História A Bela e a Fera - Amor verdadeiro - Penúltimo Capítulo

Amor verdadeiro

Bárbara

Corri até a clareira onde tinha encontrado Debrah pela primeira vez e desci de Tempestade. Olhei em volta e vi Debrah encostada em uma árvore.

- Já chegou? – perguntou debochada.

- O que quer comigo? – perguntei cruzando os braços.

- Mesmo sem você saber, está quase quebrando meu feitiço – ela disse – E tenho que impedir que isso aconteça – a olhei sem entender.

- Estou quase quebrando o feitiço? – perguntei e ela riu.

- Como é burra! – exclamou – Mas vou explicar – disse – Você está apaixonada por aquele imbecil e vice-versa, e, o anti-feitiço, é um beijo de amor verdadeiro, que quase foi concluído se eu não tivesse interrompido – sorriu sádica.

- Ou seja...

- Você gastou todo esse tempo a toa. Não é ótimo?! – comemorou – Mas, entretanto,  não posso permitir que o quebre – sacou a varinha - Et mactabis eum(Mate-a) – disse e eu ergui a minha.

- Praesidium(Proteção) – eu rugi.

- Isso não vai funcionar – disse – O que acha de uma luta sem feitiços? – perguntou mostrando suas presas.

- Acho que se torna mais justo – mostrei as minhas e vi ela se transformar em uma pantera negra. Me transformei em um tigre branco siberiano albino ao mesmo tempo em que ela avançava contra mim.

Ela mordeu meu ombro enquanto eu arranhava seu rosto. Pulei sobre ela e mordi seu pescoço. Ela se contorceu com força e me arremessou longe, me fazendo machucar metade do meu rosto nas pedras no chão. Ela pulou sobre mim novamente, mordeu meu pescoço e me arremessou em uma árvore, onde bati com as costas e senti uma enorme falta de ar.

Me transformei novamente em uma humana e ela fez a mesma coisa. Se aproximou de mim e me olhou debochada.

- De jeito que você caiu, não vai durar muito tempo – riu e arrancou meu colar – Vou para o castelo e levarei isso, provando que você está morta – disse e desapareceu.

Tentei puxar o ar, mas uma enorme dor me preencheu. Peguei minha varinha e apontei para a minha barriga.

- Fac mihi fascia(me faça um curativo) – eu sussurrei e uma atadura se enrolou na minha barriga. Me levantei me apoiando na árvore e Tempestade caminhou até mim. Subi nas costas dela e sussurrei – Me leve até o castelo, garota – eu disse segurando nas rédeas e ela começou a correr.

Castiel

Eu andava de um lado para outro na sala de estar do castelo sendo observado por Rosa, Nathaniel, Lysandre, Armim e Alexy. Eu estava muito preocupado com Bárbara. Ouvi um estalo e olhei para trás, vendo Debrah na minha frente.

- O que está fazendo aqui? – rosnei.

- Vim fazer uma visita, não sentiu saudades? – debochou.

- Suma daqui – mandei e ela riu.

- Tudo bem, mas antes, gostaria de te entregar isso – jogou um colar em mim, que eu reconheci ser de Bárbara.

- Onde conseguiu isso? Onde está Bárbara? – perguntei entre-dentes.

- Provavelmente está morta á essas horas – ela disse e meu coração apertou.

- Meu Deus! – Rosa exclamou.

- Vocês perderam a chance de quebrar o feitiço – riu – Pelas minhas contas, a rosa tem apenas uma pétala e cairá ao amanhecer.

Fui avançar contra ela, mas algo me interrompeu.

- Petrification(Petrificação)! – Bárbara entrou gritando e Debrah parou onde estava de olhos arregalados.

- Bárbara – gritei enquanto ela corria mancando até mim.

- Descobri como quebrar o feitiço – ela disse ofegante.

- Como? – perguntei.

- Debrah falou que é com um beijo de amor verdadeiro – ela disse e eu suspirei, aproximando meu rosto do seu e colando nossos lábios. Ela correspondeu e um calor me tomou. Senti os pelos desaparecendo, assim como as garras e as presas. Mas de repente, ouvi uma voz falar.

- Et mactabis eum(Mate-a) – disse e Bárbara desfaleceu nos meus braços. Olhei para Debrah e a vi ficando translucida – Eu posso morrer, mas te levarei junto, irmãzinha – sorriu sádica e desapareceu, deixando sua varinha cair no chão.