1. Spirit Fanfics >
  2. A Bailarina e o Nerd >
  3. Parque de Diversões

História A Bailarina e o Nerd - Parque de Diversões


Escrita por: JojoBerry_31

Notas do Autor


Olá amoras<3
Eu sei, estou super atrasada com o capítulo. Mas eu tive um certo problema em transmitir a ideia do capítulo em palavras. Eu não sei como explicar... sabe quando vc sabe o que tem que escrever mas não consegue escrever? Então, foi isso.
Tô muito confusa e tô deixando vcs confusos também:P
Desculpem por qualquer erro, terminei esse capítulo bem rápido pra tentar postar ainda hoje.

Capítulo 9 - Parque de Diversões


Fanfic / Fanfiction A Bailarina e o Nerd - Parque de Diversões

ShawnPov's

Eu sabia que estava sonhando, mas parecia tão real. Estava em cima de um palco, e vários fãs gritavam meu nome. Eu tocava violão e cantava com a minha alma, e os fãs cantavam junto comigo. Aquilo era de arrepiar. Mesmo dormindo, acho que esbocei um sorriso. Senti algo batendo na minha cabeça e acordei. Esfreguei os olhos meio sonolento e me sentei na cama. Ao olhar para a janela reparo em uma figura de capuz que segura algumas pedrinhas. Sorrio, pois já sei quem é. Teresa abaixa o capuz relevando seus lindos cabelos e olha para mim com um sorriso irônico.

- Tessa, o que você está fazendo aqui? - pergunto piscando os olhos de sono.

- Hoje vou te levar para um lugar muito especial - ela diz saltando para dentro do meu quarto.

- Árvore dos Sonhos? - pergunto enquanto me levanto.

- Não, vou até levar a outro lugar. Tenho certeza que você vai amar. Agora, por favor, coloca uma camisa que eu tô te esperando lá em baixo - ela volta para a janela e pula para o telhado novamente.

Abro o armário e pego qualquer camiseta, coloco um blusão por causa do frio e um tênis All-Star. Ainda não me acostumei a pular pelo telhado de casa quase perdi o equilíbrio na hora de descer.

- Para onde vamos? 

- É surpresa. Então me siga, pois são vinte minutos de caminhada até lá - ela começa a andar e eu apenas a sigo. 

Caminhamos em direção ao bosque e adentramos o lugar. Passamos reto pela árvore onde todos os sonhos podem se tornar realidade. Que lugar será que dela está me levando? Como eu sei que ela não vai me dizer, tento puxar assunto.

- E aí, como estão as coisas com você?

- Ahh, meio ruins. Meu pai me colocou de castigo por temos ido pra Londres e não tê-lo avisado. Então não posso sair de casa. Mas e a Aaliyah? Ela tá melhor depois daquele jantar?

- Sim, ela está doida pra te ver novamente. Já a minha mãe por outro lado... Depois que você falou sobre o seu pai, ela ficou meio estranha.

- É normal. Ninguém gosta do meu pai, Shawn. Eu acho que as únicas pessoas que tem capacidade de gostar dele sou eu, o Eddie e a Lilian.

- Eddie e Lilian?

- Eddie é motorista do meu pai há muito tempo, não só motorista mas amigo também. E Lilian, bem... é meio complicado. Ela ajudou o meu pai a erguer a empresa e ela trabalha com ele até hoje. E posso dizer que os dois, talvez, tenham um caso.

- Mas você não falou que seu pai não ficou com mais ninguém quando sua mãe morreu?

- Ele e Lilian tem algo, porém ele não quer admitir. Tenho certeza que os dois já trocaram beijos ou algo a mais - ela faz uma careta quando termina a frase - Ele olha para ela de uma maneira que nem sempre consegue disfarçar, é tão fofo. 

- Então por que eles não se assumem logo?

- Sei lá, acho que meu pai não quer sofrer de novo, sabe? Ele ficou muito abalado com a morte da minha mãe, Eddie me contou que quando ela era viva ele era uma pessoa bem diferente. Depois que ela se foi ele se tornou alguém frio, autoritário e estupido. Dá impressão que ele perdeu a capacidade de amar...

- Mas ele não te ama? - pergunto, ela olha para mim e parece não ter respostas. Mesmo assim ela respira fundo, tira uma mecha de cabelo do seu rosto e responde;

- Meu pai é uma pessoa bem reservada e nunca está presente. Tenho certeza que o Eddie me ama mais do que meu próprio pai. Porém, cada um tem sua forma de amar, as vezes amamos uma pessoa mas não temos coragem de admitir para nós mesmo que sentimos algo por alguém. Ele tem apenas medo de se machucar novamente. Mesmo ele sendo chato e nunca estando presente na minha vida, eu o amo. Ele é meu pai. Vou amá-lo de qualquer forma.

Continuamos caminhando, mas agora em silêncio. Não sabia que Teresa era tão afastada do pai assim, nunca pude pensar de ele não era presente em sua vida. Geralmente os pais são presentes e nunca querem perder nada que acontecem em nossas vidas. Em um ponto do caminho consigo ver uma luz, parece que estamos próximos.

- Estamos quase chegando, então... - Teresa tenta tapar os meus olhos com as próprias mãos, mas ela é muito baixa perto de mim - É, será que você poderia fazer o favor de se abaixar?

- É claro, anão de jardim - dobro meus joelhos ficando da sua altura e ela me tapa os olhos.

- Cala a boca, e continua andando Monte Everest - ela diz irônica.

Andamos mais cinco minutos até pararmos. Mesmo ela tampando meus olhos, mantenho-os fechados por precaução. 

- Está pronto? - ela pergunta animada e eu afirmo com a cabeça.

