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História A caçadora - Boa sorte...


Escrita por: Hynori-San

Notas do Autor


Boa leitura💝💝💝

Capítulo 34 - Boa sorte...


-Certo...vocês checaram o pneu e encontraram um furo?-perguntei me sentando na poltrona do escritório enquanto os seis me observavam com atenção, ou melhor...os cinco.Laito continuava me evitando


-Sim, era bem fino, exatamente como você supôs-Kanato explicou e Ayato concordou com a cabeça, Reiji batia incessantemente uma caneta na mesa de madeira escura


-O que foi Reiji?-Perguntei me sentindo apreensiva com sua inquietação


-É que...existem muitas pessoas que se beneficiariam muito com a morte dos herdeiros da família sakamaki, e o Tougo representa apenas uma parcela de tudo isso,não podemos simplesmente afirmar que ele é o autor do acidente-Compartilhou com alívio seu pensamento com todos


-Eu concordo com você, porém o objeto usado no pneu é muito específico, por isso ele é o principal suspeito mas temos que levar em conta outras pessoas, claro, mas de quem exatamente você está falando?


-Tio Richter-Respondeu seguido de cinco expressões de velório


-Quem é esse homem?-Shu abriu uma imagem no seu Ipad, era um homem que não parecia ter mais de 24 anos, pálido de cabelos esverdeados e olhos vermelhos, se parecia um pouco com Reiji


-Irmão do Karl, Richter Sakamaki…-Subaru concluiu


-Ele é...familiar…-Segurei o queixo tentando pensar de onde conhecia aquele homem, na verdade mais do que isso, eu parecia já ter conversado com ele


-Sim, ele foi capturado pela SCT uma vez


-Sim, fui eu que o capturei, ele estava numa cidadezinha do interior, só nos dois primeiros anos que ele morou lá mais da metade das mulheres do povoado foram mortas, todas jovens, entre dezesseis e trinta anos, eu passei uma semana lá e fui a isca, ele caiu obviamente e quando nos encontramos à noite eu o capturei


-Isso o torna um suspeito em potencial-Ayato disse


-Mas não sabemos onde ele está agora-Kanato advertiu


-Vocês não sabem-Shu jogou um jornal na mesa e a manchete era: “Mais um milionário da família Sakamaki retorna ao lar”, uma foto de Richter sorrindo enquanto apertava a mão do prefeito de Fukugunma acompanhava a capa


-Obrigada Shu-sorri pra ele que retribuiu discretamente


-Ele está aqui, vocês sofreram um acidente mas isso não significa que ele foi o culpado, devemos ser analíticos meninos, mais alguém que desejaria a morte de vocês?


-Sabemos que a SCT tem envolvimento nisso-Reiji disse e eu ri


-Ela está metida nisso até o pescoço, o ataque a sua casa não foi mera coincidência, mas Hikari e Himari não falaram pra quem estavam trabalhando, “é confidencial” foi isso o que disseram


-Temos que investigar isso-Subaru indicou


-Eu posso verificar nos dados oficiais da ordem, mas tenho quase certeza de que foram espertos o suficiente pra apagar os dados da última missão


-Dá uma olhada, qualquer informação que você encontre já vai ser bem útil-Ayato disse


-Eu preciso que vocês cinco vão procurar o Richter, não façam contato direto com ele agora, só quero saber onde ele está, com base nisso poderemos tirar conclusões.É bom que vocês estejam em maior número, assim os riscos de que sejam inabilitados diminuem muito.Não deixem que ele perceba sua presença-todos saíram mas Reiji permaneceu comigo


-Você vai ficar ai com Laito?


-Eu preciso conversar com ele Reiji, e eu sinto que com vocês aqui isso não vai acontecer, pelo menos não da forma correta-Me levantei da cadeira e o observei arrumar os óculos e piscar vagarosamente, eu gostava disso nele, trazia uma sensação de calma


-Tudo bem...como quiser…-Saiu um tanto quanto inconformado, eu fui até o quarto do ruivo, observei a porta fechada, não era a porta que estava me afastando dele, era ele mesmo


-Laito…-Toquei levemente a maçaneta


-Laito...eu preciso falar contigo, por favor, abre a porta, se tiver algum problema pode dizer pra mim, eu disse que te ouviria não disse?-Ouvi sua respiração carregada de culpa do outro lado da porta


-Ei...Laito...por favor, abre pra mim…-Ele estava chorando


-Você não entende né?Eu já falei que está tudo bem, pra mim o que importa é que você sente remorso, mas dessa vez...não deveria, eu te dei o sangue, você não fez nada comigo, aquilo foi um acidente, que poderia ser evitado se você se alimentasse com mais frequência…-Ele abriu a porta com a mão na frente do rosto, estava muito pálido


-Tudo bem…-Abracei seu corpo com força, ele chorava


-Me desculpa…-Enterrou a cabeça no meu ombro, passei a mão no seu cabelo devagar, ele tremia como quem vai sem roupas pro Alasca


-Se isso vai te fazer bem, eu desculpo sim-ri e me assustei ao ser levantada do chão, mas ele me devolveu ao chão na mesma hora, senti que estava fraco


-O que foi?-Ele não disse nada, se sentou na ponta da cama e abaixou a cabeça pondo os cabelos pra trás com ódio, o grito que deu depois me fez tremer, ele estava com raiva, mas não de mim, dele mesmo, com raiva porque não tinha culpa de ser assim, com raiva porque o seu alimento era a vida das pessoas, com raiva porque pra viver ele era obrigado a machucar os outros, mais do que nunca eu entendia que ser vampiro estava além de presas brancas, capas e caixões


-Laito…-dei um passo e sua mão estendida fazia sinal para que eu não me aproximasse mais


