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História A Carta - Capítulo 3


Escrita por: galxticats

Notas do Autor


Olá~
Desculpa a demora, eu ando muito ocupada com o Colégio e as malditar dezessete matérias.
Fiquem com o capítulo

Capítulo 3 - Capítulo 3


Na casa de Changkyun ~

 

  O som estridente da campanhia ecoa pela sala, me tirando de meus pensamentos aleatórios. Eu estava sozinho em casa encarando aquela tela preta de minha televisão. Eu pensava sobre a carta, mas também não mentiria para mim mesmo que não conseguia me focar no assunto, pois Kihyun estava em minha mente. O garoto simplesmente dominou os meus pensamentos sem deixar qualquer outro entrar, até em minha cabeça ele é possessivo comigo! 

 

  A campanhia toca novamente. Eu estava tão perdido em meu mundo que havia me esquecido totalmente dela. Me levanto e vou me arrastando até a porta de casa. Eu estava terrivelmente cansado. Havia estudado tanto que em tudo que olhava, eu via algumas palavras que estavam em meus livros, tudo a minha volta parecia se associar a matéria. Estou ficando louco, só pode. 

 

  Finalmente chego a porta, a abrindo e me deparando com o meu baixinho. Ele estava extremamente bonito, como sempre. Acho que ao meu ver, ele sempre é lindo usando qualquer coisa. Com um sorriso bobo, lhe dou espaço para entrar. Pego as sacolas brancas que pareciam muito pesadas para suas pequenas mãozinhas gordinhas. O garoto havia corado com meu gesto, o deixando mais fofo. 

 

  O silêncio entre nós era extremamente agradável. Por mais que não houvessem palavras, nossos olhares se conversavam. Não sei bem o que dizer sobre essa ligação que temos, nem ao menos sei quando começou, parece que desde o primeiro dia que o vi já dava para notar que o que tinhamos era muito forte, mesmo que nem ao menos sabíamos o nome um do outro.

 

  Coloco as coisas na mesa e vejo pelo canto do meu olho o pequeno se sentar no balcão um tanto alto. Ando até seu corpo e abraço a sua cintura fina, ficando entre as suas coxas grossas. Parecia que nós eramos um casal de namorados. No mesmo segundo pensei em meu Appa, ele que tinha essa ideia louca sobre eu e Kihyun termos um caso. Será que toda aquela ideia louca de que eu gostava de Kihyun e ficaríamos juntos no futuro era verdade esse tempo todo? É, talvez aquele velhote não esteja tão louco assim. 

 

  Sou acordados de meus pensamentos por um aperto em minha bochecha vindo de Kihyun, me fazendo apertar mais nosso abraço para parecer que estava acordado, por mais que fosse mentira:

 

-O que tanto pensa, bebê? -Sua voz sai em um tom adocicado, quase me deixando desacordado novamente.

 

  Meu rosto é segurado pelas suas mãos fofas, me fazendo encará-lo nos olhos. Seus lindos e brilhantes olhos castanhos. Eu poderia me perder ali para sempre. Não me preocuparia com nada mais na minha vida, ficaria apenas desse jeito para sempre. Seus olhos me acalmam de um jeito um inexplicável. Cada toque de nossas peles, mesmo mínimo contato que seja, o arrepio que passa por todo meu corpo é tão bom e viciante, sempre me faz querer tocá-lo mais apenas para sentir aquilo. Meu coração sempre acelera apenas por estar ao seu lado. Sinto que terei um ataque cardíaco qualquer dias desses!

 

  Seus lábios selam minha bochecha direita, fazendo todos aqueles sintomas de bobo apaixonado voltar novamente. Sua boca abre em forma de sorriso. Eu não poderia ficar mais viciado:

 

-Changkyun, está me ouvindo!? -Ele fala de maneira exageradamente preocupada.

 

-Estou sim. -Sorrio levemente.

 

-Não parece. Vai me dizer ou não o que tanto pensa? - Eu nego e um bico se forma em seus lábios, como se estivesse emburrado por esconder os meus pensamentos.

