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História A Batalha dos Escolhidos - A Assembleia Lendária


Escrita por: Thataa

Notas do Autor


Mais uma vez na calada da madrugada, estou aqui, postando um novo capítulo.
Meus queridos, boa noite e recebam esse presentinho fofo da Thataa quando acordarem no dia de hoje *-*

Capítulo 10 - A Assembleia Lendária


Fanfic / Fanfiction A Batalha dos Escolhidos - A Assembleia Lendária

Cada Escolhido tomou o seu assento.

O falatório cessou e o salão foi tomado por um silêncio tão profundo que Ladybug conseguia ouvir o próprio coração. A heroína olhou para todos que formavam a “tábula redonda miraculosa”. Havia pessoas de todas as idades, até mesmo mais novas do que ela. A mais ou menos quinze cadeiras do seu lado direito avistou uma menina por volta de seus treze anos, cabelo castanho, com um macacão listrado branco com preto. Ao julgar pela forma como era composto, concluiu que assim como Cat, a menina também tinha alguma ligação com os felinos. Um tigre siberiano, talvez.

No lado oposto, encontrava-se um rapaz um pouco mais velho que Foxy, devia estar perto dos trinta, usava uma roupa cinza parecendo uma armadura, na cabeça um elmo com um chifre. O homem era alto, forte e troncudo. Marinette riu internamente ao pensar numa queda de braço entre ele e Cat Noir.

As três irmãs pássaros sentaram-se uma ao lado da outra. Havia algo estranho nelas. Ladybug cemicerrou os olhos. Estavam rindo? A moças olhavam em sua direção, cochichando entre si. Depois de um tempo olhando a ação, Ladybug notou que os olhares não se dirigiam a ela, mas a pessoa de cabelo loiro do seu lado. Marinette, por instinto, fechou os punhos com força.

O gongo soou mais uma vez.

Um senhor muito velho pôs-se de pé, apoiava-se em bengala da mesma forma que Mestre Fu fazia, tinha o cabelo ralo e uma longa barba branca que descia até a altura de seu umbigo. Marinette ficou surpresa, o ancião aparentava ser mais velho que Mestre Fu, devia ter uns duzentos anos.

– Sejam bem-vindos meus amigos...

A voz do senhor era rouca e fraca, suas mãos agitavam no ar meio trêmulas.

– ...Espero que todos tenham feito uma boa viagem. Vejo que temos uma variedades de Escolhidos por aqui, uns exalando a juventude – apontou para Foxy – outros nem tanto... – indicou a si mesmo.

Todos riram, inclusive o velho.

– ...para aqueles que me conhecem é um prazer revê-los, para os que não, é uma honra conhecê-los. Meu nome é Matsato, atualmente o mais velho dos Escolhidos.

Matsato tossiu. Uma tosse rouca e seca, como a que se dá quando inala o pó de um livro muito antigo guardado numa ala perdida da biblioteca.

– Infelizmente, não consigo mais ir a combate como vocês, mas isso não quer dizer que estou fora da luta contra o mal. Hoje, estamos dando um imenso passo para o fim desta guerra, pois finalmente temos isto de volta – Matsato levantou o livro dos Miraculous para o alto mostrando a todos – Gostaria de agradecer especialmente ao meu querido amigo Mestre Fu por concluir essa busca centenária.

Mestre Fu recebeu uma salva de palmas, fez reverência de agradecimento. Matsato continuou.

– Como todos sabem, não podemos prosseguir na nossa jornada sem a presença de todos os Escolhidos com seus Miraculous e é por isso que devemos libertar o Kwami da borboleta, Nooroo e o do pavão, Kujaku. Mestre Fu me informou que dois de seus pupilos vêm há algum tempo combatendo o carcereiro de Nooroo, um homem que se denomina como Hawk Moth. Sendo assim, peço que os jovens tomem a palavra neste momento. Ladybug e Cat Noir, por favor.

O ancião apontou para os dois adolescentes do outro lado da sala indicando que se levantassem, voltando os olhares para eles. Marinette sentiu que seu coração iria sair pela boca, a respiração acelerou, fechou os punhos de tal forma que conseguiu sentir as unhas afundando na carne.

