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História A arte de não amar quem é importante (Imagine Jeon JungKook) - Bônus: Arte Particular!


Escrita por: eisenhorita

Notas do Autor


Como podem perceber, até a capa desse bônus sofreu uma LEVE alteração, vocês entendem por que, não? *-*

Consegui escrever o bônus (antes do que eu esperava), e vou liberar/finalizar a A arte de não amar quem é importante, para poder me dedicar aos outros projetos...
Sim, estou terminando o capítulo de "Pressão" em breve sai...

Sobre esse bônus, foi feito com muito carinho, ficou "diferente" dos outros capítulos, mas foi "quase intencional", pois eu poderia refazê-los no molde do primeiro capítulo, mas o timing, a dinâmica do bônus é diferente, então respeitei a fluidez da história...
Espero que vocês gostem! Eu não manjo muito das cenas que escrevi... Mas tentei da melhor forma deixar todas leves e bem características de cada personagem haha. (PS: @Vanessatabitop não surta agora, por favor!)

Não betada!
Banner por: @errorseok

Espero que gostem do BÔNUS *-*

Capítulo 5 - Bônus: Arte Particular!


Fanfic / Fanfiction A arte de não amar quem é importante (Imagine Jeon JungKook) - Bônus: Arte Particular!

Era para ser mais um dia normal de mãe de três estudantes, se o pai dos ditos cujos não tivesse passado mal no trabalho e desmaiado no corredor. Horas e mais horas garantidas no hospital, para o médico me explicar que era tudo provocado pelo estresse e sono. Jeon realmente não tinha mais o que fazer, não é mesmo?

Mas eu não conseguia sentir raiva dele, não ao ver como ele estava esgotado na cama. Dormir profundamente, mesmo que não fossem nem oito da noite ainda...

-O que deu em você? Preciso cuidar melhor de você... – toquei sua testa e acariciei alguns fios do seu cabelo, o observando dormir, sentada ao seu lado na cama, enquanto ele se remexia com o meu carinho e se inclinava em minha direção tentando me abraçar, o que fez com que um riso baixo escapasse de mim. – Ele é fofo...

Depois de mais algum tempo velando o sono dele fui cuidar das minhas outras três crianças, que estavam quietas até demais.

-Shin? Eunji? – desci as escadas e os encontrei concentrados em seus celulares, como se a vida deles dependesse disso... E depois de 10 anos com esses pestinhas, passei a descobrir que quase dependiam mesmo, e usei isso ao favor das nossas tarefas domésticas.

-Omma? – o menorzinho (Shin) foi o primeiro a me avistar na escada e sorrir.

-Como o appa está? – Eunji nem ao menos desviava os olhos do celular. Assustador.

-Melhor... Vamos evitar qualquer problema por hoje, tudo bem? – sentei-me entre os dois e os puxei para os meus braços, arrancando o celular de Eunji, que esbravejou automaticamente e me olhou irritado, enquanto eu estava concentrada em ler a tela digital. – Quem é Mi-Young? – encarei o pestinha de cabelo arroxeado.

-Ninguém! – rosnou e tentou tomar o celular de mim, enquanto eu soltava Shin e escondia o celular as minhas costas, arrancando gargalhadas debochadas do menor, que se divertia com o desconcerto do outro. Meus filhos não prestavam, mas eram lindos...

Revoltada com a resposta vaga, levantei do sofá e passei a caminhar a passos largos pela sala, lendo as mensagens trocadas entre eles, sorrindo com o que lia, eram mensagens fofas e pertinentes a idade e ao primeiro amor; mas Eunji continuava a me perseguir atrás do seu celular.

-Omma! Devolve! Isso é invasão de privacidade... – corria atrás de mim tentando alcançar o telefone, enquanto Shin estava jogado sobre o sofá, apenas apreciando ao espetáculo do constrangimento do irmão. Ele de fato era o pior, o mais magrinho e esperto... Em 3 ou 4 anos, ele me daria mais trabalho...

