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História A base de mentiras - Paixão



Notas do Autor


Hello minna! Como estão? :3
Vamos para o cap? Vamos :)

Capítulo 120 - Paixão


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Paixão

Nagisa

 

O último par de pés sai do quarto, deixando-me novamente sozinho. Eu não quero sair daqui debaixo, não quero encarar a realidade. Eu quero sumir, desaparecer e nunca mais aparecer. Antes eu nunca tivesse saído correndo daquela delegacia, tudo só aconteceu por causa daquilo...

 

# Quebra de tempo #

 

Levo a mão ao pescoço, para tentar buscar alguma espécie de conforto no relicário. Preciso tocar duas vezes para me dar conta de que ele não está no meu pescoço, eu nunca tiro a relicário, ele é como se fosse uma parte de mim. Rolo para fora da parte debaixo da cama, preciso do meu relicário, não posso ficar mais um segundo sem ele.

 

# Quebra de tempo #

 

Apoio-me na cômoda, que foi recolocada no lugar, para conseguir ficar de pé. Minhas pernas estão trêmulas e mal aguentam o peso do meu corpo, mas eu preciso sair desse quarto. Depois de rastejar pelo cômodo inteiro, e não achar o meu relicário de prata, resolvi procurar pelo resto da casa. Olho o meu reflexo no espelho, que eu não sei como está intacto. O vestido vermelho, por mais que incomode-me admitir, caiu perfeitamente no meu corpo, além da cor vermelha combinar muito com o azul dos meus olhos e cabelos. Saio do quarto e apoio-me num pequeno corrimão que tem na parede. Sigo apoiado nesse corrimão até chegar no final da escada, onde não tem mais nenhum corrimão, nada que eu possa me apoiar.

Fico parado no último degrau, meus olhos analisam cada centímetro da sala. Sou atraído por um objeto brilhante em cima de uma mesa de centro, o objeto é o meu relicário. Fixo meus olhos no objeto, mas não consigo ir até lá, se eu soltar o corrimão, irei cair.

- Você saiu do quarto. – Fala uma voz familiar, seguida pelo barulho de algo se fechando. Mudo meu foco, passo a encarar um garoto de cabelos pretos e olhos azuis, que está parado a poucos metros de mim, em frente à uma porta deslizante de vidro. Desvio meu olhar, novamente, para o meu relicário, só a visão dele já me trás um sentimento bom, o sentimento de proteção e conforto.

- Aquele colar é seu? – Ele pergunta, surgindo do meu lado. Concordo com a cabeça, sem olhar para o Kouno. – Então vá lá pegar.

- E-Eu não c-consigo. – Gaguejo, abaixando meus olhos para o chão. Minhas pernas e meus braços tremem, nunca pensei que diria isso, mas agora eu queria a minha mãe. Assusto-me quando sinto um toque na minha mão livre, que não está apoiada no corrimão. Levanto o olhar e deparo-me com o Kouno, que segura com força, e também com delicadeza, a minha mão direita.

- Eu te dou suporte. – Ele oferece, com a voz gentil. Não sei porquê, mas sinto segurança perto dele, algo que só me dei conta agora. Solto o corrimão e apoio-me na sua mão, com a sua ajuda chego até o sofá, onde me sento. Vou pegar o relicário, que está na minha frente, porém ele é mais rápido e o pega.

- Por que esse colar é tão importante? Por que você saiu apenas por ele? – Ele questiona, balançando o relicário, em uma distância que me impede de puxá-lo.

- F-Foi um p-presente. – Respondo, de maneira vaga, não quero lembrar do passado. Na verdade, se eu pudesse, queria mudar toda a minha história.

- Eu sei que você não está bem. – Ele afirma, parando de balançar meu colar. – E eu quero te ajudar, te ajudar a esquecer.

- Isso é impossível, eu já tentei. – Conto a ele, é horrível o fato deu não conseguir me lembrar de nada da noite passado, é tipo a sensação que tive quando tive a memória apagada.

- Eu posso te fazer esquecer, mas só temporariamente. – Ele explica, aguçando minha curiosidade, o Kouno tem convicção em cada palavra. – Aceita jogar um jogo?

- Um jogo?! – Exclamo, sem saber como isso poderia me ajudar, ele ri de minha confusão.

- O jogo é simples e inofensivo. – Ele diz, dando uma rápida admirada no meu vestido, isso me deixa um pouco desconfortável. – O jogo consiste em esquecer quem somos e fingirmos ser outras pessoas, tipo numa brincadeira de imaginação.