A memória da infância retornava a mente. Queria sair dali, correr até a porta pomposa da frente e chutá-la com toda força. Não conseguiria. Precisava de ar, de espaço.

“Calma...respira...”

Marinette sentiu uma de suas mãos ser envolvida. Olhou para baixo um pouco assustada. Cat Noir a segurava com ternura. Seu rosto tinha um semblante calmo e confiante.

– Relaxa, tá tudo bem.

Aos poucos a garota relaxou o corpo e sua respiração voltou ao normal. Os dois ficaram de pé. Cat Noir soltou a mão de Ladybug deixando-a um tanto desapontada.

– Obrigado pela apresentação Mestre Matsato. Como o senhor mesmo disse, eu sou o Cat Noir e essa aqui é a minha parceira Ladybug.

O Escolhidos continuaram em silêncio, ainda os olhando. Cat trocou um rápido olhar com Mestre Fu que o incentivou a continuar.

– Nós somos daqui de Paris e temos lutado diariamente com pessoas akumatizadas pelo Hawk Moth. Ele é um covarde, nunca dá as caras para lutarmos no corpo a corpo, prefere usar pessoas inocentes como armas com o intuito de nos atingir.

– E pegar nossos Miraculous – completou Ladybug.

Os olhares saíram de Cat e se pousaram nela. Antes que perdesse a coragem a heroína concluiu.

– Não sabemos qual é o propósito dele, mas seja o que for não deixaremos que ele o concretize. Nós vamos descobrir seu covil e resgataremos Nooro.

Os Escolhidos aplaudiram. Ladybug sentiu o peso das costas caírem no chão. Mesmo não tenho falado quase nada, estava feliz consigo mesma por ter tomado a coragem de continuar. Cat Noir sorria satisfeito pelo discurso feito pelos dois. Juntos, ambos retomaram aos assentos. Matsato tomou a palavra.

– Obrigado meus queridos, sinto orgulho de termos jovens tão empenhados na nossa luta. Entretanto, não posso deixá-los mais sozinhos. Hawk Moth deve ser detido agora, precisamos agir. Sendo assim, estarei redistribuindo alguns Escolhidos temporariamente. Quero que Wolfgang, Lionelt, Bartock, Flâmentta, Aquila e Falcinni fiquem com a missão de achar o Kwami do Pavão. Enquanto Queen Bee, Foxy, Ladybug e Cat Noir vão atrás do Hawk Moth. Aos outros peço que voltem aos seus países e redobrem a segurança, comecem a preparar os habitantes para a guerra que está por vir. De agora em diante todos estaremos em contato, o tempo de esperar se esgotou. Vamos todos a batalha!

Os Escolhidos aplaudiram emocionados. Não uma emoção que se faz chorar, mas o sentimento de bravura, a adrenalina correndo pelo corpo de cada um. A ideia de unidade entre eles voltando a forma antiga.

O desenvolvimento do restante da Assembleia se baseou na criação de estratégias e formas de ataque. Os Escolhidos que residiam no mesmo país foram convocados a trabalhar juntos. Pelo menos uma vez na semana todos deveriam se encontrar para trocar informações sobre as vigias. E, posteriormente, tudo seria passado para os mestres.

Declarada encerrada a Assembleia, os Escolhidos começaram a se despedir um dos outros. Foxy e Queen Bee vibraram com a ideia de acompanharem os dois heróis parisienses. Mestre Matsato havia os designado para duas casas localizadas um pouco afastadas do centro. Os quatro heróis chegaram num consenso de que qualquer reunião seria feita na residência de Queeny, já que a mesma seria uma anfitriã melhor e mais discreta que Foxy.

Ladybug avistou a menina de traje listrado a alguns metros conversando com um menino de traje amarelo com manchas pretas. O garoto devia ter seus cartoze anos.

– Queeny, quem são eles? - Ladybug apontou.

– Quem? Os dois ali? – Ladybug concordou – a menina é Tyger e o garoto Oncel. Seus kwamis são um tigre siberiano, Whitty e a onça pintada, Onno. Os dois são do Brasil. Também são novos nesse lance de Escolhidos e tals, na verdade, eles foram os últimos a ingressar no grupo.

