1. Spirit Fanfics >
  2. A Ascensão de um Mago >
  3. O Caminho para as Ruínas da Antiga Torre de Guarda

História A Ascensão de um Mago - O Caminho para as Ruínas da Antiga Torre de Guarda


Escrita por: jardelpsi

Notas do Autor


Segue o segundo capítulo da história de Rauthar. Por favor, se encontrarem qualquer erro comentem abaixo. Agradeço a todos que estão seguindo a história, isso me dá ânimo para continuar! FUS RO DAH!

Capítulo 2 - O Caminho para as Ruínas da Antiga Torre de Guarda


Passaram-se alguns dias desde que Rauthar perdeu sua mãe e ele continuou trabalhando na fazenda para seu próprio sustento e para honrar seus pais. Porém, assim como antes, ele já se encontrava cansado da rotina e do trabalho na fazenda, às vezes, passava o dia todo na taverna de Rorisktead, bebendo hidromel e ouvindo as músicas do bardo. Por vezes, alguns trechos de músicas o lembravam do dia em que o dragão quase destruiu o vilarejo. O bardo cantava “Nossa heroína, nossa heroína, clama o coração da guerreira; eu lhe digo, eu lhe digo, a Nascida do Dragão está vindo; com o poder da voz da antiga arte nórdica; acredite, acredite, a Nascida do Dragão virá”.

O rapaz, por vezes, passava o dia pensando em como a vida Sariel devia ser interessante, com tantas aventuras e perigos, luta e dragões. “Muito mais interessante que ficar o dia todo cuidando dessa fazenda”. Bebia hidromel e se lembrava do grito de força que arrastou um dragão para longe, somente a Nascida do Dragão tinha tal poder.

Um mês se passou e, após um dia cansativo e pesado, Rauthar estava tomando mais uma caneca de hidromel quando dois soldados da guarda entraram na taverna.

- Você tem ouvido os rumores sobre as ruínas depois do rochedo? - Perguntou o mais alto.

- Claro que sim, só se fala nisso no forte. Dizem que alguns soldados foram lá e nunca mais voltaram. O que pode ser? - Disse o outro, mais baixo.

- Ninguém tem ideia, mas seja o que for, não quero descobrir. - Sorriu alto e, após verificarem que estava tudo em paz, deixaram a taverna.

Rauthar ficou pensativo sobre o que os guardas falaram. O que será que tinha atraído a atenção dos guardas, mas que ninguém queria descobrir? Ele se levantou e foi conversar com Erik, o dono da taverna. Erik já era um homem mais velho e se tornou o dono da taverna após seu pai, Mralki, morrer de doença. Ele não gostava de manter a taverna, pois já foi um aventureiro e conta várias de suas histórias para os bêbados, mas ele precisa para se sustentar, bem como sua esposa e filho. Após comentar sobre o que os guardas conversaram, Erik respondeu:

- Onde você esteve que não ouviu? Todo mundo só fala dessas malditas ruínas! Fica logo atrás do rochedo, mas ninguém ousa ir até lá se quiser continuar vivo. Ouvi dizer que tem muitos Draugr e está cercado de uma magia que ninguém conhece, nem mesmo Farengar sabe dizer o que é. Pelo menos se eu não tivesse essa maldita taverna, poderia ir lá... - E saiu resmungando.

Após conversar com Erik, Rauthar foi embora para sua casa, pois já estava tarde. Durante a caminhada sob a luz da lua, ele não parava de pensar sobre os rumores das ruínas da antiga torre de guarda. O que será que estava lá? Por que tantos monstros? Ele pensava e só tinha uma vontade, ele precisava ir até lá. “Mas como? Eu estou ficando louco? Não posso ir até lá, ninguém nunca voltou”! Mas o pensamento de ir até lá não saia de sua cabeça.

Ao chegar na pequena casa de madeira e argila, ele olhou todos os cantos de seu interior, cada detalhe, lembrou de seus pais e prometeu a si mesmo que ele não veria a vida passar sem ter, pelo menos, uma história boa para contar. Foi até o quarto, pegou suas botas e luvas reforçadas, as manoplas de pele de lobo, uma espécie de armadura feita de pele de lobo, muito resistente, pegou suas adagas de aço, se equipou com tudo isso e saiu em sua missão: verificar o que tinha de tão perigoso nas ruínas da antiga torre de guarda.

Ao sair de casa, respirou profundamente e começou a andar em direção ao rochedo, que era o caminho oposto ao da fazenda Arcadia, onde Haknir, de bom grado, o ajudou. A noite estava clara e a lua cheia, o caminho estava tranquilo e ele conseguia ouvir os grilos e as águias bem ao longe. A estrada era nítida, mas para chegar ao rochedo seria necessário adentrar a floresta. Andando a passos largos, tentando fazer o menor barulho possível, o jovem aventureiro agora estava vigilante com o que poderia surgir, no entanto, isso não ajudou muito.

