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História A Ascensão de um Mago - A Descoberta do Poder


Escrita por: jardelpsi

Notas do Autor


Continuando a aventura de Rauthar, neste capítulo teremos um vislumbre do poder que está por vir.
Por favor, se encontrarem qualquer erro comentem abaixo.
Agradeço a todos que estão seguindo a história, isso me dá ânimo para continuar!
FUS RO DAH!

Capítulo 3 - A Descoberta do Poder


Ainda tonto do baque que levou ao cair no chão, Rauthar caminhou em direção as ruínas. Ele se lembrou, vagamente, sobre o que as pessoas comentavam dessas ruínas: há muito tempo havia uma torre de guarda ali, que tomava conta daquela vasta planície de pouca vegetação. Os guardas usavam o espaço para treinar arquearia e formações de batalha, porém isso não foi o suficiente para conter os ataques de um dragão muito poderoso. A lenda diz que esse foi o primeiro dragão derrotado pela Nascida do Dragão, Sariel, sendo que a torre foi destruída durante a batalha e uma áurea mágica paira sobre as ruínas há muitos anos.

Ao terminar de puxar as memórias, o aventureiro havia chegado mais perto das ruínas e começou a se sentir estranho, como se o ar estivesse diferente, os pêlos de seu braço se ouriçaram com a estática ao redor e ele começou a suar frio, como se estivesse febril. Sua cabeça estava cada vez mais zonza, pensou que poderia ter batido ao cair no rochedo, e suas vistas começaram a escurecer. Foi caminhando em meio as paredes destroçadas e tijolos de pedra, tinha certeza que conseguia ouvir vozes apesar de não avistar ninguém. Por fim, ao tropeçar numa arandela, ele deu de cara com um vazio, percebeu que tinha caído num buraco e não conseguia reagir, apenas viu o chão se aproximar e desmaiou.

A escuridão tomou conta e vultos velozes passavam em frente a visão dele “aquilo é um tigre com cabeça de cavalo?”. Luzes muito fortes e sem cor o cegava, enquanto ouvia gritos e palavras sem sentido. Rauthar sentia suas mãos se queimarem, mas não sentia dor, seus olhos marejavam lágrimas enquanto imagens de sua mãe passavam rapidamente. Num último momento de desespero e angústia ele sentiu seu corpo se esticar e cair no imenso vazio negro. Acordou com um grito que ecoou no grande corredor escuro, suado e tremendo, “outro pesadelo”.

Se levantou, recuperou o fôlego e olhou o buraco de onde ele caiu, estava muito alto para conseguir sair, o jeito seria seguir em frente apesar de ter perdido suas adagas e o colete de couro, esse último podia ser visto preso em alguma coisa no começo do buraco. Foi andando pelo corredor escuro, mas havia uma luz muito fraca que não o deixava sem sentido, ele conseguia sentir o quanto estava frio naquele lugar.

Após andar vários metros, percebeu uma luz lá no fundo, que aparentava ser uma vela, apressou o passo e cada vez mais ele adentrava o corredor. Apesar do ar aparentar estar parado, era possível sentir uma leve brisa que tocava os pêlos do peito, um toque suave nos cabelos, mas isso não melhorava a sensação claustrofóbica daquele corredor escuro e estreito. Ao chegar perto da vela que estava acesa, uma porta foi avistada e o jovem a abriu.

Ao mesmo tempo que a porta se abriu uma armadilha foi disparada e, apesar de sua agilidade, Rauthar foi atingido, de raspão, por uma bola cheia de pontas que estava presa numa corrente. Ele soltou um grunhido de dor que ecoou por todos os lados da grande sala. Nesse momento, tochas se acenderam e ele pôde enxergar o que parecia ser uma câmara de túmulos, como ele ouvia das histórias de terror. Vários caixões enfileirados na horizontal preenchiam espaços cavados nas paredes de pedra, enquanto outros caixões jaziam na vertical, intercalando com os horizontais.

No centro da sala havia uma enorme mesa e, na ponta, uma cadeira de pedra esculpida detalhadamente, que aparentava ser um trono. Vários itens cintilavam em cima da mesa, candelabros com velas se acenderam, flores murchas, cálices e pratos. Rauthar achou estranho imaginar alguém comendo cercado de tantos caixões. Ele deu um passo e tudo desandou, as tampas dos caixões verticais caíram e grandes cadáveres saíram de dentro deles. Equipados com machados e espadas, ele já tinha ouvido falar desses cadáveres: eram chamados de Draugr, antigos nórdicos que foram amaldiçoados a guardarem um local.

Um deles veio em direção do rapaz e entoou grunhido assustador, preparou a espada e deu um golpe, mas Rauthar foi mais rápido e desviou. Ao perceber o movimento, os outros três Draugr vieram na direção da luta e o jovem ficou desesperado, mas não tinha para onde correr, ele tinha certeza que era seu fim, não tinha nada para atacar e estava desprotegido.

Algo inesperado aconteceu e, assim como no pesadelo, ele sentiu suas mão queimarem sem dor, mas dessa vez ele sabia o que era. Apontou as mãos para o Draugr mais próximo e sentiu o fogo surgir e queimar o cadáver enfurecido. Era inacreditável o que Rauthar acabou de fazer, expelir labaredas de fogo de suas próprias mãos, ele não conseguia acreditar, apontou para o outro morto-vivo e as chamas que saíram o fez soar doloroso enquanto caía queimando no chão. Maravilhado com os seus feitos, o jovem encarou corajosamente os outros dois Draugr e acenou a mão, mas o fogo falhou, não saiu nada de suas mãos.

