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História A caminhada - Garotinha


Escrita por: ButterCat

Notas do Autor


Oi kittys ❤ desculpem de novo a demora. Mas acho que compensou vocês esperarem pois esse cap ta bem grande.

*garotinha na capa é a filha do Steve*

Gente no cap anterior falei que tinha um AVISO IMPORTANTE. É que eu estou pensando em separar a fic em "temporadas" cada temporada terá 10 caps mas todas as temporadas serão postadas nessa fic. E no final de cada temporada terá um hiato de um mês para mim poder adiantar alguns caps e fazer uma capa nova para fic que será uma capa com o nome A caminhada e um subtítulo que tenha haver com a nova temporada da fic. Mas eu ainda estou pensando sobre isso.

Obrigada a todas pelos comentários e favs vocês são incríveis amo vocês ❤. E desculpa pela nota do autor enorme kkk

Boa leitura:

Capítulo 5 - Garotinha


Fanfic / Fanfiction A caminhada - Garotinha

POV Steve

Já estava claro e eu esperava Dafyne aparecer, eu á ensinaria como fazer uma fogueira e terminaria de lhe mostrar como mexer em uma arma. Mas ela não aparecia estava quase de tarde e ela não havia ido me encontrar. Será que havia ficado com medo e desistido? Não passei muito tempo com ela mas ela parecia estar empolgada e realmente muito interessada em aprender comigo, não acho que iria desistir assim.
Principalmente depois de eu ter falado dos andarilhos que estavam vindo pela floresta, e que logo chegariam ao acampamento dela.

Eu não estava mentindo, grandes hordas de caminhantes estavam vindo em nossa direção saindo de Atlanta, que era uma cidade grande e muito populosa. Mas não pela estrada, eles se concentraram na floresta atraídos por animais. Eu estava matando muitos deles e a cada dia eu encontrava mais e mais vagando entre as árvores e folhas secas.

Eu domino diversos tipos de armas e técnicas de caça e tenho uma explicação bem coerente para isso.

Meu pai era um empresário famoso em Atlanta e muito rico. Mas quando não estava cuidando de sua empresa, colocava em ação um de seus hobbies mais excêntricos, a caça. Nós morávamos ao lado de uma floresta e meu pai quando era mais jovem serviu ao exército e pegou gosto pela caça e "sobrevivência".

Como eu era seu único filho homem, já que meu pai tinha três filhos, minhas duas irmãs e eu. Ele sempre me obrigará a caçar ao seu lado.

Meu pai trabalhava muito e não passava muito tempo comigo ou com minhas irmãs, e por isso mesmo não gostando de caçar e ter contato com armas, gostava de ficar com ele na mata. Era o único momento que passávamos juntos como pai e filho.

Ele era divertido e muito excêntrico e me ensinou a atirar mesmo sendo proibido pois eu ainda era menor, e eu agradeço muito a ele por isso. Pois se não fosse seu hobbie por armas e caça eu não estaria vivo hoje.

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Passaram mais alguns minutos e Dafyne ainda não havia aparecido, e o seu acampamento estava muito silencioso. Mesmo ele sendo longe de onde eu estava eu sempre ouvia murmúrios vindos de lá.

Eu queria ajudar Dafyne mas acho que isso não era tanto por ela… mas sim por mim, e por minha culpa.

Eu guardava uma culpa dentro de mim. Escondida atrás de minha brutalidade. Diferente do que muitas pessoas  pensam nem sempre fui um "selvagem".

Steve flashback ON

Desci de meu carro e encarei minha casa que era grande e muito bonita, a mais bonita da rua.

Peguei minhas chaves e abri a porta de minha casa. Na sala sentada no chão encontrei Molly minha filha de 5 anos. Ela desenhava e havia deixado muitos lápis de cores espalhados pelo chão.

Assim que ela me viu correu em direção a mim pulando em meu colo.

- Papai - disse sorridente.

- Oi garotinha - falei a rodando no ar.

