História A Bela e a Fera - Eu estava tentando te ajudar!

Eu estava tentando te ajudar!

Bárbara

Os dias foram se passando e eu ainda não havia conseguido descobrir o feitiço. Estava na escada da Ala Oeste, a parte mais escura do castelo.

Andei pelo corredor e encontrei um porta aperta e entrei no cômodo. Era todo escuro e a única luminosidade vinha de uma redoma de vidro que continha uma rosa vermelha com no máximo 8 pétalas dentro. Quando estava quase tocando na redoma, uma vulto gigantesco a tirou de cima da escrivaninha.

- O que está fazendo aqui? – Castiel rosnou.

- Eu... – abri a boca para responder, mas ele me interrompeu.

- Quem te deu o direito de entrar no meu quarto?

- Por que não disse nada sobre essa rosa? – ignorei sua pergunta.

- Porque na interessaria nada pra você – ele disse grosso.

- Ah! Não me interessaria? – perguntei irônica – Se não estou enganada, sou eu que estou tentando quebrar o feitiço.

- Se eu não estou enganado, eu não pedi a sua ajuda.

- Eu estava tentando te ajudar por vontade própria, e não pedi a sua opinião – eu disse cruzando os braços – Mas se você é prepotente a ponto de não querer ajudar seu amigo, não tem motivo eu ficar aqui – eu disse saindo do quarto e descendo as escadas. Sacudi minha varinha e minha capa voou para as minhas mãos. A coloquei logo em seguida.

Caminhei decidida para a porta, mas Nathaniel, Lysandre, Rosalya, Alexy e Armin – ambos eu havia conhecido hoje de manhã, os mesmos eram dois ratinhos – bloquearam meu caminho.

- Onde vai? – Nathaniel perguntou.

- Embora – disse passando por eles e os cinco me seguiram.

- Como assim embora? – foi a vez de Rosalya perguntar.

- Aquele imbecil praticamente me expulsou daqui. Não vou perder me tempo ajudando alguém que não quer ser ajudado – disse abrindo a porta – Eu sinto muito por vocês – eu disse sincera e sai do castelo.

Decidi ir a pé mesmo, Tempestade, quando percebesse que eu não estava mais no castelo, encontraria o caminho de casa.

Estava andando pela parte mais fechada da floresta. Ouvi um rosnado e vi um lobo saindo de dentro de um arbusto.

- Vai rosnar pra mãe – disse irritada lançando um feitiço no lobo, que se transformou em um esquilo.

Mas o que eu não esperava é que mais lobos surgiriam. Dezenas de lobos me observavam com seus olhos amarelos.

Um lobo avançou sobre mim, me derrubando no chão. Ele deixou as marcas das garras em cima do meu olho esquerdo, e eu logo senti o sangue escorrendo pela minha bochecha.

Enquanto ele esta distraído mordendo meu braço, consegui pegar a varinha que tinha voado para longe com o braço que não estava machucado. A segurei firme e apontei para o peito do lobo.

- Praesidium(proteção) – eu disse e o lobo voou para longe.

Me levantei e vi os outros os lobos avançando contra mim. Eu consegui cuidar de um, mas dezenas eu não daria conta!

Castiel

Pouco tempo depois que Bárbara saiu do quarto, o mesmo foi invadido por Nathaniel, Lysandre, Rosalya, Armin e Alexy, que me olhavam irritados.

- O que você disse para a Bárbara? – Rosalya perguntou.

- Não é da conta de vocês – eu disse irritado.

- E da nossa conta desde o momento que ela saiu correndo daqui – Nathaniel disse.

- Ela foi embora do castelo? – perguntei e eles assentiam. Peguei meu espelho e coloquei em frente ao meu rosto – Me mostre Bárbara – eu pedi e o espelhou rodou. Logo apareceu a imagem de Bárbara sendo atacada por lobos.

- Meu Deus – Rosalya exclamou.

- Eu vou atrás dela – larguei o espelho e sai correndo do castelo em direção á floresta.

Bárbara

Enquanto eu lançava feitiços em um lobo, outro mordeu meu tornozelo. Eu gritei de dor e chutei ele pra longe.

Quatro lobos pularam pra cima de mim, mas algo, ou melhor, alguém me defendeu.

Era Castiel. Ele estava na minha frente e lutava contra os lobos. Tentei ajudá-lo, mas meu tornozelo latejou.

Depois de alguns instantes, todos os lobos estavam mortos. Castiel se aproximou de mim e se agachou a minha frente.

- Está tudo bem? – perguntou aparentemente preocupado, mas eu não caio nessa.

- Claro, acabei de ser atacada dois lobos, estou toda arranhada e mordida. É claro que estou bem – disse irônica e ele rolou os olhos.

- Para de ser dramática – ele disse e me estendeu a mão – Venha, eu te ajudo a levantar.

- Eu não consigo – murmurei.

- Como assim? – perguntou.

- Um dos lobos mordeu meu tornozelo – disse erguendo um pouco a saia do vestido, mostrando meu tornozelo pra ele.

- Vou te carregar – ele disse me pegando no colo.

- Não precisa fazer isso.

- Preciso assim, além disso ser culpa minha, você não consegue andar e não deve estar enxergando direito por causa do sangue que está saindo do seu olho.

- Tudo bem – eu suspirei e encostei minha cabeça em seu peito, sentindo os pelos do mesmo acariciarem minha bochecha.