História A Brisa Gélida do Inverno - Clichê

Mesmo com os argumentos convincentes da Rosemary e outros protestantes, o jogo iria acontecer.

-Não é justo, vocês têm o que? dez anos? - Rosemary ainda estava inconformada.

-Deixa de implicar, tem algo a esconder? - Perguntou Nova provocativa.

-C-claro que n-não.

-Então podemos começar, Gale busca uma garrafa, por favor?

O menino fez como a loira o pediu e logo após, todos estavam reunidos no mesmo círculo.

-Eu preferia bem mais fazer umas macumba aqui- Rosemary disse brincando.

-E a concordância? Ryn perguntou seriamente.

-Se as palavras concordarem no tempo verbal, o que eu falo não terá graça.

-Mas, nunca tem- disse Ryn seco.

-Às vezes o meu irmão é muito ríspido- cochichou Sylvia.

-É só o jeito dele Syl, ele só está brincando- Nashi disse a reconfortando.

-Parou a bagunça criançada! (N/A: Nova se sentia madura perto deles, mas, na verdade sabemos que ela não demonstra muita maturidade).

Nova girou a garrafa... -Gale X Reike-

- Verdade ou desafio?

-Verdade- Reike parecia animado com a brincadeira.

-É verdade que você nunca beijou ninguém?

-Sim, ainda não encontrei ninguém que fosse digna.

-Nossa, você se acha o gostosão mesmo, ein? Rosemary disse.

-Puxei a minha irmã- disse Reike sorrindo docemente para ela.

Apesar, da personalidade difícil da Rosemary, os dois se davam muito bem. Eram muito mais que irmãos, dividiam entre si laços de amizade, e ouso ainda dizer que os mesmos compartilhavam segredos que nem os amigos sabiam.

Nova rodada -Rosemary X Sylvia-

-Hora de destilar o veneno- sussurrou Ryn abafando o riso.

-Eu ouvi essa- Rosemary fingiu mágoa.

-Bom, antes de mais nada eu protestei contra isso e me arrependi de não ter dado a louca e ido embora. (N/A: e eu me arrependi de escrever...ideia tão “original”). Continuando...você já sabe...verdade ou desafio? Blá blá blá.

-Desafio!

Todos se voltaram para Sylvia nesse momento, ninguém entendi o porquê de ela ter optado por essa escolha.

-Temos uma mocinha corajosa aqui, então eu te desafio a se declarar para alguém, pode ser de mentirinha mesmo.

-Até que ela está boazinha hoje- debochou Ryn.

-Isso continua rindo, estou anotando tudo no livrinho dos vacilos.

-Me perdoa- ainda em tom de brincadeira.

-Quem perdoa é Jesus, eu anoto todos os vacilos para jogar todos na cara depois.

Nesse momento Sylvia pediu licença, e se levantou ficando no centro do círculo.

-Eu sempre chorei e desisti de cara sempre fazendo errado até você me mostrar o caminho certo a trilhar. Eu sempre lhe segui, sempre desejando alcança-lo algum dia. Sempre sonhando que andaríamos lado a lado. Sempre tentando chegar até você. O seu sorriso me salvou de quem eu era. Não tenho medo de protege-lo mesmo que eu morra fazendo isso. Porque... Eu te amo, Nash-kun.- a azulada terminou o discurso um tanto conhecido olhando fixamente para um certo loiro, enquanto envergonhada voltava para o lugar.

-Nossa essa minha irmã é uma máquina de referências nerds, eu ein- Storm comentou.

-Você estava aqui? Jurei que tinha sumido- disse Luna provocativa.

-Olha só quem fala, você parece que estava viajando na maionese, estava até suspirando...pensando em mim né?

-BAKA! Por um momento pode-se ouvir o estalar da mão da Luna nas costas do Storm.

-Desculpa...

Enquanto isso, Sylvia voltou a se sentar ao lado do Nashi que parecia um pouco envergonhado, mas, logo a azulada quebrou o clima estranho.

-Não, vai dizer nada? Eu não citei grandes romances clássicos e emocionantes, eu citei uma frase de um anime- disse rindo.

-Percebi, não pude deixar de notar aliás, aquela luta foi muito emocionante me lembro de ter comido uma caixa inteira de chocolate e usado, vários lenços.

-Bobo- disse Sylvia o batendo levemente.

-Eu gostaria muito de saber em que o senhor Nash gastou os seus lenços, certeza que não foi as lágrimas que ele enxugou- Gale disse brincalhão.

