História A Cantora de Illéa - Hiatus - Precisamos Conversar

Katilyn me acompanhou até o meu quarto no palácio. O dela era do lado do meu. Nós despedimos. Entrei no meu quarto e me deparei com minha criada, como Eadlyn disse. Mas achei que já a tinha visto antes. Espera! Lembrei! Eu já a vi antes sim!

Emma! A ex do Ryan! Ela era criada do palácio? MINHA criada?

Ela também se espantou quando me viu:

- Tha... Thays Moore? Você aqui?

- Sim. - falei tentando parecer calma - Vou participar do Jornal Oficial e fazer um show aqui em Angeles. E você? Veio rápido pra cá, né?

- Tenho meus contatos... - ela disse abrindo um sorrisinho triste. 

- Hãn?

- Meus pais são separados. Minha mãe é cozinheira do palácio e meu pai é advogado em Kent. Me mudei para Kent e conheci Ryan. Começamos a namorar, mas quando descobri a traição, me mudei para cá o mais rápido possível. Cheguei no palácio ontem a noite e consegui o emprego de aprendiz de criada. - ela explicou

- Ah... - talvez ela não seja tão ruim quanto eu pensei. 

- Ei - ela falou - Eu só queria saber se poderíamos ser amigas. Quer dizer, o Ryan nos traiu, mas nós duas não sabíamos de nada. Não foi nossa culpa. Então não tem porque ficarmos com raiva uma da outra. No conheço eu até estava, mas depois pensei nisso. Você deve estar sentindo o mesmo que eu. Muita raiva de Ryan. E já que vamos ficar "juntas" por um tempinho, queria ter uma convivência legal com você.

Ela pediu com tanta delicadeza e sinceridade que não tinha como falar não. Além disso, ela estava certa. Não tínhamos culpa de nada. Abri um sorriso e fiz que sim com a cabeça. Ela me abraçou e ficamos abraçadas por uns segundos, pensando na "morte da bezerra".

Eu pensava em como fiz amigos rápido. Eadlyn, Josie, Kaden, Aspen e Emma. Sinto que sempre vou poder contar com eles. Uma pena que vou ficar pouco tempo em Angeles. Mas só de saber que tive amigos já me deixa feliz! E claro, não posso esquecer que sempre vou contar com a companhia de Katilyn, minha amiga desde que tinha 12 anos! Fiquei pensando em tudo isso até paramos o abraço. 

Ela me ajudou a me trocar, a descarregar as malas, a arrumar a cama... Então me desejou boa noite e foi para seu quarto. Deitei na cama, pensei em tudo o que tinha acontecido, em como esqueci o idiota do Ryan tão rápido que até me tornei amiga da ex dele. Fiquei pensando, pensando... Então lembrei de meus pais. Em como sentia saudades, em como fui egoísta em só pensar na minha carreira de cantora e não neles mesmo. Comecei a chorar. Na verdade, quase toda noite eu choro. É como se eu nunca fosse superar. E foi chorando e pensando que peguei no sono. 

*****

Acordei com a luz do sol no meu rosto e me perguntei quem abriu a janela. A resposta veio com um grito:

- Bom dia!!! - Emma disse.

- Bom... dia... - respondi com sono. 

Ela deu risada e falou:

- Acorda dorminhoca!

- Porque? - consegui falar com os olhos meio abertos. 

- Porque você vai tomar café da manhã no palácio. E estamos em cima da hora. Vamos! Levante! Senão Katilyn vai me dar bronca...

- Já conhece Katilyn? - perguntei. 

- Sim! Ela que mandou eu vir aqui. É uma fofa! Muito extrovertida! Adorei a conhecer!

- É... Eu também adorei a ter como empresária! Ela é muito decidida. - lembrei do episódio com o cara de terno no hotel quando disse isso.

