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História A Bailarina e o Nerd - À noite está apenas começando...


Escrita por: JojoBerry_31

Notas do Autor


OIE amoras^-^
Desculpem pela minha demora mas tenho certeza de que valeu a pena! Esse capítulo ficou MUITO melhor que o primeiro, tanto na escrita como na ideia, então eu estou muito feliz por estar postando ele!
Eu espero que vocês gostem e entendam a referencia;)
BOA LEITURA!

Capítulo 2 - À noite está apenas começando...


Fanfic / Fanfiction A Bailarina e o Nerd - À noite está apenas começando...

ShawnPov's

A noite estava linda, o céu está cheio de estrelas e a lua está iluminada como nunca. Eu estava sentado na bancada com meu caderno em minha frente, observando a lua e compondo minhas músicas, pois só de olhar para o céu um turbilhão de ideias surgem em minha mente.

O caderno já está em suas últimas folhas e logo precisarei comprar outro mas ainda dá para escrever umas duas músicas. Para alguém como eu, é difícil compor, nunca sofri por amor e nem fiz loucuras com meus amigos - eu nem tenho amigos. Mas para a minha sorte consigo inspirações em coisas pequenas e belas ao meu redor.

Ao olhar para o relógio percebo que já são quase meia noite, então me preparo para deitar. Coloco a calça de moletom preta e fico sem camisa. Guardo o caderno na gaveta e viro a chave para ninguém abri-la. Deito na cama e olho para o teto até pegar no sono.

Não sei que horas são mas escuto um barulho bem leve, minha janela, alguém está abrindo a minha janela. Continuo deitado, apenas fingindo que estou dormindo. Outro barulho, a pessoa acabou de colocar os pés dentro do meu quarto. Não sei o que faço, posso gritar ou tentar impedir essa pessoa de dar mais um passo. Quando levanto vejo uma imagem escura e borrada na minha frente, esfrego os olhos pera enxergar melhor. 

- Ei calma, não precisa se assustar, sou eu - ao abaixar o capuz me surpreendo com sua identidade - Teresa, a garota da sua aula de cálculo e da sala de música também.

- Teresa? - esfrego os olhos mais uma vez - O que você está fazendo aqui? Isso aqui é invasão de propriedade, sabia? - digo sentado na cama - Eu devia chamar a polícia.

- Então chame - ela diz sem medo - Faça isso e perderá sua única amiga.

- Nós não somos amigos.

- Tem certeza? Achei que você já me considerava uma amiga, sabe por quê? - ela diz séria - Porque eu sou a única pessoa no colégio inteiro que sabe seu nome ou que já falou com você.

O que ela diz me acerta em cheio como uma facada no coração.

- O que você quer? - pergunto seco.

- Preciso da sua ajuda - ela se aproxima - Você sabe quem é o Troye? - afirmo com a cabeça - Então, ele é o meu melhor amigo, e hoje quando eu estava na biblioteca recebi uma mensagem, nela dizia que o grupinho do Cameron havia aprontado com ele. Por isso eu saí correndo daquele jeito.

- Tá, e o que eu tenho a ver com isso?

- Bem, eu acho que nada - diz esfregando as mãos no blusão - Mas eu preciso de ajuda para me vingar.

- Então por que você não chama o Troye? - respondo - Ou qualquer outro amigo seu.

- Troye tá bem na bad e a Lox tá consolando ele - ela para por um momento para pensar e volta a falar - E a Dove pode até ser uma ótima hacker, mas ela não é qualificada para esse tipo de situação.

- E então você quer que eu te ajude? - ela confirma com a cabeça - Nem ferrando, não vou me meter nessa encrenca.

- Shawn por favor - ela implora - Olha eu sei que a gente nem se conhece direito mas pensa, eu sei que você deve odiar o Cameron e aqueles amigos idiotas dele - só de lembrar do que o Cameron fez me faz serrar o punho de raiva - Então por favor, isso pode ser uma chance de mostrarmos para esses idiotas do que somos capazes, uma chance de se vingar! Pensa nisso...

Me lembro de cada coisa que eles fizeram comigo, cada detalhe, me lembro do Dylan - meu único amigo - sendo levado embora para bem longe por causa deles, por algo que ele não fez.

Teresa ainda continua parada no meio do meu quarto olhado para o teto e para as paredes mesmo estando escuro. 

- Okay, eu topo - respondo fazendo a garota voltar para a realidade - Mas o que vamos fazer exatamente?

- Já assistiu Cidades de Papel? - balanço a cabeça em afirmação - Vai ser tipo isso, mas você não é o Quentin e eu muito menos a Margo então, isso aqui tem tudo pra dar errado...

- Se a polícia nos pegar...

- Ela não vai, eu prometo - ela diz tranquila - E se pegar eu levo toda a culpa. 

