1. Spirit Fanfics >
  2. A base de mentiras >
  3. Sentindo

História A base de mentiras - Sentindo



Notas do Autor


Oiiii galeraaaa! Como estão?
Estamos aqui com mais um capítulo :3
O próximo capítulo terá uma incrível revelação, estamos postando esse ansiosas pelo próximo :D
Bom capítulo!

Capítulo 152 - Sentindo


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Sentindo

Nagisa

 

- Esse prédio tem terraço? – Pergunto, ficando com dor de cabeça devido aos meus pensamentos, que se embaralham.

- Tem. – Responde o Karma, não perco tempo e vou para ele.

 

# Quebra de tempo #

 

- KIN! – Grito por ela, sem me importar se mais alguém me ouvirá, eu só preciso que ela apareça. – KIN!

- Calma! Eu estou aqui!

Me viro para vê-la, ela parece ter vindo as pressas. É a primeira vez que vejo-a com o cabelo preso.

- Por que eu e a Nagasaki temos marcas de nascenças idênticas? – Questiono, cruzando meus braços.

- É coincidência. – Ela responde, olhando para as mãos.

- Não, não é coincidência. – Afirmo, aproximando-me dela. – Se fosse apenas coincidência, você não teria um estranho interesse em mim e nela. Se fosse coincidência, você não teria recorrido a mim para salvar o coração dela.

- Se está tão certo que não é coincidência, o que acha que é? – Ela indaga, focando-se em mim. Por um momento um pensamento maluco passou pela minha cabeça, mas ele é impossível por vários motivos.

- Eu não sei, mas eu sinto que algo me liga a ela. – Falo, finalmente eu tenho uma espécie de prova. – E nossas marcas de nascenças provam que existe algo além do que você me conta.

- Tudo bem! – Ela exclama, se sentando no banco ao lado dela. – Você quer a verdade? Então eu vou te contar a verdade.

Pisco diante de sua fala, surpreso por ter sido tão fácil. A Kin massageia sua testa, olhando para mim entre seus dedos.

- Existem dois tipos de mortais. – Ela conta, mostrando dois dedos. – Os humanos, que são os mais comuns, e as crianças milagres.

- O que são crianças milagres?! – Exclamo, desconfiando de que não gostarei do rumo dessa história.

- Humanos e crianças milagres são quase iguais. – Ela diz, sem responder minha pergunta. – Apesar de crianças milagres ser o nome correto, o nome mais popular entre os deuses é marionete.

- Marionetes são bonecos. – Afirmo, talvez isso tenha alguma coisa a ver com o fato da Nagasaki ser chamada de boneca.

- Exatamente, são bonecos. – Ela concorda, mexendo sem parar as mãos. – Crianças milagres são bebês nascidos de maneira impossível. Essas crianças são moldadas, por mim, para terem uma aparência perfeita e são, obrigatoriamente, estéreis. Mas a maior diferença entre um humano e uma criança milagre é... Os humanos têm livre arbítrio, o que os permite traçar o próprio caminho. As crianças milagres não têm, os deuses podem interferir como bem entenderem na vida dessas crianças, e elas acabam se tornando brinquedos nas mãos deles.

- Brinquedos? – Repito, incrivelmente surpreso, quem diria que os deuses se importam tão pouco com mortais.

- Sim, a maioria nem chega a vida adulta, acaba morrendo antes. – Ela fala, em um tom triste. – Criar crianças milagres é extremamente complicado, e só eu consigo fazer. A faísca que dá vida a um humano é tirada da mãe, mas as mulheres que não podem ter filhos não possuem tal faísca. Quando eu quero dar para, por exemplo, uma mulher estéril um filho, a energia vital dessa criança vai vir de mim. Isso requer muito poder, por isso só faço uma criança milagre há cada 100 anos.

- Você está contando isso porque... Eu sou uma dessas crianças?! Eu não sou humano?! – Quase grito, sempre senti que minha vida era controlada pela minha mãe e, agora, descubro que podem me controlar de verdade, como se eu fosse apenas um boneco.

- Fica calmo. – Ela pede, não sei como sua voz está tão pacifica. – Eu ainda não terminei de falar.

- Mas minha mãe não é estéril! E-Ela pode t-ter f-filhos! – Gaguejo, com o desespero tomando conta de mim.