-Devia ter me respondido quando dei a chance então. – olhei para o menor ainda atrás de mim e lhe lancei um sorriso debochado. Eles sabiam que quando eu queria descobrir algo, eu descobria; não ficava dando voltas como o pai deles, até que eles soltassem... Eu não tinha essa paciência!

-Namoradinha nova, Eunji? – Rose apareceu na porta de entrada, rindo da cena.

Sorri ao ver minha pequena caminhar até onde estávamos e depositar um beijo na testa do irmão e me deu um abraço forte. Sempre tão carinhosa...

-Noona! – Eunji resmungou irritado, mas já derrotado. Cruzou os braços na altura do peito e me encarou com raiva.

Ri para o meu pequeno e lhe entreguei o aparelho, bagunçando o cabelo dele.

-Leve-a para tomar sorvete na Dona’s nessa sexta, eu levo e busco vocês, podem ficar o dia lá e ir até o parque... – sugeri simpática e ele ficou roxo de vergonha, correndo para seu quarto.

Encostei-me na parede, de frente para Shin, que me olhava sorrindo. Ele sabia o que eu queria dele, desviou o olhar três, quatro vezes e riu jogando a cabeça para trás, antes de se pronunciar:

-Não vou entregar o primeiro amor do Eunji, omma! – ele deu seu melhor sorriso e Rose caminhou até o mesmo para beijar-lhe a bochecha.

-Ela é bonita pelo menos Shin? – Rose sentou-se ao lado do irmão e o abraçou de lado.

-Sim... – assentiu com a cabeça. – Filha do diretor... – ele me olhou sério e depois riu alto. – Eunji não tem chances!

Esse comentário me fez endurecer a postura e encarar seriamente Shin até que ele corresse pro seu quarto gritando.

-Retiro o que disse!

-Eunji... – soltou um riso fraco. - É mãe, você está bem feita com esses dois... – Rose suspirou sorridente e me direcionou o olhar. – Como está o appa?

-Dormindo... – andei até a cozinha e busquei um copo de suco para Rose, que aceitou de bom grado e finalmente largar a mochila ao seu lado. – O médico disse que foi o estresse, e noites mal dormidas... – suspirei, ainda preocupada com Kook. – Pode ir vê-lo, filha. Só tome cuidado para não acordá-lo.

- Tudo bem...

Ela subiu e foi ver seu pai, enquanto eu limpava a pequena bagunça que estava na sala.

 

(...)

Duas semanas se passaram e tudo tinha voltado ao normal, com exceção de Eunji que passou a ser alvo das curiosidades e piadinhas do irmão gêmeo e das minhas, confesso.

Tínhamos planejado deixar as crianças com Taehyung e com Jin, era sempre assim. Todo ano eu liberava uma semana com os tios deles. Mas Rose sempre me deixava com o pé atrás. Pois inacreditavelmente Jin conquistou o lado romântico de Rose, que fantasiava que seria possível um amor de conto de fadas entre os dois, mesmo com os mais de 20 anos de diferença...

 

-Rose, por favor, entenda! Não tem como acontecer... – suspirei frustrada, enquanto seu pai ainda a encarava atônito com toda a informação.

Rose tinha apenas 14 anos, não tinha uma boa percepção do que era passível de acontecer e de se negociar, e o que não...

-Mas eu o amo! – Rose jogou-se na cama e nos encarou irritadiça, era muito raro ver minha filha assim, mas esse era um dos raros momentos.

-Ele é seu tio, Rose! – Kook sussurrava, ainda transtornado.

-Por que não olha para Mingyu? – Mingyu era o filho adotivo de Jin, lindo, com seus 17 anos a flor da pele, um menino de ouro e muito educado. Era o companheiro fiel do pai, não deixava Jin sozinho por 24 horas.

Rose fez uma careta engraçada e negou com a cabeça.

-Não. Eu não gosto dele assim... – cruzou os braços e continuou a me olhar, como se ao me convencer de algo, fosse fazer com que esse amor platônico fosse possível...

-Vocês se dão bem... – Kook ainda estava abalado e olhava fixamente para o chão. Foi um choque muito grande para ele... Eu já imaginava que Rose poderia vir a confundir um pouco as coisas com a relação carinhosa do Jin, mas ela me surpreendeu...

