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História A Bordo do Acaso - Como Narcóticos


Escrita por: Hoch

Notas do Autor


Primeiramente: CINCO PESSOAS QUEREM FAZER A TATUAGEM DO JIMIN DESSA FIC! *chora hard no cantinho*

Escrevi tudo hoje (novidade). Desculpa a demora, galera.

Bom, parece que agora é a hora de ensinar, né? Será? Hm.

Leiam escutando:
Say it (Illenium remix) - Tove lo e companhia.

Capítulo 6 - Como Narcóticos


Fanfic / Fanfiction A Bordo do Acaso - Como Narcóticos

Os dois meninos estavam em pé, no meio do quarto de Jeon, se encarando como se estudassem cada parte do corpo do outro. Jeongguk com seu pijama de dinossauros e Jimin com sua regata amarrotada dado às apertadas que o outro havia dado nesta. Os dois não diziam uma sequer palavra, nem um ruído soava pelo quarto. O silencio era tanto que, se alguém de fora escutasse aquela plenitude, acharia que os meninos já estivessem a dormir. 

O moreno, mesmo que não transparecesse tanto, tinha o coração a mil e um frio na barriga se alastrando por todo seu pequeno corpo. Já se arrependia do pedido que fizera, pois agora estavam os dois ali, a espera de algo íntimo que ele mal sabia como funcionava. 

O ruivo somente mantinha os olhos na doce expressão de nervosismo que adornava o rosto alheio. Seu corpo estava rígido, como se forçasse os músculos para parecer maior ao outro. Parecia querer parecer mais intimidador, mas é algo normal que você tente parecer mais atraente ao seu parceiro em potencial, não? 

Sinto como se lhe contasse uma história sobre sobre acasalamento animal, mas eram apenas garotos com hormônios exalando por todos os poros e enchendo o quarto com suas essências entorpecentes — em outras palavras: muito testosterona. Dois aguardando por um mínimo movimento para que se atacassem em um beijo cheio de carícias ou talvez cheio de estranheza. Um beijo ou muito romântico ou muito esquisito, ou quente, ou nenhuma das opções anteriores. 

— E-eu vou... Ou... — Jimin se perdeu em suas palavras embaraçosas, desviando o olhar para o armário ao seu lado. 

Park podia já ter beijado um terço da escola, podia já ter beijado até mesmo um terço do mundo, do universo que fosse, mas Jeon era tão especial que nem mesmo sabia como começar. Nem mesmo sabia o porque de ele ser tão especial. Não era como se beijasse uma menina ou um garoto tímido qualquer. Era como se estivesse a um passo de beijar um anjo ou uma criança inocente. Pois parecia que corromperia ele por completo assim que começasse a ensiná-lo sobre como se "pega" alguém de verdade.

Contudo, não era como se estivessem em uma balada, sob efeitos de alguma droga leve ou alguma bebida forte que os deixassem mais relaxados ou que lhes levasse o juízo embora. Eram real e literalmente dois adolescentes se encarando no meio de um quarto, numa casa escura e silenciosa, com os pais dormindo no final do corredor. E como eles chegaram ali? Como eles foram parar em pé, se encarando, no meio do quarto?

Assim que Jeongguk pedira para que o sênior lhe ensinasse, ainda na cama, Jimin apoiou as mãos em suas fortes coxas e se inclinou para beijá-lo novamente. Era para ser um simples beijo, mas eles já estavam esfregando suas línguas afoitas umas nas outras, soltando barulhos esquisitos que até eles perceberam parecerem eróticos. E Jeongguk com sua fértil, e não tão pura, imaginação, achou a cena em todo vergonhosa. Mas este não foi o motivo de eles estarem a, no mínimo, dois metros de distância um do outro, se encarando. 

Assim que o beijo foi se tornando algo torto e desajeitado, com dentes batendo e baba molhando os cantos das bocas, o de cabelos laranjas, que ainda estava com as mãos apoiadas mas coxas de Jeongguk, escorregou e sua mão foi direto ao pênis do mais novo. Mas não era um carinho erótico ou prazeroso de maneira alguma, era mais uma agressão, pois o peso de seu tronco foi todo para cima do membro sensível do mais novo e ele só soltou um gemido alto de dor e empurrou Park para trás, o fazendo se levantar rapidamente de sua cama e pedir mil vezes por perdão enquanto o moreno se contorcia de dor com a cara no travesseiro. 

