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História A aventura dos quatro - A Senhora entre a névoa


Escrita por: matecoutinho

Notas do Autor


Amigos, eu falo que não é para vocês desistirem de mim, porque do nada eu venho e posto um capítulo, rs... to na esperança que eu poste outro sem o lapso de três meses, tá bom? Vou tentar, juro.

Capítulo 13 - A Senhora entre a névoa


Fanfic / Fanfiction A aventura dos quatro - A Senhora entre a névoa

Havia certo cheiro no ar característico que Godric não sabia distinguir. Não era ruim, nem bom, mas era doce, e lhe fazia querer ficar deitado. A letargia contaminava todo o seu corpo, mas era algo bom. Ele só queria dormir, mas, por mais que empreendesse seus esforços para tanto, não se conectava ao mundo dos sonhos.

Estava deitado num campo macio, de grama alta, que lhe servia de travesseiro e cobertor. O sol não estava forte, mas o céu estava completamente limpo, nuvem alguma maculava o firmamento. Em algum momento, que Godric não sabia muito bem precisar, Salazar corria, sorridente, rindo, como nunca Godric tinha visto antes, com Helga em seu encalço, também rindo, com sua varinha empunhada, lançando algum feitiço no garoto a que perseguia. Godric queria levantar e se divertir com os amigos também, mas seu corpo não respondia aos seus comandos. Rowena também estava lá, admirava a paisagem, com certas notas de saudades em seu semblante.

E então, Godric a viu. Fazia tempo que ele esperava por esse momento, e seus olhos azuis escuros e intensos eram vistos à distância. Foi por causa deles que Godric conseguiu reconhecê-la.

Miriella.

O cabelo escuro que sempre tinha uma mecha solta, a pele lisa, e o sorriso maravilhoso, pelo qual Godric se apaixonara.

— Miriella?

Ela apenas ria, e correu.

Foi quando tudo ficou desfocado, e Godric acordou.

Ele não abrira os olhos, porque queria voltar a dormir. Não havia sonhado com Miriella desde que ela tinha sido separada dele, e tudo o que Godric queria era viver num mundo em que Miriella estava lá. Mas, assim como em seu sonho, permanecia acordado.

Quando decidiu abrir os olhos, percebeu que estava em uma tenda feita de tecido roxo, que era muito grande e tinha aquele cheiro característico de seu sonho. Estava deitado numa cama, improvisada ao chão, e feita de palha, e incenso queimava num ponto mais distante, e Salazar também dormia numa cama igual à de Godric.

Não perdeu tempo e levantou, indo em direção ao amigo. Havia certa dor em suas costas, talvez porque tinha dormido sabe-se lá quanto tempo no chão. Mas, nesse momento, precisava acordar Salazar, e encontrar as meninas para entenderem onde estavam e com quem estavam.

Cutucou Salazar, mas o jovem não respondia, limitou-se a virar de lado, resmungando algumas palavras incompreensíveis. Com mais vigor, então, Godric precisou sacudir o garoto, mas ainda assim Salazar manteve-se inerte. Talvez precisasse acordar sozinho, mas Godric não tinha certeza de nada.

Assim, sem ter sucesso em sua empreitada, Godric decidiu descobrir onde estava. Antes de sair da tenda, contudo, procurou sua varinha nos bolsos, mas não a encontrou. Pensando que devia ter deixado cair em meio à palha de seu colchão, procurou, mas também não encontrou. Buscou também pela varinha de Salazar nas vestes do garoto, mas tampouco a varinha do bruxo estava lá.

Precisando juntar toda sua coragem para enfrentar o que quer que fosse que tivesse roubado sua varinha, Godric saiu da tenda em que estava, e percebeu que o dia já ia solto.

O vento gelado batia em seu rosto, mas não machucava ou lhe cortava. Estava num campo esverdeado, com muitos arbustos à sua volta. Ouvia claramente o canto de pássaros, mas era só o que conseguia apreender. Não fazia nem ideia de onde estava. Diversas outras tendas, de várias colorações, estavam organizadas, formando um pavilhão, em torno de um círculo perfeito. No ponto oposto de onde estava Godric, uma cabana gigantesca e suntuosa se erguia, como se todas as demais tendas prestassem reverência a ela.

