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História A Bailarina - Prólogo


Escrita por: Loving_Demi

Notas do Autor


Olá, primeiro capítulo. Espero que vocês gostem.

*Será uma short fic.

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction A Bailarina - Prólogo


—Hey cupcake.- sinto mãos na minha barriga fazendo-me cosquinha e me assustando.
—Merda Justin.- reclamo bufando ao reparar que derrubei água no chão. Ele sempre faz isso, parece que me assustar é o seu hobbie favorito.
—Desculpa.- ele diz rindo e eu reviro os olhos.
—Como você entrou aqui?- pergunto cruzando os braços e encarando seus olhos caramelo. Eu estava aqui em casa sozinha e Justin ainda não tinha poderes de teletransportagem pelo o que eu saiba.
—Eu tenho a chave extra bobinha.- ele diz se sentindo importante. E talvez ele fosse mesmo, por isso lhe entreguei a chave da minha casa.


Eu e Justin nos conhecemos desde.. sempre.  Nossas mães são amigas desde a época do colégio e não se desgrudaram desde lá, a prova disso é que anos depois foram morar uma em frente a casa da outra. O que fez com que eu e Justin fossemos muito mais próximos ainda. Nós sempre fomos muito unidos, ele é o meu melhor amigo, meu companheiro, meu porto seguro. Eu queria poder dizer que é só isso, que essa não vai ser mais uma daquelas histórias clichês que a melhor amiga se apaixona pelo melhor amigo e que não conta pois sabe que ele não sente o mesmo. Mas é exatamente isso que aconteceu comigo. Eu não sei como e nem quando eu fui me apaixonar por ele, porém quando eu vi ele já havia entrado na minha pele.  Não sei se foi o seu jeito, as qualidades, sua beleza, mas na verdade eu sempre fui apaixonada por Justin Bieber, pena que ele não saberá disso. Eu sabia que ele me via apenas como uma amiga, talvez uma irmã mais nova por ele ser tão protetor comigo, mas o amor de homem e mulher eu sei que nunca receberei dele.


—Você não sabe o que chegou hoje.- ele diz sorrindo.
—O que?- pergunto acompanhando o seu belo sorriso.
—Olha.- ele me mostra um envelope.
—É o que eu estou pensando?- pergunto curiosa e ele afirma com a cabeça. —Você já abriu?- digo.
—Não, queria fazer isso com você.- ele diz e eu sorrio. O sonho de Justin desde pequenininho é ser cantor, e ele havia enviado o seu currículo para Juliard esperando realizá-lo.
—Então vai, abra.- digo ansiosa. Ele logo começa a rasgar o envelope e passar os olhos pela parte escrita lendo-a.
—Consegui.- ele sussurra. —Eu passei Felicity, eu passei!- ele fala agora em um tom muito mais alto.
—Ah meu Deus!- pulo no seu colo. —Parabéns Boo, eu tinha certeza que você ia conseguir.- digo abraçando-o.
—Eu ainda não consigo acreditar.- ele diz com um sorriso enorme no rosto.
—Você vai realizar seu sonho Bieber!- digo contente pelo meu melhor amigo.
—Só iria realizar realmente o meu sonho se você estivesse comigo.- fala.
—Boo..- digo suspirando. Assim como o Justin tem o sonho de ser cantor, o meu é ser bailarina. Desde pequena eu treino e treino, mas apenas como hobbie. Minha mãe nunca deixaria eu seguir essa carreira. —Você sabe que eu vou fazer medicina em Yale..- começo dizer mas ele me interrompe.
—Assim como a sua mãe, pai e irmã.- Justin diz. —Yale te aprovou desde os catorze anos, mas e daí. Esse não é o seu sonho.- ele diz.
— Não é mas.. é o meu destino.- digo de cabeça baixa.
— Você é quem faz o seu destino.- ele diz e eu suspiro.
—Justin.. será que podemos não discutir sobre isso novamente.- falo. —Hoje é um dia de comemoração.- sorrio fraco.
—Tudo bem.- ele suspira. —Vamos contar para a minha mãe?- pergunta me estendendo a mão.
—Vamos.

 


.....


