História A Bela e o Lobo - Caminho para o Inferno - Parte 2 (Final)

A cada passo que dava podia sentir o medo se apossar de meu corpo, cada vez mais.

Sabia que se salvasse Chanyeol conseguiria proteger todos e talvez fosse a melhor forma de demonstrar minha gratidão para eles.

Ainda podia ouvir os gritos dos três garotos, mas não importava o que acontecesse, eu precisava seguir adiante.

A única iluminação visível era a da minha lanterna fraca.

- Me salve! – sussurrava uma voz

Uma voz muito conhecido por sinal e que me fazia lembrar de...

- Mãe? – sussurrei novamente e olhei para os lados mesmo sabendo que não poderia enxergar nada

- Me salve! – outra voz, mas desconhecida

As vozes ecoavam mais e mais em minha cabeça. Eu andava o mais rápido que conseguia mas tinha que ter cuidado para não escorregar e desviar do caminho.

Senti algo segurar meu tornozelo e sem pensar sai correndo em linha reta. Meu próprio grito me causava medo e tinha um certo arrependimento de ter seguido sozinha.

Parei em um local sem saída. Paredes negras e úmidas em todos os lugares, e percebi que estava encurralada! Talvez uma armadilha?

- Dessa vez Caronte se superou! Uma garota! – dizia uma voz grossa e abafada

- Quem é você?! – gritei

O silêncio me deixou aterrorizada e ao mesmo tempo aliviada, talvez por não querer uma resposta.

Comecei a entrar em pânico mais rápido do que imaginei. Comecei a bater nas paredes e gritar, irada!

- Talvez eu possa fazer algo pelo seu silêncio! – dizia a voz novamente, agora com tom de divertimento

- Preciso sair daqui! – gritei e continuei a esmurrar as paredes

- Isso é algo ruim! Uma âncora não deveria se estressar a esse ponto! – avisou a voz

- Aonde estou? – gritei, procurando a voz

Uma risada aterrorizante se apossou do local.

- Bem vinda ao meu purgatório! – disse voltando a rir

De repente as paredes se abriram novamente, revelando um túnel, iluminado por tochas.

- Siga o túnel e teremos uma conversa civilizada! – disse por fim

Minha cabeça me dizia para não ir mas meu corpo não respeitou a ordem.

                                                               ***

Um cheiro forte se apossava do túnel... Sangue!

Sangue escorria pelas paredes negras e formavam um rio nas laterais do caminho que eu traçava.

Não demorou para eu chegar até o local desejado pela voz.

Nas laterais podiam se ver grades do chão ao teto e totalmente negras pelo tempo. Dentro era só escuridão, o que me trazia curiosidade em saber o que ficava ou fica ali!

Precisava virar e então chegar ao local, mas faltava coragem!

Cogitei em voltar e tentar quebrar uma das paredes mas sabia que seria em vão. Se eu tivesse que morrer seria lutando...

Uma longa caverna se estendia. Em seu centro possuía o que parecia ser um trono e nele sentado um homem. Bonito por sinal! Algo que me assustava era os objetos que estavam contidos nas laterais: macas sujas, uma cadeira elétrica e objetos que presumi ser de tortura.

- Você é mais bonita pessoalmente do que em muitas histórias – dizia o homem se levantando

- Não se aproxime! – disse com convicção mas com um grito entalado

Ele me encarou com um sorriso muito branco, e jogou as mãos para o alto em forma de rendição.

- Há curiosidade em seus olhos, se aproxime! Prometo não machuca- lá! – disse voltando a sentar

Novamente minhas ações desobedeceram meu comandos e se aproximaram lentamente com receio.

- Quem é você? – disse quase em um sussurro

- Sou Érebo, Deus das Trevas e Escuridão, prazer! – disse com um sorriso convencido

O olhei desconfiada e rezei para o medo não se apossar de mim.

- Por que estou aqui? – perguntei o encarando

- Porque para chegar até o famoso Park Chanyeol você precisa vencer seus medos mais profundos! – disse ele se levantando e vindo até mim – Você não achava que ao adentrar a caverna mesmo com seus amigos te gritando, seria fácil pegar Chanyeol e sair ilesa, certo?

Ele ofereceu a mão juntamente com um sorriso.