-Nossa que horror Gale, para de implicar com o garoto- Nova parecia ter entendido a brincadeira infame.

-Isso aqui está um tédio- Gale disse aleatoriamente.

-Vamos brincar mais um pouco não tenho nenhum bom segredo ainda- disse Nova.

Nova rodada -Ryn X Storm-

-Pega leve com o seu onii-chan- disse Storm.

-Relaxa, “Onii-chan”.

-Verdade ou desafio?

-Verdade- respondeu inquieto.

-É verdade que você já beijou a Luna?

-QUEEE? A rosada parecia inconsolável.

-Bem...

Luna o olhou como se pudesse ver toda sua vida através dos olhos, o moreno queria fugir do desafio, mas, não podia mentir.

-É mentira.

-Você conhece as regras, irmão, agora terá que cumprir um desafio.

-Que regras são essas?

-Bem se não responder “verdade” tem que cumprir o desafio.

-Tá...manda.

-Te desafio a beijar a Luna.

-Agora todos ficaram perplexos olhando para o Ryn.

-Parece que encontramos alguém mais venenoso que a Rosemary- disse Nova.

Luna pareceu profundamente irritada com a situação, e Storm não querendo forçar a barra resolveu falar com os amigos.

-Gente, eu sei que isso é contra as regras mas, não poderei realizar o desafio, eu sinto muito...não vou mais participar.

Nesse momento Luna saiu correndo, abrindo e passando pelo portão do quintal que dava para a rua.

-Mais é um idiota mesmo- disse Sylvia.

-Até você Syl, eu devo ser muito burro mesmo- disse o moreno coçando a cabeça.

-Deu por hoje... vamos todos para casa- Nova se sentiu no direito e tomar as rédeas da situação, no entanto, ela estava certa.

-Storm, eu vou acompanhar sua irmã até em casa. Você poderia ir atrás da Luna? Eu não quero que ela fique sozinha em um momento como este.

-Tudo bem, e olha lá o que vai fazer com minha irmã.

-Digo o mesmo- disse rindo.

De alguma maneira desde que Nash virou amigo de Sylvia sua autoconfiança tinha aumentado. Gale se despediu de todos, aborrecido pois, ainda era cedo e pretendia que seus amigos ficassem até a noite.

O dia estava escuro e sombrio, Storm correu descendo uma rua repleta de cerejeiras, todas secas sem uma flor sequer. No final, da rua pode avistar de longe uma cor rosada, se dirigiu até ela sem dúvidas.

-Luna, me desculpe.

-Já percebeu que você sempre faz besteira e sempre está me pedindo desculpas? E eu boba sempre as aceito e finjo que nada aconteceu.

-Dessa vez, eu não consigo realmente entender, o porquê de ter ficado chateada- disse se sentando ao lado dela.

-Eu não sou boa o suficiente para você, não é? Eu imaginei que minha beleza nunca chegaria aos pés da Inanna.

-Do que você está falando, eu te protegi...

-De que?

-Da desventura de me beijar.

-Andou falando com meu irmão não foi? - Disse abafando o riso.

-Eu gosto dessa palavra...

Um silêncio constrangedor se ergueu entre os dois.

-Vamos para casa Luna, está começando a nevar- disse estendendo a mão para pegar os flocos que caiam.

-Tudo bem...

~ Enquanto isso com Sylvia e Nash~

-Você sabe que não precisava me acompanhar até em casa, não é? – Disse Sylvia chegando em casa.

-Eu queria te dar um presente, já que você é uma pessoa especial para mim- a forma calma como ele disse surpreendeu a garota.

-Não acredito... o livro...

-Bem, eu sei que é meio velho, mas, eu escrevi minha opinião também.

-Está brincando, eu amaria qualquer coisa vinda de você, muito obrigada mesmo- disse o abraçando.

-Tchau Syl

-Tchau.

Nash tomou o caminho de volta para casa, algo nele parecia diferente...

~Luna e Storm~

-Olha, seu irmão já está chegando...

-Ah sim- disse Luna meio cabisbaixa.

-Nós se vemos por aí- disse Storm indo embora.

-Ah, a propósito...você é muito mais bonita que a Inanna.

Luna apenas entrou em casa confusa, tentando mais uma vez evitar a mãe. O inverno ainda era muito recente, e a menina simplesmente não conseguia entender o que estava sentindo...