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História A base de mentiras - Acordado



Notas do Autor


Oi oi oi galeraaaaa! Como estão?

Bom, eu e a co-autora estamos prometendo, há muito tempo, outro especial. Eu já comecei a escrever o especial, o problema é que ele é muitooooo grande, já tem mais de oito mil palavras e ainda falta bastante :/

Só que, agora, bateu uma insegurança. Eu não sei se vocês vão gostar do especial, então vou fazer um breve resumo do especial:

Esse especial será seguindo o modelo do outro, seria retratando outra vida passada desse casal maravilhoso <3

Nessa história, Nagisa é a filha de um militar de alta patente do exército, só que ela queria ser um menino, e Karma é o filho do governador. Um família odeia a outra, devido a uma tragédia do passado, envolvendo as duas famílias. E, por coincidência, a vida deles dois vão se cruzar...

Sei que eu falei pouco sobre o especial, mas vocês gostaram do enredo? Se a maioria não gostar, eu posso refazer com outro tema... Só que, desse jeito, demoraria mais para ficar pronto...

Por favor, comentem a opinião de vocês

Ah, já ia esquecendo... Diferente do último especial, nesse eu não encaixei apenas o Karma, o Nagisa, a Akiko e a Kayano... A maioria dos personagens com um papel relativamente importante estão no especial... Até mesmo alguns que já morreram, como os trigêmeos.

Boa leitura ^-^

Capítulo 154 - Acordado


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Acordado

Kayano

 

Alguém me sacode, fazendo-me abrir os olhos. Pisco até me acostumar com a claridade e conseguir distinguir o loiro na minha frente.

- O que aconteceu aqui?! – Ele exclama, revezando seu olhar entre mim e o resto do quarto. Sento, notando que eu estou no chão, e não na cama.

- E-Eu não lembro. – Gaguejo, vendo a situação no quarto. Está tudo destruído, nem nas minhas piores crises de raiva eu conseguia deixar meu quarto parecido com o estado desse.

- Tudo bem. – Ele fala, balançando a cabeça de um lado ao outro. – Só preciso que você venha comigo.

Sua voz está mais séria que o normal, o que me faz levantar na mesma hora.  Nós começamos a andar pelos corredores, sem trocarmos nenhuma palavra, o que comprova que tem algo errado.

- Pra onde estamos indo? – Pergunto, quando tenho a impressão de que estamos começando a descer. Seus passos aumentam, me fazendo andar mais rápido também.

- Preciso da sua ajuda. – Ele conta, assim que o chão parece se estabilizar. – Minha irmã estará conosco, então finja... Finja que eu te trato como uma prisioneira.

- Tá.

 

# Quebra de tempo #

 

Sei onde é nosso destino final quando vejo-a parada na frente de uma porta, a prima do Nagisa. Ela está vestida de preto e, mesmo sabendo que a Gina é uma serpente, não consigo ter medo dela.

- Você vai ser nossa tradutora. – Ela se limita a dizer, abrindo a porta. Nós entramos no cômodo, que deve ser dez vezes o tamanho do meu quarto de verdade. De móveis, a única coisa que tem aqui são beliches, porém o quarto parece mais cheio devido a presença de crianças. – Descubra o idioma que eles falam.

- Como você quer que eu faça isso?! – Exclamo, percebendo que as crianças estão imóveis e caladas, e não parece que irão falar.

- Dê seu jeito. – Ela afirma, dando de ombros. Olho de esguelha para o Shiro, em um pedido de ajuda, mas ele nega, pelo visto não pode me ajudar.

 

# Quebra de tempo #

 

Já cantei, já dancei, já pulei... Já fiz tudo que se possa imaginar, mas nenhuma das crianças abriu a boca.

- Que dificuldade. – Resmunga a Gina, saindo do quarto. Ela logo volta, acompanhada de uma cobra. Recuo ao ver o animal, eu não gosto de cobras.

 

Gina

 

O Seiji desliza na direção das crianças, deixei bem claro que ele não deveria encostar nelas. Como eu esperava, eles começam a gritar, com medo da cobra.

- Je veux ma mère! – Exclama uma menina, eu não tenho ideia do que ela falou.

- Pode ir. – Digo ao Seiji, ele já cumpriu o objetivo, que era assustar as crianças e fazer uma delas falar alguma coisa.

- É francês. – Conta a Kaede, pressumo que ela entendeu a fala da menina. – O que querem que eu fale?

- O que a menina falou? – Meu irmão questiona, praticamente lendo meus pensamentos.

- Eu quero minha mãe.

