História A caminhada - Futura assassina

POV ROBERT

O chefe dos motoqueiros ainda nos olhava fixamente sorrindo.

- Vocês tem muita comida não? - falou o "chefe" dos motoqueiros olhando para nós.

- Sim, mas ela é só para nós - falou Jeromy, o cara que havia emprestado as barracas nas quais havíamos dormido.

- Hum … mas vocês só são … 7 e nós somos 13 acho que poderíamos dividir não? - falou gentil.

- Olha cara nós temos um acampamento aqui perto e temos mulheres e crianças não podemos dividir a comida - falou um rapaz que eu não sabia o nome.

Eu sabia que ele não devia ter falado do acampamento, pois minha família estava lá e ninguém sabia as intenções daqueles motoqueiros.

- Sério … o acampamento de vocês está a Norte? - perguntou o chefe dos motoqueiros, que era o único que falava enquanto seus capangas apenas nos encaravam.

- Sim - respondeu Jeromy que era o "chefe" do nosso acampamento temporário.

- Vocês estavam indo para Atlanta? -perguntou novamente.

- Sim … mas temos pouca comida ainda e pouca gasolina também -responde Jeromy.

- Acho melhor vocês não irem para Atlanta - falou o chefe dos motoqueiros rindo sarcástico.

- Porquê? - perguntou Jeromy.

- Porquê Atlanta foi totalmente dominada por esses caminhantes - falou se referindo aos mortos vivos.

- Não … o exército é muito forte, essas coisas não conseguiriam vencer - falou o rapaz que havia contado de nosso acampamento.

- Tudo bem … se vocês quiserem ir vão - falou o chefe dos motoqueiros com um sorriso sempre largo.

- Agora voltando ao assunto da comida, eu vou dar duas opções a vocês … a primeira é : me entreguem a comida e vão em paz pro seu acampamento, a segunda é : não me entreguem essa porra e morram - quando ele terminou de falar todos os seus capangas levantaram suas armas apontando para nossas cabeças e ninguém reagiu, não podíamos reagir.

- Iremos levar essa comida para nossas famílias - falou Jeromy já tremendo.

- Então vocês escolheram a segunda opção - falou.

Fechei meus olhos sabia que iria morrer naquele momento, esperava o barulho dos tiros e a dor, e pensei em minha família o que eles iriam fazer sem mim … iriam morrer.

Mas ao invés disso ouvi risadas, abri meus olhos e o chefe dos motoqueiros ria alto.

- Ei calma não irei matar vocês - falou rindo -, não sou esse tipo de cara.

- Meu nome é David e eu e meu grupo vamos para o Sul no caminho nós encontraremos comida, e desculpe pela brincadeira - falou muito gentil como se fosse nosso amigo.

Sem falarmos nada passamos pelo meio deles em direção aos nossos carros, entramos nos mesmos e fomos embora enquanto do lado de fora David se despedia de nós.

" Esses caras vão voltar eu sei "

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POV DAVID

- David você vai mesmo deixar eles irem? - Perguntou Jack meu amigo.

- Calma Jack eu sei o que eu faço eu sei ...

Subimos em nossas motos e fomos em direção ao Norte.

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POV DAFYNE

Estava no campo onde no dia anterior havia encontrado Steve, gritei seu nome muitas vezes mas não tive resposta e depois de alguns minutos decidi voltar, mas quando estava prestes a colocar minha decisão em prática fui interrompida por um grito.

- Garotinha aonde vai?

Olhei para trás e percebi que era o Steve me chamando e andei até sua direção.

- Então o que você vai me mostrar? - perguntei séria, não queria mostrar curiosidade por mais que eu tivesse.

Steve não me respondeu apenas colocou a mão em suas costas e tirou algo do seu cinto, levou sua mão para frente me mostrando uma arma.

- O que é isso? - falei assustada.

- Uma arma - falou debochado.

- Por que está mostrando isso? - falei me afastando.

- Por que você precisa disso.

- Eu não preciso de uma arma - falei.

- Garotinha …

Não deixei ele terminar sua frase me virei e corri em direção ao acampamento.

- Tudo bem garotinha quando os andarilhos que estão vindo de Atlanta na nossa direção chegarem aqui e você se ver sem poder fazer nada não chore OK? - Steve falou me fazendo parar e pensar sobre isso.

- Como assim? - falei ainda sem me virar.

Steve se aproximou de mim.

- Atlanta foi dominada por andarilhos Dafyne, e muito deles estão vindo pra cá, você precisa estar preparada.

- Quando eles irão chegar? - falei me virando e fitando os olhos pretos de Steve.

- Em dois ou três dias segundo meus cálculos - falou -, eles estão vindo pela floresta atrás de nós.

- Então eu contarei aos meus pais - falei.

- Seus pais não acreditariam em você garotinha.

Ele estava certo meus pais nunca acreditariam em mim …

- Mas eles acreditariam em você - falei animada -, vamos comigo.

- Dafyne … eu não posso.

- Porquê?

- Eu tenho que … impedir que os andarilhos atravessem essa floresta para não chegarem em seu acampamento.

- Então … o que faremos? - perguntei.

