História A Beautiful Mistake | Larry Stylinson - No Control

Cap 2 – No Control

[POV Louis]

Aquilo só podia ser pegadinha.

Depois de ouvir aquelas palavras saírem da boca do médico é logico que minha primeira reação foi um misto de incredulidade com uma puta raiva.

- QUE? QUE PORRA DE BRINCADEIRA É ESSA?

- Louis, escuta...

- NÃO! ESCUTA VOCÊ! EU TO AQUI DESDE NÃO SEI QUE HORAS INTERNADO NESSA DROGA DE CONSULTÓRIO COM O CORAÇÃO NA BOCA PRA VOCÊ VIRAR PRA MIM E FALAR UM CARALHO DESSES? QUE ESPECIE DE DOUTOR É VOCÊ?

- Por favor, se acalme... Eu posso explicar...

- EXPLICAR O QUE? QUE O SENHOR NÃO TEM NEM CAPACIDADE DE DAR A PORRA DE UM PROGNÓSTICO CORRETO?

- Mas o que está acontecendo aqui? Que gritaria é essa?! – Dr. Hastings entrou na sala com o outro doutor e a recepcionista, ambos assustados.

- É o que querendo saber também – Disse recostando na cadeira, respirando fundo pra não matar alguém ali dentro.

- Doutor, eu estava tentando explicar para o Sr. Tom... Louis sobre seu exame mas acho melhor o senhor mesmo explicar – O mais velho fez uma expressão como se tivesse entendido e dispensou a recepcionista, deixando apenas o outro médico.

- Louis – Começou com uma voz calma, puxando uma cadeira pra sentar de frente pra mim – Infelizmente o que o Dr. Rivera disse não está errado. O que acontece é que você tem uma anomalia no canal entre a uretra e a bexiga, uma espécie de “mini útero” para ser mais exato.

- Nós estamos chamando de “Transtorno de Copperfield”*, porque o primeiro paciente que apresentou esse problema tinha esse sobrenome – o outro medico (que finalmente consegui ver seu nome no crachá; Dr. Castle) continuou –  Mas infelizmente ainda não temos muitos estudos sobre. Tudo que sabemos é que é um transtorno raro – acontece com 1 a cada 2 milhões de homens – e que o “mini útero” só desenvolve o feto quando a pessoa pratica sexo anal sem proteção com outro homem.

Quando ele terminou de dizer aquilo, meus olhos se arregalaram e minhas mãos ficaram geladas. Tentei desviar o olhar pra o Dr. Rivera, que entendeu o porquê do meu nervosismo; ele sabia da minha relação com o Harry. E a pergunta que eu mais temia finalmente foi feita, como um soco no estômago.

- Desculpe a pergunta, mas... Quando foi sua ultima relação sexual?

[FLASHBACK – 2 meses antes]

Tínhamos acabado de finalizar mais um show em Paris. Eu e os meninos resolvemos ir pra uma “after party” em um clube perto do estádio, pois estávamos estressados e cansados após uma extensa agenda de shows e... Problemas com “certos ex integrantes” da banda. Então nada mais justo do que uma festa pra relaxar.

Eu, em particular, resolvi meter o pé na jaca e aproveitar o máximo que eu podia. Mas havia alguém que estava tirando minha atenção.

Harry estava fodidamente e deliciosamente gostoso naquela noite. Não sei se era porque ele estava malhando mais (o que explicaria suas roupas estarem mais justas), se era o cabelo que estava mais lindo e sedoso do que nunca ou se era o cheiro do seu perfume que me embriagava mais do que a própria bebida, toda vez que ele passava por mim. Não importava, tudo que o pensava é que naquela noite ele seria meu... E acho que ele pensava mesmo.

Como não podíamos nem ao menos ficar no mesmo local, correndo o risco de milhares de câmeras de celular nos flagrarem e levantar ainda mais suspeitas sobre Larry Stylinson, resolvemos passar a noite trocando mensagens, o que só contribuiu para que minha mente ficasse ainda mais poluída e minhas calças ainda mais apertadas.

DE HAZZY: - Eu to tendo uma ótima visão daqui da marquise ��

EU: - Mas tô de costas seu tonto!

DE HAZZY: - Exatamente por isso ��

EU: - Meu Deus, como você é tarado!��

DE HAZZY: - Ah, como se você não fosse! Pensa que eu não senti a secada que você me deu mais cedo no show?

