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História A Arte do Caos - Cap 27: Primeiro Comando.


Escrita por: ShinukyNaLu

Capítulo 27 - Cap 27: Primeiro Comando.


- Terminamos de posicionar todo o equipamento. – Doranbolt disse assim que entrou no hall da Fairy Tail.

O ambiente estava tomado de soldados andando de um lado para o outro dando ordens, afiando armas, trazendo mensagens. A guilda tinha tornado-se um forte de combate. Lahar soltou um suspiro pesado entes de erguer a cabeça dos mapas e olhá-lo.

 -Ótimo.  – apertou os olhos. – Em breve esse lugar vai se tornar um campo de guerra. Teremos que levá-lo para lutar em uma dimensão alternativa com uma cópia falsa de Magnólia. Isso vai manter as coisas fora de perigo.

-É, mas a interdimensionalidade só vai durar por uma hora. Acha mesmo que vamos conseguir derrotá-lo nesse prazo?

As mãos se fecharam em punho em cima da mesa.

-Não temos escolha. Temos que conseguir, ou o povo de Magnólia inteiro vai pagar o preço.

-Não seria melhor evacuarmos a cidade.

O conselheiro balançou a cabeça negativamente.

-As pessoas não sairiam de suas casas. Elas pensariam que é apenas especulação. Além disso mantivemos aquele incidente em segredo. O festival das Flores reúne pessoas de todos os cantos. Tirar todos daqui pode ser quase impossível e podemos perder nossa única oportunidade de pegar o Akira. Seria melhor evitar o pânico.

-Mas,...

-Não se preocupe. Pedi reforços. Se não o derrotarmos em uma hora os soldados vão retirar o máximo possível de pessoas da cidade.

Doranbolt abaixou a cabeça. Tinha evitado o pessimismo até agora, entretanto não conseguia mais evitar as duvidas. Apertou os lábios antes de perguntar.

-E como vamos vencê-lo? – não conseguiu manter o tom tranqüilo. O pânico encontrou uma brecha em suas palavras.  – Quer dizer... o único que conseguiu fazê-lo recuar foi Acnologia quando se transformou naquela... – franziu os lábios. – coisa!  

Os flashes do dragão negro voaram por sua mente. Todos próximos a floresta conseguiam ver a fera.

-Não sei. – falou sincero.

As imagens de Lucy, sua única esperança para conseguir desdobrar Acnologia, dizendo um talvez na sua cara o fez ter raiva. O sol já estava se pondo, a batalha começaria em breve e ambos haviam sumido sem lhe dar uma resposta. Isso o deixava apreensivo.     

-Nossa única opção é usar os Dragon Slayers. Vamos colocar o plano em pratica. Não podemos depender dele. – respondeu, recusando-se a pronunciar o nome do Dragão.

Sem querer contrariar seu superior o mago se calou, sentindo a necessidade de forçá-lo a pensar em algo.

-O que faremos?

Respirando fundo Lahar deixou o que sua idéia temporária vazasse por seus lábios.

-Os batedores já estão vasculhando a cidade atrás de Hizami. Quando o encontrarem, vamos usar magos classe S para forçá-lo a se transformar. Quando ele fizer isso vai entrar na inter-dimensão.  Então só nos resta atacar com todo poder de fogo que temos. Armas, magos, e os Caçadores de Dragões.

Doranbolt puxou os cabelos da nuca em um gesto exasperado.

-Isso não é bem uma estratégia.

O conselheiro balançou a cabeça, concordando.

-Pode não ser, mas é a única que temos.

-Entendi.  E quanto a outras guildas?

Outro balançar negativo.

-Não vão chegar a tempo. – Virou-se para seu mais leal soldado. – Preciso que traga Sting e Rogue. Sei que será difícil, mas é nossa única chance.

O mago sorriu, confiante.

-Não se preocupe. Aperfeiçoei uns truques há algum tempo. 

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-Temos que agir rápido. – Sussurrou Erza para Laxus e Jellal, atrás de suas costas.

Podiam observar facilmente Hizami com um andar superior, despojado e tranqüilo, pelas ruas mais afastadas do centro e um sorriso idiota na cara. Os batedores o tinham encontrado. Apertou o couro no cabo de sua espada. Ele quem tinha matado Lucy.