-Isso não quer dizer nada pai! Mingyu é um amigo. Filho do Jin. – até a forma como ela pronunciava o nome dele tinha mudado.

-Mas ele é um bom rapaz, filha. O Jin é seu tio, nunca te viu ou vai olhar assim... Você está confundido as coisas... – ela levantou-se chorosa.

-Por que não acredita em mim, mãe? – estendi meus braços e a abracei, deixando que ela chorasse.

-Filha, olhe para o filho e não para o pai, por favor. – beijei sua testa e acarinhei seus cabelos negros. – Jin vai continuar sendo seu príncipe, como sempre foi desde que você nasceu...

Não foi fácil segurar as emoções de Rose e cuidar dos gêmeos. Mas Jin, eu e Kook fizemos um bom trabalho... Não foi como eu esperava, mas Rose se acalmou. Eu sabia que no fundo ela ainda lutava para superar seu primeiro amor, e a proximidade dela com Mingyu podia interferir nisso tudo. O menino, além de filho do Jin, era parecido com o mesmo em muitos aspectos.

Acredito que Mingyu saiba do que Rose nutria pelo pai dele, mas em nada alterou a forma como ele a tratava. Jin assegurava que Mingyu no fundo sentia algo por Rose, mas era da moda antiga e esperaria por algum sinal da mais nova para que ele pudesse ficar mais próximo. Se bem conhecia Rose, e ela era parecida com seu próprio pai, ela iria complicar tudo de uma forma linda! Mas acabaria se deixando envolver por um homem como Mingyu, pelo menos era o que eu mais pedia ao universo. Quem não gostaria de ter um genro assim?

 

Rose pediu para que a deixássemos passar a semana na casa de Jin, Shin não pestanejou em escolher a cada do tio e se livrar de Eunji, que praticamente implorou para ser mandado para casa de Yoongi, pois não suportava mais perguntas sobre um namoro que nem acontecia... Taehyung nunca o deixaria em paz, ele era pior do que eu e Shin juntos! Então cedi com piedade ao meu filho e Yoongi o recebeu muito bem. Eunji amava a casa de Yoongi e Jimin, dizia que tinha os melhores padrinhos que poderia ter, e eu não discordo, Yoongi sempre foi muito presente na vida de Eunji e o amava como se fosse filho dele também. E Jimin... Bom, esse homem era de fato o melhor companheiro do mundo, me pergunto por que Jeon JungKook não podia ser um pouco mais maduro e ter timing perfeito como Jimin... Mas não podia reclamar, sabia que o pai dos meus filhos fazia o seu melhor. Tanto fazia, que levou uma semana para se recuperar da queda em sua saúde.

-Kook, você está mesmo bem? – não consegui segurar minha preocupação.

Ele parecia cansado, abatido... Estendi minha mão até tocar-lhe o rosto e ele fechou-os, suspirando, o que só me preocupou mais, fazendo com que me virasse na cama para ficar de frente para ele. Provavelmente já passava das onze horas da noite, mas eu não conseguiria dormir sem entender porque Kook estava tão frágil ultimamente.

-Não foi nada, amor. – abriu os olhos, direcionando-os para mim e sua voz rouca emergiu quase como um sussurro no quarto em silêncio e escuro, levemente iluminado pelo reflexo da lua que adentrava pela janela de grades aberta.

-Tem algo que você não está me contando... Você está diferente... Está ficando adoentado muito fácil, Kook. Diga para mim, o que houve? – acariciei novamente o rosto.

-Nada demais... Não se preocupe. – ele tentou sorrir e virou seu corpo de frente para o meu também, afofando o edredom estendido sobre nós dois.

-Você parece... – dei uma pausa, analisando suas feições e relembrando tudo o que conhecia sobre esse homem. – Preocupado com algo. – suspirei já quase desistindo de ter aquela conversa, ela não parecia querer colaborar.

-Mês passado... – ele pausou e eu pude ver o quão tenso ele ficou, pude sentir a mão dele em minha cintura, me puxando para mais próximo de si. – Lembra quando conversamos?

