Todos estavam à espera do casal, Justin e Tracey. Eles estavam ansiosos para que os bebês nascessem logo. Tracey não poderia tê-los, ela tinha um problema em seu útero, mas fez o impossível para que engravidasse. Um ano tentando engravidar, depois de meses conseguiu o que queria. Era para ser um, veio dois. Tracey e Justin não eram casados, ainda; estavam esperando eles nascerem para se casarem. Faltava pouco para eles nascerem, apenas um mês. Ela estava de oito meses.
Justin e Tracey estavam a caminho de casa, onde toda sua família esperava. Justin estava dirigindo seu carro, Tracey ao seu lado cantarolando. Ele dirigia calmamente, quando um carro veio em sua direção. O carro de Justin foi em direção a um poste. Mas isso era o de menos, ele estava preocupado com Tracey e os bebês. O mesmo saiu do carro, foi até o outro lado e a pegou no colo. O hospital não era tão longe, não o que ele queria, mas era o único que tinha por perto. Ele aumentou os passos o mais rápido que pode. O hospital não estava longe, em poucos minutos ele chegou.
— Eu preciso de uma ajudinha. — Justin chamou a atenção de um enfermeiro.
— Coloque-a na maca. — Justin a colocou e ficou ao seu lado. — O que aconteceu?
— Acidente de carro. — falou aflito preocupado com ela e os bebês. Ele assentiu e começou a examinar.
— O obstetra está vindo. Enquanto isso farei testes, para ver se há trauma. — Justin assentiu, segurou a mão dela e deu um sorriso reconfortante.
(...)
O obstetra dela chegou em uma hora. Tracey estava agoniada, sentindo muita dor, chorando. Justin estava ao lado dela. Ele lhe deu um selinho, a porta foi aberta pelo Dr. Campbell.
— O que aconteceu, Tracey?
— Batida de carro. Ela está com muita dor. — Dr. Campbell assentiu e começou a examiná-la.
— Está de quantos meses? — Perguntou Dr. Campbell.
— Oito.
— Por causa da batida irei fazer uma cesárea. Se eu não fizer agora, os bebês iram morrer. — Justin assentiu, ele foi colocar uma roupa adequada. Logo voltou. — Está pronta?
Tracey assentiu aflita. Era a vida de seus bebês em jogo. O sonho dela era engravidar, e conseguiu. Justin não podia perdê-la. Nem nada. Ele estaria sozinho, sua família o ajudaria, mas não seria a mesma coisa sem ela. Dr. Campbell já estava pronto para fazer à cesárea. Foi rápido. Ele deu algo para ela não sentir dor alguma. Não estava na hora deles nascerem, mas a batida afetou tanto eles quanto os bebês.
(...)
Em duas horas e meia eles nasceram. Saudáveis. Blair e Bryan eram lindos. Bryan tinha os cabelos loiros, olhos cor de mel, puxou o pai. Mas Blair nasceu com os cabelos castanhos escuros, olho azul, puxou a mãe. Mesmo com oito meses de vida, estão bem. Os enfermeiros os levaram para outra sala. Justin estava ao lado dela com um sorriso lindo. Tracey começou a sentir falta de ar. Os aparelhos começaram a fazer um barulho. Logo o doutor chegou.
— O nível de O2 caiu. Dê oxigênio. — falou rápido. — Quero um eletrocardiograma, testes cardíacos e VP. Eletro pronto?
— O que houve? – Justin perguntou.
— Terei de responder depois. — Dr. Campbell disse e entrou na sala, Justin o seguiu. Ele queria ficar com ela. — O exame confirmou. A ruptura da placenta fez o líquido amniótico vazar… Produzindo uma reação inflamatória. Está ouvindo? Tracey— assentiu. — Colocarei você em um BiPAP. Ele força seu pulmão a se abrir e ajudar a respirar, certo?
— Eu já volto. — Justin disse e saiu da sala com o doutor.
— Preciso ser direto. O BiPAP e um Band-Aid. O líquido fará o pulmão da Tracey inchar. Depois o coração parará.
— Não… — Disse Justin inconformado.
— Precisa ser entubada… E colocada em um local ventilado já. – Dr. falou nervoso. Tracey era como uma filha para ele.
— Quer induzir um coma…?
— Parece assustador, mas controlaremos a respiração forçando oxigênio no sistema. Não temos o equipamento. — Dr. Campbell estava assustado também, assim como Justin. Ele a queria bem. Justin ligou para um amigo e pediu o necessário para ela entrar em coma. Isso era algo que poderia dar errado.
(...)
Justin estava esperando o Dr. Campbell. Em duas horas Justin já estava agoniado por ter de esperar. Ele queria vê-la, abraçá-la, beijá-la. Ele ainda não havia ligado para a família. Justin se levantou ao ver o doutor vir em sua direção. Ele estava cabisbaixo, com a expressão de cansado.
— Ela está bem? — Perguntou, passando a mão no cabelo. Ele estava nervoso.
— Ela não resistiu. — Lágrimas saiam sem pudor nenhum dos olhos de Justin. Ele queria ter dito que a amava, e ainda a ama.
— Ela sofreu muito?
— Ela nem acordou. — dito isso saiu dali.
Ele estava perdido. Não sabia o quê fazer. Ele queria que ela estivesse ali. Ela se foi, mas deixou duas coisas maravilhosas. Blair e Bryan. Ele prometeu cuidar deles, prometeu amá-los. E irá cumprir.
"— Quando se ama faz o possível e o impossível por ela. Ele fez, mas não conseguiu. Prometeu amá-los, irá fazer isso mesmo ela não estando com eles."
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