Minhas opções eram simples e rápidas, ou eu saia correndo e morria ou aceitava a mão daquele estranho e tentava salvar Chanyeol.

Aceitei sua mão, mesmo com receio.

Ele me guiou para uma mesa grande, atrás do “trono” e puxou a cadeira para que eu me sentasse.

- O que vai ganhar sendo gentil comigo? – perguntei finalmente

Ele se sentou a outra ponta e abriu um sorriso.

- Porque suponho que prefira esse meu lado menos escuro do que o verdadeiro – disse convencido

Antes de eu dizer alguma coisa, ele bateu palmas e pessoas totalmente cobertas com capas negras entraram e colocaram comidas na mesa. Algo que me impressionou, pois não sabia que no inferno eles se alimentavam e muito menos de hotteok* ou de bolinho de arroz.

- Sinta-se livre para comer! Mas a um porém... – alertou enfiando um bolinho na boca

Eu sentia vontade de atacar tudo mas algo dizia que ele não me daria comida de bom grado e sim eu teria que devolver o favor, se não fosse com dinheiro com algo que o interessava.

- Preciso salvar Chanyeol e sair desse lugar! – digo o encarando

- Como já lhe disse essa tarefa não é algo fácil – disse finalmente me encarando – Eu deveria te dar algo para resolver e deixar você passar, mas realmente algo me encantou em você!

- Diga o que quer! – disse aumentando a voz

- Você salvará Chanyeol, mas não poderá sair do Outro Mundo e passará a viver como minha esposa, ou seja, Deusa das Trevas e Escuridão – disse confiante

As únicas palavras absorvidas foram Salvará e Minha Esposa!

Eu tinha que pensar o mais rápido possível. Minha vida seria um fardo que eu carregaria para sempre vivendo ao lado de um monstro que tinha uma imagem bonita mas falsa! Os garotos pelo menos viveriam felizes, Luhan poderia amar um outro alguém, Kris arranjaria outra âncora, Baekhyun arranjaria outra pessoa para amolar e Kyungsoo arranjaria uma outra amiga, o que era importante no momento não era minha vida e sim a deles!

- Não precisa pensar ago...- começou

- Eu aceito! – disse o encarando e sentir o efeito de minhas palavras realmente me atingirem

Ele abriu um sorriso incrivelmente grande.

- Certeza que prefere ter sua vida destruída pela vida dos rapazes que você ama? – perguntou, provavelmente em dúvida de minha resposta

- Eu não me importo com minha vida e sim com a deles! Duvida da minha resposta por que? – perguntei sentindo meus olhos marejarem

- Perfeito! Apenas coma e seu corpo pertencerá a mim e a esse mundo! – disse apontando para a comida.

Peguei um bolinho e o encarei por alguns segundos.

Todos esses anos agindo feito uma criança, bebendo, fazendo birra e achando que amar era algo sem sentido e pura diversão com corações. No momento em que mordi um pedaço daquele bolinho, senti o quanto amar pode doer e ao mesmo tempo fazer com que faça coisas que nunca imaginaria! O amor é algo saboroso e arrebatador mas também algo sacrificador! E você descobre que está possuindo o sentimento, quando acha que a vida de outra pessoa vale mais que a sua ou simplesmente vale você sacrificar o seu bem mais precioso para ver a pessoa que ama, feliz!

Minha cabeça rodou por alguns segundos e só assim percebi que Érebo se encontrava a minha frente.

- Vou lhe dar um mapa e algumas informações para encontrar Chanyeol e quando encontra-lo basta despejar algumas gotas de seu sangue em seu túmulo – disse me dando um beijo na bochecha e apenas senti repulsa de mim mesma

- Obrigado! Nos vemos em breve se eu não morrer – digo rindo e pensando na possibilidade

- Não pense que morrer você vai fugir de nosso trato – disse debochado – No momento em que comeu o bolinho, seu corpo com ou sem vida pertence a mim e nada pode te machucar, os outros Deuses e Deusas estão proibidos de te tocar!

- Que ótimo! – digo forçando um sorriso – Já vou indo!

- Não tenha pressa, afinal pelo resto da sua vida, você viverá aqui! – disse voltando a se sentar – E acredito que aproveitaremos com gosto! Talvez eu peça para que tragam uma cama, para ficar confortável para você.

Eu queria vomitar naquele momento!