- Pergunte de onde eles são. – Eu mando, ela concorda e se vira para a criança mais perto dela, que é um menino.

- D'où êtes-vous venu?

O garoto fica em silêncio, mas acaba respondendo, pelo menos eu acho que é uma resposta.

- De France.

- Ele veio da França. – Explica a Kaede, acho que esse interrogatório pode ser produtivo.

- Ele conhece as outras crianças? – Indago, espero que ela entenda que quero que pergunte isso a ele.

- Ces enfants sont-ils vos amis?

- Nous étudions tous ensemble. – Ele fala, respondendo mais rápido que da outra vez. - Où en sommes-nous? Que voulez-vous faire avec nous?!

- O que vocês querem fazer com eles? – Ela interroga, se voltando para nós dois.

- Nós queremos levá-los para casa. – O Shiro responde, parecendo deixar a esverdeada mais relaxada.

- C'est bon, nous voulons vous emmener chez vous. – Ela traduz, o que diz parece acalmar o menino. – Eles se conhecem, parece que todos estudam juntos.

- Como eles vieram parar no Japão? – Penso em voz alta, só depois percebo que a Kaede achou que era para ela traduzir isso.

- Comment êtes-vous venu au Japon?

- Japon? Sommes-nous au Japon?! – Ele parece perguntar, andando para trás. - Nous allions faire une promenade dans Morval Park! Pourquoi nous ont-ils amenés de l'autre côté du monde?

- Ils qui? Avez-vous marcher seul?

- Non, nous étions en voyage scolaire. Sur le bus était le conducteur, le principal et notre professeur de sciences. Quand nous sommes arrivés à Morvan Park, notre professeur et le principal ont laissé vérifier la région. Ils ne sont jamais revenus et, de nul part, dix hommes sont montés dans le bus. – Os olhos do menino correm de um lado ao outro, e a sua voz está trêmula. - Ils ont tué le conducteur et pris le siège du conducteur. Je ne sais pas où ils nous ont emmenés, parce que je me suis évanouie quand ils m'ont frappé. Quand je me suis réveillé, nous étions dans un navire.

- Onde vocês encontraram essa crianças?! – Ela exclama e, apesar da pergunta ser dirigida a nós dois, seus olhos estão no meu irmão.

- Por que a pergunta?

- Porque ele disse que a turma dele estava em um passei escolar para um parque na França, quando invadiram o ônibus e sequestraram eles.

- Tráfico humano. – Sussurro, o único que deve ter me ouvido foi o Shiro. Raiva e revolta fazem meu sangue ferver, ao mesmo tempo que meus olhos se enchem de lágrimas.

Dou as costas para todos e saio correndo do quarto, sem saber, exatamente, para onde ir.

- Calma. – Pede meu irmão, segurando meu braço. – As crianças estão bem, nós os salvamos a tempo.

- Como alguém pode ser tão insano?! – Exclamo, bagunçando o meu cabelo. – Como podem comercializar, vender pessoas? Como podem sequestrar crianças e transformá-las em escravas?!

- Nós prendemos quase todos os tripulantes. – Ele conta, fazendo-me encará-lo . – Eles estão presos, lá embaixo.

Fico tentada a ir direto para a prisão, quero torturar, pessoalmente, um a um, mas reparo que o Shiro parece esconder outra coisa.

- Está esquecendo de me contar alguma coisa? – Indago, ele desvia os olhos, dando a confirmação que eu queria. – O que mais?!

- No navio... Bem, nós encontramos um livro de registros. – Ele responde, com a voz cautelosa.

- Registro do que?!

- Será melhor você ver com seus próprios olhos.

 

# Quebra de tempo #

 

Ele abre um livro sobre a mesa, um que eu nunca tinha visto antes. O Shiro se afasta da mesa, deixando o livro aberto no inicio, mas não na primeira página. Me aproximo e vejo o que tem escrito, a primeira coisa que vejo são vários números.

 

Página on :

 

Nomes                    Gêneros               Obtidos                                                     Vendidos            Preços

 

37167458              Masculino            27/7/2004 (16 anos)                               29/7/2004          55.000

 

82648259              Masculino            27/7/2004 (10 anos)                                2/8/2004           40.000

 

10375960              Feminino              30/7/2004 (13 anos)                                2/8/2004           45.000

 

65913861              Masculino             1/8/2004 (15 anos)                                  5/8/2004           53.530     

 

04624462              Feminino               10/8/2004 (7 anos)                                  15/9/2004        22.500

 

71037663              Feminino               12/8/2004 (recém-nascida)                    17/10/2004     4.000

 

18369064              Feminino               12/8/2004 (5 anos)                                   20/8/2004       17.900                         

 

69846265              Masculino              12/8/2004 (6 anos)                                  19/8/2004       18.000

 

73491666              Masculino              12/8/2004 (3 anos)                                  7/9/2004         13.567  

 

81445267              Masculino               18/8/2004 (14 anos)                               26/8/2004       48.240

 

Página off :

 

Fecho o livro, sem conseguir ler mais nada.

