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História A aventura dos quatro - A floresta


Escrita por: matecoutinho

Notas do Autor


É bem possível que eu seja um péssimo autor, que aparentemente não me importe com os leitores, mas juro, gente, eu não estava conseguindo escrever, seja por falta de tempo, seja por cansaço, seja por falta de inspiração. Então, vamos nos perdoar e aproveitar que eu to muito afim de voltar e to conseguindo escrever? <3

Capítulo 12 - A floresta


Fanfic / Fanfiction A aventura dos quatro - A floresta

Os gritos de Helga ainda apavoravam os três outros jovens até mesmo quando estavam aparatando. Rowena conduzia a aparatação, mas não sabia muito bem para onde levava os amigos, tudo ainda estava muito confuso, e os gritos de Helga faziam marcas profundas em sua concentração. Foi então que, sem perceber, chegaram a um destino, batendo com as costas num chão duro e frio.

Ainda não tinha nem aberto os olhos, mas Rowena sabia estar numa floresta densa e muito úmida, pois sentia as folhas e galhos embaixo dela, quando ela lentamente se movia no chão. Abriu os olhos e certificou-se estar inteira, sentando-se no chão que sujava seu cabelo e seu vestido. Olhou os amigos caídos no chão, Godric de olhos fechados, lutando para se sentar e sujando a barba ruiva com o solo molhado, e Salazar, com a mão na cabeça, esfregando uma mancha vermelha em sua testa, provavelmente tendo batido quando apareceram ali. 

Helga estava chorando desoladamente. Lágrimas grossas saiam de seus olhos e molhavam a terra. A bochecha esquerda de Helga encostava completamente no chão, seus cabelos estavam despenteados, e o corte em seu rosto sangrava. Seus braços, cujas mangas dos vestidos estavam rasgadas, ostentavam hematomas arroxeados. 

Os meninos ainda estavam estirados no chão, mas Rowena nem pensou duas vezes e saiu correndo para abraçar a amiga e tentar consolá-la. O choro durou muito tempo ainda, mas Rowena não apressou Helga. Deixou também se envolver no pranto dela, embora não fosse tão intenso. As lágrimas saiam, pois Rowena se sentia extremamente grata em não ter perdido, numa única noite, Helga e Salazar para aquele padre. 

Quando enfim Helga conseguiu se acalmar, parando de chorar, o frio da floresta já havia envolvido todos, e a bruma era tão orvalhada que as roupas dos jovens não fazia as vezes de protegê-los do frio. 

Estavam outra vez numa floresta, mas a sensação não era a mesma daquela de há poucos dias. Havia certo clima mais leve nesta floresta, agora que os meninos estavam observando, as cores eram mais vivas, e certa luminosidade entrava por alguma fresta desconhecida, pois o dossel das árvores era muito denso e fechado. Havia também um som ambiente de fundo, que ninguém conseguia realmente discernir o que era ou de onde vinha, era quase que um canto onírico, que se mesclava perfeitamente com a névoa que envolvia os jovens bruxos. 

— Onde você nos trouxe, Rowena? - perguntou Godric, olhando ao redor, tentando entender onde os amigos poderiam estar, e, mais importante ainda, se haviam se desviado muito de sua rota original.

Essa era, no entanto, o maior questionamento de Rowena.

— Eu não sei muito bem, Godric – a menina olhava ao seu redor, buscando qualquer sinal que identificasse o local, mas nada realmente vinha a sua cabeça – era quase como se eu somente tivesse aparatado, porém sem realmente conduzir a aparatação.

— Todos sabemos que isso é impossível, Rowena – grunhiu Salazar, soando preocupado – ou você sabe para onde vamos, ou acaba estrunchando.

Rowena não respondeu, estava mais preocupada em saber onde estavam.

Os jovens bruxos ficaram em silêncio por um bom período, enquanto caminhavam, procurando uma saída daquela floresta. Parecia, entretanto, que quanto mais andavam, mais se enfiavam na floresta. A luz, que há pouco era escassa, cedia espaço para a sombra. Rowena, Salazar e Godric acenderam suas varinhas, mesmo que ninguém tenha parecido se importar quando Helga deu um suspiro mais profundo.

Helga sentia-se despida, vulnerável. Sua varinha, que acompanhava a garota desde criança, dada por seus pais quando Helga começou a despontar seus indícios de magia, agora estava quebrada, e a garota nem mesmo conseguiu pegar os fragmentos que aquele trouxa havia feito dela. Não sabia agora, muito bem, o que faria, já que não sabia realizar muitos feitiços sem o auxílio de uma varinha, tampouco sabia onde poderia arranjar outra.

A verdade, no entanto, é que agora, depois dos acontecimentos todos, Helga sentia-se completamente perdida. Seu coração estava dilacerado pelo que fizera com aqueles soldados, até mesmo com o padre. Ela sabia que tinha agido com suas emoções, mas isso causou a morte de muita gente, e não fossem seus amigos terem aparatado a tempo, ela e Salazar estariam na mesma condição. Helga sentia um vazio gigantesco dentro de si, quase como se antes de morrer o padre houvesse criado um buraco no peito dela, e parecia que nada nesse mundo poderia fechá-lo.

Ainda que as árvores cercassem os quatro jovens, havia um vento suave que batia no rosto dos garotos, quase como uma brisa distante. Repentinamente, um sono profundo começou a se apoderar de Helga, que ouvia aquele canto dos sonhos que ainda ecoava.

— Vocês estão ouvindo isso? – perguntou Helga aos amigos, com certa dificuldade na fala, que se tem quando não se dorme.

Imediatamente todos pararam e olharam para ela.

— Não – responderam Salazar e Godric em uníssono.

Rowena, no entanto, trazia uma expressão de dúvida, como se precisasse decidir se Helga realmente tinha falado ou não. Também estava com muito sono, e raciocinar era muito difícil.

— Sim – concordou Rowena – é quase como um coral feminino, muito distante, que me traz certa familiaridade.

Helga assentiu, um arrepio percorrendo sua espinha.

— Pois eu não ouço nada – disse Salazar, bocejando – só queria saber onde estamos, e como saímos daqui.

— Acho que deve ser imaginação de vocês, meninas – concordou Godric, esfregando os olhos – todos estamos cansados, deveríamos...

Mas Godric não conseguiu terminar a fala. Subitamente, caiu ao chão, o que, levemente, despertou Helga de seu sono. A garota correu a ele, mas percebeu que Godric roncava profundamente.

— Rowena – ela disse, ainda de costas para a garota, o sono voltando a rondar suas sensações – precisamos usar um feitiço para acordar, Godric, você conhece algum?

Mas não obteve nenhuma resposta.

— Rowena? – disse Helga, virando para procurar a garota.

Mas Helga acabou vendo o que não queria. Salazar e Rowena, assim como Godric, também roncavam alto, suspirando profundamente.

E o pior: Helga sentia o sono cada vez maior.

Então caiu, e adormeceu, profundamente, mas não sem antes perceber uma figura encapuzada indo na direção dos jovens, tirando suas varinhas, e com uma faca na mão. 


Notas Finais


Sim, o capítulo é curtinho, mesmo, para deixar um quê de quero mais rs... esperem pelo próximo


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