Ela conta até três e tira as mãos de meus olhos revelando um parque de diversões. Não era um parque muito grande mas mesmo assim era lindo. Era bem iluminado e havia brinquedos para todo o lado. Aquilo me deixou de boca aberta.

- Gostou? - ela me pergunta com um enorme sorriso.

- Eu amei, mas por que você em trouxe aqui?

- Para comemorarmos! Eu tirei 9,0 em matemática graças a você! Então, decidi trazer você até aqui para nos divertirmos um pouco. 

- Eu nunca vi esse parque.

- Bem, é um parque clandestino. Alguns anos atrás abriram um parque na cidade mas ele acabou falindo e foi abandonado aqui. Porém, um amigo meu que é hacker encontrou o lugar e deu um jeito de fazer funcionar de novo.

- Inacreditável... - observo o lugar de ponta a ponta.

Do nada Teresa começa a correr pelo parque e seus tênis começam a brilhar. A cada passo que ela dá à luz  do tênis muda de cor. Ela me olha com um sorriso de orelha  a orelha.

- Sério? - aponto para seus pés.

- Sério! - ela se aproxima de mim e puxa o meu braço - Vem, vamos nos divertir!

Havia poucas pessoas no parque mas assim é melhor, pelo menos não precisamos pegar nenhuma fila. O primeiro brinquedo que vamos é um tiro ao alvo. Teresa erra o alvo em todas as tentativas. Ela me entrega a arminha de brinquedo, agora é a minha vez de tentar. Temos cinco tentativas, na primeira eu erro, na segunda e na terceira eu acerto o alvo mas não no meio, na quarta eu erro novamente e na quinta consigo acertar o meio. 

- Qual prêmio você vai querer? - o moço que toma conta do brinquedo me pergunta.

- Hum... eu não sei - os prêmios são bichinhos de pelúcia gigantes - Tessa, qual você prefere?

- Eu gosto do cachorrinho ali - ela aponta para um bichinho de pelúcia que é igual a um cachorro.

- Então me vê esse aí - aponto para o boneco e ele me entrega e eu dou para Tessa.

- Pra mim? - confirmo com a cabeça - Nossa, obrigada! Eu amo cachorros, sempre quis um.

- E por que você não adota um?

- Meu pai não deixa, ele é alérgico e vive falando que o cachorro vai encher a casa de pelo.

- É, eu também sou alérgico a cachorros.

Um cara se aproxima de nós. Ele parece conhecer Teresa. Na hora em que ela o vê corre para lhe dar um abraço.

- Shawn, esse aqui é o Miles o meu amigo hacker que eu te falei.

- Prazer em conhecê-lo, cara. Seu parque é fantástico, parabéns.

- Ahhh, você é o tão Shawn que tanto a Tessa fala. Depois que ela começou a andar com você ela quase não bem mais me ver.

- Calma querido, o colégio está bem corrido pra mim, mas eu prometo que virei mais fazes.

- Hum, assim espero. Bom, vou parar de tomar o tempo de vocês. Aproveitem a noite e se divirtam!

Quando ele se afasta eu e Teresa começamos a andar pelo parque.

Os olhos de Teresa brilham quando paramos em frente à um carrossel. Ela monta em um cavalo sem pensar duas vezes e eu a sigo. Mesmo o carrossel girando devagar Teresa ria e se divertia. A risada dela é tão boa, é alta e fofa. Aquilo era música para os meus ouvidos. Me fazia ter vontade de rir também. Naquele exato momento voltamos a ser crianças. Eu queria que essa sensação não terminasse nunca. É como se todos os meus problemas tivessem sumido. Mas eu sabia que no exato momento que eu saísse desse parque tudo voltaria.

O carrossel para e eu e Teresa descemos. Ele podia até girar devagar mas mesmo assim estamos meio tontos.

- Vem, já sei qual brinquedo nós vamos agora - ele me puxa novamente e paramos na frente de uma roda gigante que estava desativada.

- Eu acho que está desativada - digo - É melhor iramos para outro brinquedo.

- Ela pode estar desativada mas ainda dá para subir - em um apoios da toda à uma escada que leva ao último vagão da roda. Tessa começa a subir e sem escolha eu subi junto. Ela sobe cada vez mais alto, firme e forte com seu bichinho de pelúcia na mão. Chegamos ao ponto alto da roda e nos sentamos em um dos vagões.

- A vista daqui é tão linda, sempre gostei de vir até aqui e observar as estrelas...

O céu escuro estava lotado de estrelas brilhantes. Está tão lindo quanto os olhos de Tessa. Lembro de ontem à noite que o meu pai me deu dois ingressos para uma orquestra de música clássica, ele me disse que havia ganhado no trabalho e como eu gostava de música ele me deu e disse para mim levar um amigo. No começo pensei em levar Hailee, mas aí pensei melhor. Como Teresa gosta de balé acho melhor levá-la. Tiro os ingressos do bolso e ele olha para eles curiosa.

- O que é isso? - pergunta.

- São ingressos para um orquestra de música clássica, meu pai me deu ontem à noite.

- Então era isso que você escondeu quando eu entrei no quarto? - confirmo - Foi por isso que ele te chamou naquela noite, para de dar isso.

- Sim, no começo eu pensei em chamar a Hailee mas eu acho que música clássica é mais o seu estilo por gostar de balé. E aí, quer ir comigo?

- É claro que eu quero ir! - ela sorri para mim feliz - Obrigada pelo convite, Shawn.

- Não Tessa, obrigada você pela noite maravilhosa.

Sorrimos um para o outro e ela me abraça em agradecimento. Se eu pudesse ficaria naquele abraço para sempre. A mesma sensação que senti quando estava no carrossel voltou no meio desse abraço. Ela encosta a cabeça no meu ombro igual fez no carro quando fomos para Londres. E ficamos ali, observando as estrelas.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...