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História Witch - Sangerine -Rosto falso e mais irmãos


Escrita por: JonhsonPereira

Notas do Autor


Espero que goste.

Capítulo 16 - Sangerine -Rosto falso e mais irmãos



Os livros pareciam flutuar num furacão assim como a chama das tochas que rodopiou toda sala sem queimar nada. Eu andava para trás numa falha tentativa de escapar da dor. Quem sou eu? Saber que eu vivi toda uma vida por trás da aparência de outra pessoa me tornava um monstro. Meu irmão estava em perigo, eu não era exatamente eu e estava enganando todos a minha volta. Eu sou um monstro!



-SANGERINE!


Escuto a voz de All implorando pela minha atenção. O furacão de fogo e livros cessou assim que eu tomei o controle do meu poder. A tontura e a sensação de desmaio não se tornaram meus maiores problemas pois eu comecei a chorar e vomitar sangue. O que estava acontecendo comigo? 


-San? -Chama All me olhando catatônico -Você está comendo?


-Sim.
Digo vomitando um pouco do sangue e respirando fundo.


-San, se você não comer a magia vai se alimentar de você te tornando uma fera cheia de tentáculos feitos de mana. Sabe disso não é?


Fiquei parada em silêncio por um longo tempo. 
-Me conte mais sobre os primordiais.

Digo ignorando a dor e fingindo estar bem.


-Como quiser. -Diz ele como se fosse obrigado a responder tudo o que pergunto. -Os primordiais eram perigosos por não precisar aprender necessariamente magia, pela fome absurdamente grande e pelo poder sem limites. Eles podiam acessar a mente dos seus ancestrais sem depender deles. Era como uma ligação somente mental. Os poderes deles não necessitava canalizar algo, tornado-os independentes. Não havia limites para a magia deles. A linhagem dos primordiais é a mais perigosas das bruxas.

Engulo em seco. Isso significa que Rarguste também é um primordial! Será que ele...sucumbiu a fome? E se ele sucumbir...Londres estará em perigo? Meus pensamentos foram cortados quando novamente vomitei sangue. 

-Preciso voltar para o meu quarto.


-San, você precisa comer!


-Eu disse que preciso voltar para o meu quarto. 


Digo definitivamente irritada. Subir as escadas sem cair foi um desafio pequeno comparado a sorrir e andar destemida pela multidão dançante. Nenhum deles notaram o quão péssima mentalmente eu estava. Subir a escada caracol segurando a vontade de chorar e vomitar me deixava lenta. Cheguei até a porta do meu quarto coberta por geada sem forças para abri-la.


-Para descongelar basta dizer: Aestus.
Diz All a minhas costas. 


-Aestus.
Saiu quase como um sussurro de alguém que está prestes a morrer, mas funcionou. 
Entrar com All logo atrás me deixava perturbada. Estava cansada de mentir dizendo que estava bem! Precisava somente uma vez ficar sozinha. A mesma velocidade que tiro a pulseira All some como se nunca estivesse existido. Tiro meu vestido azul as pressas quase rasgando-o e corro para o banheiro. As lagrimas e os gritos começaram novamente. Eu estava só e tudo a minha volta não preenchia o vazio que em mim existia. Eu era uma egoísta assassina que se escondia pelo rosto de um outro alguém!
Estava cansada de chorar e de mentir.
-Me ajuda por favor.
Eu tenho a certeza que Deus nunca escutou as minhas orações. Era como se tudo o que diziam dele não fossem feitos para nascidos como eu. Saber que eu iria queimar de qualquer jeito e que matei uma menina por motivos egoístas me fez chorar tanto que solucei. Meu rosto não era meu e tudo o que eu mais queria saber era: "Quem sou eu?"

Entro na banheira, enfeitiçada a sempre ter a água limpa, e mergulho olhando para cima. Eu sentia a vontade incessante de me arranhar e gritar mas, tudo o que eu fiz, foi fechar os olhos e tentar acessar a mente dos meus antepassados. Foi difícil no começo, mas logo as primeiras imagens de memórias e os diversos sussurros bagunçados de feitiços começaram.

Gritar debaixo d'água era meu refugiu das dores tortuosas pelo meu corpo. Foi então que eu vi através dos sonhos e ouvidos de alguém. Era...a minha mãe.

A imagem que eu via era de 4 pequenas camas alinhados com meninos que pareciam ter a mesma idade porém com os cabelos diferentes. Todos pareciam ter 6 anos. Um dos meninos possuía os cabelos brancos e prateados, diferente do outro que tinha os cabelos tão pretos quanto a própria escuridão. A pequena menina chorona de cabelos castanhos cobres era diferente da outra de cabelos vermelhos-sangue. Todos pareciam tão lindos que senti vontade de toca-los. Era diferente de alguma forma. Era como se eu tivesse esquecido tudo que sentia mesmo sabendo da existência! Eu não sentia o habitual e sim o novo e desconhecido amor incondicional. 

-Já está pronta para fazer o feitiço neles? 
Pergunta um homem de cabelos pretos, barbudo e coberto por pelo.

-Você pegou as crianças?.
A voz pareceu sair da minha boca mesmo não sendo minha.

-Amara, é claro que eu peguei.
Diz ele desenhando um circulo no chão com uma pedra.

-Eu tô com medo Robert.

-Você é uma Ruvalled! Não precisa ter medo, vai se sair bem. Afinal, os  Ruvalled não possuem limites para a sua magia.

-Não é medo disso! Eles não vão conseguir passar tanto tempo com os rostos dos outros! E se eles me odiarem por tornar aquilo que eles levam como verdade em mentira?

-Provavelmente já vamos estar mortos. 
Disse ele rindo e pondo as crianças deitadas no circulo.

-Você é o pai delas, deveria ser mais carinhoso.
Ele sorriu e me abraçou com toda a força que tinha.

-É por isso que eu quero ajuda-los. Meu poder está relacionado ao clima por isso a mudança no cabelo deles e se descobrirem isso matarão eles. Sou um Dellavur mais eles são meus filhos! Não vou deixar com que eles morram. E caso eles sejam descobertos é só dizerem: Retro-ut-faciem

-Eu não quero deixar meus filhos e nem ao menos separar eles!

-Eles ficam mais fortes quando estão juntos, a magia iria se exalar por toda a Londres e, como eu disse, não quero meus filhos mortos.

-Lia, você primeiro.

A menina dos cabelos ruivos fechou os olhos como quem se força a dormir.


Foi então que eu retornei assustada. A água da banheira havia evaporado. EU TENHO MAIS DO QUE UM IRMÃO! Fiquei me enchendo de perguntas esquecendo do porquê que eu tentei entrar na mente dos meus passados.

Respiro fundo e levanto correndo para fora do banheiro. Eu estava nua em frente ao espelho quando disse dezenas de vezes:


-Retro-ut-faciem.

Foi como ter a pele descascada por uma faca. Segurei a dor mordendo os lábios e lacrimejando esperando ansiosa para o que estava por vim.
Eu era incrivelmente bela.

Os meus cabelos eram ruivos e tão longos que tocavam no meu calcanhar! Minha pele era branca como a neve e meus olhos azuis como um rio a luz do sol. Meus seios eram  médios e minha cintura levemente fina. Fiquei me olhando por um longo tempo. Lembrei do que Alayal disse no dia em que acordei na casa dos mortos: Quanto mais belas mais poderosas.





  


Notas Finais


Coisas surpreendentes estão por vir.


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