Aflito, ele correu para o outro lado da sala e se escondeu atrás do trono. Ofegante, ele sentia o poder muito fraco e, sem saber o que estava acontecendo, ficou ali alguns segundos até que os mortos-vivos o acharam. Sendo alvo de ataques constantes, o rapaz se esquivava o máximo que conseguia, mas já estava ficando sem chances. Repentinamente, o poder parecia ter sido restaurado e num gesto com as mãos o fogo voltou a queimar e os Draugr sucumbiram perante as chamas.

Ainda ofegante após perceber tudo o que tinha acontecido, em sua testa suada podia se sentir uma veia pulsando, o rapaz se sentou no chão e parou pra olhar tudo a sua volta. A sala iluminada pelas chamas das tochas e velas, outrora cenário de uma batalha, agora estava quieta e silenciosa, tudo o que o jovem conseguia escutar eram seus próprios pensamentos, imagens gravadas de seus feitos.

Aquilo era magia, só poderia ser magia, “fogo saindo de minhas mãos?”, o que era esse poder? Só havia uma pessoa que poderia responder a essas questões: o mago de Whiterun. Conhecido por toda Tamriel por trabalhar em conjunto com a Nascida dos Dragões, Farengar Fogo-Secreto, era um poderoso mago dotado das artes arcanas, com um poder de magia imensurável. Em todos os lugares muitas história sobre o grande mago eram contadas, Rauthar nunca teve a oportunidade de conhecê-lo, mas agora isso era uma necessidade, ele precisava chegar em Whiterun.

Levantou-se do chão para procurar uma saída, mas não conseguia encontrar nada. A porta que ele havia vindo do corredor tinha se fechado e ele estava preso dentro da sala com aqueles cadáveres mortos de novo. A brisa estranha continuava a tocar sua pele, mas não havia entrada de ar em lugar nenhum, como isso era possível? Após procurar uma saída, sem êxito, sentou-se no trono para descansar. Ao pousar o braço no apoio do trono, apertou um botão que estava camuflado, o chão começou a tremer e ele escutou um barulho vindo de trás. Ao olhar, percebeu que uma passagem secreta havia se aberto na parede, ele correu para passar pelo portal de pedra, antes que se fechasse.

Outro corredor estreito, abafado e longo, foi percorrido até que Rauthar chegou numa câmara onde havia um baú enorme e bem adornado. Ao abrir o baú, achou uma quantidade razoável de ouro e uma túnica azul que emanava algum tipo de poder. A túnica aparentava estar ali dentro por muitos anos, mas estava intacta como se tivesse acabado de ser feita. Como estava sem o colete de couro e sua calça já estava rasgando, o jovem tirou o achado de dentro do baú, a vestiu e sentiu um poder que o fez se sentir melhor. Pegou as moedas de ouro e guardou na bolsa presa no cinto da túnica e subiu a escada que dava acesso a uma câmara que parecia estar na superfície.

Essa câmara estava vazia, mas ele já conseguia sentir o ar mais fresco. Ao abrir a porta pesada, um sentimento de alívio percorreu o seu corpo ao ver a grande lua e as estrelas na noite calma. Ele saiu de dentro da câmara vazia e a porta se fechou sozinha, dando a ele uma única possibilidade: encontrar Farengar em Whiterun. O jovem deu uma olhada em volta, mas não conseguiu avistar nem as ruínas por onde tinha entrado, estava perdido naquela imensa planície.

Desanimado, Rauthar fechou os olhos e se concentrou em achar uma solução. Nesse momento, sentiu um outro tipo de poder, sentiu exatamente a direção em que precisava ir, viu com clareza o caminho que deveria ser feito e percebeu que não estava muito longe. Começou a andar apressado para não perder o sentido do caminho que lhe foi indicado e durante todo o caminho pensou sobre o poder que sentiu horas atrás.

Após avistar um campo de gigantes, Rauthar avistou, ao longe, os muros de Whiterun, a cidade que há muito tempo era próspera, mas agora está ruindo devido ao péssimo Jarl, que era como um vice-rei selecionado para governar uma província. Passou pelo estábulo e adentrou os muros da cidade. Um guarda, que ficava no portão, gritou:

- Alto! Quem vem aí?

- O meu nome é Rauthar, de Rorikstead, estou passando pela cidade pois preciso ver Farengar, o mago - disse, se aproximando.

- Creio que não está com sorte, infelizmente Farengar está desaparecido – retrucou o guarda.

- Desaparecido?! O que aconteceu?

- Ninguém sabe ao certo o que aconteceu, é melhor você falar com o Jarl, ele está recrutando pessoas que queiram ir em busca de Farengar – falou o guarda, indicando a fortaleza do Jarl.

Seguindo a indicação do guarda, Rauthar adentrou a cidade.


Notas Finais


O que nosso jovem aventureiro irá descobrir sobre o desaparecimento de Farengar?
Na próxima semana, acompanhem mais um capítulo da história de um mago descobrindo seus poderes!
Agradeço a todos mais uma vez!

Clique aqui para ir pro Capítulo 4:
https://spiritfanfics.com/historia/a-ascensao-de-um-mago-7015964/capitulo4


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