—Ai querido, eu estou tão orgulhosa. - Tia Pattie enchia Justin de beijos, não era para menos, os dois pareciam tão felizes, até me senti um pouco intrusa fazendo parte desse momento tão único. —Seu pai.. nossa seu pai vai soltar fogos quando souber.- ela diz e Justin da uma gargalhada gostosa. —É uma pena vocês se separarem à essa altura.- ela diz alternando seu olhar entre mim e ele.
—Sim.- eu digo e tento um sorriso, mas Pattie me conhece, com certeza não colou.
—Quando chegou sua carta de Yale?- ela pergunta.
—Ontem.- digo e suspiro.
—Seus pais devem estar orgulhosos.- diz. Não que eles não tenham ficado felizes, mas todos sabiam que isso ia acontecer, então somente recebi um parabéns do meu pai e um não fez mais do que a sua obrigação da minha mãe. 
—Eles .. hm... estão.- falo e ela sorri para mim.
—Eu compreendo querida.- claro que ela compreendia, não tinha como ela não saber o jeito que sua melhor amiga, vulgo minha mãe era. —Mas filho, eu não entendi algo. Acabou de chegar uma carta da Julliard, como você já está com ela se eu a deixei no seu quarto.- diz.
—Sério? Já te explico.- ele diz para a mãe. —Vem Felicity.- me puxa para o seu quarto.
—Ai Boo pra que tanta pressa.- falo.
—É importante.- ele diz.
—Ok.- apresso meus passos.


Ele entra no quarto e coloca a sua carta na cama, pegando uma que está na sua mesinha. Posiciono-me na sua frente enquanto ele a abre. Começo a bater meus pés em sinal de ansiedade, o que será que está acontecendo? Justin me olha e abre o maior sorriso do mundo.
—O que?- falo estranhando.
—Não sei como te contar isso.- ele diz fazendo-me ficar nervosa.
—Anda Justin!- mando.
—Bem.. Quando eu fiz a minha inscrição para Julliard, eu.. não fiz somente a minha.- ele fala cauteloso.
—Como assim?- digo sentindo meu coração acelerar.
—Eu fiz a sua também.- ele fala e me entrega a carta. —Parabéns, você passou.- ele diz deixando minha boca seca e meu coração como uma  batida de tambor.
—Mas.. eu...- começo a falar surpresa.
—Eu não estou te forçando a nada.- fala. —Mas é o seu sonho Felicity, eu só vou aceitar você desistir dele depois de tentar todas as  possibilidades.
—Eu não posso... meus pais me matariam.- digo negando.
—Para de pensar neles! É o seu futuro. Você quer passar o resto da vida fazendo algo que não ama?- ele diz. 
—Eu.. eu não sei o que fazer.- falo sentindo as lágrimas descendo pelas minhas bochechas e logo os braços de Justin estão me acolhendo.
— Eu vou te apoiar em qualquer decisão que você fizer.- ele começa a dizer. —Mas isso, é você que tem que fazer. Não deixe outras pessoas escolherem o seu futuro.- ele diz dando um beijo na minha testa. —Não vou sair do seu lado nunca!
—Você promete?- pergunto ainda de olhos marejados olhando dentro de seus olhos.
—Eu prometo.- fala me apertando contra si.
—Obrigada.- digo. —Por tudo.
—Não tem o que agradecer. Você é uma das pessoas que eu mais amo no mundo, eu faria qualquer coisa por você.- diz me fazendo sorrir que nem uma criancinha.
—Não importa o que eu escolher, ou que acontecer daqui em diante. Você sempre vai ser o meu Boo.- digo.
—E você sempre vai ser a minha Cupcake.
Quando éramos pequenos, bem pequenos mesmo, quando ainda não conseguíamos falar as palavras direito.Eu não conseguia dizer Justin então o chamava de Boo, não sei por que e nem nada do tipo. Mas são os apelidos de crianças que não esquecemos. Por isso o chamo até hoje. Já Cupcake surgiu um pouco depois, quando eu era criança amava cupcakes, mas amava mesmo, era quase um vício, por isso Justin passou a me chamar assim. Mas eu amo quando ele me chama desse jeito, demonstra o seu carinho, é a melhor coisa.
—Você poderia dormir aqui hoje né.- Justin fala. Era um hábito, pelo menos quatro vezes na semana ele dormia em casa ou eu dormia aqui.
—Não sei Justin, hoje sua família deve querer comemorar com você.- falo, eu ia estar sendo uma intrusa.
—Ah Felicity, como se você praticamente não fosse da família né.- ele diz e eu rio.
—Mas..
—Nada de mas. Liga para a sua mãe e avisa que você vai dormir aqui.- diz.
—Ok. Senhor mandão.- falo.
—Isso mesmo, gosto de ordem.- faz graça e eu lhe mostro a língua.
— Alô, mãe?... Posso dormir no Justin?... Sempre teve roupa minha aqui mãe... Ta ta... Ele é o meu melhor amigo, deu né... Ok, tchau.- desligo e olho para o Justin. —''Já está na hora de arrumar um namorado, você vai ficar com fama de puta se continuar dormindo na casa dele''.- tento imitar a voz dela.
—Dessa vez foi fácil, ela quase não me xingou.- diz e eu reviro os olhos.— E nada de namorados.- fala.
—Poupe-me Bieber.- digo empurrando seu ombro.
—Agora vamos ver o que a Patrícia fez para nos alimentar.- diz.
—Ok.