Tudo que eu mais quero é esquecer quem eu sou, então não custa nada tentar jogar isso. Pior do que eu já estou não dá para ficar.

- Tudo bem. – Falo, sem saber exatamente como prosseguir. Ele sorri, provavelmente devido a minha resposta.

- Permita-me pôr o seu colar? – Ele pede, com voz de galanteador. Junto o meu cabelo e o jogo sobre meu ombro esquerdo, deixando meu pescoço livre. O Kouno vai para trás de mim e coloca o colar, sinto-me dez vezes melhor com a presença familiar do relicário. – Bonita tatuagem.

Acredito que ele já deva estar encenando, afinal eu não tenho nenhuma tatuagem.

- Obrigada. – Digo, com voz doce e colocando um sorriso forçado no rosto, só depois dou-me conta de que usei o feminino. Ele dá a volta e para a minha frente, com sua mão estendida.

- Aceita uma dança, dama vermelha? – Ele indaga, provocando-me uma crise risos.

- Eu não estou me aguentando em pé! – Exclamo, entre meus risos que, aos poucos, cessam.

- Você só precisa de um apoio, e eu serei ele. – O Kouno afirma, pegando na minha mão direita. Nesse momento percebo, com alegria e surpresa, que meu braço não está mais quebrado, consigo movê-lo perfeitamente, sem dor alguma.

- Mas não tem música. – Conto, ainda receoso quanto a dançar, acho que eu nunca dancei de verdade.

- E quem precisa de música?! – Ele pergunta, puxando-me e me tirando do sofá. Sua mão passa pela minha cintura e me segura, tirando todo o peso dos meus pés. Resolvo fazer igual aos filmes, então ponho minhas mãos atrás do seu pescoço. O Kouno começa devagar, seus passos indo de um lado para o outro, e eu o acompanho. Nós rodamos pela sala e, quando vejo, passamos pelas portas de vidro e entramos na floresta.

- Para onde estamos indo? – Questiono, olhando para o local que nos cerca, sem pararmos de dançar.

- E isso importa? – Ele indaga, me fazendo dar um giro. Quando volto para os seus braços, seus passos estão mais rápidos. O Kouno me levanta e gira-me no ar, tenho a sensação de estar voando, e isso é relaxante.

- De onde surgiram os animais?! – Exclamo, observando, ao nosso redor, vários animais reunidos. Lobos, raposas, alces, cervos e outros animais formam um círculo ao nosso redor, como se delimitassem o palco para a nossa dança.

- Não se preocupe, eles são inofensivos. – O Kouno garante, segurando meu rosto com uma de suas mãos e virando-o para ele. – Concentre-se em mim.

Seus olhos azuis, um pouco mais escuros que o meu, me tranquilizam. Não sei explicar o motivo, mas tem algo de especial em ficar ao seu lado, em seus braços. É uma sensação, ao mesmo tempo, familiar e estranha. Um pingo d’água cai no meu rosto, levanto a cabeça e encaro o lindo céu, iluminado de diversas cores devido ao pôr do sol. Uma fina chuva começa a cair, mas sem fechar a visão do maravilhoso céu multicor.

- Nunca teve uma tarde tão perfeita quanto essa.

 

Autora

 

Longe dos dançarinos, bem longe, uma jovem apresenta um sorriso sapeca nos lábios. A jovem possuí longos cabelos loiros-avermelhados, olhos amendoados e pele branca, além de ser dona de um belo corpo. Ela pega sua bolsa e corre, estava atrasada para pegar sua carona.

- Mesmo destino da última vez? – Pergunta a mulher de cabelos multicores, idêntico ao arco íris. A mulher está em pé perto de uma carruagem e, na sua mão, está o seu cajado.

- Sim. – Responde a jovem, cuja felicidade dá para se ver de longe. A mulher sabe que a outra havia aprontado, mas decide não fazer perguntas, já está atrasada por esperar por ela. A jovem de beleza incomparável sobe na carruagem, enquanto a mulher monta em um dos cavalos.

- Essa carruagem me atrasa. – Conta a mulher, atiçando os cavalos. – Você está fazendo-me arranjar problemas com teu pai.

- Sinto muito por isso. – Desculpasse a jovem, que se encontrava perdida nos pensamentos e na beleza da paisagem. – Você é a maneira mais rápida que eu tenho de chegar na floresta.