Ele não estaria se referindo àquela sexta-feira em específico, estava? Senti meu coração acelerar só de pensar que ele ainda pensava nisso...

Como não respondi, ele continuou a me olhar calmamente e me fez sentir sua mão em contato com minha pele por debaixo da camiseta do pijama, acariciando minha cintura.

-Sei que se lembra... Você se recusou a casar comigo. –Ah! Era exatamente isso o que eu temia...

-Kook... Por favor, não pense nisso. –suspirei frustrada, e ele pode perceber por minha reação que eu não estava gostando do rumo da prosa.

-Por que me rejeita? – manteve-se impassível, mas eu sabia bem o quão frágil ele podia ser, o quão teimoso e insistente também. – Às vezes não sei se você me ama... Parece como se... – ele fez uma pausa e desviou o olhar do meu, enquanto eu esperava ele terminar aquele absurdo. – Parece como se com os anos eu tenha voltado a assumir a posição de apenas pai dos seus filhos.

Não era possível! De novo esse assunto... Mais uma vez ele queria discutir a relação, procurando problemas onde eu não enxergava. Como ele podia pensar que eu não o via como homem, quando eu sempre demonstro em palavras e carinhos?  Quando me desdobro em 5 para conseguirmos ficar juntos a cada semana, ou me empolgo por passar uma noite mais sozinha com ele? Eu não consigo entender a forma dele ver nossa relação...

-Kook... Não me faça querer te bater, você ainda está adoentado... – ele não riu e tampouco se mostrou afetado pela minha sinceridade, continuava com o olhar triste. – Como pode dizer que só te vejo como pai dos meus filhos? Se fosse só isso, eu já teria te socado e colocado para fora... Você tem 3 monstrinhos como filhos! Eles me deixam louca. E você está me deixando também... – o encarei mais dura, pois aquele assunto realmente me incomodou. Era o mesmo que desconfiar do meu amor, seja por erro de percepção, ou não.

- Eu sinto que você me ama, mas tenta me entender... Se nos amamos tanto, não somos mais adolescentes... Temos três monstrinhos, uma casa... Uma vida juntos. Por que não aceita se casar comigo? –suspirei fechando os olhos, me controlando para não usar nenhuma palavra errada, ou inadequada. Tudo o que eu menos precisava era uma briga com Jeon, com uma semana inteira a sós pela frente, inteirinha ao nosso dispor e vontade. Eu tinha pegado até férias no trabalho, e Kook conseguiu folgas em dias alternados, o que já facilitava muito a nossa vida de casal, desde que não brigássemos naquele momento, ou seria um belo inferno.

-Porque eu já me sinto casada com você! – abri meus olhos após segredar em alto e bom som, e vislumbrei um Kook surpreso e levemente corado. -Eu não preciso de vestido ou festa para me mostrar o que temos. Eu não preciso mostrar para ninguém nossa vida. – essa era a verdade, que eu pensei que o idiota sabia, mas pelo visto não. -Eu te amo o suficiente para não precisar de formalidades, Kook. Eu amo você, como pai dos meus monstrinhos e como homem, todos os dias da minha vida desde que nos esbarramos na entrada daquela faculdade. – enquanto eu falava, o que pensei não ser necessário ser dito, eu observava ele segurar um pequeno sorriso no canto dos lábios e me olhar de uma forma diferente de alguns minutos atrás. Se ele estava entendendo, eu não sei. Mas que estava gostando? Ah, disso não tenho dúvidas! – Sei que não sou muito romântica, mas você sabe como sou.

-Você não era assim... – ele disse zombeteiro, não segurando o riso e forçando-me a rir da própria sentença.

