Luna Valente
Acordei com minha irmã, removendo meu fino cobertor de cima de mim. Não levantei, estava com muito sono por passar a noite em claro, pensando no fato daquela fera ser o patrão de um mulher que parecia ser tão doce e bondosa.
Aquilo só serviu para me deixar mais curiosa. A voz estridente da Delfina tinha parado e dei graças a Deus por isso. Sem perceber cai no sono novamente.
Matteo Balsano
Acordei e suspirei me sentando na cama. Mais um dia sem sentido se inicia pra mim. Uma brexa de luz estava entrando pela janela do meu quarto, e isso estava encomodando meus olhos.
Levantei tropeçando em meus próprios pés, e fechei aquela fresta.
Esfreguei meus olhos e fui em direção ao banheiro . Ligo o chuveiro e a droga da agua está gelada. Droga de casa! Nem um banho quente tenho.
Entrei na cozinha e Nina já estava servindo o café da manhã. Gastón estava tomando café, acompanhado de um pão francês.
—Bom dia Sr. Balsano! — Nina fala com uma voz terna e um sorriso que logo se desfaz com meu olhar frio.
Ela finje não notar minha falta de respeito, e volta ao seus afazeres.
—Gastón. Quero que resolva o problema do chuveiro lá de cima. — Digo sem fazer contato visual e me servindo una xícara de café bem quente.
—Sim senhor… e qual é o problema com o chuveiro? — Ele me pergunta dando um gole em seu café.
—Aquela porcaria não está esquentando a água. — Digo frio. — Se precisarem de mim estarei no meu escritrio.
Digo me retirando dali. Adentro meu obscuros escritório, e me sento na velha poltrona . Miro alguma papeladas em cima da mesa.
Me lembro de não ter cuidado das rosas nessa madrugada.
—Droga! — Murmuro pra mim mesmo.
Preciso cuida-las agora, se não o pior pode acontecer. Corro até meu quarto e visto uma blusa preta com capuz.
O horário não é muito favorável, porém preciso fazer isso imediatamente. Apanho minha mala de jardinagem e cubro minha cabeça com o capuz. Não quero ser visto por ninguém.
Chego a sala e não há sinal da Nina ou do Gastón. Fico aliviado, e sigo em direção a porta abrindo-a. Ela faz um ranger, e assim que coloco o pé pra fora duas velinhas com cestos na cabeça passam em frente minha casa.
Me escondo enquanto elas não se afasta da minha casa. Quando não há mais pessoas por perto, saio e encosto a porta.
Me ajoelho ao pés das flores que por sorte não murcharam nem nada. Rego-as e afofando a terra ao redor.
Estava quase terminando meu trabalho ali, quando ouço gargalhadas familiares e meu coração dispara, e podia jurar que ia sair do meu peito a qualquer momento.
As gargalhadas estão mais altas, e não sei o que fazer…
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.