EU: - Eu não estava olhando pra você, estava olhando pra um cartaz da plateia

DE HAZZY: - Sério mesmo que essa é sua melhor desculpa?

DE HAZZY: - Ah por favor, admita, não é pecado nenhum e eu sei que sou irresistível��

EU: - Nossa, humildade mandou lembranças... ������

EU: - E eu não admito? Então Harold, porque você não fala logo que quer me comer? Você sabe que esses joguinhos comigo não funcionam... E eu não estou em uma posição muito favorável aqui

DE HAZZY: - ������

DE HAZZY: - Well well Wellington, pensei que você não ia pedir

EU: - Pensei que nunca ia perguntar ��

DE HAZZY: - Vamos fazer o seguinte: um dos dois sai na frente e depois a gente se encontra no hotel, ok?

EU: - Ok, vai indo na frente porque tem um cara chato da Modest querendo me contar a historia de eu-não-sei-o-que-e-pouco-me-interessa.

DE HAZZY: - Aff, mereço... Ok, quando chegar te mando um toque �� Até mais tarde Louie

Tive que esperar uma meia hora até aquele cara chato largar do meu pé e mais uns 15 minutos até Harry me mandar a mensagem. Assim que visualizei, nem me despedi de ninguém; corri em disparada até o hotel.

Ao chegar no quarto, encontrei tudo apagado e comecei a chamar pelo mais novo. De repente senti alguém chegando por trás, mãos percorrer minha cintura e meu peito e uma voz rouca e sexy soar em meu ouvido.

- Procurando por alguém baby?

Dei um sorriso malicioso e me virei até ele, mas nem consegui falar nada pois minha boca foi tomada pelos seus lábios carnudos e um leve gosto adocicado de Vermout.

Harry me empurrou para a cama, tentando retirar minhas roupas desajeitadamente sem cortar os beijos e eu fiz o mesmo. Assim que tirou minha camiseta, começou uma trilha de beijos que ia do pescoço, passando pelo peito, até chegar um pouco depois da linha do umbigo, me arrepiando por completo. O cacheado parou por momento e me lançou um olhar de desejo e permissão e apenas gemi baixinho em resposta. Ele riu maliciosamente, desabotoando lentamente minha calça e tudo que eu pensava era que ele tinha tirado a noite pra me matar. Não que eu estivesse reclamando.

Styles ainda continuava a me provocar, passando os lábios próximo ao meu membro e lambendo a parte interna das minhas coxas, me fazendo suspirar ainda mais.

- Hazzy, por favor... – Gemi manhoso; não aguentava mais aquela tortura. Sem contar que meu pênis já estava ficando dolorido.

- Mas como você é apressado hein? Saiba que bons garotos esperam sua vez... – Eu já ia protestar novamente mas ele completou – Mas como você está se comportando muito bem, acho que posso abrir uma exceção – Sem cerimônia, ele afundou sua boca entre minhas pernas e não podia me preocupar menos com os outros hóspedes sobre o volume do meu gemido (ou melhor, grito). Pros infernos com eles! Eu tinha Harry Fucking Styles, o homem mais gostoso do mundo me fazendo o melhor boquete da minha vida na capital do amor e nada e nem ninguém iria nos impedir.

Ele inicialmente deslizava suavemente, parando alguns momentos para ora chupar a glande, ora chupar meus testículos. À medida que ele acelerava eu arfava e movimentava mais minha cintura, em busca de mais contato. Meu corpo suava frio embora sentisse como se estivesse pegando fogo, minhas mãos agarravam os lençóis de seda como se minha vida dependesse disso, meus olhos já nem se importavam mais em abrirem e meu coração estava a uma batida de ter um ataque cárdico.

E então veio a sensação. AQUELA sensação!

Ao abrir os olhos, tive a mais perfeita visão do mundo: Harry entre minhas pernas, respirando baixinho de olhos fechados e com os lábios sujos e brancos. E então ele levantou sua cabeça, olhando no fundo dos meus olhos e lambeu o canto da boca com a ponta da língua. Uma obra de arte!

Quando levantei, me preparando para uma “revanche”, ele me deteve empurrando novamente na cama.

- Mas...

- Nananinanão, hoje sou eu que mando lembra? – Me lembrei que sempre intercalávamos e na nossa ultima transa, eu fui tops. Maldito revezamento. 

Voltamos a nos beijar e as mãos de Harry percorria minha cintura novamente mas dessa vez parando em minha bunda, pressionando sem um pingo de piedade. Seus dedos começaram a querer explorar minha entrada mas ele parou, se lembrando de que tinha que passar o lubrificante.