-Eu era quando te conheci... – pausei para finalmente assumir como as coisas evoluíram. – Depois me apaixonei e enlouqueci um pouco e fiquei um pouco melosa... Até você romper comigo. – Suspirei me lembrando de tudo o que já passamos. E me aninhei em seus braços, o abraçando, enquanto suas mãos acarinhavam minha cintura, me mantendo próxima do seu corpo. Eu podia até mesmo ouvir o “tum tum” do coração do homem que eu amava. – Depois de então... Ainda mais com um homem que não saber a arte de não deixar a toalha molhada em cima da cama que divide comigo, não é? Não tive mais concerto. –segurei o riso, aproveitando para me deleitar com a sua gargalhada gostosa, tendo a certeza de que seus dentinhos da frente levemente avantajados estavam a mostra, como eu tanto amada, e fiquei alguns instantes em silêncio, antes de falar o que ainda precisava ser dito para reafirmar todo o conteúdo amoroso anterior. - Mas eu não tenho dúvida do que sinto por você.

-Eu amo você. – ouvir sua voz mais rouca e próxima, nunca seria algo para o qual eu estaria preparada, e ainda menos, quando acompanhado de um beijo casto em minha testa e seus braços me apertando carinhosamente em seus braços. –Eu só queria oficializar, mostrar para o mundo que estávamos bem, que estamos juntos... – ele sussurrou, mas pude perceber que sua tensão tinha baixado.

-Eles já sabem... – pressionei meus braços ao redor do corpo firme a minha frente, inalando seu perfume. Meu perfume favorito: o dele, o mais natural possível, sem as gotas do perfume de marca que decorava a cômoda do nosso quarto. Fechei meus olhos e aproveitei de seus carinhos.

-Não há nenhum jeito para que eu faça você mudar de ideia? – pude sentir certa insegurança, mas logo senti sua destra habilmente se colocando dentro da minha camiseta e deslizando por minhas costas, dedilhando minha pele, me distraindo o suficiente para que eu não percebesse seus movimentos até que já estivéssemos mais afastados e com os lábios grudados em um selar demorado, que tão logo se transformou em um encaixe de lábios, que evoluiu e fez com que eu me esquecesse de que aquilo era uma armadilha, já encurralada na cama por seus braços ao meu redor.

-Kook... – sussurrei entre o beijo, recebendo um sorver nada delicado em meu lábio inferior, sinalizando que mais um beijo se iniciava, sem previsão de término. Ok, poderíamos terminar a DR mais tarde, Kook nunca deixa nada passar!

 

(...)

Rodei, rodei e quase cedi. Isso mesmo “quase”, pois sou uma Jeon também e não iria simplificar a vida do mais novo. Não estou aqui para facilitar nada não, mas para complicar!

Com três filhos adolescentes a tira colo... Sim, porque desde que Eunji e Shin completaram 13 anos, a vida foi uma constante roda gigante sem stop. Ás vezes muito bonito e legal com a vista lá de cima, mas ás vezes... Um terror de dar dor de cabeça e medo da queda.

E Rose não ficava atrás... O que dizer quando se presencia a própria filha tomando as rédeas da situação e agarrando alguém? Bom, até aquele dia eu não saberia dizer, muito menos o Kook, mas o que não pude evitar foi rir muito da ousadia dela, vemos claramente a quem ela puxou, não é mesmo? Mingyu, com 21 anos nas costas, foi encurralado pela menor e agarrado. Como isso foi acontecer? Não acompanhei o processo, mas a julgar pela cena...

 

Era sábado à tarde eu decidi que seria um bom negócio passar na casa do Jin para pegar umas mudas das roupas dos meninos, que ficaram lá no último final de semana. Jin estava concentrado em cozinhar algo, então me dirigi ao quarto de hóspedes para pegar as roupas, e tamanho foi o meu espanto ao passar pela porta do Mingyu (que estava entreaberta) e vê-los em uma posição um pouco comprometedora.

Mingyu estava deitado na cama e olhava assustado para Rose que - muito valente, diga-se de passagem – prendia os dois braços do menino na cama e estava sob o corpo do mesmo entre suas pernas.

-Rose, o que está fazendo? Levanta... – era até engraçado presenciar a forma como a voz mais grossa do jovem de 20 anos saiu tão sussurrada. Ele parecia amedrontado. Mas por quê? Se Rose era mais nova, menor, mais frágil do que ele... A minha resposta era: ele gostava dela! Eu sempre soube.