Sai apressadamente pelo caminho e me assustei quando alguém segurou meu braço

- Admiro sua coragem – disse a voz de uma mulher com capuz – Talvez você conheça meu filho, Shin, certo?

Meu queixo caiu.

- Meu Deus! Você é a mãe dele? – perguntei eufórica

- Sim! – respondeu num tom triste mas com um sorriso no rosto

Dei um abraço nela, involuntariamente.

- Prometo que quando eu voltar, pedirei ao Érebo que te mande de volta! – prometi sem hesitar

Ela me olhou assustada

- Você faria isso? – perguntou confirmando

- Claro! A única coisa que posso fazer agora é salvar a vida de outras pessoas que amo!              

- Obrigada! Agora vá!

Ela me abraçou novamente e depois se distanciou, acenando.

Fiquei feliz por sacrificar minha vida por pessoas que amo! E com esse pensamento, voltei a andar...

                                                                ***

- Você não é muito de falar, não é? – perguntei ao barqueiro

Estava novamente no barco, mas dessa vez sozinha. Precisava percorrer o rio para chegar a área do Tártaro, que como estava nas informações dizia que era o penúltimo local até chegar em Chanyeol. E encontrei o barqueiro misterioso, não era de se impressionar que ele aparecesse de repente então apenas aceitei o fato.

- Enfim, não precisa falar agora, afinal vou viver o resto da minha vida aqui! Então você me verá com uma certa frequência – digo rindo e depois me lembrando que passaria o resto da minha vida com um cara que é um monstro

Estávamos quase chegando pelas minhas coordenadas

- Você não deveria ter feito trato com Érebo! – disse finalmente

- Eu não via outra opção muito confiável a não ser aceitar a proposta dele – digo encarando a água negra

- Ele é o Deus das Trevas e provavelmente não seria alguém confiável, você deveria ter preferido morrer! – diz ele sem nenhum pingo de frustação

Eu apenas suspirei, não me arrependendo de minha decisão.

- Se eu morresse os garotos também morreriam e isso não seria um pagamento muito bom! – digo abrindo um sorriso

- Você está em dívida com aqueles lobos?!

- Sim, mas só pagarei definitivamente quando eles estiverem felizes e bem!

O barco deu um solavanco e parou novamente em uma outra plataforma de madeira, velha e gasta dessa vez.

Desci e inspirei o ar ruim do local que para sempre seria meu “lar”.

- Me deseje boa sorte e... – olhei para trás mas o barqueiro já tinha desaparecido – É, talvez eu não me acostume com esse povo sumindo e aparecendo de repente ou talvez de Nárnia!

Começo a rir sozinha e depois me bateu uma vontade de chorar.

Vou seguindo em frente e me deparo com um castelo negro e enorme.

Havia uma ponte e eu passaria por ela para entra no castelo e acabar logo com aquilo SE ela não tivesse desabado no meio do penhasco.

- Talvez esse lugar seja mesmo o Inferno! – digo a mim mesma sem paciência

- Ainda há dúvidas? – pergunta uma voz vinda do fundo do penhasco

Lá vinha outro para me importunar!

- O que eu tenho que fazer para passar? Te dar minha vida?! – perguntei debochada

- Você é a âncora e futura esposa de Érebo, certo?

- Contra minha vontade, mas sim! Eu mesma! – digo sem paciência

- Você apenas precisa resolver uma charada – disse a voz com tom suave e despreocupado – Posso começar uma guerra, ou acabar com ela. Posso lhe dar a força do heróis ou deixá-los impotente. Posso ser capturado com um olhar, mas nenhuma força me obriga a ficar. Quem sou?

Comecei a entrar em pânico. Eu já tinha ouvido aquilo em algum lugar...

Flashback On

Eu e Luhan estávamos deitados em sua cama, um de frente para o outro.

- Eu te amo – disse ele

- Talvez eu goste um pouquinho de você também – disse convencida

Ele me olhou indignado e pulou por cima de mim me prendendo.

Tentei sair, mas em vão.

- Sai de cima de mim, seu gordo! – comecei a me mexer e rir dele

- Só se responder uma charada famosa – disse ele

- Vai em frente, bonitão!

