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História A base de mentiras - Descoberta



Notas do Autor


Oii genteeee!!! Como vão?
Prontos para mais um capitulo?
Bora :)

Capítulo 79 - Descoberta


Fanfic / Fanfiction A base de mentiras - Descoberta

Karma

 

Eu e a Aki entramos no nosso apartamento, ela com curativos na barriga por debaixo da roupa e eu com o nariz enfaixado. Ela mal fala comigo, também não forço a barra. Pego meu celular, pensando para quem devo ligar primeiro. A Nagisa me poupa dessa decisão, já que ela me liga primeiro.

- Karma, onde você está? – Ela pergunta, consigo escutar seus passos pelo telefone.

- Onde você está? – Devolvo a pergunta, rodei aquele hospital inteiro tentando achar ela, a Rio e a Okuda, não encontrei nenhuma delas.

- Eu estou no hospital, onde mais estaria? – Ela questiona, queria saber a resposta para a sua pergunta.

- É isso que quero saber. Rodei o hospital inteiro procurando por você, mas não ti encontrei. – Digo, notando seu extenso silêncio antes dela me dar uma resposta.

- Você não deve ter procurado direito. – Ela diz, mas não acredito em uma palavra que sai da sua boca.

- Você pode confiar em mim e me contar a verdade? Eu não sou idiota! – Exclamo, cansado pelo dia de hoje, com toda certeza eu não vou na escola amanhã.

- Está duvidando da minha palavra? – Ela interroga, abro a boca para responder, mas nada sai. Nenhum de nós dois diz mais nada, a ligação termina com sua pergunta. Ligo para a Kay.

- O que foi? – Pergunta a Miko, as duas devem estar juntas.

- Passa o telefone pra Kayano. – Digo, em poucos segundos escuto a voz dela.

- Pode falar.

- Resolveu o problema? – Falo, lembrando que ela saiu voada do hospital por causa de problemas em casa.

- Bom... É... Eu e a Kamiko estamos trabalhando nisso. – Ela responde, isso deve ter alguma ligação comigo.

- Do que se trata? – Digo, a Kayano parece relutante em falar, porque ela demora mais que a Nagisa para responder essa simples pergunta.

- Não precisa se preocupar, não é nada d... – Ela para de falar, sem nenhum motivo aparente. – É O RYO?!!!!

Depois desse grito a ligação cai, ligo várias vezes para a Kay e para a Miko, mas nenhuma das duas atendem.

- Meus sobrinhos estão bem. – Repito, sussurrando essas palavras para mim mesmo, nunca me senti tão inútil quanto agora.

 

Nagisa

 

Me sinto horrível por desligar na cara do Karma, ainda mais quando ele tinha razão. Sacudo a minha cabeça, se não tivesse desligado teria acabado me embolando em alguma explicação maluca. Confesso, doí um pouco saber que ele duvida de mim, mas eu também não confio totalmente nele. Paro de apertar as minhas unhas contra a palma da mão, estava me segurando para não falar mais do que devia, não consigo mentir.

- Eu preciso de uma semana, no mínimo, para terminar a cura. – Conta a Okuda, volto a minha atenção para o momento, que é mais importante que minha crise de consciência.

- Uma semana? Não sabemos se ela vai estar viva amanhã! – Exclama a Rio, se eu fosse ela já teria estourado.

- Conversei com meu tio, as chances dela ainda estar viva é grande. – Explica a Okuda, com os olhos focados no caderno pego no laboratório, ela os folheia rapidamente.  

- Eu preciso ir. – Digo, sentindo estar sobrando na conversa. Saio do hospital, sem ter a mínima ideia de para onde ir.

 

Kayano

 

Meus olhos se arregalam ao ver um garoto idêntico ao Ryo passando pela janela da lanchonete, junto com um casal. Levanto da cadeira, meu dedo bate acidentalmente no botão de desligar do celular. A Miko me compreende rápido, levantando da cadeira me seguindo porta afora. Me posiciono em frente aos três, que andam distraidamente.

- Estão indo para onde com o Ryo? – Falo, sentindo a presença da Miko atrás de mim. Os três param de andar, cada um tem uma reação diferente. Minha mãe me encara surpresa, do mesmo jeito que fiquei ao vê-los pela janela. Meu pai, bom, ele só continua sério mesmo. O Ryo abre um enorme sorriso e corre na minha direção, ele quase cai enquanto corre.

