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História A Bela Saintia - Luxúria e Redenção


Escrita por: Bella-Luna

Notas do Autor


De forma não usual, esse lemon é significativo para os fãs do casal. Bem inusitado. Espero que não me apedrejem!
Grata aos que comentam, favoritam e acompanham mesmo em silêncio.
Beijos a todos!

Capítulo 6 - Luxúria e Redenção


Capítulo Seis

 

Luxúria e Redenção

 

A Guerra Santa havia chegado. Estava mais próxima do que imaginavam e então Máscara da Morte se recolheu novamente para estar entre os espectros da casa de Câncer. Ficou por lá metade de um dia. Afrodite o interrompeu já era noite, entrando em sua casa com uma tocha acesa.

- Onde está você? – Perguntava o Cavaleiro de Peixes olhando o soturno cavaleiro sentado no chão, rodeado de uma bruma de caveiras e de olhos fechados. Arrepiou-se. – Máscara?

Máscara da Morte abriu os olhos e o olhou, enquanto toda a bruma se dissipava.

- O que você deseja Afrodite?

- Vim saber como você está... Senti seu cosmo pesado. – Afrodite se ajoelhou na frente dele segurando a tocha. – E porque sua casa está sem luz?

- Não está sem luz, eu apaguei, somente isso. – Máscara evitava olhar para o belo cavaleiro.

- Quer que eu acenda? – Afrodite ia se levantar quando o italiano segurou seu pulso.

- O que diabos você quer comigo? Seja franco! – Bradou.

Afrodite estremeceu e se ajoelhou novamente diante do canceriano. O que ele queria? Como ousava perguntar o que ele queria... Ele queria o amor e a alma do italiano, isso não era tão óbvio?

- Me solte....

- Diga!

- Dizer o que?

Máscara se levantou o pegando pelo pulso sem reclamações e foi puxando-o até o quarto.

- Você pode ter quem quiser, é lindo, porque vem aqui na quarta casa? Porque desce essas escadarias para me ver?

- Não é óbvio Câncer?!

Afrodite se livrou da mão dele, forte como também era. E passou a encará-lo.

- Quer saber? Podemos todos morrer nessa guerra, então eu não ligo mais para o que você pensa. Eu sou apaixonado por você! Apaixonado!...

Máscara ficou parado incrédulo o olhando.

- Como assim apaixonado?

- Você sabe o que é se apaixonar italiano? Você não sabe o que é sofrer por alguém que você vê quase todos os dias e não pode tocar? Você não sabe o que é amar em silêncio e ter migalhas de sensações porque não pode demonstrar seus sentimentos! – As lágrimas vinham aos olhos do pisciano.

- Eu sei! – A resposta fez o pisciano congelar suas frases, seus movimentos e prender a respiração por alguns segundos.

- Eu já amei, Afrodite... Eu sei bem o que é... Mas nunca mais quero sentir isso de novo. – Sentou-se na cama. – Porque não está bom para você o que temos as vezes?

- Você está se ouvindo? – Afrodite segurou os cabelos de Máscara da Morte com agressividade e fúria pela primeira vez na vida. O italiano o olhou com surpresa e ódio. Afrodite não se submeteu àquele olhar dessa vez. Segurava o homem que amava com grosseria e o empurrou até uma parede, batendo as costas do outro com força brutal. – Você não está se ouvindo! Você não pode estar falando sério que um homem como eu ia querer sobreviver de migalhas de uma paixão! – Enquanto segurava o italiano pelos cabelos com uma mão fez aparecer uma rosa negra na outra.

- Me largue! Sabe muito bem que eu posso te mandar pro Yomotsu a qualquer momento!

- Mas não vai! – Afrodite beijou a boca do italiano com voracidade. – Se você já amou sabe como é ruim ficar na minha posição, vendo uma Saintia tomar meu lugar! O MEU lugar!

- Você está descontrolado!... Me larga e vamos fuder como sempre foi e você se satisfaz...

Afrodite gargalhou. E enfim o soltou.

