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História A Bela Saintia - Sem trégua e sem amor


Escrita por: Bella-Luna

Notas do Autor


Aqui esta mais um capitulo e GoldSaints me perdoe, eu fiquei tão atrasada que decidi nem te entregar esse. O proximo vai, Beijos minha linda <3
Obrigada a quem favorita, acompanha, comenta!

Capítulo 5 - Sem trégua e sem amor


Capítulo Cinco

 

Sem trégua e sem amor

 

A Fortaleza de Éris se aproximava do Santuário cada vez mais. Sua silhueta no horizonte se fazia cada vez mais visível a todos.

Todos os cavaleiros se preparavam para o combate mais importante em que estavam em jogo a vida de Atena, do Patriarca e de todos eles.

O céu ficava cada dia mais cinzento e escuro. Máscara da Morte não tinha mais tempo para treinar a bela Alicia e tomou um tempo para se recolher como um verdadeiro soldado em sua casa. Sentou-se no chão e convocou as almas que habitavam a quarta casa e ainda lhe obedeciam a lutar com ele. Fazia isso de olhos fechados quando a voz de Alicia na porta o despertou de sua meditação sombria.

- Câncer... – Chamou ela

Máscara olhou para ela vendo novamente as cicatrizes que ele lhe infringira nos treinos.

- O que você quer Saintia? – Perguntou calmamente não deixando de observar também o belo corpo da moça.

Alicia foi adentrando a casa e ele se levantou.

- Quero agradecer de forma apropriada ter salvo minha vida. – Ela se aproximava.

- Onde está Aiolia? Ele não está tomando conta de você?

- Ele está tratando de assuntos particulares.

- Ouça Mii de Golfinho, já está agradecido e acredito que pelo menos entre eu e você estejamos resolvidos. – Ele rumou até a o sofá próximo a uma mesa onde estava pousada uma garrafa de vinho e serviu-se de uma taça.

Alicia lembrava-se da tentativa de assassinato cometida por Afrodite e sua raiva era imensa. Queria vingança a todo custo e agora do cavaleiro de Peixes.

- Nada está bem, seu amigo tentou me matar sem qualquer motivo, cavaleiro. E quem quase morreu foi você. Não vai fazer nada a respeito?

- Como assim? – Ele a achava muito estranha. Não parecia ela, Alicia tinha raiva mas nunca parecera premeditada desde que chegou ali e sempre se mostrara uma mulher de muita compaixão e devoção aos demais e principalmente a Atena. Nâo parecia de seu feitio as vingaças e discórdias mas ele não conhecia muito bem as Saintias.

- Eu acredito que você deva fazer alguma coisa a respeito, deveria mata-lo.

Alicia o empurrou no sofá e sentou-se sobre ele.

- O que é isso?! – Bradou o cavaleiro de Câncer.

Ela nada respondeu.

- Vou te dar o que tanto deseja... Amor de mulher...

- Que? -  Perguntou incrédulo.

Alicia selou os protestos dele com um beijo ardente e Máscara não conseguiu deixar de retribuir. Aquela Saintia era linda demais. Então ele a abraçou enfiando uma das mãos por entre os cabelos loiros a apertando contra seu corpo.

O beijo foi profundo e sentiu-se logo tremendamente excitado. Os cheiros que o corpo dela exalava eram perturbadores. Cheiro de sexo. Isso o deixava louco. Perturbado. Então Máscara passou a beijar-lhe o pescoço e o colo quando começou a ouvir vozes em sua cabeça que sussurravam.

 

Não é ela.... Não é ela ...

 

Em seguida as vozes riam dele. Máscara entendeu do que se tratava. As almas atormentadas que povoavam sua casa sussurravam em sua mente que aquela mulher linda em seu colo não era Alicia. Então ele afastou os cabelos dela da testa e viu que haviam veias roxas sobressaltadas e aparentes. Um espectro havia tomado seu corpo! Não podia acreditar.

Como aquilo havia acontecido dentro do Santuário?

Era certo que desde que a vira havia desejado beijá-la pelo menos. Contudo sabia que ela era casta e que agora as almas que sussurravam em sua mente estavam somente lhe dizendo o que já era suspeito.