- Tia Kay! – Ele exclama, me deixando emocionada, ele quase não fala. Seu olhar passa de mim para a Miko, que está atrás de mim.

- Tia... – Ele diz, semicerrando seus olhos castanhos, tentando se lembrar do nome dela.

- Kamiko. – Ela completa para ele, não consigo enxergá-la, mas tenho certeza que ela sorri.

- Kamiko?! – Meu pai exclama, dessa vez ficando surpreso. Eu olho para a Miko, nossa preocupação com o Ryo nos fez esquecer da caça do meu pai por ela. Antes que ele possa agir eu pego o Ryo no colo e corro em direção a moto, com a Miko na minha frente. Ela chega primeiro, ligando a moto. Subo alguns segundos depois, deixando o Ryo entre nós duas.

- VAI! – Grito, mesmo que não fosse necessário. Ela acelera, mas ela exagera na força, fazendo a moto empinar, por pouco não caímos. Olho para trás, para saber se meus pais estão nos perseguindo. Antes de nos afastarmos demais, olho para a minha mãe, notando uma grande mancha vermelha na sua bochecha, meu pai bateu nela de novo.

- VAMOS PARA ONDE? – A Miko pergunta, meu instinto é mandar ela para a mansão, mas, há essa hora, meu pai deve ter mandado mensagens para os seguranças da minha casa, a Kamiko não pode passar nem perto de lá.

- PRA CASA DO KARMA!

 

Karma

 

A porta do meu apartamento bate contra a parede, fico de pé em um segundo.

- Estamos encrencadas! – Exclama a Miko, entrando depressa.

- O que foi isso?! – A Aki diz, também entrando na sala, agora só falta a Kayano.

- Precisamos de um plano! – Fala a Kay, saindo de trás da Miko, com o Ryo no colo.

- Ryo! – Exclama a Aki, tirando o filho dela do colo da Kay, ela abraça ele muito forte.

- O que vocês fizeram? – Pergunto, devia ter imaginado que, as duas juntas, só podia resultar em problema.

- Meu pai sabe que a Kamiko está de volta, ele viu ela. – Diz, muito rápido, a Kayano. - O que vamos fazer?

- Temos que esconder ela em algum lugar, aqui em casa vai ser o primeiro lugar onde ele vai vir procurar. – Respondo, passando minha mão pelo cabelo, bagunçando-o mais ainda.

- Eu preciso voltar para casa com o Ryo, mas, antes, precisamos manter ela fora do alcance dele. – Fala a Kayano, estranho a Miko não se pronunciar, ainda mais que estamos discutindo sobre o futuro dela.

- Eu tenho uma ideia, mas, talvez, a pessoa não concorde. – Diz, baixinho, a Miko. Eu e a Kay nos calamos, prestando atenção nela. – E se eu me esconder na casa da Nagisa?

- Não vamos envolvê-la nisso. – Digo, firme. Ficamos em silêncio, até que a Kayano dá a opinião dela.

- Eu também não quero envolver a Nagisa nisso, mas... Que escolha nós temos? – Questiona a Kay, não sei o que decidir. Se a Kamiko se esconder na casa da Nagisa, vamos colocar a azulada em perigo. Se não fizermos isso, a Kamiko vai ser capturada e torturada até revelar tudo que sabe sobre nós três.

- Não é a gente que decide isso, é a Nagisa. – Respondo para a Kayano, depois da ligação de hoje duvido que a Nagi vá querer me ajudar.

 

Nagisa

 

Levo um travesseiro na cara, acordo completamente desnorteado.

- Atende o seu maldito telefone? Eu estou tentando dormir e ele não para de tocar! – Exclama o Hibiki, que está deitado no sofá. Tateio o chão perto de mim, logo encontro o meu celular tremendo.

- Alô? – Pergunto, sem olhar para o número no visor.

- Eu preciso de um favor. – Diz a Kayano, falo antes que ela possa continuar.

- Isso é hora para me pedir favor? Me liga quando eu estiver acordado. – Falo, sendo grosso, o efeito do soro ainda não saiu, espero que amanhã o efeito já tenha passado, minha mãe não vai me deixar faltar a aula, e ainda tem o trabalho.

- É importante! – Exclama a Kay, tem horas que ela é muito irritante, uma dessas horas é quando ela me liga de madrugada.