- A família Shiota tem sérios problemas de reprodução. – Ela conta, se levantando do banco. – Todas as filhas que seus avôs tiveram não podiam ter filhos. Sua mãe não poderia ter filhos por causa de uma doença que teve ainda bebê. Sua tia Izumo tinha um corpo muito fraco, em qualquer caso de gravidez ela e o bebê morreriam. E a sua tia Junho nasceu estéril, sem chance alguma de ter filhos.

- Isso é brincadeira?! – Exclamo, dando uma risada seca. – Está dizendo que eu e todos os meus primos somos marionetes?!

- Sim, mas vocês não são iguais aos outros. – Ela é rápida em dizer, me deixando ainda mais perdido. – Nos últimos dezenove anos, eu criei nove crianças milagres, sendo que eu só conseguia criar uma por século...

- Nove? – Indago, com o cenho franzido. – Mas eu e meus primos somamos sete, quem são os outros dois?

- Um deles você não conhece, a outra é a Nagasaki. A mãe dela também era incapaz de ter uma criança. – Fala a Kin, mas isso ainda não explica nossas marcas de nascença idênticas. – Você tinha me perguntado da marca de nascença, e é nessa parte que a marca entra. O que vocês têm não é uma marca, é um selo. Todas as crianças milagres criadas por mim carregavam o meu selo, um coração em alguma parte do corpo.

- Só a Gina que tem a marca de coração. – Digo, me lembrando daquela marca na mão dela, um coração perfeito.

- Não, a Gina, o Shiro e a criança que você não conhece tem a marca do coração. – Ela afirma, o que quero realmente saber é sobre a minha marca. – Porque esses três foram feitos com a minha energia vital.

- Se só você pode criar crianças milagres... Então por que só três de nós tem corações?! – Exclamo, procurando algum equilíbrio, estou com medo de passar mal.

- As outras seis crianças milagres também foram feitas por mim... Mas a energia vital delas não veio de mim. – Conta a Kin, pensativa. – Sabe a garota que estava comigo na floresta? Ela é a deusa Artêmis, minha irmã. O Aoi, o Ayato, a Ayame e a Avaron foram criados a partir da energia vital dela, então eles carregam uma flecha, que é o símbolo dela.

- E eu e a Nagasaki?! Fomos criados a partir de quem?! -Questiono, notando que nossas marcas não batem nem com a da Kin nem com a da Artêmis.

- Vocês foram criados a partir de mim.

Viro-me assustado, pensei que estávamos sozinhos no terraço. Bem perto de nós, está a garota que me ajudou na igreja, com um manto escuro jogado aos seus pés no chão.

- Você não deveria estar aqui. – Afirma a Kin, se botando entre eu e ela.

- Claro que eu deveria. – Rebate a outra, vindo na nossa direção. – Se vai contar a verdade para um dos meus, eu tenho todo o direito de estar presente. E também pretendo fazer alguns comentários.

- Quem é você? – Sussurro, um pouco assustado com sua presença. Suas vestes são completamente negras, assim como seu cabelo, que está preso. Seus olhos são azuis cintilantes, um meio termo entre os meus e o da Nagasaki.

- Deusa Nix; Deusa da morte; Rainha da noite... – Ela conta, fixando seus olhos nos meus. – Mas você me conhece por outro nome, ou será que já se esqueceu da minha voz?

Tremo da cabeça aos pés quando reconheço, nem sei como demorei tanto para lembrar.

- E-Eu não e-era l-louco. – Digo, com a voz tão trêmula quanto o meu corpo. – O K-Kouji... E-Ele f-falava!

- Precisa lembrá-lo disso?! – Exclama a Kin, encarando a outra, fico mais surpreso ainda quando reconheço sua voz.

- Ela era o Kouji e você a Naomi. – Afirmo, olhando para a Kin, que se vira para mim. – V-Vocês são eles!

Recuo, tentando entender a sucessão de coisas que estão acontecendo.

- Um garoto de quinze anos ainda tem medo de um ursinho?! – Ela exclama, rindo.

- Deixei-o em paz! Não acha que já o assustou muito?!

- Talvez... Mas eu não vim para assustar ele. – Conta a morena, desviando seu olhar de mim para a Kin. – Eu vim para te assustar.

Só sinto algo cortando meu braço, tudo acontece tão rápido que mal tenho tempo de sentir dor. Olho para baixo, vendo o corte que a Nix fez no meu braço, está sangrando bastante.

Ela aperta meu braço com força, me fazendo gritar. Em pouco tempo, suas mãos estão encharcadas com o meu sangue. Com sua mão limpa, a Nix tira do penteado uma longa pena negra, que estava camuflada na negritude do seu cabelo.