Bom, não foi perfeito como Jeongguk imaginava, e se por um segundo tivesse sido, tinha acabado de ser deletado da mente dos dois e trocada por vergonha e dor. Muita dor.

— A gente pode sentar na sua cama — Jimin sugeriu depois de um tempo. — E ir mais... devagar. 

Ah, o mais novo só queria sumir. Se não tinha coragem de conversar com alguém sobre qual salgadinho queria comprar, quanto mais conversar sobre como seria melhor que se beijassem. “Minha língua por cima ou por baixo?”

Jeongguk assentiu devagar. 

O sênior fechou os olhos por míseros milésimos de segundo e pediu a qualquer um — deus ou entidade — que pudesse escutá-lo, que não o deixasse estragar aquele momento (mais uma vez). Andou devagar até a cama e se sentou na ponta. O moreno ficou de frente para si e por um segundo Jimin pensou "Ele me pediu para ensinar mas parece que nunca beijei alguém". Além de que nem sabia como ensinar alguém a beijar. Mas faria do seu jeito, com calma para não acontecer o que aconteceu anteriormente.

O ruivo estendeu sua mão ao menino e este as segurou. As mãos do mais velho eram ásperas, pareciam fortes e ao mesmo tempo eram pequenas. 

— Você quer sentar na cama?

Jeon negou.

— Quer sentar no meu colo? — viu Jeongguk imediatamente arregalar os olhos. — Sem segundas intenções! — soltou suas mãos e levantou os braços em sinal de rendição.

As rápidas piscadas que o mais novo dava deixavam explicito seu nervosismo. Devagar e com cuidado, apoiou as mãos sobre os ombros expostos de Park e pôde sentir a pele macia que tinha. Tão macia. Então aproximou mais o corpo e deixou seu peso aos poucos cair sobre os joelhos de Jimin, se sentando de lado em cima de suas pernas.

O menino, até então, não tinha sequer olhado nos olhos do sênior, sempre os focando na regata branca que este usava.

— Promete não ficar com vergonha? — o mais velho abaixou o rosto para que entrasse no campo de visão do outro, que o olhou. — Se ficar, me pede para parar que eu paro. Não quero que se sinta assim fazendo isso comigo.

Ele dizia tão calmo que sua voz acariciava os ouvidos de Jeongguk. Parecia alguém experiente em sexo tirando a virgindade de alguém. Estranho? Obviamente. Mas esse era o exato sentimento que teve em relação à própria fala “...me pede para parar que eu paro”. Porque tinha dito aquilo? Soava esquisito, agora em sua mente.

Mas para o menino, mesmo que suas entranhas se revirassem e dessem um nó, era muito bom ouvir aquilo. Era reconfortante ouvir que não estava ali só para beijar alguém por beijar, que estava ali para aprender a trocar um carinho tão bom com alguém que gostava e se importava consigo a ponto de dizer para avisar caso se sentisse envergonhado. E em um rápido piscar, ele estava de farda de novo, como um príncipe. Um príncipe gentil e atencioso, disposto a fazer aquela coisa totalmente constrangedora consigo. E mesmo que fosse constrangedor, que outro dia teria chance de beijar Park Jimin?

— Levanta o rosto, Guk. — sussurrou, sorrindo.

O mais novo o fez, assim percebendo o quão perto estava do rosto de Park. Sua respiração começava a ficar agitada novamente ao que o ruivo cheirava seu rosto, de olhos fechados. Era gostoso, mas não era algo pelo que estivesse esperando. Jeongguk tinha cheiro de banho tomado. Mais perto da boca, cheiro de pasta de dentes. O nariz do mais velho raspava em sua bochecha, que continha pequenas espinhas comuns na adolescência.

As mãos de Jimin, antes sobre a cama, se arrastaram pelas próprias coxas até subirem devagar e inocente pelo corpo de Jeon, assim segurando sua cintura e costas. Park se endireitou para que ficasse com o rosto na altura do rosto do moreno, assim abrindo os olhos e encontrando, em seu olhar, um garoto pálido de lábios entreabertos e olhos fechados em expectativa. Ficou ali por um tempo, guardando aquela doce imagem para si. Aquela imagem doce e de bochechas coradas.