- Você é capaz de ter algum sentimento cavaleiro?

O italiano baixou a cabeça e fechou os olhos.

- Se tivesse ido ao inferno tantas vezes quanto eu fui, veria que há coisas muito mais penosas e dolorosas do que sentir paixão Peixes.

Afrodite se voltou para ele.

- Eu nunca disse que paixão era penoso ou doloroso, digo que é penoso e doloroso não ser correspondido.

Máscara caminhou pelo quarto indo buscar um maço de cigarros, acendeu um e se virou para ele encostando-se a uma mesa. Em seguida cruzou os braços tragando a fumaça e olhando para o pisciano com calma.

Afrodite olhava para ele mordendo os lábios.

- Você tá apaixonado pela Saintia?

- Eu? Apaixonado? Afrodite, no máximo eu sinto tesão por alguém, eu não me apaixono...

O pisciano se aproximava dele cada vez mais.

- Então o que eu posso ter de você é somente isso? – Enrolava os cabelos azuis nos dedos, olhando o corpo do outro e mordendo os lábios.

O canceriano riu-se de suas expressões.

- Parece que nunca me viu antes!... Sabe muito bem que devia ter se livrado desses sentimentos nesses tempos de guerra, você é uma presa fácil para Éris… Tão passional, confuso e ciumento... Sabe que o ciúme é  uma das piores sensações de possessividade inútil do ser humano?

- Mesmo? – Afrodite chegou tão perto que pôde sentir o hálito quente do outro em seu pescoço e se arrepiou, colando os peitorais e os lábios. – Eu não me importo que eu seja assim, eu me aceito do jeito que eu sou... letal. – Sorriu rente a boca do canceriano.

- Letal? – O italiano sorriu para o lado desviando os lábios. Em seguida pegou a rosa negra da mão de Afrodite e a atirou na cama, liberando algum veneno. – Quero sentir seu veneno... – Máscara puxou o pisciano para a cama para deitarem-se sobre a rosa. Queria amá-lo inalando algum veneno.

- Não! – Afrodite tentava tirar a rosa da cama, mas o canceriano já estava ficando tonto e excitado. Quando Afrodite conseguiu chutar a rosa para fora da cama o seu canceriano já estava grogue de desejo e veneno e sorria para ele como que drogado ou bêbado.

Aquilo excitou Afrodite demais, que sentiu-se numa posição privilegiada quando tudo que mais queria era possuir o corpo do outro entre suas pernas. Sabia que o italiano nunca havia sido passivo na vida. Deveria aproveitar-se de sua fragilidade com o veneno e fazer o que tanto queria fazer? E se ele lhe matasse depois?

- Eu quero estar dentro de você... – Sussurrou em suas costas no ouvido do outro, segurando-o firme pela cabeça, louco de desejo enquanto puxava a calça do outro pra baixo. – Deixa... – A voz saía rouca e entrecortada pela respiração arfante.

- Deixo... – Afrodite quase não conseguia segurar o orgasmo ao ouvir aquilo. Iria possuir o homem da sua vida? Era sério?

Enquanto preparava o italiano com os dedos, ouvia gemidos de dor, estava morto de dó, mas a excitação era maior do que conseguia segurar. Assim que penetrou o canceriano, o corpo do outro deu um pulo pra frente, mas Afrodite o segurou firme e conseguiu dar três estocadas. Sem que conseguisse mais segurar o próprio orgasmo, se derramou dentro do italiano. Mal podia acreditar que não conseguira mais tempo, mas também mal podia acreditar que aquilo havia acontecido devido ao entorpecimento da rosa. Estava em êxtase, seu amor nos seus braços, completamente entregue, totalmente submisso por alguns longos minutos que pareceram horas.

Afrodite beijou as costas do outro, deslizou a língua até sua nuca, enfiou o rosto por entre os cabelos castanhos enquanto ainda sentia espasmos de prazer ao acariciá-lo com a língua.

- Afrodite... Eu... – Máscara tentava alcançar o próprio membro para se masturbar.