- Até recém nascidos. – Murmuro, completamente horrorizada.

- Você está bem? – Ele questiona, viro a cabeça.

- Vou ficar. – Afirmo, deixando a raiva tomar conta de mim. – Mande o Toyo, o Yoshio e a Kori para a prisão, diga a eles que a primeira aula de envenenamento deles será hoje.

 

Kin

 

A Irene volta a se sentar do meu lado, com uma cara não muito boa.

- O que foi? – Indago, exausta de ficar tanto tempo sentada, esse julgamento já está acontecendo há cinco dias.

- Eu falei com a Diké e pedi para ela salvar o Nagisa. – Ela conta, eu não estou com disposição nem cabeça para ouvir notícias ruins. – Ela disse iria pensar, porque tinha que achar um meio termo entre a vontade dos dois lados, para evitar uma guerra.

- Um lado quer matar, o outro salvar. – Falo o óbvio, todos sabem disso. – Não acho que exista um meio termo entre matar e salvar. Ela tem que escolher um lado.

- Mas ela não escolheu. – Afirma a Irene, olhando para o palanque que, agora, está vazio. – A Diké vai anunciar a decisão dela agora.

E, como se tivesse ouvido as palavras da minha irmã, a Diké reaparece.

- Já tomei minha decisão. – Ela pronuncia, com sua voz elevada, para que todos os presentes a escutem. – Depois de ouvir os dois lados eu, a deusa da justiça, decidi que Shiota Nagisa ficará vivo.

Sinto como se um peso fosse tirado de cima do meu coração, depois de dias de angustia eu posso relaxar. Porém, a decisão da Diké não concorda com o que a Irene me contou.

- Entretanto. – Ela diz, trazendo de volta meus medos e preocupações. – Eu percebi que os anjos da morte também tem razão, então Shiota Nagisa continuará vivo, porém não conseguirá mover as pernas, por um periodo indeterminado.

 

Nagisa

 

Abro meus olhos, tudo que vejo é uma luz branca, que não me deixa enxergar nada. Cada parte do meu corpo dói, mesmo sem eu me movimentar. As lembranças giram em um turbilhão na minha mente, mas eu não consigo me agarrar a nenhuma delas.

Pisco, porém minha visão não melhora. Começo a duvidar se estou realmente acordado, talvez seja algum sonho louco.

Meus olhos começam a arder, fecho meus olhos, desejando o escuro.

 

Sonho on:

 

- NAGISA !

Abro os olhos quando escuto o grito, dessa vez consigo enxergar o céu azul. Viro a cabeça, só então percebo que estou deitado em uma cama. A Nagasaki sobe na cama, se ajoelhando ao meu lado.

- Está machucado? Dói em algum lugar? – Ela questiona, parecendo em pânico. – E-Eu posso tentar ajudar. Está sangrando em algum lugar? Diz que não, e-eu passo mal quando vejo sangue.

- Fica calma, eu estou bem. – Minto, sei que tem alguma coisa errada, mas não me lembro o que. – De onde tirou que eu estou machucado?!

Seu corpo parece relaxar, tanto que ela sai de cima dos joelhos e se senta.

- Sei lá... Eu senti que tinha algo errado. – Ela afirma, apertando aquele colar que ainda está no seu pescoço. – E você ficou muito tempo sem aparecer... P-Pensei no p-pior.

- Muito tempo?! – Exclamo, me sentando com uma estranha dificuldade na cama. – Eu estive aqui não deve fazer nem uma hora!

- Você sumiu. – Ela retruca, afirmando com bastante veêmencia, mas aqui não tem como se saber a passagem exata de tempo. A Nagasaki começa a chorar, sem fazer som algum. – A-Achei que t-tinha morido ou m-me abandonado.

- Eu não morri e não vou te abandonar.

 

Aoi

 

- Eu tenho certeza! – Exclamo, cansado de ouvir os médicos me contradizendo, eu sei o que vi. – Ele abriu os olhos!