Tyger notou os olhares em cima dela, mas não recuou, pelo contrário, acenou carismática para o grupo. Os quatro jovens retribuíram o aceno.

Marinette sentiu compaixão em relação aos dois brasileiros. Ambos mais jovens do que elas e já carregavam tamanha responsabilidade. Lembrou-se da época em que aceitou a vida de heroína, o quanto se sentiu perdida em meio aos caos. Queria poder falar com os dois, perguntar se precisavam de algo, mas se conteve. Provavelmente os garotos retornariam ao Brasil logo.

– Cat Noir?

Ladybug desviou o olhar das crianças brasileiras a tempo de ver três jovens paradas ao seu lado com seus trajes coloridos. Sentiu o canto do olho tremer levemente. Cat Noir olhava para as três confuso, elas pareciam estar envergonhadas por algo, mas ele não soube identificar o motivo.

– Desculpa estarmos incomodando, mas queríamos nos apresentar. Somos…

– Flâmentta, Aquila e Falcinni - concluiu Ladybug um pouco seca.

As três concordaram abismadas.

– É um prazer conhecê-la Ladybug - disse Aquila.

Ladybug ficou desconcertada. Agira com grosseria sem motivo algum, deveria estar criando novos vínculos e não os podando de nascer.

– O prazer é meu - disse cumprimentado as três com um sorriso.

– Será que trabalharemos juntas um dia? - perguntou Flâmentta.

– Espero que sim. - respondeu a joaninha.

As três comemoraram balançando os braços em formato de asas. Uma das penas da capa de Aquila soltou-se do traje e voou até o rosto de Cat Noir, fazendo-o espirrar.

– Desculpe. Sou alérgico a penas.

O gato coçou o nariz e sacudiu a cabeça. Falcinni aproximou-se do rapaz um pouco corada.

– Você se saiu muito bem hoje na Assembleia.

O garoto terminou de coçar o nariz e fitou a garota.

– Ah, obrigado. Acho que só deixei as coisas rolarem.

– Espero que nos encontremos de novo. Q-Quer dizer, todos nós!

Mestre Fu, que estava junto aos outros mestres, gritou ao longe.

– Precisamos ir meus jovens.

Ladybug e Cat Noir assentiram. A heroína despediu-se das três irmãs com um aperto de mão, enquanto o gato beijou as mãos das três em um gesto cortês.

– Até a próxima senhoritas.

As irmãs permaneceram no mesmo lugar, aos suspiros, vendo os quatro heróis irem ao encontro do mestre de camisa havaiana. Ladybug agradeceu internamente pela convocação do mestre.

Mestre Fu abraçou os antigos pupilos, depois Ladybug e Cat Noir fizeram o mesmo. Saíram pela porta de metal e seguiram caminho contando sobre a grande experiência com os Escolhidos. A primeira impressão em relação aos outros heróis, os planos de batalha elaborados pelo Mestre Matsato. A comida farta que puderam se deliciar enquanto discutiam as estratégias.

– Mestre Fu – chamou Ladybug.

– Sim?

– O Mestre Matsato têm uns duzentos anos, não?

Mestre Fu sorriu.

– Minha querida, quando o Mestre Matsato foi meu mentor ele já tinha dois séculos.

Os heróis parisienses ficaram tão chocados e paralisados que nem notaram o senhor  dobrar a segunda esquina com sua bengala.


 

Mestre Fu deixou de acompanhar os dois assim que chegou na frente de sua casa. Cat Noir sugeriu que ele e a parceira dessem uma olhada geral na cidade de cima da Torre Effiel, apenas por motivos de segurança. Ainda era madrugada e com a maioria das luzes desligadas Ladybug não conseguiu enxergar muita coisa. Para sua sorte, Cat tinha uma ótima visão noturna que a guiou até o destino desejado.

Chegando no alto da Torre ambos largaram o corpo para trás.

– Que noite! – comentou o gato – achei o máximo a nossa nova “galera”.

– Eu também, principalmente a Queen Bee e o Foxy. Eles são incríveis!