O pisciano não perdeu tempo, desceu o corpo e segurou firme o membro rijo abocanhando-o com habilidade, começando a chupar toda a extensão com os olhos fechados. Os cabelos azulados caiam-lhe sobre o rosto e o italiano segurou seus cabelos para melhor visualizar o que ele fazia. Fechou os olhos ao ver a boca linda do pisciano lhe chupando tão habilmente. Jogou a cabeça na cama afundando-se nos lençóis. Afrodite olhava para ele tendo imenso prazer em causar prazer naquele homem.

O italiano então atingiu o orgasmo na boca do Cavaleiro de Peixes, que engoliu todo o líquido enquanto gemia. Máscara da Morte fechou os olhos e dormiu. O pisciano olhou para ele com dó, não sabia porque sentia dó, mas sentia... Algo nele lhe inspirava esse sentimento. Levantou-se, pegou uma toalha e secou o corpo suado do canceriano enquanto este dormia sob o efeito da rosa. Afrodite então deitou-se ao seu lado e ficou observando sua respiração com a mão em seu peito. Levou a mão esquerda até o queixo do italiano e acariciou os fios da barba por fazer com delicadeza. Adorava cada detalhe do corpo do outro. Por fim acabou por adormecer ali também.

 

Pela manhã, Alícia entrava na casa de Câncer e pegou os dois amantes na cama dormindo. Algo subiu pelo seu peito. Sentiu um enorme ciúme de Máscara da Morte, uma sensação indescritível. Teve muito ódio de Afrodite mais uma vez. Deixou rolar uma lágrima pelo rosto lindíssimo e afastou os cabelos loiros de seu rosto. O canceriano abriu os olhos e a viu. Ela o olhava com pesar e dor. Ele a havia salvado por duas vezes e ela achava que se precisasse, ele a salvaria quantas vezes fossem necessárias, por isso queria perder sua virgindade com ele.

Achava que estava pronta. Então ela lançou pra ele um beijo com a mão e deu as costas.

- Não... – Máscara sussurrou e levantou-se indo atrás dela.

Alícia correu, mas ele a alcançou.

- Pára, pára... – Dizia exasperado em tom murmurante. – O que veio fazer aqui? Não sabe que Afrodite é perigoso? – Ele a segurava pelos dois braços.

- Não me importo, só quero sentir aquilo de novo... – Ela sussurrou perto da boca dele o inebriando com o cheiro de mulher. Ele olhava para seu rosto e deu um passo para trás. Observou-a muito bem e viu que não havia sinais de dríade.

- Aquilo?

Alícia o empurrou até a parede, mesmo nú como estava, e  jogou-se sobre ele. O italiano levou um susto e sentiu o beijo molhado dela em sua boca, sem fechar os olhos. Então pegou-a no colo e subiu as escadarias para um local ermo e silencioso do templo.

Então a imprensou numa parede de pedra e começou a beijá-la. Alícia o agarrava pelos cabelos, como uma fêmea no cio, queria, precisava dele. O italiano levantou o vestido dela e meteu a mão bruta pela calcinha, puxando de uma única vez.

Sussurros, suspiros, gemidos.

A pele bronzeada dele era castigada pelas unhas da saintia onde já haviam outras marcas de unhas de outro cavaleiro. Ele não se importava. Com alguma cautela que as vezes ele aparentava ter, pegou-a no colo e se enfiou em sua vagina molhada lentamente, sabendo que ela poderia sentir dor. Alícia apertou os olhos com a dor, gemeu baixinho, mordeu o ombro dele com toda a força. Isso só fez com que ele sentisse ainda mais desejo. A saintia jogou a cabeça para trás sentindo dor, mas começando a sentir prazer. O canceriano olhava para suas expressões e sentia-se ainda mais excitado e duro. Alícia sentia-se ainda mais fêmea e gemia mais alto. Máscara tapou sua boca.

-Ssshhh.... Por favor não grite...

Ela o olhou e o agarrou pelo pescoço beijando sua boca.