- Ele pode começar uma guerra ou acabar com ela. Pode dar a força de um heroí ou pode deixa-lo impotente. Pode ser capturado com um olhar, mas nenhuma força o obriga a ficar. O que é? – perguntou

- Sou eu! – disse convencida – Agora me deixa sair!

Ele me prensou ainda mais e aproximou o rosto do meu.

- Apenas pense!

Eu já estava ficando hipnotizada e estava pronta para ter seus lábios grudados aos meu quando ele me soltou e caiu na gargalhada, deitando novamente ao meu lado.

- Vai ter que descobrir se quiser um beijo meu! – disse ainda gargalhando

Me levantei e me senti envergonhada por querer aquilo.

- Não quero mesmo! – menti, cruzando os braços

- Sem resposta, sem beijo – disse entrando no banheiro e fechando a porta

Flashback Off

- Mas quem raios é isso? – perguntei nervosa remexendo nas lembranças

- Alguém que jamais pode ser encontrado – manifestou a voz

Minha cabeça estava começando a doer quando de repente a ponte voltou ao normal e a porta do castelo fora aberta.

- Você não precisa responder, apenas siga com sua jornada! – disse a voz se tornando abafada

Praticamente corri para dentro do castelo com medo de mais alguém me interromper.

                                                                ***

O castelo era grande e tinha um clima de ameaçador.

Em uma grande sala de estar, pessoas bem pálidas vagavam sem rumo, outras batalhavam com as próprias mãos e em algum canto pessoas mortas se aglomeravam em um monte.

Decidi não entrar naquela sala para não criar mais problemas e nem desviar do caminho.

Eu tinha a sensação de que ninguém podia me machucar talvez pelas palavras de Érebo ou talvez uma certa confiança. E seguindo esse pensamento atravessei o castelo as vezes me deparando com coisas jamais vistas, coisas aterrorizantes ou apenas espíritos perdido e louco vagando pelos cômodos.

Sair do castelo foi difícil, mas acho que o que deu trabalho era ficar andando pelo mesmo tentando achar a saída. Aquilo parecia um labirinto!

Quando me dei conta que estava fora do castelo, queria beijar o chão por estar ali. Mas sabia que se agachasse ou ao menos sentasse, sabia que minhas pernas se renderiam e não saíram dali por um longo tempo. Afinal, a cada passo minhas pernas ardiam e imploravam por um descanso!

Depois de conseguir seguir o mapa que Érebo havia me dado, me deparei com um começo de jardim. Até assustei porque no Inferno não tinham coisas bonitas, certo? Até que lembrei que esse era o ultimo local que deveria ir, era o Jardim de Elíssios. O lugar mais invejado do Outro Mundo. Era denominado o paraíso, aonde os heróis e heroínas ficavam após a morte e Kris disse que lá tinha paz e felicidade o que eu duvidava muito!

Adentrando o jardim, pude perceber a troca do ar, um totalmente poluído para um puro.

Vi uma garota bonita de cabelos enrolados e negros apanhando um fruto de uma árvore e fui até ela

- Com licença, você sabe onde fica Chanyeol? – perguntei ainda com receio de ela não ser aquilo que pensei

- Fica atrás daquela árvore – ela apontou para uma árvore um pouco a frente e esboçou um sorriso

- Obrigada! – digo e comecei andar até ela segurar meu braço delicadamente

- Você é a âncora? – perguntou ainda com o sorriso

- Sim – disse com receio

- Um prazer te conhecer, bem vinda ao Paraíso! – disse ela

- Gostaria de viver aqui mais fim um trato com Érebo para poder salvar meus amigos e não acredito que não poderei viver aqui! – disse cabisbaixa mas sustentando um sorriso

Ela soltou meu braço rapidamente e o sorriso em sua face se fechou

- Só os puros entram aqui, quem faz trato com Érebo não é puro! – disse ela se afastando

Decidi sai logo dali e seguir meu caminho.

                                                                     ***

Fiz o que Érebo disse e cortei a palma da minha mão.

Fiquei encarando o sangue que escorria e pingava na pedra de mármore branco.

O chão começou a mexer e a pedra se partiu ao meio, revelando um garoto. De cabelos negros, lábios carnudos e uma pele em perfeito estado, branca e lisa com as pétalas de uma rosa branca. O garoto abriu seus olhos negros e me encarou com um perfeito sorriso.