Espiar... Sei que é errado, mas mães fazem coisas erradas. E minha filha não estava lá fazendo muita coisa certa ao estar na casa do seu tio (vulgo: primeiro amor de infância/adolescência) no quarto do filho dele o agarrando como se não houvesse amanhã... Ah se o Kook presenciasse essa cena, teríamos um desmaio e entrada no hospital, de certo...

Eu queria ver até onde Rose tentaria ir com aquela cena... E até onde Mingyu a deixaria ir, ele era tão bom rapaz... E Rose com certeza cedeu aos encantos do moço.

- Mingyu! Por que está fugindo de mim? – a voz manhosa de Rose não escondia sua raiva. Comecei a cogitar mil possibilidades...

-Rose, olha... Não vamos complicar as coisas. Você não gosta de mim assim, que eu sei. – Oh coitado... A sua futura sogra previu há 4 anos atrás que ela gostaria de você, por que tão lerdo?

Nada mais foi dito e eu abafei um possível nada discreto grito de surpresa e animação, com minhas duas mãos para não chamar a atenção de Jin e nem atrapalhar a cena que vi. Rose simplesmente beijou Mingyu, sem o deixar terminar de falar. Pisquei diversas vezes, me certificando de que o que via era real: Rose tinha beijado Mingyu, e o mesmo estava cedendo, aos poucos, mas estava.

Agora era oficial: Mingyu era parte da família Jeon... Rose nunca tomaria uma atitude dessas sem motivo ou sem querer, ainda mais com Jin na cozinha. Aliás, que belo distraído, se os dois fossem mais ousados e quisesse experimentar na prática os conhecimentos de tentativas de reprodução sexual sozinhos, Jin nem desconfiaria.

Para não atrapalhar o primeiro beijo do casal, sai de fininho e fiz o que tinha me proposto a fazer, indo para casa sem me despedir e contar ao Kook que devíamos chamar Mingyu para passar uns dias lá em casa. Quem sabe assim Rose não abriria a novidade para família, e também ganharia mais tempo e espaço para convencer Mingyu de que ela gosta dele?

E foi o que aconteceu! Rose conseguiu o que queria e transformou a amizade deles em namoro, sem direito a rompimento de amizade. Mingyu cedeu às vontades de Rose e se rendeu a sua paixão adolescente por minha filha, o que rendeu festas e mais festas em família, e uma aproximação ainda maior com Jin. Aliás, éramos todos uma grande família.

 

Família essa que não foi convocada ao momento de minha maior insanidade, quando decidi por dar minha quarta maior prova de amor ao Kook, porque as três primeiras me foram impostas: três filhos (sendo um parto de gêmeos!).

Os três monstrinhos rumaram cada qual para casa de seus padrinhos e nos deixaram sozinhos em casa durante todo o feriado. Kook tinha acabado de chegar do trabalho e tinha ido tomar uma ducha, então não tardei em me arrumar e apagar todas as luzes do nosso quarto, esperando do lado de fora para saber quando ele terminasse o banho.

Assim que o bonitinho de toalha amarrada na cintura e cabelo recém-lavado acendeu as luzes eu adentrei o quarto, um pouco corada. Eu não estava acostumada com aquele tipo de exposição e muito menos com aquela roupa.

Observei a surpresa dele ao me ver em um vestido de noiva branco rendado bem a sua frente, e não conseguindo evitar um sorriso ao ver o brilho no seu olhar e a forma como ele buscava algo para falar mas nada saia da sua boca entreaberta. Eu o havia surpreendido.

-V-você... – gaguejou e não conseguiu desviar os olhos do meu vestido, dividindo sua atenção entre ele e meu olhar, como se procurasse confirmação do que estava acontecendo ali.