 


..
—Você quer que eu deixe uma luz acesa?- pergunta deitando ao meu lado na cama.
—Não precisa se você dormir segurando a minha mão. - talvez eu tenha um pouquinho de medo do escuro, mas só talvez.
—Sempre.- diz. Ele entrelaça nossas mãos e eu suspiro. Eu não queria ficar sem ele, não saberia como sobreviver sem sua presença. Eu o amava como nunca amei alguém na minha vida. O que ele fez por mim foi... incrível, eu não poderia desistir do meu sonho e não iria.. por ele.
—Justin.- o chamo.
—Hm.- ele responde.
—Eu vou para Juliard com você.- digo e sinto sua respiração ficar mais pesada e sua mão me puxando para perto.
—Isso me deixa muito feliz.- ele diz me abraçando. Fecho meus olhos e durmo ouvindo as batidas do seu coração.
~'~


—Resolveu ter casa é?- minha irmã mais velha diz assim que eu entro em casa.
—Sempre tive Constance.- digo não caindo nas suas provocações. Constance era bem parecida comigo, o mesmo olhar azul, pele clara e cabelos loiro, mas mais bonita que eu. O orgulho da família, a filha prodígio.
—Querida, que bom que chegou.- meu pai fala. —Faz tempo que não almoçamos todos juntos.- diz e sorri para a minha mãe. Eu sabia que tinha grandes partes de meu pai apoiar minha decisão. Mas a decepção ficaria perceptível com certeza.
—Ah.. antes eu queria falar algo.- digo. —Aproveitando que todos estão reunidos e eu sei o quanto isso é difícil.- falo e solto uma risada seca.
—Fique a vontade Felicity.- minha mãe diz depositando toda a sua atenção em mim.
—Bem.. eu ...- começo a dizer mais travo. —Droga, não sei como dizer.
—Apenas diga.- minha mãe insiste.
—Ok. eu vou ser direta.- falo e respiro fundo. —Eu não vou para Yale cursar medicina, vou para Juliard realizar o meu sonho: Ballet. - digo e observo a reação de todos. O copo que minha irmã segurava vai ao chão. Meu pai fecha os olhos suspirando e passando a mão pela testa. E minha mãe, bem minha mãe continua me olhando sem demonstrar nada.
—Não, você não vai.- ela diz dura.
—Sim, eu vou.- falo persistente.
—Felicity, você tem que entender, eu sou sua mãe e estou te mandando ir para Yale.- ela fala elevando a voz.
—Mãe, é o meu sonho, você vai negá-lo?- tento amolecer seu coração.
—Seu sonho não tem futuro!- diz exaltando-se. —Você vai fazer medicina.
—Chega mãe.- falo. —A vida é minha, faço o que eu quiser!- digo.
—Não enquanto você viver do meu teto.- fala. —Você acha mesmo que eu vou pagar essa faculdadizinha?
—Eu posso conseguir uma bolsa.- retruco.
—Senhor, onde foi que eu errei?- ela diz. —Por que você não é como a sua irmã?
—Porque não existe duas pessoas iguais.- falo.
—Ela nunca me deu trabalho, sempre me deixou orgulhosa, já você..
—O que? Fala mãe.- começo. —Pode dizer que eu sou a ovelha negra da família.- digo já sentindo algumas lágrimas chegarem.
— Eu quero o seu bem Felicity, você vai para Yale.- ela muda de assunto.
—Eu já disse, estou indo para Juliard quer você queira ou não, está decidido.- digo por fim.
—Se você for, não precisa voltar.- ela diz.
—O que?- falo.
—Exato, se você for, não te quero nessa casa.- fala me surpreendendo.