- Fala logo para eu poder voltar a dormir! – Quase berro, mas me contenho ao ver o Hibiki me observando, lembrando-me que tem mais gente nesse apartamento. A Kayano diz alguma coisa, mas meu sono é tão grande que só entendo o final.

-... Pode?

- Pode, mas só pela manhã. – Respondo, sem ter a mínima ideia sobre o que concordei. Não espero uma resposta dela, só desligo o celular e, imediatamente, volto a dormir.

 

Kayano

 

- Ela aceitou, mas você só vai poder ir para lá de manhã. – Conto para os dois, a Aki e o Ryo não contam, eles não estão prestando atenção em mim.

- Ótimo, vou começar a arrumar minha mala. – Diz a Miko, indo para o quarto do Karma, onde ela guarda todas as suas coisas.

- Eu também preciso voltar. – Falo para o Karma, mas meu olhar está na Akiko, que não desgruda do filho. Meu coração e minha consciência pesam, eu tenho que separar o Ryo da Akiko.

- Akiko eu preciso voltar pra casa... Com o Ryo. – As palavras saem com dificuldade, queria não ter que pronunciá-las. A Aki coloca o Ryo mais perto de si mesma, num gesto de proteção.

- Você não pode levá-lo de volta! – Ela exclama, com os cantos dos olhos cheios de lágrimas, que não caem por pouco.

- Eu preciso. – Falo e resolvo explicar melhor. – Ele está com a Hana, se eu não devolver o Ryo, ele irá ameaçá-la.

Ela começa a chorar, o que me quebra por dentro. A Akiko, mesmo enquanto morava na mansão, sempre foi uma menina sorridente.

- Você precisa fazer isso. – O Karma sussurra para mim, repetindo as mesmas palavras que eu disse para a Aki. Isso me dá forças, forças para tirar o meu sobrinho dos braços da mãe e levá-lo para fora, tudo com o choro da Akiko perturbando a minha mente.

 

# Quebra de tempo #

 

Volto de táxi, amanhã a Miko disse que daria um jeito na moto do meu pai. Não deixo transparecer por fora, mas, por dentro, estou tremendo de medo. Aperto forte a mão do Ryo, meu medo é mais por ele do que por mim mesma.

 

# Quebra de tempo #

 

- O que você estava fazendo com ela? – Meu pai me pergunta, minha mãe levou o Ryo para longe de nós dois.

- Ela é minha amiga. – Respondo, tentando não me intimidar com o jeito dele.

- Onde ela está? – Ele muda a pergunta, contenho-me para não rir.

- Não ouviu o que eu disse? Ela é minha amiga, não vou dá-la de bandeja para você pra ela ser torturada. – Falo, ganhando um pouco de confiança, eu não vou abrir a boca de maneira alguma, é a vida de dois amigos meus que estão em jogo.

- Não precisa me dizer, eu vou descobrir sozinho. – Ele diz, desistindo fácil, esse não é o estilo dele. Continuo na sua frente, esperando que ele diga mais alguma coisa, mas meu pai continua em silêncio. Viro de costas para ele, ando um pouco antes de ouvir sua voz novamente.

- Hoje você me provou que não tem a mínima capacidade de ser minha herdeira. – Meu pai diz, me fazendo revirar os olhos, como se ele não tivesse demostrado isso várias vezes. – Seu casamento está oficialmente adiantado, você se casará no próximo final de semana.

Não grito, não brigo, nem me viro para encará-lo. Fico imóvel, incapaz de mover um musculo sequer do meu corpo. Minha cabeça começa a latejar, ao mesmo tempo que sussurros surgem. Os sussurros são encobertos por uma frase que não sai da minha mente, que ocupa todos os cantos dela. Tenho sete dias, sete dias de liberdade.


Notas Finais


Nagisa: *Chorando*

Karma: Por que está chorando minha fofa? *Abraça Nagi*

Nagisa: Você não me ama, não é?

Karma: O que? Eu te amo muito! Nunca duvide disso!!!

Nagisa: Karma me odeia... *Continua chorando*

Karma: Ah Nagi, eu não te odeio! Eu te amo mais do que qualquer coisa!!!

Nagisa: Tem certeza?

Karma: Eu... Olha Nagi, um porco voador!

Nagisa: Aonde?

Karma *Sai correndo*

Co-autora: E foi issoooo!
Se não souber o que comentar, comente "Viluvru".
Kissus


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