Ficamos conversando enquanto ela me ajudava a me arrumar. Passei maquiagem, coloquei um vestido lilás que acaba um pouco antes dos joelhos e deixei meus cabelos, que estavam encaracolados nas pontas, soltos. Coloquei minhas sapatilhas brancas novamente (adorava elas) e fui até a sala de jantar do palácio. 

Todos já tinham entrado, mas ainda não tinham sentado. Ufa! Cheguei na hora! Katilyn estava roendo as unhas de ansiedade (como acontece sempre que atraso)! Assim que me viu, soltou um suspiro de alívio.

Fui até minha cadeira, mas não sentei, pois todos ainda estavam de pé. Pareciam esperar alguém. Olhei no salão a procura de alguém que não estivesse ali. Príncipe Ahren! Ele não estava. E a princesa Camille também não. Ela estava na festa ontem. Eu não conversei com ela, porque não sei falar francês. Acho que ela fala inglês, mas preferi não arriscar. E agora, nem ela nem Ahren estavam no café. Esperamos um pouco até que Maxon e America decidiram começar. O café da manhã seguiu silencioso. Fui olhando as pessoas no salão uma por uma. Até que parei em Kaden, pois ele me olhava. Ele mexeu os lábios falando: "preciso falar com você" sem sair nenhum som. Fiz que sim com a cabeça.

Quando as pessoas foram terminando, foram saindo. Até sobrar Katilyn, Kaden e eu. Katilyn falou:

- Quando terminar, vá até a sala de música do palácio. Vamos compor músicas para seu novo álbum e treinar para sua apresentação amanhã no Jornal. 

- Tá! - respondi.

Quando ela saiu do salão, perguntei a Kaden:

- O que você queria falar?

- Bom... Queria desabafar... Como você deve ter percebido, nem Ahren nem Camille vieram para o café. 

- Sim. E o que que tem? - perguntei indo em direção a ele.

- Bom, acredito que sou o único que saiba o que aconteceu. - falou me oferecendo o braço.

Enlacei meu braço no dele. E fomos caminhando até o jardim. A caminhada foi silenciosa, como se ele estivesse pensando em como falar o que ele precisava dizer. Quando sentamos no banco perto da porta  (chamamos de nosso banco), comecei a falar: 

- Mas o que você sabe?

- Camille voltou para a França.

- Já?

- Sim! E... - ele disse meio hesitante - Ahren foi junto.

Fiquei boquiaberta! Como assim? De uma hora para outra? E ele só avisou para o Kaden? Ele percebeu minha cara confusa e continuou:

- Ahren fugiu com Camille para a França.  Eles vão se casar. E Ahren me falou isso ontem na festa porque eu acabei ouvindo ele conversando com Camille, então ele disse que eu teria a função de acalmar a nossa família. Mas eu mesmo não estou calmo com isso. Tentei impedir, mas ele é meu irmão e quero que seja feliz. 

- Entendo - consegui dizer depois de alguns segundos me recuperando - Bom... O melhor a fazer é contar a verdade.

- Eu não posso. Minha mãe e Eadlyn vão me odiar eternamente por eu não ter feito nada. Eu sei que o certo a se fazer, mas não consigo. Prefiro que eles saibam naturalmente. 

- Então se é assim, você não tem com o que se preocupar. Vai cumprir a promessa que fez ao seu irmão. E tenho certeza que dará certo! Sua família não vai te odiar por causa disso. Você pode contar comigo, ok?

- Ok! Obrigado! Estava mesmo precisando de uma amiga para todas as horas...

Abri um grande sorriso quando ele falou isso. Então falei a verdade:

- Eu também. 

Ficamos conversando mais um pouco até eu me lembrar que teria que me encontrar com Katilyn.

- Kaden! Tenho que ir para a sala de música! Prometi a Katilyn! Desculpe! Depois podemos conversar? 

- Sim. Podemos fazer um piquenique a tarde, né?

- Sim! Ótima ideia! Só nós dois? - perguntei enquanto estávamos andando até a sala de música.

