História A Besta - Capitulo 15

Belo

         Não sei como a vida funciona so sei que elas nos prega peças e essas peças são engraçadas de se ver olhem pra mim eu que sou a pessoa mais tímida do mundo, falei com estranhos que falavam que meu destino estava pronto pra mudar, por mais que elas estivessem certas ele mudou de alguma forma quer saber por quê? Bem tudo começou...

         Depois da minha estranha conversa com a garota de cabelos ruivos algo em mim não estava certo como se o mundo estivesse fora de contesto parecia que realmente algo em mim não estava no lugar, como se faltasse algo pra me completar e um sentimento estranho tomou conta de mim, logo volto para casa e tiro da minha mente que tem algo fora do lugar.

         Dois dias se passam desde que minha mãe viajou, a casa fica silenciosa quase morta sem sua doce presença acho que sua falta e maior do que eu esperava, ando pela casa e vejo os quadros de nos dois juntos e logo mergulho em um mar de lembranças que se alastram por meus pensamentos, dias bons e outros nem tanto, mas os momentos em si foram importantes e estão todos em minha memória tudo o que realmente importa para mim, deixo esses pensamentos quando meu estomago faz um ronco igual o urro do Jureg.

         Logo desço as escadas e sigo para a cozinha aonde eu faço um lanche para acalmar meu poço sem fundo que chamo de barriga, como o lanche em segundos seguido de um suco de laranja, e logo vou para meu quarto aonde pego meu caderno para estudar para a prova de química que estava chegando, ao meu quarto escuto um barulho que eu conhecia muito bem o barulho de encrenca como eu sei disso? Simples escutei a voz das marias sinal de que algo estava pra acontecer e Bernard com certeza estava envolvido.

         Logo trato de descobrir o que é, desço as escadas e sigo para a janela e logo vejo boa parte dos alunos da minha escola reunidos em frente a minha casa, logo um frio me toma o corpo do lado de fora vejo uma banda dessas de orquestra, todos muito bem vestidos como se estivessem indo para algum lugar elegante é o mais elegante deles adivinhem? Se você disse Bernard Acertou se não sinto muito, Bernard Trajava um terno preto que lhe caia muito bem contrastava os músculos de seu corpo bem cuidado, eles pareciam rir de algo, estava curioso pra saber o que iria acontecer, então tratei de me fazer de sonso e me sentar no sofá com meu caderno e esperar para ver aonde isso ia dar.

         Após alguns minutos logo escuto a porta ser batida com a maior cara de inocente seguro meu riso e logo observo o olho mágico, quando olho o olho mágico vejo Bernard fazendo careta solto uma risada baixa e logo trato de abrir a porta quando abro Bernard me olha de cima a baixo com certo desejo e logo eu falo:

- Bernard mais que bela surpresa- Digo vendo-o entrar em minha casa.

- Você gostou. – Diz me olhando no fundo dos olhos logo continuando. – Sabe Belo não há ninguém aqui no Bairro que não queira estar em seu lugar hoje é o dia em que nossos sonhos se realizam. - Diz olhando para mim com um sorriso sarcástico.

- O que você sabe sobre os MEUS sonhos? – Digo dando ênfase em meus pra ver se ele entendia que noção havia nós pra mim.

- Bastante, olhe imagine nos dois morando em uma casinha rústica eu voltando do trabalho, meu esposinho fazendo o jantar, depois ele cuidando de mim. - Diz terminando com um sorriso malicioso e continua. – Os pequeninos brincam com os cães, teremos seis ou sete? – pergunta voltando à atenção para mim.

- Cães? – Pergunto tentando entender.

- Não garotos e garotas robustos Belo como nos. – Diz rindo da ideia e eu me fazendo de sonso.

- Imagine so. - Dou uma risada baixa.

- E sabe quem será o Esposinho? – Pergunta me olhando como uma presa.

- Quem será? – Pergunto com uma cara de espanto.

- Você Belo. – Diz me prensando na parede, mas consigo escapar antes de ele me encurralar.

- Bernard! – Exclamo e continuo. – Estou sem palavras. – Digo olhando o mesmo voltar em minha direção e me encurralar de novo dessa vez na porta.

- Diga que aceita. – Diz se aproximando mostrando o biquinho como se fosse me beijar.