Caminhei lentamente até ele, ainda estranhando o vestido colado ao meu corpo e que tinha um caimento suave e discreto dos meus ombros até a altura dos meus joelhos, com detalhes em renda em todo o contorno da cintura e busto do vestido. O salto alto (mediano) branco também não me dava muita confiança para não sentir vontade de cair a cada passo que dava. A verdade era que eu estava nervosa, estava me prestando a um papel que jurei nunca me dispor a pagar, mas era o Kook à minha frente, o pai dos meus filhos, com quem eu dividia a minha vida há mais de 18 anos, como eu poderia me negar a tentar?

-Você me convenceu... – sorri tímida e ele caminhou em minha direção, deixando finalmente um sorriso se alastrar em seu rosto, e a forma dócil como ele me olhava aqueceu meu coração e fez tudo aquilo já ter valido a pena. Ele segurou minha mão e deixou que eu chegasse até ele. – Mas vamos fazer do meu jeito, por favor... – mordi meu lábio inferior, ainda apreensiva quanto a sua reação.

Ele afirmou com a cabeça e olhou novamente o meu vestido.

-Você está linda... – sua voz sussurrada fez com que eu sentisse as tão familiares borboletas, mas não no meu estômago, por todo o quarto. Eu sentia como se tudo fosse uma festa só minha e dele, e meu coração batia em um ritmo, que eu desconfiava ser por dois. E minha situação só ficou mais crítica com o beijo em minha testa que recebi dele.

-Seremos só nós dois. Aqui, nessa noite, vamos nos casar. Você aceita? – pude sentir meu rosto esquentando, e vi minha felicidade refletida no rosto dele que sorria e ria ao mesmo tempo, me puxando para si com as duas mãos em minha cintura e dizendo vários “Sim!” em tons sussurrados e engasgados pelo seu nervosismo, que só não era maior do que o meu.

O plano inicial era nos colocarmos diante da janela e fazer as juras de casamento olhando a lua, mas suas mãos em minha cintura fizeram eu remodelar todo o plano, a janela ainda estava aberta, e se eu virasse um pouco o rosto eu conseguiria ver a lua, então já bastava.

-Eu te recebo Jeon JungKook, como meu marido. E te prometo ser fiel, amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, quando você esquecer a toalha molhada em cima da cama, ou quando derrubar o pó de café no chão, e também quando me provocar... – eu pude o ver segurando o riso e me mostrando novamente aquele sorriso mais infantil dele, o mais puro. - Por todos os dias da nossa vida, até que a morte nos separe.

- Eu, Jeon JungKook, te recebo como minha esposa amada. E prometo ser fiel e leal à você, te amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, nas suas crises enlouquecidas, na preocupação, e principalmente por cada gesto seu como mãe, como minha mulher. Eu prometo ser a melhor versão de mim, para que nunca desista de nós dois, para que sempre se orgulhe do homem que tem ao seu lado, do pai dos seus filhos... – a essa altura, com aquela voz delicada e gostosa de ouvir, declarando em meio ao seu voto tudo o que sentia por mim, me senti uma fraca, chorando sem conseguir mais evitar. Ele me olhava com tanto carinho, que eu me perguntava como pude trata-lo com tanta indiferença por tantos anos no passado... Aquele olhara sempre esteve lá, desde que Rose nasceu, e na época dos nossos encontros na faculdade. Era ele ali, de corpo e alma. – Vou amar essa minha mulher louca e extraordinária por todos os dias da nossa vida, sem me cansar ou pensar em desistir, até que a morte nos separe. – eu acho que a trilha sonora de soluços discretos que partiam de mim fez tudo ter o nosso toque especial, e meu sorriso correspondendo o seu foi inevitável. – Pensando melhor... – sussurrou encostando seu nariz no meu e olhando diretamente em meus olhos com um sorriso encantador de lado. – Duvido que a morte consiga nos separar ou apagar esse amor... Eu não deixarei que me tirem você.

E não houve tempo para mais nada, sua boca tomou a minha carinhosamente em um beijo que me fez entender porque eu chorava tão emocionada, mas esquecendo-me completamente de chorar, não era preciso... Eu o amava, ele me amava. Estávamos casando ao meu modo... Eu não podia me sentir mais realizada.