O dia havia acabado de raiar, ele pôde constatar, e não havia ninguém a sua volta, salvo, mais à frente, duas figuras encapuzadas, que se postavam de costas ao garoto e de frente à tenda monumental. Assim, silenciosamente, Godric rumou em direção às figuras misteriosas. Foi por trás das tendas, escondendo-se do campo de visão delas, para que pudesse se valer do elemento surpresa.

As figuras, no entanto, estavam imóveis diante da tenda, quase que hipnotizadas por sua grandeza. Godric também estaria, mas não estava relaxado o suficiente para se deixar analisar com a situação a sua volta. Seria bom que estivesse mais alerta, pois foi quase quando estava chegando perto das duas figuras encapuzadas, que um corvo fez um vôo rasante e, antes de tocar o chão, transformou-se numa mulher.

— Olá, Godric, fico feliz em te ver desperto – disse a mulher, anteriormente o corvo, mas não havia nenhuma felicidade em sua voz, ou em seu rosto Ela era linda. A pela muito branca que contrastava com seu cabelo e com seus olhos, que eram muito negros. Usava um vestido vermelho de veludo, que lhe caía muito bem, salientando bem suas curvas, as quais Godric não pode deixar de notá-las, mas de alguma forma a mulher o repelia – digo o mesmo a Rowena e Helga – ela forçou um sorriso.

Foi quando as duas figuras encapuzadas se viraram, e qual não foi a felicidade de Godric ao perceber que eram Rowena e Helga, as duas muito animadas em vê-lo. Quase imediatamente os olhares de Godric e das meninas se cruzaram, elas irromperam para os braços dele, sorrindo.

— O que aconteceu, meninas? – Godric perguntava, ansiando por saber mais, seu semblante preocupado.

— Nós também não sabemos muito bem – respondeu-lhe Rowena, ainda um pouco confusa – acabamos de acordar numa dessas tendas e...

— Onde está Salazar? – interrompeu Helga, olhando para as demais tendas e ao horizonte, procurando pela figura do outro amigo.

— Ainda dormindo, Hel – comentou Godric – tentei acordá-lo, mas não consegui de jeito nenhum. A propósito, Rowena, você está com sua varinha aí?

A jovem feiticeira ficou em silêncio. Nem havia procurado sua varinha desde que acordara. Devia estar em um de seus bolsos, aquele vestido tinha vários.

Não estava.

Foi só então que a mulher de cabelos pretos se manifestou. Dando uma leve tossidinha, conseguiu atrair a atenção dos jovens. Quando estes pousaram seus nela, ela empunhava três varinhas: a de Godric, a de Rowena e a de Salazar.

— Que bom que vocês notaram que eu ainda estou aqui – disse a mulher.

— Devolva-nos – berrou Godric – elas nos perten... – mas com um aceno da mão, a mulher fez com que Godric se calasse.

— Eu não tenho a mínima intenção de ficar com elas, Godric – ela disse com uma expressão austera – podem tê-las de volta, quando bem entenderem, apenas não enquanto estiverem na minha ilha. Aqui não nos limitamos a pedaços de madeira.

Godric havia ficado muito vermelho de raiva por ter sido silenciado tão rapidamente. Seu rosto apresentava expressão emburrada, quase que esquálida. Não demorou muito para que Rowena perguntasse, astutamente, porém de modo gentil:

— Senhora, onde estamos? – não ousava olhar a mulher nos olhos, mesmo sem entender o motivo. Havia certa aura nela que fazia com que a jovem quisesse se sujeitar a ela – e quem é você?

— Rowena, querida, não é preciso temer – ela disse, tocando seus ombros, encorajando a garota – vocês estão em Glastonbury, mas na Glastonbury escondida entre as brumas. Aqui é Avalon, e eu sou a Senhora deste lugar, Morgana.

