quase transparente.

     Ele olhou para as fotos e para a cara dela, que via detalhadamente a reação dele. Mais do que provada de que aquelas fotos não eram montagens ou qualquer coisa do tipo. Ele realmente tinha a traído com uma tal de Selena. Tal constatação fez com que seu coração vibrasse de raiva. Era estranho, porque ela estava se sentindo extremamente triste, mas não estava sentindo-se quebrada.

- Quem te deu isso? – Perguntou e ela não respondeu. – Quem te deu isso, Camila?

     Justin estava estressado. Agora também era visível, porque de transparente ele pulou para um tom de vermelho em segundos. Ele havia a traído e ainda sentia-se no direito de sentir raiva? Camila achava eu não. Tinha certeza que não.

- Quando você ia me contar, Justin? – Encarou-o dando um passo para a frente ficando bem perto dele. – Achou que a otária aqui não ia descobrir nada, não é?

- Camila... não é isso... Não é... – Ficou sem palavras, porque viu que ela estava sentindo raiva. Ele percebeu Camila escorrer por seus dedos como água. – Não é isso que você está pensando.

- Ah, não? – Que clichê. Ela quis dizer, mas já havia tido sua constatação. Mais nada precisaria ser dito.

- Não. Eu posso explicar! – Seu desespero nasceu quando ela virou as costas para ele e meteu a mão na mala que estava ali no canto, que ele sequer tinha notado. – Camila! – Jogou as fotos longe e deu um grande passo segurando-a pelo pulso.

- Me solta!

- Camila, eu posso explicar! Isso tudo não passa de um engano.

- Me solta, Justin. – Tentou puxar a mão, mas ele pressionou mais forte os dedos.

- É tudo uma brincadeira de mal gosto, você vai ver. Eu te amo, Camila. Eu te amo. – Se aproximou sem notar que apertava o pulso dela mais do que devia.

- Justin, me solta. – Os olhos dela se encheram de lágrimas e, consequentemente, os dele também. Mas ele não a soltou, porque ele não conseguiria senti-la escorrer por seus dedos. – Você está me machucando, me solta. Agora.

     Ele abaixou os olhos e soltou quando viu que realmente estava fazendo força demasiada, tanto que os nós de seus dedos ficaram um pouco esbranquiçados e agora que havia soltado o pulso da latina, via claramente a marca de seus dedos formando uma vermelhidão.

- Me desculpa, eu não quis...

- Eu preciso de um tempo! – Ela disse já saindo. Precisa respirar, precisava pensar... Precisava sair dali o mais rápido possível.

- Não! – Ele disse alto, mas abaixou o tom logo. – Você está terminando comigo, é isso? Estamos noivos. Noivos!

- Eu preciso pensar!

- Você não vai terminar comigo, Camila. Você não vai sair daqui!

     Camila assustou-se, porque jamais tinha visto ele ficar daquele jeito. Uma violência parecia crescer e poderia ser facilmente apalpada ali, mas ela não ia abaixar a cabeça pra ele, jamais. Nem pra ele e nem pra homem nenhum.

- Eu vou! E você não vai vir atrás de mim!

- Camila...

     Ele tentou dizer mais uma vez, mas a latina já estava dentro do elevador e a última coisa que ele viu foram as portas se fecharem. 

 


Notas Finais


Até quinta eu espero aparecer. Talvez antes :)
Quero saber aqui quem assiste Greys Anatomy! bjunda :*


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