- Ah... Se não tiver problema... - ele disse um pouco corado.

- Não tem problema nenhum. Então nos vemos às... - falei esperando uma resposta.

- Três da tarde.

- Ok! - eu disse, e chegamos na sala -  Tchau!

- Tchau! 

Entrei e encontrei Katilyn organizando uma papelada. Me aproximei dela e perguntei:

- O que são esses papéis?

- É a papelada da sua turnê. Estou acertando o show nas outras províncias.

- Nossa! Não sabia que dava tanto trabalho...

- Pois é, fofa! - ela brincou - Vida de empresária não é fácil! Principalmente se eu trabalhar para uma menininha atrasada... Onde estava, criatura?

- Conversando com Kaden. Prometi a ele.

- Kaden? Que intimidade é essa? Pelo jeito já são bem amigos... - ela me olhou com "Aquela Carinha".

Corei. Mas porque? Não havia nada a esconder. Éramos só amigos... Não é?

- Sim... - tentei mudar de assunto - Bom, que tal começarmos? Quantas músicas você quer que eu componha? 

- Pelo menos uma.

Ficamos um bom tempo compondo, e o resultado foi a música: "When you were my man".

 

When You Were My Man

Mesma cama, mas ela parece um pouco maior agora
Nossa música no rádio, mas não soa igual
Quando seus amigos falam sobre mim 
Tudo o que isso faz é te colocar para baixo Porque seu coração quebra um pouco Quando você ouve o meu nome
E tudo soa como ooh, ooh, ooh, ooh, ooh 

Hmm... Jovem demais, burro demais para perceber
Que você deveria ter me comprado flores e segurado a minha mão
Devia ter me dado todo o seu tempo, quando teve a oportunidade
Me levado para todas as festas
Porque tudo que eu queria fazer era dançar
Agora seu amor está dançando, mas ela está dançando
Com outro homem

Seu orgulho, seu ego
Suas necessidades e sua forma egoísta
Fez com que uma boa, forte mulher como eu
Saísse da sua vida
Agora você nunca, nunca vai conseguir limpar
A bagunça que você fez
E dói-lhe cada vez que você fecha meus olhos
Tudo soa como ooh, ooh, ooh, ooh, ooh 

Hmm... Jovem demais, burro demais para perceber
Que você deveria ter me comprado flores e segurado minha mão
Devia ter lhe dar todo meu tempo, quando tive a oportunidade
Me levado para todas as festas
Porque tudo que eu queria fazer era dançar
Agora seu amor está dançando, mas ela está dançando
Com outro homem

Embora doa,
Você será o primeiro a dizer que você estava errado
Oh, eu sei que provavelmente é tarde demais
Para tentar se desculpar por seus erros Então, eu só quero que você saiba
Espero que ele me compre flores, espero que ele segure minha mão
Dê-me todo seu tempo, quando ele tiver a oportunidade
Me leve para todas as festas, porque você se lembra
Quanto eu adorava dançar
Faça todas as coisas que você deveria ter feito
Quando você era meu homem

Faça todas as coisas que você deveria ter feito
Quando você era meu homem

Faça todas as coisas que você deveria ter feito
Quando você era o meu homem

 

Katilyn já tinha sacado o porque da letra da música. Ela não conhecia Ryan. Nem sabia que eu tinha um namorado. O que ela sabia era que eu compunha as músicas com base nos meus sentimentos, então ela descobriu. Mas ainda bem que ela não falou nada! Só fez uma cara triste assim que terminou de ler a letra inteira. Ficamos em silêncio por uns segundos, até que Katilyn falou:
     - Vamos pensar no nome do seu novo CD!
     Eu já tinha 3 álbuns. Agora precisávamos gravar o quarto e decidir o nome. Ficamos discutindo por um bom tempo até que decidimos: "Feelings"*! Seria um CD com músicas expressando meus sentimentos. 