-Não se preocupe. Ele tem um ego muito grande, vai querer usar todo o poder que possui só por diversão. – disse Jellal no mesmo tom. Apertou os olhos avaliando seu alvo. – O que eu não entendo é que ele deveria ter nos percebido. Acnologia ou os outros Dragon Slayers teriam sentido nosso cheiro há horas.

Hizami Akira não tinha sofrido muitas mudanças. Obviamente ele não conseguia esconder seus novos traços dracônicos com perfeição, mas as pessoas, já acostumadas a traços mais esquisitos devido aos magos, não se importavam e tratavam aquilo como normal.

Os olhos felinos, as orelhas pontudas e os caninos afiados. Já era algo bem cotidiano.

-Ele ainda deve estar se acostumando. – esclareceu Laxus. – Não é tão fácil controlar esses sentidos e poderes. Ele já deve saber fazer isso em cidades pequenas, mas em grandes metrópoles com uma massa expansiva de pessoas e produtos é bem mais difícil separar e identificar cada cheiro. É muita gente, muitas mercadorias e luzes. Confunde muito quem não tem pratica. O festival contribui para que tudo triplique. Ele não vai nos ver fácil, principalmente se estiver atrás de outra coisa.

Erza balançou a cabeça em agradecimento.  Tantas pessoas no Hanami finalmente traziam algo de positivo. 

-Então vamos esperar até que ele se distancie da multidão.

-Ok. – responderam em conjunto.

E pulando discretamente entre os telhados, seguiram Hizami que ia de encontro a algumas prostitutas que vagavam por uma das praças de Magnólia. Era a hora perfeita.

Saltando do telhado, Erza empunhou sua espada com ambas as mãos, desferindo um ataque poderoso que cortaria seu adversário se ele não tivesse conseguido saltar e desviar. Jellal o atacou assim que teve a oportunidade de pisar no chão, a explosão dourada lançando-o mais para o centro da praça, onde todos já haviam saído, desesperados. Para finalizar, Laxus atingiu-lhe com um raio certeiro que o fez gritar com a dor.

-Você já foi melhor antes, seu merdinha! – insultou o louro sorrindo.

Com as roupas em farrapos, Hizami riu.

-Fairy Tail. – pronunciou o nome com desdém. O sorriso debochado mostrando todos os dentes não saiu de sua face. – Acharam mesmo que conseguiriam me derrotar assim? – Ergueu as mãos em descaso, rindo mais uma vez. – Então, vamos ver o que acham do meu mais novo poder.

Envolto por uma luz brilhante e quente, as escamas bege começaram a aparecer, seu tamanho aumentou, e olhos dourados acompanhados de fileiras de dentes sorriram maldosamente para os magos.

-Eu disse que ele era um idiota narcisista*. – murmurou Jellal.

Um circulo mágico enorme azul apareceu embaixo do dragão. Tão rápido quanto apareceu ele sumiu, levando a fera junto.

-Vamos! – Exclamou Erza, jogando a lacrima inter-dimensional  e abrindo um portal para a dimensão paralela.

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Alçou vôo agitando a cabeça de um lado para o outro. Olhando de cima pode identificar a cidade fantasma. A cópia exata da cidade das flores, mas sem uma alma viva. O por do Sol foi trocado por um céu arroxeado e conturbado.

-Entendo... Dimensões paralelas. – murmurou para si mesmo.

Uma massa de magia, composta por diversos elementos chocou-se contra a lateral de seu corpo, fazendo-o cair dos céus, arrastando e quebrando as casas desabitadas .

-Coloque mais força nesse bafo, Salamander!

-Cale a boca, Redfox! – Rebateu, fuzilando-o com os olhos.

-Parem com essa discussão. – Rogue apareceu das sombras junto com Sting.

O louro estremeceu.

-Odeio quando você faz isso. Suas sombras são estranhas.

Ignorando seu irmão adotivo, prosseguiu.

-Precisamos nos focar. Ele ainda é bem poderoso. Só temos uma hora para eliminá-lo.

-Claro. – a voz reptiliana retumbou no local desértico. Levantou vôo outra vez, os escombros das casas caindo de suas costas no processo. Sorriu avistando mais magos de alto nível e algumas armas do conselho. Os dentes afiados ficaram ainda mais expostos. – Uma guerra particular? Vai ser interessante. Entretanto, pensaram mesmo que estou sozinho?