- Sun Hee, você conseguiu! – disse o garoto hesitante, se levantando e me puxando para um abraço

Um calor profundo se despejou em meu corpo me trazendo felicidade e vida novamente. Seu abraço era caloroso, algo que me fazia querer nunca mais solta-lo.

Nos soltamos e ele me olhou com brilho nos olhos

- Sou Park Chanyeol! Tenho finalmente o prazer em te conhecer pessoalmente! – disse com um sorriso em perfeito estado

- Park Chanyeol, o que vem roubando meus sonhos, certo? – perguntei sorrindo também

Ele riu. Uma risada que me deixava com vontade de rir até não poder mais ou simplesmente ficar minha vida inteira o vendo rir. Mas talvez fosse um pouco tarde para eu desejar algo para minha vida fora deste lugar!

O apressei e voltei a olhar no mapa.

Seu sorriso se desmanchou no momento em que pisamos para fora do Paraíso novamente.

- As coisas mudaram bastante! – disse calmamente

- Acredite, eu não me impressiono com mais nada nessa vida! – disse para descontrair

Conforme o mapa, não precisávamos fazer todo o caminho de volta e sim atravessar um rio e chegaríamos até onde os garotos estavam.

O barqueiro nos levava em silêncio mas com um tom de curiosidade enquanto Chanyeol me encarava e abria um de seus sorrisos que arrancava meus suspiros.

Chegamos quando eu lembrei que não poderia sair. Nunca mais!

Os três garotos me olharam aliviados e depois viram Chanyeol e me encararam com tom de felicidade. Deixei Chanyeol passar primeiro para eu contar o que faria da minha vida!

- Chanyeol está vivo e pronto para sair deste lugar horrível! - digo sorrindo 

- Otimo! Assim podemos ir embora - disse Baekhyun

- Na verdade... - comecei e eles me olharam preocupados - Eu não posso sair! 

Kris riu e arrancou os risos dos outros

- Para de brincadeira, Sun Hee! Agora vamos porque esse lugar esta me dando nos nervos - disse me chamando 

Tentei passar pela porta da caverna, mas como previ, algo me barrava! 

  E isso foi o suficiente para o pânico tomar conta das faces dos 4 garotos.

- Sun Hee pare de brincar, vamos embora! - disse Baekhyun

Tentei novamente, em vão...

- O QUE VOCÊ FEZ?! - gritou Luhan em desespero

- E-eu... Fiz um trato com Érebo para salvar Chanyeol - digo sentindo as lágrimas me invadirem

- Por que fez isso? - perguntou Chanyeol 

- Porque você é o unico que pode salva-los e essa foi a unica forma que encontrei para retribuir tudo que fizeram por mim - digo já chorando - Vocês precisam ir embora! 

- Eu não vou embora sem você! - disse Chanyeol 

- Por favor, Sun Hee! - implorava Luhan

Eu já estava em desespero junto com meu choro.

- Qual foi o trato? - perguntou Kris, irado

- Vou me tornar esposa de Érebo e viver aqui para sempre depois de salvar Chanyeol - disse passando as mãos pelo rosto

De repente Luhan começou a esmurrar a barreira em desespero e a chorar! 

- Luhan para! Por favor! - digo quase gritando

- NÃO! NÃO! - gritava de volta 

Tomei coragem para deixa-los e apenas vi a face de cada um pela ultima vez 

- Eu amo voces! - eu disse soluçando - Por favor! Vão embora! 

Kris começou a esmurrar a barreira e a grita implorando para eu não ir enquanto Chanyeol me encarava com lágrimas nos olhos.

Eu virei de costas e comecei a andar 

- SUN HEE! NÃO ME DEIXE! - implorava Luhan

Não tive coragem para olhar novamente, porque sabia que fraquejaria e voltaria!

- Eu não vou te deixar! - gritou Chanyeol

E por incrível que pareça, tinha uma parte de mim que  acreditava naquelas palavras e a outra sabia que aquilo era impossível!

Finalmente tudo fazia sentido!

Pode começar uma guerra, ou acabar com ela.

Pode lhe dar a força dos heróis ou deixá-los impotente

Pode ser capturado com um olhar, mas nenhuma força o obriga a ficar.       

     Quem é? O amor!

Seguindo esse pensamente, adentrei novamente a caverna e me senti livre para deixar as lagrimas me consumirem para sempre!