- Quero ser tua... – Ela gemia.

Ele assentiu com a cabeça e se enfiou ainda mais dentro da saintia, com as pernas dela encaixadas em sua cintura. Máscara da Morte estava em êxtase, queria deitá-la em uma cama macia, mas não podia naquele momento sair dali. Fez o que pôde. Desvirginou a linda moça loira de olhos azuis que gemia por ele em êxtase. Não conseguiu atingir o orgasmo com aquela pressão enorme. Ela era virgem, estava sentindo dor mesmo que por vontade própria, estava de pé e Afrodite o esperava dormindo na cama. Eram informações demais para um homem só.

Desceu-a de seu colo sorrindo para ela. Alícia olhou para baixo e viu sangue escorrer de suas pernas. Assustou-se.

- É normal, é normal… - Ele sussurrou. – Era o que você queria.

Ela admirou o corpo dele.

- Eu quero mais que isso, cavaleiro. – Ela espalmou as mãos no peito dele. – Eu não quero ir embora.

- Alícia... – Ele pôs a mão na frente do sexo e se afastou. – Vamos conversar em uma hora em que eu esteja vestido? – Ele sentiu pena por deixá-la daquele jeito sangrando, mas teve que sair, voltando para o quarto.

Afrodite o esperava sentado na cama como se soubesse tudo o que havia acontecido. Estava com os joelhos abraçados e o queixo apoiado neles, olhando pra ele.

- Acordou?  Eu fui… fui buscar algo pra comer.

- Nú?

- Eu... – Máscara tentou buscar palavras para justificar a nudez, pegou um short e vestiu-se. – Fui apenas na cozinha.

- Eu sei... – Respondeu o Cavaleiro de Peixes.

- Se sabe porque está perguntando?

- Eu sei o que houve cafajeste... Alícia esteve aqui.

Máscara se encostou numa mesinha e pegou mais uma vez um cigarro. Olhava Afrodite com os olhos cerrados enquanto queimava o fósforo.

- Eu lhe devo explicações?

- Não mesmo... Mas sabe que eu também não, certo? – Afrodite se levantou da cama começando a se arrumar, sem saber se arriscaria alto demais e se poderia perder o pouco que havia conquistado. A saintia estava rondando seu homem e ele precisava eliminá-la sem que fosse o vilão da história, pra não ter que aturar o gênio perturbado de Máscara da Morte e dos demais cavaleiros no meio de uma Guerra Santa.

O italiano permaneceu parado o olhando e tragando o cigarro com raiva.

- Onde você vai?

- Não cansou de me usar amor? Vou embora.

- Que eu me lembre quem me usou ontem foi você.

- Com seu consentimento e... – Afrodite o olhou de cima a baixo. – Uma delícia de qualquer lado que se experimente.

- Imbecil. Saiba que isso nunca mais vai acontecer e só aconteceu porque eu estava doido de veneno da rosa.

- Uhum... Continue repetindo isso cem vezes e quem sabe você se convence. Eu vou esperar pacientemente que sinta minha falta novamente e… - Ele pausou diante do canceriano. – Sabemos que isso sempre acontece. – Afrodite saiu segurando sua camisa e mexendo nos cabelos azuis.

Do lado de fora desabou em lágrimas. Sabia que não era nada daquele jeito, que nunca fora, que ele sempre corria atrás do Cavaleiro de Câncer, que o italiano jamais sentira falta de ninguém e que talvez jamais sentisse. Lembrou-se de Alícia e sabia que tinha que ir atrás dela.

Afrodite saiu correndo quando viu Alícia no bosque sentada em uma pedra, parecia chorar. Sorriu maliciosamente, mas foi surpreendido pelo avistamento súbito da Fortaleza de Éris e das Dríades que se aproximavam rapidamente. Não teve tempo para fazer mais nada. A escuridão já se abatia sobre o Santuário de Atena e alguns cavaleiros passaram apressados por ele, o ordenando que usasse sua armadura.

Estava na hora.


Notas Finais


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