Um par de novos círculos mágicos, de cor azulada, apareceram nos céus.  Deles saíram mais dois dragões, um totalmente negro com o focinho fino, a calda e crista em laminas que pareciam espadas foscas, o outro era alaranjado com inúmeros espinhos longos espalhados por todo o corpo; não possuía patas na frente, apenas asas tomando o lugar dos braços e pernas fortes com garras grossas e enormes.

-Três dragões? – murmurou Jellal, que havia entrado na dimensão pouco antes da dupla aparecer.

O Akira riu.

-Você ficaria surpreso com a quantidade de dragões que partilham da minha crença de que somos superiores aos humanos. Vamos começar!

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  Olhava para seus pés a todo momento enquanto caminhava. Não sabia onde iria, só o que queria é que suas costas pesassem menos, seu peito parasse de latejar e sua cabeça ficasse um pouco mais organizada.

Ergueu os olhos para o céu. O Sol iria se por em breve. Finalmente parando para ver onde estava viu as crianças brincando em meio a grama, flores e arvores de cerejeira. Estava em um parque. Com um suspiro pesado, encolheu os ombros e foi sentar-se em um dos bancos. Deixou seu corpo cair pesado, jogando a cabeça para trás. Fechou os olhos. O que tinha feito?

Não se sentia bem. Era como estar enjoado de si mesmo. Será que só tinha talento para pisar em ovos?

-Com licença? – abriu os olhos, erguendo a cabeça rapidamente. – Desculpe, estava dormindo?

A mulher desconhecida de cabelos negros curtos, vestido simples de linho marrom o encarava. Seus olhos negros estavam vermelhos na esclera e as olheiras um pouco pronunciadas. Ela tinha chorado.

Balançou a cabeça, negando. Ela suspirou aliviada.

-Ainda bem. Posso me sentar? – perguntou, apontando para a área vaga do banco ao seu lado.

Franziu o cenho. O banco era publico, óbvio que ela poderia sentar. Sua cara devia estar bem ruim para precisar de permissão ou algo assim. Com esforço reprimiu a careta para não assustá-la e balançou a cabeça outra vez, positivamente.

-Obrigada. – murmurou, ajeitando o vestido e tomando o lugar.  – Dia difícil... – o sussurro foi tão baixo que se seus ouvidos não fossem anormais não ouviria.

Talvez por querer se distrair da reviravolta de seus pensamentos, do peso sobre seus ombros ou por causa da curiosidade que o cutucou firme na cabeça, puxou assunto.

-Por que estava chorando? – sua voz saiu rouca e ardida, como se não falasse há séculos. Pigarreou para suavizá-la.

A mulher virou a cabeça repentinamente levando um susto.

-Ah! – exclamou. – Você percebeu. – Soltou o milionésimo suspiro. – Sabe, estou louca para desabafar com alguém, mas não quero encher sua cabeça com problemas de estranhos. Ainda mais com problemas ridículos as vésperas do Hanami.

Foi a vez de Acnologia suspirar.

-Tudo bem. – murmurou.

Longos e demorados minutos se passaram, ouviam apenas a risada das crianças, o vento chacoalhando as árvores, os vendedores e as inúmeras pessoas que ocupavam as ruas.

  - Meu namorado esqueceu-se do meu aniversário. -  ela murmurou finalmente. – Disse que estava ocupado com o trabalho ou algo assim.

-Hum. – disse Acnologia. Isso o fez perder a curiosidade. Não estava interessado em ouvir problemas amorosos. Já bastava os seus próprios. Mas a mulher não pareceu perceber seu desinteresse repentino.

-Por que os homens são assim? – ela questionou retoricamente, fazendo-o prestar um pouco mais de atenção. – Por que sempre inventam desculpas para tudo? Não podem simplesmente admitir que erraram em suas decisões e pedir desculpas?

As palavras recaíram como uma luva em seus problemas. Tinha errado, de fato, mas não por não ter confiado em Lucy. Errou por ter sido idiota, usando-se de subterfúgios, mentindo para si mesmo ao acreditar que Lucy ficaria melhor sem saber desses problemas, quando na realidade isso só a afastou.

Tinha que se desculpar por não ter acreditado no potencial dela.

Os ventos mudaram, trazendo consigo rastros o cheiro que o embriagava. Seu corpo foi atingido com uma súbita energia poderosa. A necessidade de ficar ao lado de sua companheira o queimou como fogo. Mal pode se segurar no lugar. O instinto falava mais auto, principalmente agora que sabia o que tinha que fazer. Levantou-se devagar, contendo-se para não assustar a pobre coitada que, sem intenção, o tinha ajudado.