A verdade é que quando eu afirmo que casamento dá muito trabalho, eu não estou errada, e isso se comprova pela forma como nosso casamento foi perfeito, silencioso e intimo, assim como a facilidade que tive com as vestimentas não convencionais de meu esposo na ocasião, enquanto ele brincava com meu vestido de noiva até despir-me por completa e me deitar consigo em nossa cama.

Se houve alianças? Claro que houve... Em mais um episódio meio meloso e estranho entre o nosso amanhecer entre beijos e abraços e o nosso café da manhã na cozinha. Eu mesma tinha providenciado as alianças, finas, em prata e gravadas com nossas iniciais, com três datas em miniatura no interior de cada anel.

A data do nosso primeiro aniversário de namoro;
A data do nascimento de Rose, quando ele se mudou oficialmente de mala e cuia para a minha casa;
A data do nosso casamento.

Foi o mesmo que fazer uma obra de arte naquele anel, mas ficou do seu agrado e ele parecia a mulher do casamento, todo sorridente e manhoso, fazendo com que eu entrasse na sua dança e aprendesse dia após dia a amá-lo de uma maneira diferente, não esquecendo de ser quem somos, de cuidarmos da nossa rotina tumultuada e de nossos três little monstrinhos adoráveis. Ele me ensinou a amar e a ser amada, mesmo não estando acostumada, e ainda acreditando que não levo jeito para essa arte...

de amar quem é importante.

 

Fim


Notas Finais


E então, aprovado?
Decepcionei alguém? Espero que não...
O que acharam/sentiram com esse bônus? Ah e essa é a hora de vocês fazerem um balanço geral sobre A arte de não amar quem é importante... Aproveitem e me falem nos comentários se essa história prendeu você, se mexeu com seus sentimentos... Se vocês gostaram até o último ponto final... Enfim, "desabafem" Vou amar ler!

Agradeço novamente por TODO O CARINHO, que você devotaram a mim e a "A arte de não amar quem é importante!", vocês me surpreenderam e muito, mesmo! Nunca imaginava que ela fosse ter a repercussão que teve... Um obrigada mais do que especial as minhas leitoras guerreiras que divulgaram essa fic nas redes sociais, e passaram adiante com todo o amor! Obrigada! Nenhuma palavra será capaz de explicar o quão grata e lisonjeada estou com esse projeto, com as pessoas que conheci através dessa história. Obrigada por terem feito de "A arte de não amar quem é importante!" o que ela se tornou, um marco, um "local" gostoso de estar. Valeu mesmo, docinhos!

Vou seguir com meus projetos, mesmo com a vida apertada. Espero que eu não tenha decepcionado ninguém!
Caso sintam a minha falta... Podem me encontrar aqui:
(NOVA) Projeto do Passado (Imagine Im JaeBum - JB): https://spiritfanfics.com/historia/projeto-do-passado-imagine-im-jaebum--jb-9195311
(NOVA) Pressão (Imagine Jung Hoseok): https://spiritfanfics.com/historia/pressao-imagine-jung-hoseok-9114471
Extensão-Yoongi: Uma vida ao seu lado (Imagine Park Jimin) : https://spiritfanfics.com/historia/uma-vida-ao-seu-lado-imagine-park-jimin-8107668

Retido (Jeon JungKook e Kim TaeHyung): https://spiritfanfics.com/historia/retido-jeon-jungkook-e-kim-taehyung-8217287
Evidências (Imagine Park Jimin): https://spiritfanfics.com/historia/evidencias-imagine-park-jimin-8345682
Retido (Jeon JungKook e Kim TaeHyung): https://spiritfanfics.com/historia/retido-jeon-jungkook-e-kim-taehyung-8217287
Admiradora Secreta? (Imagine Woozi (Lee Jihoon) - Seventeen): https://spiritfanfics.com/historia/admiradora-secreta-imagine-woozi-lee-jihoon--seventeen-8823179
15 meses -Min Yoongi: https://spiritfanfics.com/historia/15-meses-8700448
First - Imagine Kim NamJoon: https://spiritfanfics.com/historia/first-imagine-kim-namjoon-8489699

Kisses da girafinha, docinhos!


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