A Nix segura a pena com sua mão ensanguentada, sujando toda a pena. Ela se ajoelha no chão, bem aos meus pés.

- Shiota Nagisa. – Ela pronuncia, escrevendo no chão, utilizando a pena como caneta e o meu sangue como tinta. – Vai andar até a beirada do terraço.

Meus pés começam a se mexer, sem eu dar comando algum. Eu sou uma marionete, lembro, posso ser controlado.

- Vou te dar duas opções. – Escuto-a dizer atrás de mim, assim que chego na beirada do terraço. – Tire a menina do coma ou eu faço o Nagisa se tacar daqui de cima.

- Você não faria isso. – Fala a Kin, fico mais apavorado quando noto que sua voz tremeu um pouco. – Você precisa dele vivo.

- Eu preciso dele vivo, não inteiro. – Ela afirma, queria saber no que eu acabei de me meter. – Não hesitarei em tacá-lo daqui de cima.

- Não tire a Nagasaki do coma. – Peço a Kin, sem nem me reconhecer. Eu achei completamente injusto quando ela a pôs em coma, mas se a Nix quer que a Kin tire-a do coma... Duvido que seja por bons motivos.

- Ele sobe na grade de segurança e fica se equilibrando sobre ela. – Diz a outra, e meu corpo logo trata de obedecer. Olho para baixo, fico tonto só de ver a altura.

- Nix, não faça isso! – A Kin praticamente implora, com a voz alterada.

- Se você tirar ela do coma, eu não faço nada. – Ela se defende, falando de maneira inocente.

- Não desconte neles a sua tristeza por ter perdido a Miyata! Eles não têm culpa alguma! – Ela exclama, o silêncio que se estende é cruel para mim, com meu destino pendendo sobre a beirada desse prédio.

- Eu não estou descontando nada. – Ela rosna, fecho meus olhos. – Ele salta do terraço do prédio.

A última coisa que escuto é o grito da Kin.

 

Gina

 

- Bem-vinda de volta!

Pego sua mão estendida e saio do submarino.

- Onde está meu irmão?! – Pergunto, desesperada para encontrá-lo.

- Deve estar no quarto da sua filha.

 

# Quebra de tempo #

 

- SHIRO! – Chamo-o, quando vejo ele andando de costas para mim. Ele para e se vira, bem a tempo de me pegar em seus braços. Levanto a cabeça e o beijo, sem dar tempo para nenhum de nós dois respirarmos.

- Gina. – Ele pronuncia em um suspiro, entre nossos beijos. Seguro o seu cabelo e ele a minha cintura, sem pararmos de nos beijar em momento algum. Começo a puxá-lo na direção de uma porta que está atrás de nós, se não me engano é o meu escritório.

Meu irmão nos vira e abre a porta com as costas, nos jogando lá dentro. A porta se fecha, escondendo-nos dos olhares curiosos dos outros.

- Onde está a Cho?! – Indago ofegante, quando seus beijos descem para o meu pescoço.

- Dormindo. A saúde dela está ótima. – Ele conta, me fazendo suspirar de alívio. Minhas mãos vão para a beirada da sua blusa, começo a levantá-las.

- Você está grávida. – Ele afirma, detendo minhas mãos. Encaro-o irritada, não fiquei horas em um avião para o Shiro me negar isso.

- E qual o problema nisso? – Questiono, de forma inocente, com minha voz angelical. – Gravidez não é doença.

- Você não tem jeito mesmo. – Ele confirma, largando minhas mãos. Sorrio e tiro sua blusa.

 

# Quebra de tempo #

 

- Tudo bem... – Ele diz, saindo do chão. – Agora que matamos a saudade, temos problemas a resolver.

- Eu não vou levantar daqui. – Conto, apoiando-me sobre os cotovelos, completamente nua. – E eu duvido que você ache alguma coisa nessa bagunça.

Passo os olhos pelo chão, acho que foi uma péssima ideia ele ter me botado sobre a escrivaninha, todos os nossos papeis caíram e se espalharam.

- Já resolveu a situ...

Meu irmão se abaixa atrás da escrivaninha, para esconder seu corpo de quem quer que tenha entrado. Viro a cabeça, me deparando com o Kosuo.

- Kosuo! – Exclamo, me sentando para vê-lo melhor.

- Gina... E-Eu não sabia que você tinha voltado. – Ele fala, com o rosto completamente vermelho, mas seus olhos estão fixos no meu corpo.