Eu a coloquei no chão e ela me mostrou o que estava desenhando.

- Olha papai essa sou eu você e a mamãe - falou pegando o desenho e colocando o mesmo a mostra.

Ela havia desenhado três pessoas de palitos coloridas. Não era o mais bonito nem mais correto desenho que já havia visto mas o mais puro e inocente.

- Nossa garotinha você vai virar uma artista sabia? - falei sorrindo e me abaixando ficando quase da altura de Holly.

- É seu - falou ela me entregando o desenho.

- Nossa, obrigado - peguei o desenho.

- Holly querida onde está a mamãe? - perguntei.

- Lá em cima tomando banho - falou ela apontando para a escada, e logo foi em direção a televisão pois havia começado o seu desenho preferido.

Subi as escadas indo em direção a minha suíte. Entrei na mesma e encontrei minha esposa se banhando como Holly havia dito.

- Oi - falei entrando no banheiro a assustando.

- Steve - disse Micaela sorrindo -, chegou mais cedo hoje.

- É que os novos empregados estão dando conta de todos os imóveis então não tenho muito a fazer lá por enquanto.

Eu tinha uma empresa própria de imóveis, nós procurávamos casas e sobrados em toda Atlanta e cidades vizinhas para podermos vender para novos moradores que procuravam nossa empresa em busca da casa perfeita.

- Que bom - disse com um olhar malicioso o qual eu já conhecia muito bem -, porque não vem tomar uma ducha comigo para relaxar? Você deve ter tido um longo dia.

Eu adorava quando Micaela ficava safada ela me excitava pra caralho, além de ser muito linda e ter um corpo de outro mundo ela era do tipo de mulher que me surpreendia todos os dias. Nos sete anos de casados que nós já tínhamos eu sabia que tinha muito mais de Micaela que eu poderia explorar.

Sorri e tirei minha blusa. Micaela me olhava como se eu fosse um pedaço de bife mas isso só me dava mais tesão, deus sabe lá que loucuras ela faria comigo naquele box.

Tirei minha calça e já ia entrar no chuveiro com ela mas fui impedido pelo toque do meu celular, ela me olhou decepcionada. Eu queria mais que tudo entrar ali e fazer ela gritar de prazer mas eu precisava atender podia ser importante.

Só de cueca e meias atendi meu celular.

- Eai Steve - falou Karl que eu reconheci logo pela voz grave.

- Oi Karl - falei desanimado.

- Olha Steve me desculpa te incomodar mas temos uma coisa muito importante para fazer - falou Karl.

- Pode falar Karl.

- Olha um dos nossos atendentes encontrou uma casa foda pra caralho em uma cidade aqui perto de Atlanta e eu estou muito interessado em ir lá.

- E o que eu tenho haver? - falei rude.

- Se sabe né Steve que meu carro ta na oficina e eu preciso de carona pra chegar na casa.

- E essa casa é tão boa a ponto de eu perder meu tempo te levando lá? - perguntei soando um pouco debochado.

- Essa casa fica numa floresta e é toda de madeira é puro luxo cara, casas assim são muito raras e você sabe que elas são bem caras né? - perguntou Karl.

Karl era jovem mas nessa ele estava certo, casas assim são muito boas e muito procuradas e ele  fez bem em me chamar.

- Tudo bem eu já passo ai pra te buscar.

Desliguei o telefone e olhei para trás percebendo que Micaela já estava se trocando.

- Querida desculpa mas… eu preciso sair - falei fazendo cara de dó para a bronca não ser muito dura.

- Tudo bem eu entendo - falou Mica me assustando pela sua tranquilidade. Normalmente ela fica puta da vida quando isso acontece.

"Realmente tinha muita o que conhecer dessa mulher"

Pedi desculpas mais uma vez, e dei um beijo de despedida em Mica. Coloquei minhas roupas e desci as escadas. Holly ainda assistia seu desenho e virou ao me ver no pé da escada.

- Já vai papai? - perguntou minha garotinha.