Quando disse o nome do local e ao se apresentar, a natureza tomou outra forma. Quase como se a palavra tivesse criado um novo mundo, os olhos dos três jovens se abriram e eles enxergaram ao seu redor o que antes não viam. A tonalidade verde da grama tornou-se ainda mais viva, com flores de cores estonteantes rompendo de seu solo. Ao fundo da paisagem, entre montes e montanhas outrora não notadas, corria um rio de água pura e cristalina. Havia certa névoa fina no ar, que refrescava o ambiente, Rowena pôde perceber. No mais, havia uma elevação estranha no solo, redonda e domada pela grama, que se levantava imponente. Em cima desta elevação, uma pequena construção de pedras, com um pórtico de ambos os lados, permitindo que alguém passasse pelo meio livremente. Ao chão da edificação, diversas flores de pilriteiro brotavam. Tudo despertava, como se ao dizer nome do local, um sono eterno tivesse se rompido.

Não demorou muito para que pessoas começassem a sair das diversas tendas, animadas e prontas para um novo dia, juntamente com um Salazar, desorientado e perdido. Gritando por seu nome, os meninos saíram correndo em direção a ele.

Após os abraços, e tendo explicado onde estavam para o jovem bruxo recém-desperto, o grupo de amigos voltou sua atenção para a Morgana. Nenhum dos garotos jamais tinha ouvido falar de Avalon, embora Glastonbury fosse uma região bem famosa.

— Nós nunca ouvimos dizer em Avalon, senhora – respondeu Rowena, tímida.

— É claro que não, minha menina – ela dizia calmamente – Avalon só será conhecida pelos que realmente merecem conhecê-la. E vocês mereceram, foram trazidos até aqui pela própria magia de Avalon.

Ninguém parecia realmente entender o que a mulher estava dizendo.

— Vejam bem – e parecia que ela se inspirava ao falar sobre essa tal Avalon – apenas os Iniciados podem realmente chegar aqui, com os encantamentos corretos, sob pena de ficar perdido entre os dois mundos, perdido nas brumas de Avalon e Glastonbury. Os Iniciados e aqueles que Avalon quer para si.

Foi a vez de Godric perguntar, o feitiço silenciador sem qualquer efeito:

— Então, nós estamos em outro mundo?

— Isso, nós, da fé antiga, precisamos nos esconder nas névoas... todas as sacerdotisas de Avalon estavam morrendo nas mãos da Igreja e seus padres cegos.

— Nós bem conhecemos esses padres – resmungou Helga, tocando involuntariamente um hematoma em seu braço, que já estava sumindo – mas eu dei um jeito em todos eles.

A Senhora de Avalon deu um sorriso encorajador para Helga, mas a repreendeu:

— Nós não nos tornamos aqueles que nos feriram, Helga – ela falava com sabedoria – a vida se vinga por si só.

— Acho que o que todos queremos saber é o motivo de estarmos aqui – disse Salazar, cortando a linha de raciocínio da mulher.

A mulher o olhou com interesse, como se o sondasse. Seus olhos escuros o mediram de cima a baixo, mas ele não desviou o olhar. Havia certa petulância dentro dele que guerreava com a altivez da distinta senhora.

— Eu também não sei, Salazar, mas vocês romperam as brumas e chegaram à floresta. E lá estariam até agora se eu não tivesse chegado e tirado vocês de lá – respondeu com certa petulância – eu não entendo como vocês chegaram aqui, mas com certeza vocês serão úteis para Avalon.

Todos estavam muito distraídos, quando tiveram sua atenção dispersa por um grupo de mulheres novas que chegavam e se dirigiam a Morgana. Pararam a certa distância, como se tivessem medo de se aproximar. Morgana, desviando o olhar e fazendo-o repousar sobre elas, fez um sinal com a mão para com que elas se aproximassem.

As meninas chegaram mais perto lentamente, e fizeram uma pequena reverência antes de começarem a dizer:

— Senhora, Gwinneth mandou-nos procurá-la, Mordray está causando uma confusão porque não faremos maçãs congeladas banhadas ao caramelo na celebração do Samhain.

Morgana bateu com a mão na cabeça antes de sair andando. Interrompeu-se, contudo, para dizer aos jovens amigos:

— Justo hoje? – ela questionou as garotas, e, virando-se para os garotos – vocês tratem de ficar a vontade, mas estejam prontos para o Samhain hoje pela noite – disse ela, com certa preocupação no olhar – Arlene ficará com vocês e lhes dará tudo o que precisarem – ela apontou uma das jovens no grupo, que tinha cabelos encaracolados e loiros claro, e saiu correndo para uma das tendas.