Alicia Benethol jamais se entregaria a um homem pelo qual nutrisse tanta raiva e nem de forma tão rápida e por motivo torpe.

O sorriso sarcástico tomou conta de seu rosto tão bonito enquanto ela tentava beijá-lo novamente.

- Por que não quer me beijar mais? – Ela perguntou – Aqui é tão frio e com você é tão quente...

Máscara da Morte fechou os olhos e a abraçou apertado. Quando fez isso acendeu seu Cosmo e convocou todas as almas a salvarem Alicia. Ambos foram envolvidos pelo Cosmo de Máscara da Morte enquanto o espectro dentro dela protestava gritando e lamentando como as almas atormentadas. Um turbilhão de rostos fantasmagóricos apareceu no ar ao redor deles enquanto eles brilhavam.

Máscara da Morte expurgava a dríade de dentro de Alicia e abria os olhos para observar as veias arroxeadas de sua testa se apagarem lentamente enquanto o espectro se debatia em sua mente, xingava, lamentava, gritava.

Por fim o turbilhão de almas levou a dríade para o submundo obedecendo ao cavaleiro que comandava um exército de almas e tinha passagem livre para o inferno.

Máscara olhou Alicia quase desmaiar em seus braços e a segurou no colo levantando-se  para voltar a casa de Aiolia quando os demais cavaleiros apareceram na porta de Câncer após sentirem o poderoso Cosmo queimar dentro do Santuário.

- O que houve com ela?! – Aiolia entrou sem permissão e socou o cavaleiro de Câncer no rosto.

- Calma! – Pediu Shaka de Virgem.

- O que foi isso? – Perguntou Afrodite com raiva.

Milo e Camus observavam da porta.

- Ela estava sob domínio de uma dríade e veio aqui com intenções sexuais e de vingança. - Respondeu o italiano olhando Aiolia com raiva – Eu expurguei a dríade que havia dentro dela – Colocou ela nos braços do leonino e após fazer isso socou-o de volta. – NUNCA MAIS OUSE ME BATER! – Gritou.

- Você sempre é suspeito e sempre será! – Gritou Aiolia.

Shaka se aproximou.

- Por favor parem. A proximidade da Fortaleza está trazendo perturbações e o desejo de vingança dessa moça a torna uma pessoa fraca diante desses espectros mas nunca imaginei que se atreveriam a entrar no Santuário.

- Não entraram – Disse Aiolia – O Santuário é seguro, ela me disse que iria ao mercado pois precisava de coisas pessoais. Nunca ia imaginar que a apanhariam lá fora! – Ele olhava o rosto lindo da Saintia e sentia ternura, compaixão.

- Pois bem, essa moça não pode sair daqui até Atena voltar, sob nenhum pretexto, é um perigo imenso para todos nós! – Disse Shaka de Virgem.

- O que ela fez? – Perguntou Afrodite com seu costumeiro ciúme.

- Nada que te interesse! – Respondeu Máscara – Agora saiam da minha casa!

Todos foram saindo e Alicia acordava nos braços do leonino. Todos pararam para ouvi-la. Ela virou o rosto para o canceriano.

- Eu estava lá em algum lugar... – Disse ela com a voz fraca  - Ele me salvou mais uma vez... Eu nunca poderei retribuir isso.

Afrodite riu-se.

- Claro que vai e até tenho uma idéia de como fará isso! – Ele saiu batendo forte os pés no chão indo embora com raiva.

Milo deu a mão a Camus e foram saindo da casa de Câncer, subindo as escadarias para a oitava casa.

 

Casa de Escorpião

 

Ao chegarem, Camus se aproximou da varanda da casa e ficou contemplativo, preocupado. Milo se aproximou dele por trás e o abraçou.

- Não é hora de ficar tenso...

- Estou preocupado por todos nós – Dizia o aquariano fitando a fortaleza ao longe – Essa Saintia quase trouxe o mal aqui para dentro hoje.

- Eu sei mas você precisa se acalmar... – Milo virou o rosto do outro para ele e deu-lhe um beijo. – Tudo vai ficar bem. Prometo a você.