— Genevieve!- meu pai interfere. —Felicity e Constance, subam que eu vou conversar com a mãe de vocês.- ele diz e eu praticamente voo para o meu quarto me trancando e chorando na cama. Algum tempo depois eu escuto uma batida na porta, mas mesmo assim não abro e nem falo nada.
—Felicity, sou eu.- escuto a voz grave do meu pai. Caminho até a porta e a abro sem olhar para ele voltando para a minha cama. Ele senta ao meu lado e fica em silêncio me encarando, mas meu olhar permance para baixo. Ele suspira.
—Você vai para Juliard.- ele diz me fazendo olhá-lo. — Vai para Juliard e todo fim de semana irá voltar para casa, como faria se estivesse indo para Yale.
—Mas.. a mamãe.- começo.
—Ela vai entender.- continua.
—Você está decepcionado?- pergunto.
—No fundo eu sabia que você ia acabar fazendo isso, como um pai pode dizer não ao sonho de uma filha?- ele diz. —Eu te amo Felicity, e eu quero a sua felicidade.- ele fala.
—Eu também te amo pai.- digo o abraçando. —Obrigada.- falo enquanto ele acaricia meus cabelos.
—Vamos pagar tudo..- ele começa.
—Não, eu vou tentar conseguir uma bolsa.- digo.
—Você sabe que não precisa.- fala.
—Mas eu quero, com certeza não vão me dar cem porcento mas..- digo.
—Vamos pagar o que for preciso.- ele diz. —agora descansa.
—Pai.- o chamo antes de sair e ele me olha. —Você é o melhor pai do mundo.- falo que nem uma criancinha e  ele sorri para mim todo feliz.
—Estou orgulhoso de você.- diz antes de sair.
..

 


Escuto algumas batidas na janela me fazendo pular da cama. Meu coração acelera de medo, mas se acalma assim que eu o olho. Vou até a varanda abrindo a porta.
—O que aconteceu?- pergunto para Justin.
—Sua mãe não me deixou entrar.- ele diz.
—Como?- pergunto surpresa.
—É ela falou. ''Você estragou minha filha, vou precisar ter uma conversa séria com a Pattie, isso deve ser tudo culpa sua. Não quero te ver na minha frente por um bom tempo''. E me mandou embora.- ele fala e eu começo a rir. —Nada que eu já não tenha ouvido, fazer o que se eu estou te levando para o mau caminho.- ele ri.
—Idiota.- digo.
—Mas então.. foi difícil?- ele pergunta.
—E como.- falo. —Ela até  ameaçou a me expulsar de casa.- digo.
—Sua mãe é louca.- ele fala incrédulo.
—Mas no final meu pai deu um jeito.- digo feliz.
—Seu pai é foda.- Justin fala.
—Sim ele é.- digo.
—Então agora não vamos nos separar nunca.- ele diz e eu nego.
—Não estamos na mesma área Bieber, e se nos distanciarmos?- pergunto.
—Isso não vai acontecer.- ele diz mas ainda não estou muito segura. — Vamos fazer uma promessa.- ele diz. —Toda sexta, não importa o que tiver, vamos faze-la o nosso dia. Vamos passar a sexta toda juntos.
—Promete.- estico o meu dedinho.
—Prometo.- ele cruza nossos dedinhos selando a promessa.

 


Algumas semanas depois.
—Está pronta?- ele pergunta após ter colocado as malas no táxi.
—Como nunca estive antes.- digo.
—Então Juliard aí vamos nós.
 


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado.
Até o próximo capítulo <3


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