- Sim… papai tem assuntos muito sérios para resolver mas já já volto OK?

Ela assentiu e continuou assistindo seu desenho mas ela estava triste eu sabia que estava… precisava passar mais tempo com Holly. Mas tinha tempo para isso. Ela só tinha 5 anos ainda.

Abri a porta e fui em direção ao meu carro. Entrei no mesmo e pisei fundo.

Logo cheguei na casa de Karl que me esperava na calçada com a mão na cintura. Ri pois ele estava parecendo uma puta parei o carro em sua frente e não podia perder a oportunidade de fazer uma piadinha.

- Quanto custa o programa - falei rindo .

Ele revirou os olhos e entrou no carro. Fomos em direção a cidade onde a casa estava.

Eu era um cara sombrio mas sempre tive bom humor, puxei isso de meu pai sem querer.

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Eu Karl chegamos a uma estrada ao lado de uma floresta, onde provavelmente a casa estava. Ele havia falado que um cara nos esperaria e nos levaria até a casa. Ele também disse que o local era limpo e bonito perfeito para quem queria morar um pouco isolado e perto da natureza.

Eu continuei dirigindo mas não via o cara no qual o Karl havia falado. Alguns metros depois avistei policiais fechando a rua eles estavam armados.

Eu parei e um policial encostou em minha janela.

- Vocês estão indo para onde? - falou ele com o olhar distante.

- Estamos procurando um cara que quer bos mostrar uma casa ness região - respondi.

- Tudo bem, mas você vai ter que passar num abrigo, é só seguir por essa estrada.

- Porquê? - Karl perguntou.

- Porque eu estou mandando - o policial disse grosso.

Karl se calou e eu dirigi em direção ao refúgio, eu não sei porque nos mandaram ir para lá, mas acho que seria rápido e no caminho talvez encontrassemos o tal empreendedor da casa.

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Alguns minutos depois eu avistei um local com algumas tendas brancas parecia ainda estar em construção. Alguns refúgios estavam sendo construídos em todos os EUA porque um vírus que não parecia ser tão ruim estava se espalhando, mas nada grave ainda.

Eu e Karl descemos do carro e fomos em direção a algumas tendas. Um cara se aproximou e nos mostrou uma tenda na qual deveríamos ir.

"Porque iriamos para lá? Eu realmente não sei"

Adentramos na tenda e dentro da mesma tinha um médico. Simpático nos pediu para sentar e assim fizemos. Ele nos analisou sem dizer nada, e quando parecia ter terminado nos mandou sair.

Parecia estar tudo bem. Eu e Karl fomos em direção ao carro pelo jeito era só isso. Mas quando estávamos prestes a sair fomos impedidos por alguns polícias.

- Senhor por favor, não podemos te deixar sair - disse ficando na frente da porta do meu carro.

- Como assim? - falei indignado.

- Os senhores tem que ficar - falou ainda sem me deixar passar.

- Eu tenho que voltar para casa por favor nos deixe ir.

- Não !!! - gritou em um tom rude o policial.

Não tinha medo daquele marica mas não tínhamos chance, tinham muitos deles e todos se encontravam armados. Não sou um ninja então apenas voltei ao refúgio a procura de alguém que pudesse me ajudar.

Depois de falar com muitas pessoas, encontrei um cara chamado Jeromy que era muito simpático e nos disse que não poderíamos ir hoje mas nos mostrou uma tenda na qual poderíamos passar a noite. Amanhã provavelmente já estaria tudo certo.

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Minhas costas estavam doloridas pois as beliches na qual eu e Karl dormimos não eram muito confortáveis.

Nos levantamos e fomos tomar café da manhã. Logo após isso fomos falar com um guarda e perguntamos se já poderíamos ir, mas sem explicação ele apenas nos disse não.

3 dias depois

Três dias… a três dias eu e Karl estávamos presos naquela porra de refúgio. Não podíamos sair, e não tinha sinal para ligarmos para nossa família ou ninguém. Eles não nos davam explicação apenas nos deixavam presos ali como animais.