- Lamento Bernard acho que não mereço você! – exclamo e afastando e logo abrindo a maçaneta aonde vejo Bernard cair pra fora de casa e logo tranco a porta de novo.

         Assim que me tranco a porta fecho as cortinas e assim que termino escuto os gritos de Bernard furioso “SE NÃO FOR MEU BELO NÃO SERA DE MAIS NINGUÉM”, era so o que me faltava um louco querendo tomar conta de minha vida, saio de casa pela saída dos fundos para fugir do tumulto que esta a frente da minha casa, sigo pelas ruas e logo estou a caminho de um lugar que conheço bem o campo dos dentes de leão na época do outono ele ficava cheio deles, pego um em minha mão e desejo do fundo do meu coração quero meu final feliz agora, e logo sopro o dente de leão.

         Assim que os primeiros pentelhos do dente de leão somem, eu escuto um barulho de um cavalo desesperado vindo em direção ao campo e logo percebo que era Atlas o cavalo que a mamãe havia pegado para ir a tal convenção, logo um desespero toma conta de mim quando Atlas chega perto seguro suas redias e o acalmo dizendo:

- Eia Atlas calma garoto cadê a mamãe?- Pergunto olhando para o cavalo e vejo em seus olhos um brilho de medo, o cavalo ao me reconhecer faz uma vênia de cabeça e a guia para o lado da floresta aonde é muito perigoso de se ir, assim que olho logo sussurro:

- Ah não mamãe. – Digo segurando o choro, a noite estava começando a cair e logo meu medo começou a aumentar e se ela estivesse ferida? Ou sem água e comida?

         Tratou de tirar esses pensamentos de sua cabeça, e tratou de ir procurar sua mãe colocou uma capa em seu corpo para se proteger do frio e logo montou em Atlas e segui floresta adentro, segue caminho pela floresta escura e sombria na garupa do cavalo que esta assustado com o breu a sua volta belo pode sentir isso.

         Continua o caminho que estava trilhando e logo aconteceu com Belo o que ele mais temia ele se perdeu, Legal alem de sua mãe perdida ele também estava perdido, mais continua com a mente limpa e sempre em frente logo estava no centro da floresta e os galhos começaram a puxar sua capa como se tivessem vida própria ou podia ser so a mente de Belo brincando com ele, mas com calma conseguiu achar a estrada e logo segue ele, assim que chegam a bifurcação da cidade o cavalo se recusa a ir pelo caminho mais claro e insiste para ir pelo escuro, Belo então conseguiu compreender que aquele era o caminho que sua mãe e Atlas haviam seguido.

         Assim que entram na bifurcação algo estranho acontece Belo é atingido por um foco de luz da Lua que estava cheia e assim que sua visão se acostumou à claridade, e assim que consigo enxergar viu algo que o fez ficar de queixo caído um palácio sim um palácio tipo esses dos livros de historia que fariam qualquer um ficar de boca aberta, ele era realmente grande feito de calcário cinza suas telhas eram verde escuro, e haviam muitos vitrais que pareciam contar historias.

         Assim que desço de atlas ele foge de mim sem mais nem menos acho que algo de muito grave aconteceu com ele para que ele sentisse medo, logo não vejo mais Atlas, pois ele é agiu e logo sumiu de meu campo de visão impossibilitando de ver para onde ele teria fugido, a noite começa a ficar mais fria logo decido que é melhor pra mim me abrigar no palácio parece que esta abandonado mais vai servir para eu passar a noite, logo abro a porta e a escuridão toma conta de minha vista assim que me acostumo á escuridão busco alguém é grito:

- Olá. – Grito bem alto mais não ouço resposta.

         Sendo assim entrei no palácio e vi que por dentro ele estava bem cuidado quase como se tivesse sido limpado hoje tudo estava intacto mais parecia mesmo assim que o lugar estava deserto, mas se estava limpo devia haver gente ali, logo mais uma vez eu digo:

- Oláaaaaaa. – Dessa vez grito mais alto.

- Olá. – Diz alguém mais olho ao redor sinto que o sotaque dele era Frances.

- Ola. – Digo novamente e continuo. – Olha eu me perdi será que posso ficar. – Digo ainda procurando o dono da voz.