— E lá se vai ela com nossas varinhas – foi o comentário que Godric teceu.

— Aqui ninguém precisa de varinhas para fazer magia – retrucou Arlene, e, para exemplificar, fechou a mão e a abriu, fazendo surgir um passarinho, que alçou vôo logo em seguida.

Todos os jovens ficaram altamente impressionados com a habilidade mágica de Arlene, mas Rowena decidiu não prosseguir nesse assunto:

— Arlene, o que é esse tal de Samhain? – por óbvio seria Rowena, a mais curiosa do grupo, que buscaria saber o significado de todas as coisas.

A jovem coçou a cabeça antes de responder. Parecia que não sabia muito que dizer, ou que não queria explicar a Rowena. Quando respondeu, no entanto, parecia muito decidida ao informar:

— É um festival maravilhoso em que nós celebramos o ano novo e a vida – ela falava com certa ansiedade – mas é um dia muito perigoso, porque os espíritos estão soltos, e precisaremos fazer os sacrifícios dos mortos para acalmá-los.

— Epa, pêra ai – silenciou Salazar – que história é essa de sacrifícios?

Arlene silenciou, e enrubesceu como se tivesse falado algo errado. Repentinamente, ela se lembrou de algo que precisava fazer e pedindo licença aos jovens, retirou-se, apressada.

— Essa história de sacrifícios é muito estranha, gente – repetiu Salazar – acho que devíamos tentar sair desse outro mundo aqui e irmos embora, seguirmos nossa vida.

— Com certeza não é nada demais – Godric disse, levianamente, e sem prestar muita atenção – vocês viram como Morgana nos recebeu bem aqui.

— Sem contar essa história de sermos úteis aqui, de Avalon ter nos escolhido – complementou Rowena, séria e com os olhos sobre Salazar.

Mas Salazar não desistiu de seu posicionamento. Bateu o pé no chão e, cruzando os braços, replicou:

— Gente, vocês se lembram do que Daisy nos disse? – ele disse, apelando para a missão como uma última esperança – nós não temos ideia onde estamos, nem como chegaremos às planícies de Wiltshire, e precisamos encontrar o tal monge que vai nos ajudar a esquecer o passado e ficarmos prontos para o futuro, sabe-se lá o que ele nos prepara.

Helga estava, até então, muito quieta. Talvez o silêncio fosse ser seu novo companheiro em muitos momentos a partir do evento. Mas não era o caso agora. Godric, Salazar e Rowena falavam todos ao mesmo tempo agora, um querendo ir embora, os outros defendendo que ficassem. Foi aí que Helga precisou se fazer ser ouvida:

— Eu acho que deveríamos ir embora mesmo – disse a garota, impondo-se, e ficando em pé, ao passo que olhava fixamente para Salazar, e este retribuía com um sorriso – mas apenas depois da celebração desse tal de Samhain – ela continuou, agora recaindo o olhar sobre Rowena e Godric – afinal de contas, Morgana está com a varinha de vocês, e é deselegante sair no meio de uma comemoração.

E assim ficou decidido que fariam.

***

A noite já ia solta quando os jovens garotos saíram de suas tendas, todos limpos e bem arrumados, prontos para a comemoração do Samhain. E toda Avalon parecia estar pronta também.

Avalon parecia ser bem mais viva pela noite, como se a lua trouxesse novo fôlego a seus habitantes. Também, pudera, a lua estava muito próxima e cheia, derramando sua luz sobre o chão, como se fosse o sol.

Havia música tocando em algum lugar, mas não se via nenhum instrumentista por perto. Entre as tendas, diversas lanternas se estendiam, potes de vidro, improvisados com uma vela dentro, que complementavam a iluminação da lua. Ao longo do acampamento, encontravam-se diversas mesas que ostentavam comidas e bebidas que aparentavam ser suculentas, e cujo cheiro abriu o apetite dos garotos. Mais ao centro, como se fosse um altar, elevava-se uma mesa de pedra gigantesca, ricamente ornamentada com pedras preciosas, e que poderia muito bem servir para um discurso, ou algum ritual. Mais importante que tudo, todos os moradores de Avalon estavam ali, com as cabeças cobertas por capuzes e gorros, de modo a ocultar seu rosto.