Eu estava irritado e com saudades de minha familia então eu e Karl planejamos um plano de fuga.

Esperamos o anoitecer, que seria nosso aliado e escondidos e com passos leves tentávamos escapar pelas brechas que os guardas abriam.

- Nós vamos ser pegos - falou Karl, que estava morrendo de medo.

- Calma… relaxa nós vamos escapar - falei mas foi da boca pra fora.

- Espero que sim.

Eu e ele continuamos caminhando lentamente e abaixados para não sermos notados. Quando conseguimos uma distância segura do refúgio finalmente relaxamos.

Karl sorriu e me olhou como se falasse "ISSO ISSO !!! ESCAPAMOS" mas sua expressão mudou rapidamente e um som familiar ecoou pelos meus ouvidos. Era o som de um tiro.

Karl me olhará e seu sorriso se desmanchou, seu corpo caiu no chão.

Meus olhos se arregalaram ao olhar para trás vi dezenas de polícias vindo em minha direção.

Eu queria ajudar Karl mas o tiro foi certeiro em sua costas nada podia fazer.

Corri em direção a floresta e entrei na mesma.

- Puta merda não é um andarilho - ouvi alguém gritando isso atrás de mim. Provavelmente um policial.

"Que diabos era um andarilho?"

Continuei correndo sem olhar para trás até que bati de frente com uma casa no meio da floresta. Uma casa bonita. Era a casa que eu e Karl estávamos a procura.

Arrombei a janela e consegui entrar. Lá dentro encontrei comida e em um dos quartos havia uma arma com munições. Era uma Colt prateada a reconheci de cara, meu pai tinha uma.

Comi e dormi um pouco tentando esquecer tudo o que havia acontecido. Pensei em Molly e em Micaela. Eu sentia muita saudades das minhas garotas.

Quando me senti melhor sai da casa, andei alguns metros e cheguei a estrada. Me orientei e segui na direção onde ficava Atlanta já estava amanhecendo e eu tinha algumas horas de caminhada.

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Meu corpo suava eu estava sedento mas finalmente vi algo familiar um grande prédio que me indicava que eu havia chegado a Atlanta.

Um sorriso se esboçou em meu rosto. Mas logo foi apagado por um olhar de puro espanto.

- Que porra é essa? - falei indignado.

A cidade estava completamente queimada prédios destruídos lugares caindo aos pedaços e centenas de "pessoas" andando sem rumo por aí.

Várias delas perceberam minha presença e foram em minha direção. Quando elas se aproximaram pude perceber que estavam em estado de decomposição. Meu corpo se arrepiou e o cheiro de carne podre invadiu meu nariz.

Dei passos para trás. Me afastando daquelas criaturas.

- Que diabos é isso? - falei me afastando mais a medida que eles se aproximavam.

Eles gemiam e quanto mais perto de mim chegavam mais seus gemidos eram frenéticos.

Peguei a arma que encontrei por acaso na casa e a apontei para a cabeça de um deles.

- Parem - falei mas não obtive resposta nem reação.

Eu recuava mas eles não então decidi atirar. Acertei o peito do que estava mais próximo de mim. Mas meu coração acelerou ao ver que ele continuará andando como se nada tivesse acontecido. Mais um tiro e nada, dei passos para trás e atirei na cabeça do monstro e para minha sorte ele caiu no chão.

O tiro atraiu muito mais deles então decidi correr para dentro da cidade, apenas desviando de todos.

" Tirei minhas próprias conclusões e acho que esses eram os andarilhos a qual o policial havia se referido"

Corri algumas quadras e finalmente cheguei em minha casa. Entrei na mesma aliviado alguns "andarilhos" quase me pegaram mas escapei por pouco.

Gritei o nome de Holly e Mica na esperança de terem ficado seguras em casa. Mas não fui respondido.

Ouvi um barulho vindo do andar de cima. Sorri eu sabia que eram elas.