- Ótimo, só vou colocar uma camisa aí poderemos sair.

Ela me encara confusa;

- Pera aí, você tá sem camisa?

- To, você não percebeu?

- Na verdade não, está tudo escuro, não estou enxergando nada - penso em dar risada mas fico quieto - E eu ainda sou míope então de um jeito ou de outro eu não ia enxergar.

Abro a porta do armário e pego um blusão vermelho escuro quase vinho, e pego o primeiro tênis que eu vejo na frente; um All Star preto. Termino de me arrumar, e quando vou abrir a porta Teresa me impede.

- O que você tá fazendo? - ela puxa minha mão antes que eu possa abrir a porta.

- Abrindo a porta para sairmos, ué?

- Você quer sair pela porta da frente? Aproveita e passa no quarto do seus pais e avisa que você vai sair com uma estranha no meio da noite.

- Tá, e por onde vamos sair?

- Vamos sair por onde eu entrei - ela aponta para a janela e me puxa - Vem!

Ela sai com a maior facilidade e depois pula para o chão como se não tivesse o perigo é cair e quebrar um braço. Já eu saio meio desengonçado e quando pulo caio no chão. Ela me encara e revira os olhos, levanto e limpo a terra presa na minha roupa.

- Para onde vamos?

- Primeiro vamos passar no Robb's e fazer algumas comprinhas.

Robb's é uma loja de conveniência aqui do bairro, ela é enorme e tem de tudo que você possa imaginar. Tudo muito barato e coisas que nem poderiam estar mais à venda, mas eles conseguem e pra ser sincero eu não quero saber onde eles arrumam seus produtos.

Mesmo pelo horário a loja ainda está aberta com suas milhares de coisas a preços miseráveis. Entramos na loja e Teresa vai para o fundo.

- Olha! - ela aponta para uma prateleira que está cheia de bolinhas coloridas - Recarga para arma de paintball! Vamos precisar.

Ela pega uma cesta e me dá, jogando várias bolinhas lá dentro. Depois vamos para a parte de cosméticos, ela pega tintura para cabelo rosa. Ela pega outras coisas como pilhas, tinta spray e pregos. Quando estamos próximos do caixa ela pega uma caixinha de chiclete e abre, colocando um na boca.

- Quer um? - diz direcionando a caixinha para mim.

- Não! Você nem pagou por isso.

- Mas eu vou pagar - ela faz uma bolha com o chiclete e estoura.

Chegamos ao caixa e a atendente parace estar de mal com a vida; ela não sorri e também masca um chiclete como se fosse um camelo, seu cabelo está todo despenteado e sua maquiagem está toda borrada. Quando ela vê que Teresa abriu um chiclete olha feio para ela, mas a única coisa que ela faz é sorrir para a funcionária.

- Vinte e três libras - diz sem animo com uma voz fina e irritante.

- Débito, por favor - Teresa tira o cartão do bolso e dá para a atendente mas a impeço.

- Você ficou doida? - ela me olha confusa - Se vierem atrás de nós vão investigar o Robb's que foi o último lugar que estivemos, se eles forem ver o cadastro da última pessoa que comprou vai ser você, vai ficar cadastrado todos os seus dados por causa do cartão, aí vão descobrir o que nós compramos!

Ela continua mascando o chiclete e fazendo um barulho irritante quando estoura a bolha, ela bufa e guarda o cartão pegando uma nota de cinquenta libras.

- Espero que tenha troco - ela diz para a atendente que  continua lhe olhando com uma cara feia.

Ajudo-a colocar as coisas dentro das sacolas, e no fim eu acabo carregando tudo. Saímos do Robb's e quando já estamos do lado de fora ela me encara e fala;

- Garoto! - ela diz alto - Você é muito pessimista, sabia? Ninguém, ninguém mesmo, vai pegar a gente.

Ela está de braços cruzados e solta um suspiro quando termina de falar, só agora que percebo que ela é bem mais baixa que eu, até parece inofensiva, mas só parece.

- Quem será nossa primeira vítima? - pergunto mudando de assunto.

- Nossas primeiras vítimas serão os irmãos Grier - um sorriso maldoso está estampado em seu rosto.

Em menos de cinco minutos chegamos à casa dos Grier. Ela é enorme e parece uma mansão com altas paredes brancas e um jardim fantástico. Sinto até uma pontada de inveja pela casa.

- Qual é o plano? - eu e Teresa nos escondemos atrás de um carro.

- É bem simples, fazer os irmãos se virarem um contra o outro.

- E como você vai fazer isso?

- Nash está pegando a namorada do próprio irmão - ela simplesmente diz sem parecer supresa, já eu fico de boca aberta.

- Como você sabe disso? - falo muito confuso.