Inclinou o rosto a frente e, apertando o corpo do moleque para que não caísse ou se afastasse, raspou os lábios nos dele ao que, no mesmo instante, o viu fechar mais os olhos em um susto fofo. Sorriu com aquilo e, bem devagar, abriu somente um pouco os lábios, beijando com cuidado o lábio inferior do moreno, quase que em um chupar, fechando os olhos.

Seu coração batia tão rápido que, se Jimin se preocupasse com isso, não iria se surpreender. Aquele tão, mas tão, breve beijo já tinha o deixado totalmente inquieto. Sabia que estava a tremer e sabia que estava com medo. Não medo de fazer o que fazia — já que era exatamente o que queria —, mas por fazer errado. Sim, Jimin estava lhe ensinando, mas queria aprender rápido para sair daquele clima estranho de “entendeu?“.

O de cabelos laranjas então subiu a mão, de sua costela, para seu rosto, a encaixando entre seu maxilar e pescoço. Jeongguk sentia como se tudo fosse um dejavú daquele primeiro beijo que tiveram, do carinho em sua nuca, só que sem o gosto de almoço. Preferia mil vezes Jimin com gosto de café. Não que gostasse de café. Era só que café e Park eram coisas que iam bem juntas, pareciam o deixar mais adulto, mais responsável. E Jeongguk sempre gostou de homens mais velhos.

O moreno abriu os lábios devagar e fez exatamente como o sênior fizera em si. Chupou seu lábio superior e então soltou bem devagar, sentindo a maciez deixar sua boca. Aquilo fez o ruivo sorrir, pois o menino aprendia tão bem e fazia com tanto cuidado que parecia ter medo de lhe machucar com um simples beijo. Então o mais velho raspou a ponta da unha de seu indicador atrás da orelha do outro, como uma carícia. Segurou com a outra mão a de Jeon, que ainda estava sobre o próprio ombro, e a trouxe, sem pressa, para o próprio pescoço. Ali a soltou.

O menino então a subiu para seus cabelos laranjas e pareceu os escovar com as pontas dos dedos, afagando-o e o deixando relaxado — mesmo que quem não estivesse relaxado fosse ele mesmo. Abriu os olhos vagarosamente e fitou os lábios gordinhos de Jimin. Inclinou o rosto e se trouxe mais perto, assim colando os lábios e, sem muita espera, pedindo passagem para adentrar a boca do mais velho com a língua. Mas então este o parou, segurando sua bochecha e o impedindo de continuar, delicadamente.

— Calma — o sênior abriu os olhos e o olhou, também de olhos abertos. — Abre a boca só um pouquinho e eu começo, tudo bem?

O mais novo fechou os lábios em total embaraço, e talvez manha, ainda o olhando e tirando a mão de seu pescoço, a colocando sobre o próprio colo.

— Ya... abre a boca, por favor — esperou um pouco por uma reação que nunca veio. — Eu vou te dar um beijo muito gostoso... — tentou, mas nada.

O pequeno continuava a encará-lo, mas agora tinha as bochechas mais coradas pelo, nada normal para si, “eu vou te dar um beijo muito gostoso” que não escutava todos os dias alguém lhe falar tão naturalmente.

— É só ir bem devagar, raspando sua língua na minha, levantando e abaixando o rosto-

— Para! — o moreno tapou a boca de Jimin com a mão em quase um tapa, fazendo este se assustar tanto por ter lhe calado a boca quanto por Jeon Jeongguk ter praticamente gritado consigo.

Era o menino mudo gritando e um rapaz levando um tapa nos lábios, que então começaram a sentir o leve ardor da pancada nada gentil e inesperada.

— Obrigado — ironizou, Jimin. — Agora eu posso te beijar? — falou em meio a um riso.

O mais novo só continuava a olhá-lo com os olhos arregalados e as mãos sobre a boca. Perplexo consigo mesmo e a cena em todo. Foi muito rápido mas, antes que pudesse reagir ou ao mínimo perceber, suas contas colidiram contra a cama. Jimin tinha segurado seus pulsos, os tirado de frente de sua boca e simplesmente o tacado para o lado, sobre o colchão.

Por um segundo Jeongguk achou que ele fosse levantar e sair de seu quarto; que iria descer as escadas ir embora, desistindo de lhe beijar. Pensou nisso talvez por fazer birra e saber que estava sendo lerdo demais para simplesmente dar um beijo. Pior que o beijo em que quase ficou estéril minutos atrás não podia ser, ele precisava tentar.