-Saia de perto de mim…-Disse baixo


-Eu não posso, você está sob minha responsabilidade-Um passo de cada vez Ákira


-Eu peguei uma coisa pra você hoje mais cedo...-ele olhou pra mim, estava cansado, peguei um banco e me sentei na sua frente e tirei da jaqueta a bolsa de 500ml que peguei no hospital mais próximo


-Pra você…-as lágrimas aumentaram, ele furou as próprias mãos com as unhas, não queria fazer aquilo


-Por favor Laito…


-Não...posso…-Arranquei o feixe da bolsa e a pus na boca, ele olhava pra mim assustado, quando senti as bochechas estourarem apertei sua bochecha pra que abrisse a boca e joguei o sangue lá, ele estava impedindo a entrada no início mas depois desistiu pelo cansaço, me afastei depois que o sangue já estava fora de mim


-Não vou fazer de novo-entreguei a bolsa que ainda continha sangue pra ele, estava de olhos arregalados e não dizia nada


-Laito, está tudo bem?


-Você…


-Sim eu te dei comida na boca, mas não vou fazer de novo, você pode falar comigo agora?-assentiu com a cabeça


-Seu tio Richter é um dos suspeitos de ter causado o acidente-ele ficou sério


-Cordélia traia meu pai com ele, e de certa forma eu fui traído também, assim como ele, minha mãe nunca o amou, só precisava dele para alcançar seus objetivos, quando ela morreu Richter arrancou o coração dela e o pôs em Yui, por isso ela quase passou pelo despertar fazendo com que Cordélia assumisse seu corpo


-Entendo…-passei a mão pelo rosto dele quando senti sua tristeza ao falar sobre o assunto, sorriu


-Você me trata como uma criança


-Tenho que te tratar como você é-o abracei


-Eu estou cuidando de você…-ele deu a volta em mim com os braços e chorou até finalmente dormir, o deixei no quarto e fui pra cozinha beber água, o silêncio era pleno, e eu gostava disso até certo ponto, sem eles a casa ficava vazia, não haviam discussões, roncos, risadas altas nem resmungos, era assim a minha vida sem eles, um completo silêncio


-Haru-chan…-Ouvi a voz de David e senti vontade de chorar, estava com tanta saudade que ouvia sua voz na cabeça, estava ficando louca


-David, pare de atormentar minha mente


-Haru-chan, estou atrás de você-Eu ri, novamente minha cabeça me pregando peças


-Eu queria que realmente estivesse aqui David-Me virei levemente e vi uma sombra atrás de mim


-Haru, eu realmente estou atrás de você -Corri pra abraçá lo e quase o derrubei no chão com a força com a qual eu me joguei nele


-David!!Como está tudo?Já se resolveu com a Minna?-ele me apertou forte, eu sabia que estava sorrindo


-Ela não quer nada comigo, e eu estou feliz, porque assim ela estará segura, protegida de mim Haru


-Por que…?


-Eu a amo demais pra perdê la-Senti as lágrimas caírem, ele a amava, a tristeza na sua voz, o peso de suas palavras, sua respiração falha e ainda assim o brilho nos olhos ao falar dela, tudo isso só mostrava o quanto ele era sincero


-Ela também te ama David, eu...eu sei que sim!


-Ela mesma disse que não sente mais absolutamente nada por mim


-E como ela te disse isso?


-Depois que eu a beijei.Ela ficou irritada, bateu em mim e depois começou a chorar, ela gritou com todas as forças “eu não sinto mais nada por você, só raiva”-ele parecia tranquilo mas eu sabia bem que não estava


-David, ela te ama, mas ela não gosta de te amar, ela acha que você terminou com ela porque quis, porque se cansou dela, e ela se culpa por ainda te amar, ela tem raiva de si mesma, mas nunca vai admitir, então ela está descontando em você-ele me olhou boquiaberto


-Vá atrás dela e diga porque terminou, seja sincero e tudo vai se resolver-o empurrei pra janela


-Vá, e boa sorte David-beijei sua bochecha, ele foi sem olhar pra trás, eu estava feliz em ter juntado duas pessoas que se amam, me sentia feliz fazendo isso, ainda mais sendo duas pessoas muito queridas


-Boa sorte…-eu não sabia exatamente pra quem tinha direcionado aquele boa sorte, estava atenta a janela quando senti duas mãos darem a volta lentamente no meu quadril e um corpo encostar atrás de mim, me virei assustada


-Calma...sou eu…-Era a voz de Reiji


-Reiji...oi…-fiquei mais tranquila


-...onde estão os outros?


-Me pediram pra voltar, disseram que minha presença estava insuportável-eu ri


-Por que?Queria fazer as coisas ao seu modo?


-Não, porque estava preocupado com você


-Não se preocupe comigo, já te disse isso algumas vezes


-Me peça alguma coisa que eu consiga fazer-fiquei aliviada de ele não poder ver meu rosto vermelho


-Eu posso cuidar de mim


-Pode, mas isso não significa que deva-ele era um exímio argumentador, ao meu silêncio sua cabeça abaixou até a altura do meu pescoço, senti um beijo alí, segurei sua mão involuntariamente e ele riu abafado pra logo depois me soltar


-Reiji eu…


-Hum?Quer que eu fique agarrado em você pra sempre?


-Idiota-passei direto por ele que me agarrou pela mão e me encostou na parede, levei um susto


-Diga que quer-Geração espontânea não é algo a ser considerado, mas naquele momento seria muito conveniente se um buraco surgisse no chão para que eu pudesse enfiar minha cara nele, ou melhor, o corpo todo


-Reiji...não…-ele riu e me abraçou


-Você fica uma graça quando está envergonhada…-eu não disse nada, na verdade não tinha o que dizer 


Notas Finais


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