- Micaela !!! - gritei subindo as escadas.

Subi todos os degraus e olhei pro extenso corredor e no último quarto vi uma sombra. Era o quarto de Holly.

- Holly querida é o papai - falei caminhando lentamente pelo corredor.

A sombra se moveu e saiu do quarto revelando quem estava por trás dela.

Minha respiração parou ao ver Holly minha filha. Ela estava como todos os outros lá fora. Seus olhos estavam sem expressão, sua pele estava podre e seus cabelos pretos estavam bagunçados.

Minhas pernas perderam as forças e eu cai de joelhos. Lágrimas escorreram pelo meu rosto e eu senti uma dor no coração muito forte algo que eu nunca havia sentido.

- Holly… - não consegui terminar a frase pois já começara a soluçar.

Ela lentamente caminhou em minha direção e gemia como todos os outros andarilhos lá fora. Ela continou andando e sua boca se movia como se quisesse muito mastigar.

- Por favor Holly pare - falei levantando a cabeça e apontando minha arma para ela.

Ela não parou.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto sem parar, meu soluço já estava incontrolável. E o corpo de Holly estava no chão com uma marca de bala na cabeça.

Me arrastei até ela e coloquei sua cabeça em meu colo. Encarei seu rosto uma última vez e fiquei ali horas e horas chorando.

Com muito cuidado coloquei o corpinho de Holly no chão, e fui até seu quarto. Meus olhos estavam vermelhos e inchados de tanto chorar mas a cena que eu vi só pioraria a situação.

O corpo de Micaela minha esposa estava estirado no chão sua barriga estava completamente aberta e todo o seu corpo havia sido devorado. Não me segurei cai mais uma vez de joelhos não tinha mias forças então deitei no chão e simplesmente chorei.

Quando me deitei vi algo cair de meu bolso, peguei o papel e vi que era o desenho que Holly havia feito para mim. Minha respiração ficou falha e eu não tinha mais lágrimas. Então apenas joguei o desenho e corri. Corri o mais longe o possível daquele lugar.

"Eu estava de volta na estrada e entrei na floresta, fiquei na casa onde havia encontrado a arma tentado processar a culpa por ter deixado minha filha e minha mulher sozinhas por uma casa de madeira… essa casa de madeira"

Steve flashback Off

Já havia esperado muito tempo então decidi voltar a minha "casa".

Mas minha preocupação por Dafyne falou mais alto então decidi me aproximar de seu acampamento para ver se estava tudo bem.

Caminhei um pouco e me abaixei em um arbusto perto o suficiente para ver o acampamento.

Minha primeira visão foi de uma garota loira sentada em um tronco com a cabeça abaixada. Rapidamente constatei ser Dafyne.

Olhei em volta e todos estavam abatidos.

O que será que havia acontecido?

Olhei mais atentamente e vi uma pá jogada ao chão. E logo do lado da pá a terra estava surrada. Alguém escavou ali. E eu tinha certeza que era uma cova mas de quem? Por Dafyne estar chorando deveria ser alguém próximo dela.

Recuei caminhando de volta para casa de madeira. Mas no meio do caminho fui surpreendido por um grito.

- Steve!!! - gritou uma voz trêmula que eu já conhecia.

Me virei e vi Dafyne com olhos inchados e muito abatida.

Caminhei em sua direção.

Ela correu e me abraçou. Eu pensei em afasta-la de mim. Mas ela parecia precisar daquilo então me abaixei retribuindo o abraço.

- O que aconteceu garotinha? - perguntei encarando seus olhos, que já estavam vermelhos.

- Meu… meu irmão… - ela não terminou a frase mas eu já entendi, o irmão dela havia falecido.

- Eu… sinto muito - falei passando a mão em seus fios loiros.

- E agora Steve? - perguntou ela, mas eu não entendi muito bem sua pergunta. Não sabia o que responder mesmo tendo passado por algo parecido também.

- Como aconteceu?