- A Madison senta na minha frente na aula de química - ela explica - E ela sempre trocava mensagens na aula com o Nash, foi aí que eu descobri.

- Meu Deus - é a única coisa que eu digo, tipo a Holland e o Nash são o melhor casal do colégio, quando você olha para eles até parece que amor verdadeiro existe mas eu pareço estar errado.

- É, essa também foi a minha reação quando eu descobri - ela abre a mochila e pega o celular - O plano vai ser o seguinte; vou mandar uma mensagem para o Hayes falando que o Nash e a Madison estão se pegando porão, e vou mandar para o Holland também, aí se sair porrada a gente filma.

- Você vai mandar mensagem pra ele? Aí que vão nos descobrir.

- Não vou mandar pelo meu celular né, seu idiota! - ela dá um tapa na minha nuca.

- Isso doeu! - respondo nervoso.

- A minha amiga hacker me deu um celular com um chip que não pode ser rastreado, ninguém vai saber que fui eu que mandei a mensagem - ela liga o celular e começa a digitar para mandar a mensagem - E se tudo der certo eu irei mandar uma mensagem para a Alexia Gossip e todos do colégio ficaram sabendo da traição.

- Você sabe quem é a Alexia Gossip? - Gossip é o blog de fofoca mais conhecido do colégio mas por algum motivo ninguém sabe quem é a tal Alexia Gossip que é a blogueira que posta todas as fofocas, ela sabe de tudo o que acontece. 

- Não, eu não sei mas bem que gostaria de saber - ela continua digitando - Mas eu consegui o e-mail dela, e vou mandar o que vai acontecer aqui nessa noite.

Ficamos em silêncio por um momento, a luz da lua nos ilumina e só agora consigo enxergar como Teresa é bonita, ela não está mais com o capuz tentando esconder seu rosto deixando seus cabelos castanhos à mostra e quando ela se levanta reparo que seus olhos são verdes como esmeraldas.

- Shawn? - ela estrala os dedos perto do meu rosto me trazendo de volta à realidade.

- Ah, oi - balanço a cabeça.

- Eu mandei a mensagem! - ela diz animada dando até um pulinho - O Hayes vai recebê-la em três... Dois... Um...

À luz de um dos cômodos se acende, parece ser o quarto do Hayes. Ficamos menos de cinco minutos esperando ate escutarmos alguém gritando lá de dentro;

QUE PORRA É ESSA? - parece ser a voz dele.

Teresa começa a dar risada quando vê que seu plano está dando certo e até mesmo eu dou risada, não consigo me conter.

- E a Holland vai chegar em pouco tempo - ela diz entre os risos.

A gritaria só aumenta e logo os três estão do lado de fora da casa; Hayes querendo bater no irmão - que só está de cueca - e Madison esta tentado pará-lo. Mas para o azar dela Holland chega à pé e de pijama mas só de olhar para seu rosto percebo que já está bem irritada.

- EU NÃO ACREDITO NISSO - ela grita - COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COMIGO! VOCÊ ERA MINHA MELHOR AMIGA!

Madison tentar se explicar mas Holland é rápida e puxa os cabelos da garota fazendo-a gritar. Aquilo tudo vira uma baderna, um batendo no outro e era uma gritaria, meus ouvidos até doem. Mas Teresa se diverte e dá muita risada.

- Precisamos filmar isso - ela pega o celular e começa a gravar, mas continua rindo sem parar.

A briga fica tão séria que Holland perde o controle e arranca a única peça de roupa que Nash está usando. Imediatamente viro o rosto porque eu não quero ver meu inimigo nu. Teresa solta eu grito e fecha os olhos e tampa a boca para não rir.

- Vocês escutaram isso? - é a voz da Madison - Tem mais alguém aqui...

- E você acha que eu me importo? - e mais uma vez Holland parece ir para cima da ex-amiga.

Teresa pega a minha mão e me puxa. Corremos contra o vento e ela continua rindo, sua risada é gostosa, doce e nenhum pouco irritante. Assim que estamos longe paramos no meio da rua para respirar, nunca me senti assim antes. Meu pai sempre fala que a vingança nunca é plena, mata a alma e envenena mas hoje deixei de acreditar nisso, me senti bem em fazer aquilo. Finalmente eles vão pagar pelo que fizeram todos esses anos comigo e com as pessoas do colégio - agora eles sabem como eu sempre me senti.

Meu coração bate rápido e sinto a adrenalina correndo em minhas veias, estou feliz de uma maneira que eu nunca fui. Um sorriso está estampado no rosto e meu cabelo  está meio bagunçado, mas não me importo com isso, me viro para Teresa e pergunto ofegante;

- Quem será nossa segunda vítima? 

Ela sorri para mim ao ver que estou feliz tanto quanto ela.

- Nossa segunda vítima será Tyler Oakley.

À noite está apenas começando...



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