História A busca - Rerw?

Halloween 2016, Amazonas.

Todos adoram o Halloween. É o dia do ano em que todos usam máscaras, não só uma única pessoa. As pessoas acham divertido fingir ser um monstro, enquanto algumas pessoas passam a vida inteira  fingindo não ser um.  

O halloween era a época preferida da pessoa misteriosa, isso significa que ela poderia torturar todos aqueles filhos da puta, que sempre odiou em toda a sua vida, em apenas uma única noite. Porém naquela noite de halloween não era um tanto que necessário se fantasiar para torturar aqueles malditos jovens no meio da rua, sendo que eles estavam sobre as suas mãos. Um leve sorriso abriu em seu rosto enquanto bebia o seu café e observava os três jovens sequestrados dormindo.

***

09 de setembro de 2015.

Amanda estava sentada no banco do pátio da escola junto de suas amigas Carol. Naquela quarta-feira ela vestia uma laforet vermelha e um curto short jeans. Elas estavam conversando sobre o quanto Jason era bonito, pena que ele era o irmão de Natália, a menina mais idiota da escola. Todo mundo odiava ela, por simplesmente se achar e por deixar as outras pessoas para baixo. Nesse momento Luana, a mais esquisita da escola, chegou perto das meninas e começou a falar:

- Nossa esse Jason é mó gatinho mesmo, pena que ele, meu senpai, nunca vai me notar. 

- Claro que ninguém vai te notar Luana, você é muito feia. Vamos meninas, melhor ficar longe desse tipo de gentinha.

***

Amanda acorda assustada, a menina se vê em seu quarto, mas como ela havia parado lá? Ela levantou de sua cama e se olhou no espelho de seu guarda-roupa,  ela vestia a mesma roupa que estava vestindo na noite anterior. A noite que ela não queria se lembrar. A menina olhou para o seu lado e viu que a janela estava fechada e que estava um calor de matar. Logo, ela foi até a janela e a abriu, vendo em seguida que tinha um muro tampando a vista de fora de seu quarto.

- Que merda é essa? - Fala Amanda se afastando do local que estava e correndo em direção a porta, que estava trancada. - Puta que me pariu, isso não pode estar acontecendo. Só pode ser um pesadelo. Sim, é um pesadelo. - Amanda se belisca, mas ocorre nada, apenas a dor que sente no local que levou o beliscão. 

A menina olha para cima no canto direito de seu quarto e vê uma câmera filmando tudo de seu quarto. Ela subiu em cima de sua cama e começou a falar com aquela maldita câmera, que com certeza era a pessoa misteriosa que estava filmando o local. 

- Mas que merda é que está acontecendo aqui? Olha só seu filho de uma puta, seja lá quem você for, você vai se arrepender muito por ter me trancado no meu próprio qu... - Amanda é interrompida com o barulho de uma porta se abrindo. Logo, deu para se ouvir uma voz de robô falando: "Siga as luzes, siga as luzes." Amanda por curiosidade se direcionou até a porta de seu quarto e começou a explorar o corredor mesmo por dentro. O corredor era um local escuro, não tinha janelas e nem lâmpadas, apenas era iluminado com luzes azuis piscando simultaneamente pelo chão para o lado direito, logo a frente de seu quarto havia duas portas, que pela lógica deveria ser o quarto de Rafael e de Paula, os únicos sobreviventes daquela noite. 

- Que merda de lugar é esse? - Pergunta Paula junto de Rafael ao se aproximar de Amanda.

- E-eu não sei... Na verdade nem sei o que está acontecendo. Não estou entendendo nada, ABSOLUTAMENTE NADA! - Amanda estava muito nervosa, não importava o que havia acontecido naquela maldita noite, ela apenas não queria ficar presa junto da pessoa misteriosa. Amanda tinha medo de ser sequestrada e sido acabada morta igual Carol. Aquela noite foi muito difícil para todo mundo, perder uma grande amiga por causa de uma maldita pessoa misteriosa que não te identidade e que não se revela logo. Ela se perguntava se a pessoa misteriosa era a Carol, mas como podia ser ela sendo que estava morta? Também não podia ser a Larissa ou a Natália, porque Larissa havia acabado de levar um tiro junto deles e Natália usava cadeira de rodas, impossibilitando que ela se locomovesse igual a pessoa misteriosa, mas pensando bem... Será que Natália estava mentindo sobre não conseguir andar? 

Amanda se vê no passado, presa naquele maldito trem em que acharam o corpo de Carol dentro de um caixote. Amanda estava andando pelo corredor junto de Larry, seu amigo que infelizmente teve a sua cabeça decapitada na noite anterior por causa de um empurrão de Larissa.  A menina estava chorando por causa da perda de seu namorado, ela toda hora olhava a foto do seu ex e a cada passo que dava uma lágrima escorria de seu rosto. Larry olhava pelos lados até que pediu para a Amanda parar.

- Por que você pediu para mim parar? - Pergunta a menina ao limpar as lágrimas de seu rosto. - E por quê diabos você está olhando para uma caixa de sapatos?

- Dentro dessa caixa de sapato pode ter alguma dica ou sei lá de quem seja a pessoa misteriosa ou também pode levar para a Larissa. - Larry pegou a caixa de sapatos e abriu, lá dentro estava um monte de revistas e algumas estavam recortadas. - Me da a sua bolsa e mais tarde vamos olhar para onde essas revistas vai nos levar...