- Eu e ele… - ela parou um pouco para respirar -, estávamos na barraca e vimos alguém do lado de fora… nós pensamos que era uma pessoa mas… não era - ela falou e logo caiu aos prantos em meu ombro.

Eu tentei conforta-la acariciando sua cabeça. Eu sabia a dor que ela sentia. Mas ela precisava sentir isso, ela precisava colocar tudo para fora.

Enquanto ela chorava eu mentalmente me perguntei como um andarilho foi parar no acampamento. Eu vigiava a floresta e a estrada a noite toda, não sei como poderia ter deixado um deles passar.

Voltei e me concentrei em Dafyne que ainda chorava.

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- Foi assim que tudo aconteceu - ela terminou de me explicar tudo com um pouco de dificuldade.

- Onde estão seus pais? - perguntei.

- Minha mãe esta na barraca e não saiu de lá até agora, e meu pai depois de enterrar Lucas saiu por ai eu não sei para onde ele foi.

Dafyne já havia terminado de contar tudo. Seu irmão havia morrido nesta madrugada. E ela viu tudo. Eles foram atacados na barraca por um andarilho. Mas eu não deixei passar nenhum andarilho sequer, eu tenho certeza.

- Você disse que os andarilhos chegariam só daqui a uns dias - falou Dafyne decepcionada e com a voz baixa e um pouco rouca.

Não sabia o que responder, não tinha o que responder. Então apenas fiquei calado. Eu falhei com minha família e falhei com Dafyne eu sou realmente um bosta.

- Steve … - falou Dafyne.

- Sim? - perguntei a encarando.

- Você… pode me ensinar a como matar esses filhos da puta? - falou Dafyne com um tom de voz que me amedrontou.

- Você realmente quer isso? - perguntei.

- Sim… pelo meu irmão eu vou matar cada comedor de carne - falou ela se levantando.

Eu fiz o mesmo e a encarei sério para ver se ela não desistiria. Ela me olhou firme, então eu tirei minha arma da cintura e a dei para Dafyne.

- Então vamos começar - falei.

ela enxungou as últimas lagrimas em seu rosto e segurou a arma com firmeza.

- Sim vamos começar.

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POV David

- David nós descobrimos que o caminhante que você nos mandou colocar no acampamento matou só um garoto - falou Richard.

- Perfeito… a morte de um inocente garoto é o suficiente para abalar a moral deles e facilitar nossa entrada no grupo - falei comendo o último pedaço de pássaro que eu havia caçado.

- Sim, eles estão com medo e bem vulneráveis - falou Richard.

- OK agora cala a boca e vai concertar a minha moto - falei alto e claro.

- Tudo bem - disse Richard e logo foi em direção a minha moto com uma caixa de ferramentas em mãos.

Porque eu estava fazendo isso? Porque isso é super divertido. Eu e meu grupo somos como gatos, e os que cruzam nosso caminho são como ratos. E você sabe o que gatos fazem quando encontram ratos? Eles o matam. Mas não é tão simples assim, os gatos sempre brincam com os ratos antes de mata-los s comigo não era diferente. Eu não faço isso por mal. Mas é muito ruim querer um pouco de diversão no fim do mundo?

Agora passaríamos pro próximo estágio da nossa "brincadeira" iríamos conseguir a confiança daquelas baratas tontas e depois… vocês já sabem o que os gatos fazem depois de brincarem com os ratos não?


Notas Finais


Oiii? Gente de novo obrigada pelos comentários de todos os caps. Vocês não sabem o quanto eles me incentivam e ajudam. Vocês são muito carinhosas " me dêem um abraço ❤". Esse cap como vocês viram foi mais para mostrar as motivações e características de alguns novos personagens na fic. Pois não quero fazer personagens sem nexo e sem motivação ou explicação para suas atitudes. Quero fazer personagens com um tramas e tals. Espero que vocês tenham gostado ❤ e como vocês viram a Dafyne é a principal mas a história não se focará só nela. Tchau até o próximo cap kittys ❤❤❤❤❤


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