Depois de ir pegar o pote na cabeceira e espalhar uma boa quantidade nas mãos, Haz voltou a brincar com os dedos em minha entrada até colocar o primeiro, me fazendo sentir um pequeno incomodo que logo passou. À medida que eu implorava por mais, ele colocava e os movimentava de forma prazerosa. Definitivamente estava no paraíso.

O maior, vendo que estava mais relaxado e “molhado”, tirou seus dedos e eu fiz uma carinha triste, então sussurrou.

- Não fica assim baby, tenho uma surpresinha muito mais gostosa só pra você.

Dei um sorriso e me ajeitei entre suas pernas, entrelaçando-as em sua cintura. Fechei os olhos e deixei que Harry me conduzisse, penetrando lentamente seu pênis em minha entrada. É claro que teve a dor inicial porém ele, como sempre, me encheu de beijos e esperou até poder me acostumar. Sinalizei com um olhar que ele podia continuar e assim o fez, fazendo movimentos de vai-e-vem. Me agarrei em seus ombros, arranhando cada pedaço de pele que encontrava e gemendo obscenidades bem perto do seu ouvido, afinal já que não podia fode-lo podia ao menos provoca-lo não?

Nossos corpos se mexiam em um só ritmo, cada vez mais rápido, nossos gemidos eram grossos e curtos e então o senti acertando em cheio minha próstata.

Não resisti.

Eu estava sem controle.

E ele logo perdera o seu.

Sentia meu corpo cansado receber choques elétricos, minha visão ficou escura, meu coração estava a milhão, minhas pernas tremulas e úmidas e minha mente não conseguia realizar um único raciocínio, como se tivesse entrado em um perfeito e glorioso estado de inconsistência.

Caímos exaustos na cama, ainda sem abrir os olhos, apenas aproveitando aquele momento. Eu fui o primeiro a encara-lo, ainda sem acreditar no que tinha acontecido.

- I-isso... Foi...

- Wow!

- Ia dizer “espetacular” mas isso serve – Haz respondeu, fazendo que ambos gargalhassem.

Pouco a pouco os risos cessaram, ficando um silêncio gostoso. Eu até poderia sugerir um banho juntos mas estava cansado demais pra aquilo e acho que Harry também, pois ele se aproximou de mim, me dando um beijo doce e preguiçoso e se ajeitou no meu peito (como meu little spoon sempre fazia) e adormeceu. Fiquei um tempo ainda acordado, fazendo carinho nos cachos dele até ser vencido pelo cansaço. 

x-LS-x

- Senhor? – Fui desperto de meus pensamentos. Ainda estava trancado naquele maldito lugar. – Quando foi sua ultima relação sexual?

- Foi há... Dois meses – Abaixei minha cabeça em vergonha. Ótimo, além de ser taxado de irresponsável agora tinha meu maior segredo exposto.

- E foi com um homem? – Dr. Castle me interrogou e tudo que pude fazer foi chorar baixinho e abraçar meu próprio corpo.

- Louis, olha, nós não vamos contar nada pra ninguém – Dr. Rivera veio até mim e me consolou – Nós sabemos o que aconteceria se isso viesse à tona, embora isso virá à tona de qualquer jeito...

- Como assim? –Perguntei enxugando minhas lágrimas – Tipo, ainda tem como... Vocês sabem...

- Acontece que o seu caso é muito delicado e nós não sabemos o que aconteceria se fizéssemos isso. –Disse Hastings.

- Nós não sabemos se o mesmo procedimento pode ser realizado em caso de gravidez masculina. Poderia até levar você e o bebê á morte – Acrescentou Castle.
Naquele momento entrei em desespero, minha única saída tinha sido completamente descartada. Não que eu quisesse fazer aquilo mas... Se eu nem conseguia sair do armário, como ia explicar uma porra de uma gravidez, do qual eu sou o gestante?

- Não, não, vo-vocês têm que fazer alguma coisa! Eu não posso gerar essa criança, NÃO POSSO!

- Louis se acalme, por favor – Eu nem dei ouvido aos médicos, apenas peguei meus exames e minhas coisas e sai de lá correndo direto para o estacionamento. Liguei o carro e dirigi o mais longe que eu podia e o suficiente para levar umas 100 multas. Quando cheguei em uma rua, bem longe de tudo e de todos, desliguei o carro e me permiti chorar o mais forte que eu podia.

Não resisti.

Eu estava sem controle.