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História A Cabana - Relembrando


Escrita por: LaheyStilinski

Notas do Autor


Oi *-*
Essa é minha primeira fanfic/livro!
Espero que gostem.

Capítulo 1 - Relembrando


Fanfic / Fanfiction A Cabana - Relembrando

18 horas. 18 horas dentro de um avião. 18 horas do lado de um homem muito esquisito. 18 horas de puro medo, de esse avião cair. 18 horas desejando pular e sair voando como um unicórnio (sim pra mim unicórnios voam e CALA A BOCA). 18 horas pensando em como seria a minha tal “avó”. Ainda não acredito que estou indo morar com a minha “avó” que nunca ouvi falar, e não faço a menor ideia de como ou porque a mesma só veio falar comigo agora, mas pelo menos não irei continuar em um orfanato. Confesso que achei muito estranho meus pais nunca terem me falado dela. Oh meus pais, minha irmãzinha, minha querida família... Por que vocês tiveram que me deixar aqui neste mundo sozinha? Eu deveria ter partido no lugar de vocês. Não sabem a saudade que estou sentindo... – pensei, deixando cair algumas lágrimas, mas logo as limpei. Prometi pra mim mesma que não iria mais chorar, MALIA VOCÊ TEM QUE SER FORTE!

*FLASHBACK ON*

- NÃO, NÃO, NÃO - Digo me recusando a aceitar -ELES NÃO MORRERAM! – Gritei, chorando desesperada.

As enfermeiras e os médicos tentavam me ajudar e me acalmar, mas nesse momento eu sentia uma dor insuportável e ninguém a não ser minha família poderia me ajudar.

- Calma, minha querida, você ficará bem. Eu posso te... – a enfermeira tentava me consolar.

- VOCÊS ESTÃO MENTINDO ELES NÃO ESTÃO MORTOS, EU QUERO VER ELES, EU QUERO, EU PRECISO DELES! – Dizia mais para mim mesma.

Estava jogada no chão, como uma criança de 5 anos, quando faz birra por algo. Diante daquele hospital imenso, várias pessoas que passavam por mim, me olhavam com pena e algumas passavam reto, hipnotizadas por seus celulares. O que vai ser da minha vida agora? O que eu vou fazer sem meus pais? NÃO! Para Malia! Seus pais estão vivos!

- Essa tristeza vai passar, minha querida. Vem vamos beber um pouco de água para você se acalmar. – A enfermeira fofa, me puxava pelo braço, até o bebedouro.

- Por favor... – Falo com a voz fina e falha – Por favor, eu preciso ver meus pais...Você sabe onde eles estão? Por favor... – Implorei para que ela me ajudasse.

A mesma olha para o chão como se soubesse de algo. Fiquei esperando a resposta por algum tempo e por fim, depois de refletir muito, ela enfim respondeu.

- Okay, eu vou te levar até onde seus pais estão antes que eles sejam levados para a autópsia. –

A mesma me guiou, passando por enormes corredores e usando o elevador para chegar até o 4º andar. Percebi que não havia pacientes lá, somente alguns médicos e enfermeiro. Seguimos até a sala de número 13 e entramos. Senti que a temperatura do meu corpo diminuiu, quando comecei a tremer de frio. Enrolei meus braços, descobertos, sobre meu corpo em uma tentativa falha de me esquentar. A sala era enorme e havia muitas macas, com sacos brancos cobrindo as pessoas. A enfermeira, que por acaso ainda não descobri o nome, andou até o fundo da sala e apontou para três macas, para que eu as abrisse. Fui até lá e quando estava para abrir, a mesma põe sua mão sobre a minha me impedindo.

- Tem certeza de que quer fazer isso? Pode ser um trauma muito grande. – pude ver pelos seus olhos a sua pena.

- Eu preciso saber se são mesmo eles... – disse ainda com uma pequena esperança.

Fui até a primeira maca, respirei bem fundo e abri. Manuela. Minha irmãzinha. Não segurei e deixei as lágrimas caírem como um rio que nunca se acaba. Porque ela? Porque não eu? Porque o mundo é tão injusto?  

A enfermeira me abraçava, podia sentir sua pele fria sobre a minha. Ela me consolava, e dizia que tudo ficaria bem e que superaria, mas eu sabia que isso não era verdade, não conseguiria viver sem minha família! Continuei andando até a próxima maca, e com todas as minhas forças, abri a mesma e dessa vez desabei completamente. Luís, meu querido e amado pai, era tão jovem, porque teve que ir? Sempre me protegeu e me ajudou com tudo. Eu te amo demais papai. Nunca vou me esquecer de você, eu prometo. Estava congelando e quase não conseguia mais andar, já não existiam mais lágrimas porque todas haviam sido congeladas.

- Meu amor, temos que ir agora, não pode ficar nem mais um minuto nesse frio, se não vamos ter uma hipotermia. – A enfermeira tentava me levantar do chão e me guiar para a porta, mas eu insisti em ficar, porque ainda faltava uma maca. A enfermeira não tentou me impedir, pois sabia que não daria certo. Quase sem forças, fui até a última maca. Parei na frente, me preparando para o que veria. Eu realmente não queria ver minha mãe morta, mas eu precisava! Fechei os olhos e abri o saco tão rápido que a senti a enfermeira dar um pulo para trás. Aos poucos abri os olhos e vi a pior cena de toda a minha vida. A mulher que me deu a luz, que cuidou de mim melhor do que qualquer pessoa cuidaria e que me deu os melhores conselhos, lá estava ela, pálida e sem vida, mesmo deste jeito continuava a mulher mais linda que já havia visto na face da terra. Neste momento senti que meu coração havia se quebrado em muitas partes, e o pior sentimento que já havia sentido veio à tona. Gritei como nunca havia gritado antes, caíram tantas lágrimas que pensei que meu corpo desidrataria por ter perdido tanta água. Olhei para trás e percebi que a enfermeira havia saído. Senti que havia perdido todas as forças que meu corpo antes tinha, eu sabia que se ficasse mais um minuto lá dentro eu morreria, e eu queria isso. Então permiti que meu corpo fosse de encontro com o chão gelado, junto de minha pele mais congelada do que gelo. Antes que meus olhos se fechassem, vi muitos enfermeiros entrando desesperados, carregando uma maca, junto da enfermeira que estava com um grande cobertor sobre suas costas e estava com uma expressão de preocupação e de dor. Então apaguei.

*FLASHBACK OFF*

Não sei como vou viver sem vocês.


Notas Finais


Ainda não sei a rotina de quando vou postar, mais logo eu posto o próximo!
Bye.
Ps: Jackie aqui =D


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