História A Busca - O Sequestro

Acordo com Judy cutucando meu rosto e me apressando para levantar. Observo seus olhos verdes brilharem por conta da luz entrando pelos espaços das madeiras que coloquei na janela para que ninguém pudesse nos ver. Ao perceber que estou acordada, Judy sorri e me deseja bom dia. Me levanto da cama observando a poeira no lençol velho e rasgado e caminho até a cozinha, Judy vem logo atrás:

- O que temos para comer, Kiara?

Olho dentro da única panela em cima do fogão:

- Cogumelos (De novo...)

Judy senta-se a mesa com expressão faminta, sem coragem de dizer a ela que a quantidade na panela não é o suficiente para nós duas, coloco tudo numa tigela de madeira para ela e digo não estar com fome:

- Por que você sempre diz isso?
- O que?
- Que não está com fome.
- É porque eu não estou com fome e...

Ouço passos do lado de fora da casa e me calo, Judy percebe uma sombra e aponta para o vão em baixo da porta. Pego meu revólver em cima da mesa e me posiciono atrás da porta. Judy vai para o quarto e então alguém bate na porta. Permaneço em silêncio por alguns segundos:

- Olá? Tem alguém aí? Eu meio que... me perdi.

(Quem vem se perder bem no meio da floresta? O que estava fazendo aqui?) Escondo a arma no cós da calça e abro a porta devagar. Assim que começo a abrir, o homem do outro lado me derruba com um chute na porta e invade minha casa, outros três entram logo atrás revirando minhas coisas:

- Vocês não tem o direito de encostar nas minhas coisas! (Será o governo?)

Me levanto do chão rapidamente, mas uma mulher me agarra por trás algemando minhas mãos:

- Talvez ela seja oque procuramos.
- Encontrei algo melhor, líder

Ouço os gritos de Judy e alguém a arrasta para fora do quarto (Eles levarão Judy?!) A mulher sorri e puxa a arma de minha cintura:

- Kiara! Me ajude! Kiara!

Carregam ela para fora da casa enquanto luto para tentar me soltar:

- TRAGAM JUDY DE VOLTA!

Fico sozinha com a mulher e ela aperta meu queixo abrindo um corte em minha bochecha com suas unhas grandes e afiadas:

- Sinto muito, você não pode ajuda-la

Ela começa a rir e eu perco minhas forças, quando ela me solta posso sentir meu sangue escorrer da bochecha para a boca, tem um gosto horrível que me faz lembrar de mamãe e papai sendo mortos na minha frente. Uma lágrima escorre de meus olhos e então eu desmaio,