Cat Noir concordou fitando o horizonte. Seu cabelo loiro parecia brilhar na noite escura. Tinha um sorriso felino esboçado no canto dos lábios.

– Dava pra ver que eles conheciam muito bem um ao outro.

Ladybug lembrou-se de uma cena com Queen Bee na Assembleia, abaixou a cabeça encabulada. Porque foi lembrar disso agora? E mais, porque se importava tanto em esquecer aquele momento? Percebendo o silêncio, Cat voltou a olhar a garota.

– Que foi? – perguntou ele.

A heroína fitou o parceiro um pouco desconcertada.

– Nada, é que lembrei de uma coisa…

Cat Noir induziu-a a continuar.

– ...lembra naquela hora que a Queeny achou que éramos, bem...

– Namorados.

Ladybug apertou os nós dos dedos. Por algum motivo sentia-se desavontade de tratar sobre o assunto. Era como se uma barreira tivesse sido erguida entre eles dois. Soltou um riso sem graça.

– Isso. Achei que você ia me desmentir.

O garoto riu debochado, revelando sua presas e voltou a encarar o horizonte.

– Ai ai Bugaboo, você é uma comédia.

A menina torceu o nariz em discordância. Estava tentando ser o mais franca possível e ainda era caçoada pelo parceiro.

– Não sei onde está a graça.

Cat Noir a olhou divertido com o seu sorriso padrão.

– Eu sou um brincalhão e não um mentiroso. Além do que, ti conheço muito bem pra saber que naquele momento, o que você menos queria era ficar mais exposta.

Ladybug continuou em silêncio. Achou impressionante o comentário do felino. Era como se tivessem tido uma conversa telepática, onde nada precisasse de fato ser dito. Onde um olhar já dizia tudo.

– Valeu gatinho.

Cat bateu as mãos na coxa e pôs-se de pé.

– Bom, preciso ir, quero aproveitar pra dormir bastante nesse domingo.

Ladybug revirou os olhos.

– Gato folgado.

O loiro abaixou a coluna até ficar frente a frente com ela, sorriu malicioso.

– Mas, posso cancelar essa soneca gostosa para tomarmos um sorvete, que tal?

Ladybug entrou na onda, chegou mais perto quase encostando seus lábios no ouvido dele. Cat recuou um pouco surpreso. A moça sussurrou sedutora.

– Não ficaria bem os heróis da cidade tomando sorvete juntos. As pessoas poderiam achar que nós somos...um casal, mas você mesmo disse que não somos, então pra que criar tal imagem, não é?

Disse fazendo biquinho. Com o indicador bateu no nariz de Cat e antes que ele pudesse reagir pegou seu iô iô, rodou e lançou-se para fora da torre.


 

Assim que chegou na varanda de casa, Marinette se transformou de volta, andou até a cama e se jogou nela. Pegou o travesseiro e afofou em sua cabeça, retirou as sapatilhas do pés e desfez suas maria chiquinhas. Tikki flutuou acima de sua cabeça.

– Aí Tikki essa reunião me deu uma injeção de ânimo! Me fez parar de pensar...pensar sobre aquele dia.

A Kwami sentou na testa da garota.

– Que bom Marinette! Mas, tem certeza que foi só a reunião?

– O que quer dizer?

Tikki fez um olhar romântico.

– Bom, você tem recebido uma grande ajuda emocional de um certo gatinho.

Marinette fez uma careta.

– Ele é só meu amigo, Tikki.

– Nunca disse que era outra coisa.

– Você me entendeu bolinha rosa.

Tikki sorriu.

– Só quero que pense em tudo que ele tem feito por você, eu já vivi muito Marinette e sei identificar amor verdadeiro quando vejo. Talvez...talvez fosse hora de você se abrir para outra pessoa.

Marinette ficou pensativa. Não podia negar que gostava do jeito como Cat Noir a tratava, procurando protegê-la tanto como Ladybug como Marinette. E por mais que negasse, não podia mais esconder que algo estava surgindo dentro de si em relação ao parceiro. Entretanto, estaria pronta para se arriscar?

“Não...somos só...amigos…?”

 


Notas Finais


Sem mais. Estou muito cansada para colocar qualquer coisa kkkk


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