- Vamos esperar e ver se isso acontece de novo. – Fala o médico, sem parecer acreditar em mim. Espero eles saírem e me jogo na poltrona, estou exausto por ficar revezando entre meus irmãos e o meu primo.

- É verdade? Ele abriu os olhos?

Olho para a porta, onde está o Hibiki. Suspiro e faço um gesto com a mão, mandando ele entrar.

- Como você sabe disso? – Indago, eu iria falar disso apenas com os médicos, não queria dar falsas esperanças para os outros.

- Todo mundo do hospital está comentando. – Ele responde, só então noto o buquê de rosas azuis claras na sua mão.

- Não conheço direito o Nagisa, mas tenho certeza que ele vai gostar das rosas. – Afirmo, enquanto ele coloca as flores em um jarro com água. – Como estão as coisas?

- Péssimas. – Ele conta, se virando para mim. – Acho que, pior do que está, não dá para ficar.

- Está tão ruim assim? – Pergunto, pensei que, depois de cinco dias, as coisas já estariam melhores.

- Sim. – Ele confirma, se apoiando na mesa onde está a jarra com flores. – O Karma continua desaparecido, ninguém tem a mínima ideia de para onde ele foi. A irmã dele continua trancada no quarto, sem sair para nada. A Kamiko está tentando tirar a menina de dentro do quarto, mas não está tendo sucesso. A Mayumi e o Kazuki estão completamente descontrolados, deixando todas as luzes do apartamento piscando sem parar. A Yuna, a Rio e a Okuda estão tentando achar o Karma...

- Não acho que agora seja uma boa hora pro Nagisa acordar. – Falo, seria injusto ele acordar com toda essa confusão, já tendo que resolver problemas e encarar a realidade. – Como você acha que ele vai reagir?

- Reagir ao que?

- Ao saber que vocês contaram a verdade e... – Não consigo completar, minha voz some completamente no fim da frase.

- E ele fugiu? – Termina o Hibiki, ele também não pareceu confortável ao falar isso. – Eu não sei... Na verdade, eu não quero nem contar.

- Não vamos conseguir esconder uma coisa dessas. – Rebato, mas acabo repensando minhas palavras. – Não por muito tempo.

- O Nagisa é uma das melhores pessoas que eu já conheci. – Ele conta, olhando para o azulado. – Ele não merece passar por nada disso.

- Você gosta mesmo dele, não é?

- O Nagisa lembra-me muito do meu irmão. – Responde o Hibiki, voltando a me encarar. – Acho que é por isso que quero tanto protegê-lo, porque eu considero ele como meu irmão mais novo.

- Apesar do que aconteceu lá na minha casa... – Afirmo, não querendo tocar nesse assunto especifico. – Tenho certeza que ele vai esquecer esse assunto e vocês vão voltar a ser como eram antes.


Notas Finais


Karma: Olha que dia maravilhoso!!!!

Nagisa: Realmente, é um dia lindo para ficar em casa...

Karma: Que nada! Temos que aproveitar e ir para a praia!!!

Nagisa: Mas Karma... Está frio e chovendo ‘-‘

Karma: Como eu disse, um dia perfeito.

Nagisa: Quer morrer afogado? As ondas devem estar enormes!

Karma: Se eu me afogar, a Xinfu me resgata e nós vamos assassinar algumas pessoas :3

Nagisa: Xinfu? Quem é Xinfu?

Karma: É a minha baleia orca! Xinfu, a baleia assassina!

Nagisa: *Pega a faca e aponta pro Karma* É GOLFINHO, NÃO BALEIA!

Karma: Calma Nagi, pra que se estressar com isso? Me dá aqui essa faca *Se aproxima e tenta pegar a faca*

Nagisa: Só depois que você falar: É O MEU GOLFINHO ORCA! XINFU, O GOLFINHO ASSASSINO!

Karma: É o meu golfinho orca. Xinfu, o golfinho assassino...

Nagisa: Bom garoto! Merece até um prêmio! *Guarda a faca*

Karma: Por acaso eu virei cachorro?

Nagisa: Então tá, sem prêmio pra você

Karma: NÃOOOOOO!

Nagisa: Isso mesmo, vamos logo para a praia :D

Karma: Não quero mais ir pra praia, quero outra coisa

Nagisa: O que?

Karma: Envolve eu, você, a nossa cama e as luzes apagadas...

Nagisa: JÁ SEI!!! VOCÊ QUER FAZER MARATONA DE SÉRIES!

Karma: Nagi, você é muito inocente :’)

Autora: E é issoooo! Espero que tenham gostado!
Se não souber o que comentar, comente “Lifhop”
bjss


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