Depois treinamos algumas músicas que eu cantaria no Jornal amanhã. Olhei no relógio. Estávamos em cima da hora para o almoço! Saímos da sala. Katilyn precisava passar no quarto antes de ir para o salão de jantar. 

- Vai indo na frente! - ela me disse. 

Fui andando com calma até o salão, mesmo estando atrasada (como sempre). Encontrei Josie no meio do caminho. Começamos a conversar:

- Tem alguma coisa para fazer amanhã depois do almoço? - perguntei. 

- Hummm... - ela tentou se lembrar - Não! - respondeu com um sorriso. 

- Que bom! Então poderíamos fazer alguma coisa, né?

- Sim. Que tal... Andarmos a cavalo? 

- Nunca andei a cavalo antes. Mas deve ser legal! - confessei.

Fomos combinando o que iríamos fazer amanhã até chegarmos no salão. Entramos, sentamos e começamos a comer. Eadlyn ainda estava com cara de preocupada. Pelo jeito, ainda não tinha conversado com Kaden. Olhei para ele e vi que ele me olhava. Mas de um jeito diferente. Seu olhar estava profundo. Eu me sentia como se ele pudesse ler todos os meus pensamentos, sentimentos e segredos com um simples olhar. Tive que desviar o meu para não ficar hipnotizada. Depois que me "recuperei" tornei a olhar para ele e vi que ele movia o lábio formando: "precisamos conversar". Respondi com um sim movendo o lábio também. 

A porta do salão se abriu. Pensei que era Katilyn, mas não. Era Henri Jaakoppi, um dos selecionados. Disse alguma coisa em finlandês, que seu intérprete, que já havia chegado antes, traduziu:

- Ele pediu desculpas pelo atraso.

Depois de alguns minutos, Katilyn chegou, também pedindo desculpas pelo atraso. Ela sentou-se ao meu lado e começou a comer. Vi que ela estava meio tensa e perguntei o que aconteceu.

- Depois eu te conto...

Terminamos o almoço em silêncio. Todos foram saindo. Kaden também saiu, mas olhou para mim antes e mandou um sinal com a mão como se dissesse: "depois". Assim que a última pessoa do salão saiu, Katilyn desabou no choro. Não acredito que Katilyn Whites, a mulher mais forte que eu conhecia estava chorando daquele jeito. 

- O que aconteceu??? - perguntei preocupada.

- Thays! Eu não sei o que está acontecendo comigo! Desde que conheci o Henri comecei a sentir isso.

- Isso o que?

- Sei lá! É uma coisa estranha dentro de mim! Sempre que ele vem conversar comigo eu fico estranha. Meu coração fica acelerado e...

- Você está apaixonada! - interrompi.

Ela me olhou surpresa e disse:

- Não posso estar! O conheci a pouco tempo! Ontem, para ser mais específica. E eu não acredito em amor a primeira vista! É totalmente ridículo! 

- Claro que não! Amor a primeira vista existe sim! E isso aconteceu com você. Ou não, porque você sempre teve uma quedinha por ele.

- Sim, mas - ela disse corada - ainda sim foi muito rápido. E eu tenho medo disso. Não quero me apaixonar.

- Mas qual é problema? - perguntei - Você sabe falar finlandês muito bem.

- O problema é que ele é selecionado da Eadlyn. Podemos ser acusados de traição. E de qualquer jeito, não sei se ele sente o mesmo que eu. Não quero me machucar. 

- É... Eu sei como é se machucar por amor. 

Assim que disse isso, me arrependi. Com certeza ela ia querer saber mais! Dito e feito. 

- Por isso escreveu aquela música? Mas... Como foi? O que aconteceu?

- Bom... Eu estava namorando um cara e ele me traiu. Só isso. Mas o engraçado é que a garota que ele estava namorando, também não sabia que ele estava nos traindo. E... Agora somos muito amigas. 

- Quem é? - ela perguntou curiosa. 