Os únicos que estavam com o rosto descoberto eram os quatro amigos e Morgana, que os esperava de braços abertos, muito felizes, trajando um vestido preto, entretecido com gemas de rubi.

— Que vestido lindo, Morgana – Helga não pôde deixar de apreciar – você conseguiu resolver aquele problema com as maçãs congeladas?

Morgana estava de extremo bom humor e riu, antes de dizer:

— Ora, que problema, minha querida? Aqui em Avalon não enfrentamos problemas nenhum – ela disse, e passando um braço ao redor do ombro de Helga e outro ao redor do ombro de Godric, conduziu os quatro jovens à mesa de pedra.

Quando chegaram à mesa, Morgana abaixou-se e pegou um punhado de terra em suas mãos. Soprando-o sobre a elevação rochosa, subitamente fez com que quatro confortáveis assentos se materializassem na frente deles, um ao lado do outro em linha reta.

— Acomodem-se, meus amigos, e sirvam-se a vontade – ela falou, e havia certa nota de anseio em sua voz, como se quisesse que algum momento específico chegasse logo – muito em breve, comemoraremos o novo ano – e, batendo palmas, fez com que os habitantes de Avalon servissem fartamente os quatro convidados.

Antes que pudessem perguntar qualquer coisa que seja, Morgana já havia se retirado e se misturado em meio ao povo. Salazar não queria falar nada, mas havia certo sentimento adverso dentro dele, que não o permitia ficar confortável naquela situação, mesmo sendo muito bem recebido ali.

Depois de todo o povo se fartar, aos poucos, os garotos puderam perceber, eles iam se sentando em frente à tribuna de pedra. Quando não havia mais ninguém em pé, e o silencia imperava, ouviu-se um crocitar de corvo, e repentinamente, no mesmo espetáculo que Godric vira mais cedo, Morgana de um corvo passou para mulher.

Toda Avalon irrompeu em aplausos e exclamações de felicidade. Era hora de começar o Samhain.

— Meu bom e amado povo de Avalon – começou a discursar Morgana – eu sou Morgana, a Fada, a Nova Dama do Lago, Suprema Sacerdotisa e Guardiã de Avalon, e declaro iniciado mais um Samhain – um nevoeiro começava a emanar das mãos da feiticeira, consoante Morgana ficava mais animada

— Vocês bem sabem, meus caro amigos, que, recentemente, Avalon, nossa amada terra escondida entre as brumas, nos deu o privilégio de conhecer esses quatro bravos jovens bruxos – ela olhou para cada um dos garotos sentados – foi Avalon que os trouxe aqui, justamente no dia em que celebramos uma nova vida.

 Salazar ficava cada vez mais incomodado com aquela cena, havia certas batidas ao fundo, compassadas ao ritmo frenético de seu coração, e que aumentavam, conforme Morgana prosseguia em sua fala.

— Toda vida é um ciclo, tem começo, meio e fim – repentinamente, Morgana mudou a temática de sua fala – Mas Samhain é dia perigoso, vocês sabem, já que não existe mais divisão entre este e o outro mundo. E aqueles que já não estão mais aqui querem vida – então a voz de Morgana passou do tom que estava usando para uma sonoridade etérea – e são essas vidas que eu ofereço, essas vidas que Avalon nos deu, essas vidas que se perderam para sempre entre as brumas, vão em paz.

Repentinamente, Salazar e os outros garotos sentiram seus braços serem presos e suas bocas serem abafadas por grandes mãos. Morgana, desembainhando seu punhal, foi em direção a Rowena, e, vendo o rosto da jovem bruxa molhado por suas lágrimas de desespero sussurrou:

— Que seu sangue traga paz e afaste os maus espíritos de Avalon – e, levantando o punhal, desferiu o golpe de morte.


Notas Finais


E aí, gostaram? Espero que sim, foi um capítulo que eu precisei dar muito de mim para escrever (acho que estou enferrujado), e que me custou algumas horinhas de sono rs, mas acho que valeu a pena :D fiquem comigo, em breve temos mais aventuras dos quatro


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