- Você deveria bater antes de entrar. – Afirma o meu irmão, botando apenas a cabeça para fora. – Pode me dar as minhas roupas?

Estico o braço e pego suas roupas, em seguida taco-as para ele.

- Vai fazer alguma coisa mais tarde? – Interrogo, saindo do chão. O Kosuo nega, dando um pequeno sorriso. – Então, se minha filha ainda estiver dormindo, eu passo lá no seu quarto. Pode passar no meu e pegar umas roupas para mim?

- Claro! – Ele diz, saindo rapidamente e fechando a porta atrás de si.

- Vou colocar tranca nesse escritório. – O Shiro fala, se levantando, novamente vestido. – Imagine se ele tivesse chegado um pouco antes!

- Você é muito envergonhado. – Afirmo, me abaixando para pegar um dos papeis espalhados. – Nem parece meu irmão!

- Falando nisso... – Ele começa a falar, apoiando suas mãos na mesa. – Você sabe quem é o pai?

- Bom... Pelos meus cálculos... – Conto, fazendo suspense. – 50% de chances de você ser o pai, 50% de chances de ser o Hibiki.

- Eu... Eu quero ser o pai dessa criança.

Me viro, sem entender exatamente o que ele quer dizer.

- Como assim? – Interrogo, abaixando a mão em que seguro o papel.

- Mesmo que eu não seja o pai... Mesmo que essa criança seja do Hibiki ou de qualquer outro homem... – Ele explica, vindo até mim. – Eu quero assumir. Quero gritar para todas as pessoas desse lugar que nós vamos ter um filho. Quero contar a Cho que seus pais lhe darão um irmãozinho.

- Está falando de assumir legalmente? Registrar como seu filho?! – Exclamo, incrivelmente surpresa, nunca pensei que ele aceitaria fazer uma coisa dessas.

- Se você deixar... Eu quero fazer isso mesmo. – Ele concorda, pegando na minha mão livre. – Essa criança precisa de um pai. E eu sempre estarei ao seu lado, e ao lado dos nossos filhos.

Puxo a minha mão, o Shiro está ultrapassando os limites.

- Shiro, lembra da minha única regra. – Falo, recuando, crio uma boa distância entre nós. – Não se apaixonar. Eu não quero nada sério, nunca quis.

- Eu não estou apaixonado! – Ele retruca, com os olhos rápidos. – Estou preocupado com o futuro dessa criança, apenas isso. Eu não me esqueci dessa regra.

Respiro aliviada, ainda bem. Eu não me importaria de quebrar o coração de qualquer garoto, mas o Shiro é o meu irmão, não quero enganá-lo. Sempre deixei bem claro que só quero diversão.

- Entre a criança ser sua e do Hibiki. – Digo, tocando sobre a minha barriga, que não tem volume algum. – Eu prefiro que seja seu.

- Eu só não entendo uma coisa... – Ele confessa, se sentando na borda da mesa. – Você não foi em um médico uma vez e ele não disse que você era estéril?! Que nunca poderia ter filhos?!

- Engraçado, eu também me lembro disso. – Confirmo, essa sempre foi a parte mais estranha. – Vai ver ele se enganou, é a única explicação.

Como caímos em um silêncio pouco confortável, resolvo olhar o papel que está na minha mão.

- Lista de feridos? – Indago, observando que a data é recente. – O que é isso?!

O Shiro vem pro meu e pega o papel, mas parece não conseguir se concentrar.

- Poderia se vestir? – Ele pede, só então me lembro que ainda estou nua.

- Estou esperando trazerem a minha roupa. – Rebato, pretendo continuar assim até me trazerem roupas novas. – Agora me diga logo o que aconteceu.

- Esse é o problema que eu tenho. - Ele explica, jogando a folha sobre a mesa. – Atacamos um navio suspeito, você não tem noção do que encontramos no porão do navio.

- Vou avisando que estou ficando enjoada facilmente. – Alerto, não quero que ele descreva nada nojento, senão posso acabar vomitando.

- 30 crianças, todas parecem ter entre 9 e 10 anos. – Ele conta, me espantando.

- 30 crianças?! – Exclamo, nunca, em um único ataque, achamos tantas crianças. – Elas estão bem?! Já voltaram para casa?!

- Esse é um dos problemas. – Ele afirma, olhando fixamente nos meus olhos. – Elas não falam japonês. Levamos a professora de espanhol e inglês para falar com eles, mas nenhuma dessas é a língua deles.

- Então mande o Mikio falar com as crianças, ele sabe falar italiano e alemão. -  Ordeno, mas o Shiro nega.