Ele não viu muito bem como aconteceu, mas uma aranha gigante estava tentando lhe arrancar a cabeça a todo custo, enquanto ele foi jogado no chão, o monstro estava tentando o prender por cima, para conseguir colocar suas enormes presas cheias de veneno dentro do pescoço de Rauthar. Seus braços estavam presos, mas ele conseguiu pegar uma de suas adagas e cravar em uma de suas longas patas, bem no começo, fazendo esguichar um sangue espesso e mal cheiroso.

A aranha recuou para se recuperar e, enquanto isso, Rauthar se levantou e foi pra cima do bicho, golpeando com as duas adagas em movimentos que pareciam uma dança, nem ele sabia que era capaz disso. As investidas acertaram em cheio a aranha, deixando-a aturdida e muito machucada, em virtude disso, saiu correndo o mais rápido que pode, mas o jovem rapaz respirou fundo e lançou uma de suas adagas, que acertou em cheio na traseira do animal. Deve ter atingido um ponto crucial, pois a aranha morreu instantaneamente.

Cansado da luta e um pouco sujo de sangue de aranha, Rauthar se aproximou do cadáver que exalava um odor que o fez arrepiar. Examinou o animal: suas presas enormes ainda destilavam veneno, seus olhos estavam cobertos de sangue, mas se podia notar o vermelho mortal que os coloria. Suas patas ainda tremiam com espasmos nervosos e ele se perguntou se a besta realmente estava morta. Pegou um pequeno frasco que tinha levado e coletou um pouco do veneno, poderia ser útil.

Seguindo seu caminho, logo avistou o rochedo, a alguns metros. Era uma pedra enorme, muito alta, unida com várias outras pedras de vários tamanhos e formas. Ele começou a escalar, para atravessar, pois se fosse dar a volta iria demorar o dobro do tempo. Escalou até a metade e ouviu barulho de conversa acima. Ao chegar no topo, se escondeu atrás de uma pedra e pôde observar três homens sentados ao redor de uma fogueira, falando e rindo sobre como eles saquearam duas jovens que estavam passando pelo caminho abaixo.

Rauthar ponderou sobre suas opções, ele teria que passar sem ser percebido, já que descer e dar a volta seria perda de tempo porém, ao olhar em volta percebeu que não haveria um jeito de passar sem que ninguém o visse, mesmo que ele fosse o mais silencioso possível. No momento em que foi olhar novamente, sua mão tocou uma pedra que estava solta e esta caiu fazendo barulho. No mesmo instante um dos bandidos perguntou o que teria sido aquilo, mas os outros disseram que deveria ter sido só a imaginação.

No entanto, o bandido se levantou e disse que três pessoas não ouvem o mesmo barulho se é só imaginação e saiu para dar uma olhada. Rauthar se preocupou e tudo que ele pensou foi em colocar o veneno da aranha em suas adagas. O bandido viu a sombra do jovem e gritou, para quem fosse, que saísse das sombras para morrer sob a luz da lua e foi caminhando na direção da sombra quando, inesperadamente, Rauthar saiu de trás da pedra e com um único golpe fincou uma das adagas embebidas de veneno na barriga do bandido, que se contorceu e caiu.

Os outros dois vieram correndo, mas um deles recebeu a lâmina veloz no olho direito e caiu gritando de dor. O terceiro bandido veio com o seu machado e golpeou com muita força e firmeza, mas o rapaz conseguiu se desviar, ouvindo o barulho do machado cortando o ar. O bandido preparou mais um ataque, porém Rauthar já estava atrás dele e, pelas costas, apunhalou o pescoço do homem, que caiu agonizando e vazando sangue.

O forte veneno da aranha já tinha matado os dois primeiros, então o rapaz recuperou as adagas e se sentou para refletir sobre o que havia acontecido. “Era uma situação de vida ou morte, eles iriam me matar”, pensou sentindo culpa por ter matado as três pessoas. “Quero dizer, matar gente é diferente de matar um lobo ou... ou uma aranha, mesmo que esses homens fossem bandidos, não cabia a mim decidir. Mas era eu ou eles”. Foi então que ele percebeu que, se quisesse viver essa vida de aventuras, ele teria que lidar com diversos inimigos e que não poderia se culpa por matá-los em defesa de sua própria vida. “Será que sou feito para aventuras mesmo?” Pensou enquanto olhava para a fogueira trepidante.

Após descansar, começou a descida pelo rochedo, mas era muito íngreme, ao ponto de ser totalmente vertical em alguns pontos. Apesar da descida estar fácil, houve um momento em que ele segurou uma pedra que não estava totalmente presa e o rapaz despencou alguns metros até bater forte no chão. Ao se levantar, um pouco atordoado, ele conseguiu avistar as ruínas da antiga torre, o seu objetivo.  


Notas Finais


No próximo capítulo, Rauthar descobre algo inesperado dentro das ruínas e sua vida pode mudar completamente! Não percam!

Clique aqui para ir pro capítulo 3:
https://spiritfanfics.com/historia/a-ascensao-de-um-mago-7015964/capitulo3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...