-Desculpe. – murmurou. – Lamento não poder ajudar, mas preciso ir.

A mulher piscou, como se só agora percebesse que ele ainda continuava ali.

-Tudo bem. – Murmurou rápido, sem saber o que dizer. – Prazer em conhecer. Acho..

Acnologia acenou em despedida e saiu correndo em disparada pela cidade, desviando das multidões e subindo nos telhados, onde seria mais fácil andar.

Seguiu os ventos em direção ao seu destino.

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 Andou de um lado para o outro contando até dez para ver se conseguia acalmar. Não funcionou. Com a cabeça quente e o corpo fervendo de raiva, optou pela única opção restante:

-Acnologia, seu idiota!!! – gritou em alto e bom som para as árvores na floresta. Algumas aves voaram assustadas.  – Burro, imbecil, irritante, RETARDADO! – respirou fundo repetidas vezes para recuperar o ar dos pulmões. Sentiu o sangue começar a esfriar em suas bochechas e se acalmou.

Suspirou, deixando seu corpo cari embaixo de uma árvore e abraçou os joelhos, escondendo o rosto neles.

-Pare de tentar resolver seus problemas sozinho... – sussurrou.

-Vou parar.  – a voz rouca chegou a seus ouvidos tristonha. Levou um susto, olhando rapidamente para cima. Ele agarrou seus ombros, puxando-a para ficar de pé. Sorria fraco, mesmo com os olhos azuis tristes. – Me desculpe, Lucy. Você tinha razão. – Fez uma pausa, franzindo os lábios. – Bom, não em tudo. – Encarou-a olhando profundamente nos olhos, esperando que ela fosse enxergar a sinceridade em suas palavras. – Não é por que não confio em você que deixei de te contar. – Suspirou. – Eu estava tão focado em te proteger que acabei fazendo besteira, pensei que seria o melhor.

A Heartphilia abriu a boca inúmeras vezes tentando falar. Não conseguiu. Os olhos dele destruíram qualquer resquício de raiva que pudesse ter.

-Me perdoe. – prosseguiu. – Eu realmente não tinha a intenção de te magoar.

O coração de Lucy se apertou profundamente. Ele parecia arrasado como um cão abandonado. Não conseguiu olhar naqueles olhos lindos e não enxergar o arrependimento, sinceridade, e o amor que ele guardava. Com os olhos marejados, ergueu as mãos colocando as palmas em ambas as bochechas.

-É claro que te perdôo, imbecil. – gaguejou com a voz emocionada. Era tudo o que precisava ouvir, apenas um desculpe-me bastava por enquanto.

 Ergueu-se na ponta dos pés, dando-lhe um beijo na testa. Acnologia fechou os olhos com o gesto. Apreciou-o inteiramente com gosto. Seus ombros relaxaram e todo o peso de seus ombros foi embora. Soltou o ar que nem percebera que tinha aprisionado.

Passou os braços finos pelo corpo do maior, enterrando o rosto em seu peito. Agora com uma preocupação a menos, e a cabeça livre da raiva, percebeu que ambos precisavam terminar de discutir o assunto que originou toda aquela confusão.

Suspirou.

-Acno... – hesitou, mas se forçou a continuar. – Sobre ajudar a Fairy Tail....

As mãos dele se enterraram em sua cintura, forçando-a bruscamente contra o tronco da árvore, prendendo-a com seu corpo maior e mais forte. Gemeu com a dor que se espalhou por suas costas.

-Não posso... – sussurrou com a cabeça abaixada, impedindo-a de ver parcialmente seu rosto.

Um pouco da raiva retornou a sua mente.

-Eu tenho que ajudá-los, droga! – gritou, usando toda sua forca para bater com o punho em seu peito. Talvez tivesse funcionado se fosse contra uma parede.

-Não posso! – gritou exasperado de volta, erguendo o rosto.

Lucy engasgou com a respiração. Suas Iris estavam banhadas com vermelho vivo, e os olhos marejados e tristes.  Sentiu os dedos dele se esgueirarem por baixo de sua blusa, apertando a pele macia. Ele voltou a abaixar a cabeça, só que indo em direção a seu pescoço, respirando fundo ali, o nariz colado a sua pele.

- Não posso correr o risco de te perder.