Sua visão mudou-se completamente para quando estavam na casa de Larissa na noite anterior, a menina estava segurando a mesma revista que haviam encontrado no trem... Ela lembrava também que Larissa estava com a sua unha pintada de vermelho, a mesma cor que do pedaço de unha que Paula encontrou na sua gola naquela noite no trem. A sua lembrança é interrompida com a voz de Rafael.

- Amanda, você está bem?

- Se eu estou bem? Você me pergunta se eu estou bem? Pelo que eu saiba e você também deve saber, eu não estou bem. Estamos aqui presos por causa daquela merda da pessoa misteriosa que por motivo nenhum se revela, se bem que eu já me desconfio de quem ela seja... - Grita Amanda.

-  Então vamos lá senhora Amanda... Quem você acha que deve ser aquela vadia? - Pergunta Paula. A voz de robô estava ficando cada vez mais alta pelo motivo que os jovens não obedeciam o comando. 

- Larissa. Eu sei que é a Larissa a Pessoa Misteriosa. - Fala Amanda em um tom confiante. 

- A Larissa? Cara, você está toda viajada, não é a Larissa a pessoa misteriosa, até porque ela foi atacada na noite passada por ela. - Fala Rafael, não podia ser a sua nova namorada a pessoa misteriosa, não podia ser real. 

- E se ela tivesse um ajudante, ou melhor, e se ela era apenas uma cúmplice da pessoa misteriosa de verdade? Cara a Larissa era uma das mais suspeitas de ser a pessoa misteriosa por vários motivos. Primeiro: lembra que ela é a pessoa favorita da pessoa misteriosa? Segundo: sabe aquela revista que ela nos mostrou ontem? Então... Aquela era a revista que encontramos no trem, o dia em que encontramos o corpo de Carol. 

- Ta... Caso ela for a ajudante da pessoa misteriosa, como a  pessoa misteriosa poderia ter atirado em Larissa? - Pergunta Rafael que ainda não estava muito convencido com a história de sua namorada ser a pessoa misteriosa que vivia torturando eles.

- Pelo simples fato de que a pessoa misteriosa não confiasse mais em Larissa... Me lembro da noite passada, enquanto eu estava contando aquela história das meninas gêmeas, vi a Larissa mandando mensagem para alguém pelo WhatsApp. Quando ela foi fazer xixi, peguei o celular dela escondido e comecei a ler a mensagem para quem ela estava enviando e o nome do contato era PM e o que PM significa? Pessoa Misteriosa. Na mensagem dizia: "Eu não posso mais continuar com esse segredo, eu devo contar que eu era a pessoa misteriosa e que você estava mandando fazer tudo que pedia. Mas por favor, não faça mal algum para mim e nem para os meus amigos... Se não eu revelo quem você é, ou melhor, eu faço de tudo para poder descobrir quem é você, já que não se revelou nem para mim." 

"Siga as luzes". A voz do robô estava ficando cada vez mais ensurdecedora. "Caso vocês não forem para o quarto, todos irão para a sala de castigo, ou seja 4 semana sem comida, sem água e muito menos oxigênio." Os jovens foram correndo em direção ao quarto em que as luzes apontavam.

-- O que deve ter aqui dentro? - Pergunta Paula um pouco curioso e com medo do que estava por vir...

- Eu não sei... Só entrando para saber. - Fala Rafael. Que em seguida abre a porta e revela um quarto de bonecas, tudo era de porcelana e cor de rosa. Parecia a casa da Barbie. Todos os três foram se adentrando para dentro do quarto de bonecas, logo ao lado direito, em cima de um armário havia 5 blocos com as letras: F W O K J. Logo a frente havia uma menina loira tocando piano e ela estava usando um capuz cinza, luvas pretas e calças jeans. A menina estava usando uma máscara de boneca. Logo ao lado, em cima de uma mesa havia uma carta que Amanda consequentemente a pegou e começou a ler:

- Bem vindos a sala de jogos, agora olhem para frente e descubram um terrível segredo meu. Pessoa misteriosa.

Amanda se aproximou da pessoa que estava tocando piano, seria ela a pessoa misteriosa?

- Pessoa misteriosa? É você? - Pergunta Amanda se aproximando cada vez mais da pessoa, junto de seus dois amigos. Todos se reuniram em volta do encapuzado. Estava um pouco frio e era a hora da máscara cair: Inevitável... Não tinha como se esconder muito menos para onde correr. Chegou o momento no qual iria descobrir quem era que estava brincando de "bonecas" esse tempo todo, manipulando os brinquedos. A menina de amarelo aproximou-se dele, tirou o seu capuz da cara, revelando consequentemente a face dele. 

- Você? - Pergunta Amanda em um tom de espanto. 

- Você? - Repete Paula, que estava mais surpresa que qualquer um que estava no local. 

- Não pode ser você! - Exclama Rafael. 

A face da pessoa se revela, não poderia ser aquela pessoa. Não poderia ser ela que estava mandando mensagens de textos ameaçadoras para eles. 

- Sentiram a minha falta, amiguinhos? - Carol estava com uma voz tenebrosa e azeda. Ela estava viva.