As duas passam o resto do caminho em silêncio, eram apenas conhecidas e não tinham nenhuma intimidade. A mulher, depois de um curto tempo, para em frente de uma floresta brilhante, que fica perto de seu destino.

- Chegamos. – Ela anuncia, só depois nota que a bela jovem já havia saído, e ia em direção a floresta. A bela jovem para perto de uma roseira, onde sempre vai para pegar rosas que enfeitam seu cabelo. Ela pega uma vermelha, a cor da paixão e do amor, e ajeita em seus cabelos invejáveis.

Diferente das outras vezes, ao invés de dar meia volta, ela prossegue pela trilha. A jovem passa por um arco de folhas, que anuncia a entrada para uma parte particular da floresta. Ela ignora e continua andando, novamente se perdendo na beleza ao redor de si, um de seus maiores defeitos é sua facilidade em distrair-se.

Ela para quando uma flecha se crava no chão a sua frente, à centímetros de seus pés. Da mata fechada, surgem lobos brancos enormes que a cercam, deixando seus dentes afiados bem à mostra.

- Já te disse para não entrar no meu santuário. – Afirma uma moça, saindo das sombras e surgindo na frente da outra, ao lado dos temíveis lobos. A moça tem longos cabelos castanhos, da cor da terra, olhos cinzas e pele branca, sua aparência delicada é quebrada pelo arco que a mesma segura.

- Tenho um recado urgente. – A jovem defende-se, caminhando sem medo até a outra. Os lobos rosnam, mas não atacam, as duas sabem que eles não vão atacar.

- Virou mensageira agora? – Indaga a moça, virando de costas para a outra e indo embora, o que incomoda a bela jovem.

- Irmã! – Chama a jovem, numa espécie de suplica para conseguir a atenção da outra. A moça trava com a palavra, as vezes ela se esquece da ligação entre elas, que são meias-irmãs por parte de pai. Não que isso signifique algo porque, as duas sabem, que seu parentesco é algo insignificante.

- Diga logo. – Ordena e, com um gesto de mão, faz todos os lobos recuarem. Ela vira-se e encara a irmã, esperando que a mesma dê o recado tão importante.

- Para começar, hoje é o aniversário dos trig...

- Eu sei. – Corta a de aparência mais velha, impaciente com a enrolação da outra. – Você, realmente, pensou que eu não lembraria que hoje é o nono aniversário dos trigêmeos?!

- Não, eu sei que você não iria esquecer. – Afirma a jovem, brincando com a curta paciência da irmã. – Você não vai acreditar no que eu fiz hoje!

- Tenho certeza que foi algo chato, entediante ou idiota. – Responde a moça, dando as costas para a outra e começando a andar, a bela jovem segue sua irmã.

- O Nagisa perdeu a virgindade. – A jovem conta, mesmo que essa não fosse sua notícia principal. A moça congela, duvidando das palavras que ouviu. Ela sabia que sua irmã só poderia estar louca para fazer uma coisa dessas, não deve ser quem ela pensa.

- Shiota Nagisa? – Ela indaga, virando-se para a irmã. – Aquele de cabelo e olhos azuis claro e que tem aparência de garota? Esse Nagisa?

- Lógico que é! – Confirma a jovem, sem se abalar pela expressão que toma conta do rosto de sua irmã, uma expressão nada boa.

- Perdeu o juízo?! Você podia escolher qualquer pessoa, e você escolheu ele?! No que você estava pensando?! – A moça explode com a outra, sem acreditar na loucura da irmã. A bela jovem, momentaneamente, se vê perdida na conversa, sem entender do que a outra falava.

- Você está pensando que eu fiz isso?! – Exclama a jovem, sentindo-se um pouco ofendida. – A culpa não foi minha! Quem fez isso foi uma aranha, então a culpa foi sua!

A moça surpreende-se com a acusação da irmã, ela jamais interferiria na vida do Nagisa, para ela, ele é território proibido.

- Se a culpa não foi sua, o que veio fazer aqui?! Ainda não compreendi. – Afirma a moça, subindo numa pedra à beira de um pequeno lago, ela se senta na borda da pedra e deixa seus pés flutuando a milímetros da água.

- Vou mostrar. – Diz a bela jovem, também subindo na pedra. Ela abre a sua bolsa e tira de lá um espelho de mão feito de prata e rubis, a parte de cima é moldada na forma de um coração. A jovem segura o espelho na frente de seu rosto, até seu reflexo começar a ficar borrado e tremido, o sinal de que está se transformando. – Tome.