Ela o entendeu. Procurou amansar a voz.

-Eu sei. Mas não vai me perder. Eu sei me cuidar, e dessa vez você vai estar do meu lado. Por favor, Acnologia. Eu preciso da sua ajuda. Preciso ajudar meus amigos, por que...

-Eu sei. – interrompeu bruscamente. – Eu sei que devemos ajudar, mas não consigo. – Sentiu algumas poucas lágrimas molharem seu ombro. Prendeu o ar, chocada. – É o mais certo ir lá e ajudar, mas não consigo. – hesitou. – Isso vai contra qualquer um dos meus instintos para protegê-la, Lucy, e não consigo violá-los. Não importa o quanto eu queira, meu corpo não obedece.

As mãos calejadas subiram até o limiar de seus seios. O corpo grande se apertou ainda mais contra o seu. A respiração ficou ainda mais pesada, e inúmeros beijos e lambidas foram postos em sua garganta.

-Acno. – tentou empurrá-lo. Não era hora para aquilo. Entretanto ele rosnou, um rosnado grave, repreensivo e medonho. Principalmente medonho.

-Não. – cuspiu. A voz totalmente diferente do normal, quase inumana. 

Compreendeu, então, o que ele queria.  Acnologia tentava manter a sanidade. Enquanto seu faro, tato, paladar e olhos pudessem captar sua presença ele não sairia do controle. Engoliu o seco. Tinha subestimado um pouco o qual grave foi aquela noite fatídica para ele. Era mais grave do que imaginou. Acnologia pode ter criado um outro estado mental acidentalmente para refugiar a lembrança.

- Me desculpe. – Murmurou ela dessa vez. Deveria saber que cicatrizes assim não desaparecem. Tinha enxergado na sutura, feita pelas semanas de estabilidade, uma pele sem cortes. Todavia suturas podem voltar a abrir.

-Lembra que eu te falei que companheiras podem dar ordens por que algumas vezes não estamos muito dispostos a concordar com elas?  - ele perguntou, puxando-a de sua culpa.

-Sim. – Seus olhos marejaram, entendendo onde ele queria chegar. – Acnologia, eu não posso. Não consigo te forçar a algo que não quer.

O dragão puxou seus cabelos para trás e ergueu a cabeça encarando-a. Seus olhos estavam furiosos.

-Não é inteiramente contra minha vontade, é apenas algo que não consigo fazer sozinho.- exclamou. – Eu sei o quanto eles são importantes para você, e não quero te ver sofrer se algum deles morrer! Esse é o único jeito de me fazer ir lá!

Sentiu o corpo fraquejar com o choque de realidade. Agora o peso daquela missão finalmente atingiu suas costas. Eles poderiam morrer.

Acnologia voltou a enterrar o rosto em seu pescoço, grudando os lábios em seu ouvido.

-Ordene! – exigiu.

Com os olhos brilhando em lagrimas, engoliu a culpa que subia por sua garganta, e sentindo que sabia o que deveria fazer, sussurrou, com as palavras fluindo por sua boca:

-Acnologia, eu ordeno que use seu poder para destruir meus inimigos e socorrer meus aliados.

Sentiu seu próprio poder lamber suas veias em um frenesi poderoso. Foi quase incapaz de conter sua magia. Os cordões se contraíram, ligando-o ainda mais a ela. As cordas que o ligavam aos instintos de proteção foram destruídas. Seus músculos tencionaram em antecipação. Lambeu o pescoço alvo até chegar na orelha, sentindo-a estremecer.

-Como desejar!

“Éramos todos humanos até que:
A raça nos desligou.
A religião nos separou.
A política nos dividiu.
E o dinheiro nos classificou.”

 


Notas Finais


Narcisista* : que ou quem é muito voltado para si mesmo. Enaltece a si mesmo.
Oi






OIIIII Leiam aqui!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Eu demorei ligeiramente mais do que planejei. Pois é, estou de ferias, mas estou trabalhando nas proximas duas semanas. O que significa que so terá um novo capitulo no natal. Não prometo, mas vou tentar postar antes. Digam o que acham que vai acontecer. Hehe.

Até lá, deem uma olhada na minha One nova.

Nyah: https://link.socialspirit.com.br/?l=https://fanfiction.com.br/historia/660150/ASonituLacrimas/

SS: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-bleach-a-sonitu-lacrimas-4797765



Bjs XD


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