- Eu vou te ensinar a sobreviver - falou estendendo a arma para mim mais uma vez.

Peguei a arma e olhei para Steve ele parecia feliz por eu ter concordado.

"Por que Steve estava me ajudando? Eu não sei, mas se isso fosse me ajudar a manter minha família viva eu faria"

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Steve se virou e foi em direção a mata alguns minutos depois ele voltou com alguns caixotes e garrafas de vidro na mão.

Ele deixou todos os caixotes em pé, e colocou todas as garrafas em cima dos caixotes os deixando quase da minha altura.

Ele terminou e olhou para mim.

- Então des trave a arma e atire nas garrafas garotinha.

Olhei para ele confusa não sabia destravar uma arma muito menos atirar.

- Olha vou te mostrar como fazer - falou Steve indo em minha direção e pegando a arma de minha mão.

- Olha essa é a trava da arma - disse me mostrando a parte de cima da arma -, para atirar sempre terá que destravar a arma.

Peguei a arma de volta e a destravei como Steve me mostrou.

- Agora ta vendo isso em baixo da arma? - perguntou.

- Sim - respondi.

- Isso é o gatilho, para atirar vai ter que puxar ele.

Eu olhei a arma e encontrei o gatilho, sem pensar bem o iria puxar mas Steve me impediu.

- Esta louca Dafyne? - disse segurando minha mão.

- Desculpe.

- Tudo bem … agora mire em uma das garrafas e atire.

Olhei fixamente para uma garrafa de vodca que estava em cima do caixote do meio e fecho um dos meus olhos mirando na mesma.

O barulho do tiro ecoou pelo campo mas a garrafa continuava intacta.

- Tudo bem garotinha … é seu primeiro tiro parabéns - falou Steve.

Meu braço doía pelo impacto da arma mas não desisti tão fácil, depois de ouvir tudo o que precisava saber para manusear bem uma arma segundo Steve me levantei e me pus a tentar de novo acertar a garrafa.

De novo o barulho forte do tiro ecoou pelo campo mas não era tão forte quanto era pra ser pois a arma estava com um silenciador.

O barulho do tiro se misturou com um som fino de algo estourando.

Sim !!! Havia acertado a garrafa.

Dei pulos de alegria, e corri em direção a Steve o abraçando.

Ele não retribuiu o abraço e apenas me afastou dele.

- É … parabéns garotinha … todos tem mais sorte na segunda vez - falou e parecia um pouco chateado talvez pelo abraço que o havia dado.

- Obrigada - disse animada.

- Então vamos continuar ? - falei pulando.

- Calma futura assassina … tudo que é demais é ruim amanhã de manhã continuamos - disse Steve.

- Porque ? - falei desanimada, queria  continuar …

- Porque seus pais já devem estar preocupados e amanhã você vai aprender a dominar uma arma por completo - disse ele.

- É verdade … obrigada Steve amanhã continuamos agora preciso voltar minha mãe vai me matar …

- Tchau !!! - gritei correndo em direção ao acampamento.

Steve acenou em despedida.

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Cheguei ao acampamento e não fui bem recebida meu pai e minha mãe me encheram de perguntas e acabei ficando de castigo, e meu castigo era ficar em minha barraca e não sair de lá até a hora do jantar.

Eu não contei onde estava nem o que fiz pois não queria assusta los.

Eu precisava aprender a me defender, se Steve não estiver mentindo preciso estar preparada para me salvar e salvar minha família.

Minha mãe nunca aceitaria aprender a matar para sobreviver ela é uma seguidora muito fiel de deus, eu também sou mas isso é realmente necessário.

Já meu pai provavelmente mataria Steve ao saber que fiquei sozinha com ele.

E meu irmão … meu irmão não faria nada …

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Terminei de jantar, de novo feijão, pois era o que meu pai e seus amigos haviam trazido de mais na busca por suprimentos no Tendas-Brancas.

Eles haviam voltado ontem quase ao anoitecer, eles estavam assustados mas não falaram nada então ninguém perguntou também … mas eu sei que aconteceu algo lá.

Eu eu meu irmão deitamos, a barraca era apertada mas como Lucas era bem magro não ocupava muito espaço.

Quando eu estava quase dormindo fui impedida por um gemido, mas não era um gemido humano no ato do sexo ou nada disso … era diferente e cada vez se aproximava mais de minha barraca, eu e Lucas nos levantamos amedrontados, vimos uma sombra do lado de fora, e ela estava chegando cada vez mais perto de nossa barraca.

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POV DAVID

- Então eles realmente tem um acampamento com mulheres e crianças? - Falou Jack o meu "braço direito".

- Sim David - respondeu Jack.

- E as mulheres são gostosas? -perguntei malicioso.

- As que vi eram bem gostosas senhor.

- Então nós vamos fuder muito daqui a alguns dias Jack - falei dando gargalhadas.

Eu e eles rimos maliciosos imaginando os prazeres que iriamos ter.

- Você acha que foi boa ideia colocarmos aquele caminhante no acampamento? - falou Jack.

- Sim, eles tem armas só alguns irão morrer … é só um aviso para verem que nós mandamos aqui - falei -, calma Jack as mulheres não vão morrer, iremos transar muito ainda …