Ela entrega o espelho na mão da irmã, que já está mostrando o que ela quer. A moça pega o espelho e o taca dentro do lago, em seguida, com uma pedra, ela faz um corte na sua própria mão, deixando algumas gotas de sangue escorrer e cair na água.

A água, antes cristalina, fica turva e escurece, até mostrar a mesma imagem do espelho, só que numa versão ampliada. A moça olha para baixo e vê dois jovens dançando numa clareira ao pôr do sol, cercado de animais e com uma chuva fraca caindo sobre eles.

- Digamos que o Nagisa ficou muito traumatizado com a possibilidade de ter feito sexo com o Hibiki. – Conta a jovem, sentando-se ao lado da outra. – Eu não podia deixar ele naquele estado, tive que fazer alguma. Como não sabia o que fazer, meu primeiro presente para ele foi curar seu braço quebrado, lógico que não fui eu, pedi ajuda para outro. Mas a situação estava grave, você tinha que ver como ele estava! Então eu tive uma ideia brilhante!

- Sua brilhante ideia foi fazer ele se apaixonar?! – Ela exclama, perplexa com a imagem na sua frente, e também preocupada. – Sei que você tem um enorme carinho pelo Nagisa, então já cansei de tentar impedir você de mexer com a vida dele. Mas, entre tantos garotos e garotas, por que o Aoi?

- Ele era a única pessoa por perto com uma idade semelhante ao do Nagisa, e, admita, eles combinam um pouco. – Provoca a jovem, admirando seu trabalho bem feito. Ela percebe que, de repente, sua irmã fica muito calada.

- Você vai desfazer isso. – Manda a moça, com os olhos fixos no dançarino moreno. – Com isso, você pôs nós duas em perigo, além de botar o Aoi em perigo também. Quando ela descobrir o que você f...

- Ela não pode nos ferir nem ferir ele, ela precisa de nós. – Rebate a jovem, sem nenhuma preocupação, ela pensa ter total controle sobre a situação.

- É, mas ela não precisa do meu irmão e, muito menos, do teu amante. – Afirma a moça, sabendo que isso afetaria a irmã. A bela jovem assusta-se com as palavras da irmã, não poderia perder seu amante, ela não suportaria voltar a viver sem amor, ao lado do marido que odeia.

- Não adianta falar nada disso, eu não posso fazer nada. – Ela conta, deitando-se na pedra. – Eu imaginei que alguém me ameaçaria para desfazer o que fiz, por isso tomei algumas precauções.

- Que precauções? – Indaga a outra, a verdade é que não está tão preocupada assim com seu gêmeo, seu maior temor é o Aoi, ela não pode deixar nada acontecer com ele.

- O amor só pode ser desfeito de lá. – Ela explica, mas a outra continua sem entender. – O único jeito de quebrar a paixão que vai crescer, rapidamente, entre eles é um beijo meu, mas, para isso, teríamos que estar lá embaixo.

A moça não acredita no que falará em seguida, nunca pensou que pronunciaria tais palavras, porém a situação é de nível crítico. Ela pesa, rapidamente, os prós e os contra, e, apesar de ter mais contras do que prós, elas precisam fazer isso.

- Levante-se. – Manda a moça, decidida. – Você e eu vamos para lá agora.


Notas Finais


Karma Nagisaaaa, eu comprei uma coisinha para você...

Nagisa: O que é Karma? :3

Karma: Eu comprei um... boloooo!

Nagisa: Te amo, casa comigo :)

Karma: Caso siiim ^-^

Kimi: Que porra é essa Karma?

Nagisa: Que porra é você sua desgraçada?!

Karma: Treta, treta, treta, treta, treta!

Kimi Olha aqui sua recalcada, você tenha mais respeito comigo!

Nagisa: Cala a boca sua babaca mimada -3-

Kimi: Tu não fala assim comigo não ein

Karma: Gente... Eu vou... *Desmaia*

Nagisa: Olha só o que você fez! *Pega o Karma pelas pernas e vai arrastando ele até o hospital*

~ No hospital ~

Nagisa: O que aconteceu com ele doutor?

Médico: Ele desmaiou por ficar muito tempo acordado

Nagisa: É isso que dá ficar o dia todo conversando com essa puta...

Kimi: Olha com quem você fala!

Nagisa: Viu, quando fala de puta ela já sabe que é ela

Kimi: Ora sua...

Co-autora: E foi isso peopleee!
A palavrinha de hoje é "Lumduty"
Bye


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