- Ele ainda não voltou da negociação por armas na Itália. – Ele fala, o Mikio já devia ter voltado.

- Então mande a Fumiko, ela, além de saber o japonês, o inglês e o espanhol, também fala português.

- Ela está nos Estados Unidos, você mandou ela para comprar uma joia rara que estará a venda em um leilão, lembra? – Ele indaga, tinha até me esquecido que mandei a Fumiko aos Estados Unidos para comprar a joia que eu vou dar para a Hiro pelo seu aniversário de dezoito anos, ela pretende sair do Japão.

- Tem que ter alguém! – Exclamo, batendo com uma mão na mesa.

- Eu tenho uma ideia. – Ele diz, com sua voz baixa, o que sugere que eu não gostarei do que ele irá dizer. – Podemos pedir ajuda para a Kaede, ela sabe falar português, japonês, espanhol, francês, alemão, italiano, chinês, árabe, grego, holandês, persa e russo.

- Ela não é a nossa aliada, ela é a filha do inimigo. – Rosno, detectando sentimento na voz dele. – Virou amiguinho dela? Você é sentimental demais, por isso que sou eu que tomo as decisões por aqui.

Sua mão agarra o meu pulso, com mais força do que um aperto normal. Ele puxa para perto dele, nos deixando colados.

- Não se esqueça que eu sou tão líder quando você. – Ele afirma no meu ouvido, em um sussurro sinistro, nunca ouvi sua voz assim.

- Você sabe que isso não é verdade. – Retruco, levantando o rosto para encará-lo nos olhos, os meus vermelhos contra o dele. – Você hesita em matar, eu não.

- Isso te faz uma pessoa cruel, não uma líder. – Ele conta, tento me solta, mas o Shiro me segura com força. – Um bom líder, às vezes, precisa ter misericórdia. Precisa se aliar ao inimigo, visando os ganhos. Eu só quero ajudar aquelas crianças, e a Kaede é nossa única opção.

- No nosso mundo, não existe misericórdia. Você mata ou é morto. – Digo, com meu sangue fervendo. – E, pior do que isso tudo, é estar apaixonado. Não negue, eu consigo ver em seus olhos. Você está apaixonado por ela.

Desvio o olhar quando a porta se abre, no mesmo instante o Shiro me solta. O Kosuo entrega a roupa para mim e sai, sem falar nada.

 

Shiro

 

Solto-a, incapaz de continuar encarando-a. Não achei que estivesse tão óbvio, não deveria ter deixado transparecer nos meus olhos o quão apaixonado estou.

Não posso me culpar, nunca tinha experimentado da paixão antes. Talvez eu tenha sido um idiota por ter demorado tanto a perceber que estou apaixonado, talvez eu seja um idiota por ter deixado ela descobrir, mas, acima de tudo, sou um idiota por me apaixonar.

- Não estou me guiando pela emoção. – Afirmo, tentando não começar outra discussão. – Essa é a melhor solução, e você vai perceber isso.

- Vou ver minha filha.

Ela sai do escritório, me deixando sozinho com meus sentimentos recém-descobertos. Com tantas pessoas nesse mundo, eu tinha que me apaixonar pela única que eu nunca poderei ter. Eu tinha que me apaixonar justamente por ela, eu tinha que me apaixonar pela Gina. 


Notas Finais


Nagisa: Karma, vamos fazer uma viagem em família?

Karma: Vamos, mas tem que ser igual aquela música

Nagisa: Que música?

Karma: Não lembro o nome... Mas tem que ser eu, você, dois filhos e um cachorro

Nagisa: Karma... Nós não temos filhos nem cachorro ‘-‘

Karma: Os filhos podem ser o da minha irmã...

Akiko: Ei! Eu dei autorização?!

Karma: Enquanto você morar debaixo do meu teto, eu tomo as decisões, o que me dá direito de sequestrar meus sobrinhos e levá-los numa viagem em família :)

Nagisa: Tudo bem, nós podemos levar os gêmeos... Mas e o cachorro?

Karma: O cachorro... Nós podemos adotar?

Nagisa: Não precisa! Nós podemos levar a Kimi!

Karma: A Kimi? O que ela tem a ver com isso? ‘-‘

Nagisa: Já que não temos um cachorro, vamos levar a cadela mesmo :3

Autora: E foi issoooo! Espero que tenham gostado ^-^
Se não souberem o que comentar, comentem “Hytruio”.
Bye bye


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...