- Minha criada Emma.

- Sério? Uau! Até que ela é bem bonita mesmo! E super simpática. 

- Sim... Mas você está mudando de assunto! 

- Foi você quem mudou! - Katilyn protestou.

- Está bem! Está bem! Mas... Você não precisa ter medo de amar. Converse com ele para saber sobre seus sentimentos. E se você tiver certeza que ele te ama, vocês podem conversar com a Eadlyn. Tenho certeza que ela irá entender. 

- Será? Eu sou praticamente uma estranha para ela! Chego na casa dela e "roubo" um de seus pretendentes! 

- Ei! Calma! A Eadlyn vai entender. Ela não vai ficar brava. O amor não é uma coisa que se pode controlar. Agora se acalma e vai conversar com o Henri. Vocês tem muita coisa para "acertar". Mas vai devagar, tá? Vocês acabaram de se conhecer! E olha, você pode contar comigo sempre!

- Está bem... Obrigada! Por tudo! É bom saber que sempre vou ter um ombro amigo para poder chorar e desabafar! E você também sempre vai ter o "meu ombro amigo", ok?

- Ok! Obrigada! 

- Imagina! - ela disse limpando as lágrimas e respirando fundo.

Katilyn deu um sorriso, como se estivesse encorajando a si própria, e saiu do salão. Dei um sorriso. Foi legal conhecer esse lado da Katilyn. Um lado que mostra que ela é "gente como a gente", que também tem pontos fracos. O estranho é saber que o ponto fraco dela é o amor.

Lembrei que Kaden precisava conversar. Fui até o jardim e o achei sentado no nosso banco. Me aproximei e pedi desculpas pela demora.

- Não tem problema. Só queria falar que não consegui criar coragem para falar com Eadlyn e com meus pais.

- Entendo... Mas saiba que você não tem culpa disso. Eu tenho certeza absoluta que eles não vão ficar bravos.

- Eu sei, mas... É difícil. Eu ainda sinto culpa por ter "deixado" ele ir.

- Calma - disse o abraçando - vai dar tudo certo. 
     - Obrigado - ele falou retribuindo o abraço - Eu gosto de ter você como amiga. Quer dizer, a gente se conheceu a tão pouco tempo e parece que passamos a vida toda juntos. O que é estranho é que parece que já vi você antes. Sem ser como cantora...
     - Tem razão. Eu também acho que já te vi, sem ser no Jornal Oficial... Enfim, eu também gosto de ter você como amigo. Poderia dizer: melhor amigo! Já que realmente parece que nos conhecemos desde sempre.

Seu rosto se iluminou quando eu disse isso. Ele deu um sorriso e disse:

- Você também é minha melhor amiga. 

Ficamos abraçados em silêncio por um tempo. Ele estava acariciando meus cabelos. Coloquei minha mão no peito dele e ficamos lá. Só ele e eu. Só eu e ele. Meu coração estava acelerado, mas não o suficiente para ele sentir.

Eu estava sentindo alguma coisa por ele? É o mesmo dilema da Katilyn, coração batendo rápido, se sente diferente perto dele. Quando estamos juntos parece que só existem nós no mundo. E é esse o sentimento que um apaixonado sente. Aí não! Apaixonada de novo! E pelo príncipe! Ele pode pensar que sou uma interesseira... Além de eu ter o conhecido ontem!

Saí dos meus pensamentos e lembrei do piquenique. Parei o abraço e disse que precisava me arrumar para o piquenique. Ele assentiu e falou que ia preparar o piquenique. Dei um beijo em sua bochecha e fui em direção ao meu quarto.

Entrei. Emma já estava lá e foi logo perguntando:

- Roupa para que "compromisso", senhorita? - parecia que ela me conhecia há anos! Já sabia que eu estava ali para procurar um look!

- Por favor Emma, somos amigas! Me chame de Thays. E o "compromisso" é um piquenique ao ar livre...