- Pode ate pode. – Diz com um tom indeciso e continuou. – Mas não recomendo, pois meu senhor já esta estressado e... – O interrompo.

- Mas será que ser senhor não poderia abrir uma exceção juro que será somente por essa noite. – Digo com voz pidona.

- Aproximisse da luz criança. – Disse a voz misteriosa.

         Vou em direção ao ponto de luz que se vem da sala ao chegar nela vejo meu corpo ser iluminado pelos raios lunares me dando um aspecto bem pálido acho que ate mais que a branca de neve, saio desses pensamentos quando escuto a voz exclamar:

- Mon dieu! Mas não pode ser você estava morto. – Disse a voz me fazendo rir.

- Desculpa mais eu acho que estou bem vivo, e preciso de um lugar pra ficar será que posso falar com o seu senhor? – Pergunto quase implorando.

- Siga essa escadaria a sua frente, e passe pelo corredor de tapete vermelho ate o final depois que ver as armaduras de cavaleiros entre a direita e vera uma escadaria meu senhor esta lá. – Disse a voz me deixando mais uma vez.

- Obrigado senhor... – Ele me interrompe dessa vez.

- Pode me chamar de Christopher be our gest. – Disse não compreendendo o final.

- Obrigado pela ajuda. – Digo subindo as escadarias.

         Sigo o caminho descrito por Christopher o que me faz rir porque será que ele teve tanta vergonha de me cumprimentar? Ou falar cara a cara? E porque ele disse que eu estava morto? De novo me pego em um Beco sem Saída de perguntas e o destino esta jogando comigo, saio desses devaneios quando me vejo perdido pelo castelo sem saber onde estou meu deus ele disse pra eu seguir o tapete vermelho mais agora estou no azul cadê a saída, continuou caminhando ate esbarrar com alguém e assim que olho vejo uma menina de no Maximo 17 anos seu semblante e triste, seus cabelos são loiros e grandes ate a altura da cintura, seus olhos são azuis penetrantes como o mar, sua pele tão branca como a neve, a menina trajava um vestido turquesa longo que cobria todo o seu corpo suas alças eram feitas de renda da mesma cor o que a davam um ar nobre de princesa, mas acho que ela era infeliz, pois parecia que ela nunca havia sorrido em sua vida, saio desses pensamentos quando á menina fala:

- Belo. – Diz ela olhando para mim.

- Oi. – Digo com vergonha.

- Tudo esta para mudar. – Diz ela caminhando.

- Como assim. – Digo seguindo-a;

- Todos temos um destino Belo qual é o seu? – Pergunta olhando pra mim.

- Não sei, porque todos falam dessa historia de destino? – Pergunto pra ela.

- Destinos mudam Belo o seu esta para mudar a partir de hoje. – Diz continuando a andar.

- Mas como? – pergunto nu suspiro.

- Vera. – Diz ela e continua. – Olhe por ali é o caminho. – Diz apontando e logo vejo as armaduras que o Christopher havia falado.

- Ah obriga... – Não termino, pois a moça havia sumido sem ao menos se despedir.

         Subo as escadas com certa anciã que seria aquele senhor que Christopher falou como ele seria, será que é um príncipe? Ou um tirano? Não importava teria que tirar minhas conclusões ao falar com ele, subo as escadas e logo começo a ouvir gritos vindos de lá de cima como suplicas, a voz de choro era muito familiar, ate que percebo de quem é minha mãe não pode ser aquele homem estava abusando da minha mãe subo as escadas correndo e a pouca luminosidade dificultava tudo.

         Chegando ate lá em cima vejo que aquela era uma espécie de sala de tortura onde se pegavam espiões e inimigos para serem torturados pelos guardas logo a angustia tomou conta de meu coração, pela falta de luz eu consegui ver um alguém em pé mais era estranho suas pernas eram grossas e seus pés finos como um animal, seu corpo era meio corcunda o dando um ar hediondo, mas logo esses detalhes somem, pois vejo minha mãe dentro de uma cela e logo o desespero toma conta do meu corpo e grito:

- MÂEEEEEE. – logo a criatura volta seu olhar para mim.

- Fe... Felipe. -  E tudo que sai da sua boca antes da luz se apagar.