 

Casa de Câncer

 

Máscara da Morte decidiu dar uma volta para esfriar a cabeça e esquecer tudo que se passou. Como pôde ser enganado por um espectro? Estava com raiva de si mesmo. Estava sentindo-se carente de afeto e sexo. Adentrou o bosque que havia ao lado do Santuário e agachou-se para observar a terra, as pedras. Observou as pequenas criaturinhas do chão. Estava contemplando a vida, o planeta, pensativo sobre porque havia salvo Alicia mais uma vez.

Ouviu passos leves atrás de si. Levantou-se rapidamente e se virou já queimando seu cosmo quando viu Alicia. Deu um passo atrás.

- Por favor não se assuste, cavaleiro. – Disse ela

- O que você quer agora? Esta possuída de novo?

Alicia mexeu nos cabelos loiros envergonhada.

- Eu preciso lhe agradecer de verdade por ter me salvo mais uma vez...Ouvi muitas coisas sobre você, até sobre sua infância difícil... Eu sei que deve ser solitário na casa de Câncer e que por isso você é assim... Mas eu sei que você é um homem de valor ai dentro, eu vi isso, eu sinto isso.

O italiano se revoltou e saiu andando.

- Você não sabe nada sobre mim! Nâo se meta na minha vida!

Ela se põs a frente dele na velocidade da luz.

- Por favor não vá embora! Eu quero saber como posso lhe agradecer.

O canceriano parou de repente a olhando e sentindo enfado mas dessa vez a proximidade do rosto dela tão bonito, suave e calmo o deteve.

- Você quer me agradecer, Saintia? Apenas me esqueça e não tente me matar.

Ela pegou a mão dele e levou ao rosto dela. Máscara da Morte fechou os olhos por alguns segundos.

- Por favor, vá embora... – A voz dele estava mais fraca e não retumbante como sempre.

Alicia sorriu para ele.

- A senhorita Saori nos ensinou o perdão, a compaixão e eu preciso ser assim com você.

- A senhorita Saori não está aqui para te defender porque te largou em minha supervisão sem saber o que lhe aconteceria. Já pensou nisso?

O sorriso do rosto dela se desvaneceu e ela fitava os lábios dele sentindo seu coração acelerar. Lembrava-se de tudo que havia acontecido com seu corpo quando o espectro se apossara dela. Sabia que não estava ali o procurando naquele momento para agradecer mais nada, mas sim por uma compulsão, uma vontade própria e decidida de saber o que aconteceria se experimentasse aquelas sensações por si mesma.

Então Alicia lentamente subiu a mão pelo antebraço dele sentindo os pequeninos pelos do braço másculo e acariciando aquela região o encarando.

Máscara da Morte a fitava sentindo excitação. Então a pegou no colo e a encostou em uma árvore. Alicia não esbravejou, não gritou, não reclamou. Ela apenas o segurou pelos ombros vendo os lábios dele aproximarem-se dos seus. Arfou e sentiu-se nervosa. Suas mãos tremiam.

O italiano a beijou forçando a passagem de sua língua adentro da boca da Saintia que permitiu com alguma dificuldade por nunca ter beijado na vida. A sensação era deliciosa. Sentiu o baixo ventre queimar. Enfiou as mãos pelos cabelos dele em um movimento quase involuntário e instintivo. Ele se afastou sorrindo.

- Me deixe tocar sua língua com a minha – Sussurrou excitado e tornou a beijá-la. Então Alicia retribuiu o beijo com avidez, procurando a língua dele sentindo sensações deliciosas.

Beijaram-se por algum tempo até Máscara da Morte sentir um cosmo familiar perturbado em sofrimento. Ele sabia que aquele Cosmo era de Afrodite e que de alguma forma ele sentia o que estava acontecendo. Retirou Alicia de seu colo pois não iria a frente com aquilo. Ela era virgem e ele não queria uma mulher apaixonada no seu pé no meio de uma guerra santa. O italiano sorriu para ela.

- Sente-se melhor em ter me agradecido?

- Eu não vim agradecer... – Ela baixou o olhar – Eu...  – Deteve sua fala – É melhor eu ir. – Ela sorriu e saiu correndo na direção do Santuário.

O canceriano ficou olhando-a enquanto sentia o pesado Cosmo da décima segunda casa.



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