Mas foi nessa hora, que ele ia se sentar e tentar algo, que um peso gigante foi posto sobre suas pernas e um Jimin sentado sobre suas coxas cruzou os braços sorridente.

— Você está muito quieto. Não sou muito chegado a falar sozinho. — o ruivo soltou o peso do corpo e caiu para frente, em cima do menino, mas antes que colidissem, apoiou as mãos ao lado de sua cabeça. — Sinta-se especial. 

O mais novo se assustou e fechou os olhos rapidamente, virando o rosto. Com isso, com essa brecha, o sênior se abaixou mais e deixou seu tronco se deitar sobre o tronco magro de Jeongguk, assim deixando um beijo em sua bochecha. E então em seu maxilar. E então no canto de seus lábios.

Cada colidir de lábios contra a própria pele, chegando mais e mais próximo da própria boca, o arrepiava. As mãos bobas do mais velho, que não esperava sentir, sobre o quadril e aos poucos adentrando sua blusa, lhe arrepiavam. A sensação do frenesi era tão boa que não tinha forças — nem vontade — de afastá-lo. Então virou o rosto e abriu os lábios, segurando nas madeixas laranjas do mais velho.

Vitorioso com aquilo, mas orgulhoso demais para demonstrar, Jimin desceu os lábios, das têmporas, à boca do moreno. Adentrou-a devagar com a língua, aconchegando-se ali, entre os lábios quentes e a saliva saborosa de Jeongguk. Aos poucos aprofundando o contato, friccionando as línguas, esfregando os lábios, passando as mãos pela pele macia daquela cintura fina.

O toque do de cabelos laranjas em si era firme, sempre deixando apertares, com as pontas dos dedos, em sua derme. Sempre mordendo seu lábio superior, o beijando mais profundamente e chupando seu lábio inferior para então repetir tudo de novo. O interessante é que todo aquele papo de “ensinar” parecia ter sido esquecido e ao mesmo tempo desnecessário. Pois não havia beijo mais experiente e sincero que aquele. Mesmo sem experiência por parte do mais novo — mas isso ele recompensava com sinceridade.

A mão do ruivo foi levantando e logo a camisa de Jeongguk já estava sobre seus mamilos, deixando sua barriga de fora. Jimin raspava a ponta das unhas por sua pele branquinha, a deixando com rastros vermelhos de tão clara e sensível que era. Podia sentir cada bolinha ao que trilhava sua derme, estas mostrando a si como estavam eriçados seus finos pelos corporais, indicando o quão arrepiado o garoto ficava sob seus toques. E novamente se enchia de orgulho. 

O beijo se tornava deliciosamente sufocante para Jeon que, mesmo realmente sem ar para continuar, delirava sob o corpo pesado e o ósculo ardente. Se lhe pedissem para descrever aquele rapaz, com cabelos de fogo, em uma palavra, diria que Jimin era entorpecente. Seu beijo era como experimentar narcóticos: não aprovados por pais e responsáveis, porém viciantes.

Jeongguk ofegou assim que os lábios se descolaram em um alto estalo, ecoado pelo quarto. O fio de saliva continuava ali e os dois estavam de olhos abertos se observando buscar ar, como se acabassem de alcançar a linha de chegada de uma maratona. O som das curtas e ofegantes respiradas os embolava em adrenalina e ruborizava suas bochechas. E aquele fio de saliva ainda ali.

A mão esquerda de Jimin já segurava o magro quadril novamente, fazendo um leve carinho. Já a de Jeongguk afagava o bíceps forte do braço do ruivo. Os dois ainda em transe, sem nem perceber que ainda ofegavam, que ainda estavam ligados pelo fio de saliva. Seus rostos próximos, seus lábios vermelhos e babados, seus peitos se mexendo rapidamente, seus corpos colados. Não era algo com terceiras intenções — já que segundas intenções eram sim —, era romântico. 


— Jeongguk? — a voz do sr. Jeon soou abafada através porta de madeira e os meninos imediatamente acordaram para a vida.


Notas Finais


AE!

OK, não betei direito Pq já tá ficando tarde e eu queira postar... Hehe
Deixem comentários e me deixem feliz (ou não né)

Até o Perfeito:
Transtorno Obsessivo Compulsivo
https://spiritfanfics.com/historia/ate-o-perfeito-8560715

Satiromaníaco:
Transtorno Sexual Compulsivo
https://spiritfanfics.com/historia/satiromaniaco-7593106

Vlw, flw!

Hochii~


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