 

-É segredo. -Sussurro.

 

-Yah! Nunca escondemos nada um do outro. -Seus braços se cruzam como uma criança birrenta.

 

-Desculpa, eu tenho medo de contar e estragar algo importante pra mim. -Admito cabisbaixo, vendo que o mesmo parou sua brincadeira e me abraçou.

 

-Quando quiser contar, estarei aqui. Sem pressão. -Diz carinhoso.

 

  Eu me sentia tão mal por esconder alguns assuntos dele. Kihyun sempre foi alguém totalmente aberto a mim. Nenhum detalhe sobre a sua vida é escondido, mas eu não sou assim. O que eu digo é pouco, sempre tento esconder os fatos. Eu não queria magoá-lo ao esconder meus sentimentos, jamais quis isso, mas eu tinha que fazer isso para proteger nossa amizade. Kihyun parecia triste, por mais que não dissesse, dava para ver em seu olhar. Me doía saber que machuquei meu pequeno, mas era melhor que o perder. 

 

  Não me imagino sem Kihyun. Já virou costume acordar e ter uma mensagem de bom dia em meu celular. Sempre animado, com letras maiúsculas acompanhado de um emoji. Junto uma foto de como acordou. Ele é extremamente lindo até quando acorda, enquanto eu, de manhã, pareço um daqueles mortos vivos da música Thriller e nem preciso de maquiagem, como os dançarinos precisaram. Já ele é tão radiante... Sempre com um sorriso brilhante. Sua pele é tão linda... Eu realmente 'to parecendo um bobo apaixonado.

 

  Volto meu olhar para as sacolas, me desfazendo de seu abraço e indo até a mesa. A sacola estava cheia de besteiras. Tinha tanto salgadinhos e doces que eu chorava apenas de pensar o quanto terei que fazer de academia para perder tudo o que irei engordar hoje. Sinto dois bracinhos curtos passarem por minha cintura e sua cabeça parar em meu ombro. Eu e Kihyun jamais nos desgrudamos. Nós tinhamos uma amizade muito carinhosa e isso ajudava a alimentar os pensamentos de meu pai. 

 

  Minha mãe nunca gostou muito do fato de que eu possa ser gay como meu pai sempre menciona. Por isso, tenho medo de admitir a eles que há uma possível chance de eu gostar de Kihyun. Minha mãe e eu temos um vínculo enorme, entao não quero arrumar confusão com ela, por mais que eu saiba que um dia terei que abrir o bico.

 

  No entanto, eu sei que enquanto puder, eu irei viver agarrado com Kihyun por todos os cantos da casa, pelo menos até minha omma chegar. Seu nariz aspira minha pele do pescoço, causando aquele arrepio gostoso e um friozinho na barriga:

 

-Seu cheiro é tão bom... -Ele diz simplista. Poucas palavras, mas meu coração pulava como se estivesse em uma bateria de escola de samba.

 

  Era sempre assim. Kihyun era muito carinhoso, mesmo que inconsciente, ele mexia muito comigo. Nunca soube se isso era proposital, mas que meus batimentos aumentavam apenas com suas provocações era verdade. Eu tentava esquecer esse sentimento por ele, apenas para prevalecer nossa amizade, mas ele sempre grudava em mim e me fazia esquecer dessa ideia besta, me deixando todo manhoso em seus braços. Os dias se passavam e vontade de tomá-lo para mim como namorado aumentava mais. Eu sempre me controlava para não selar aqueles lábios que chamavam tanto a minha atenção, mas as vezes era muito difícil. Ele parecia fazer propositalmente, sempre estava na sala de aula com aquela caneta na mão a levando aos lábios e a mordendo, me fazendo querer que fosse meus lábios sendo mordidos no lugar do objeto. 

 

  Me viro para Kihyun também cheirando seu pescoço, deixando um pequeno selar naquela área, vendo o pequeno se arrepiar e tremer em meus braços. Kihyun também tinha um cheiro muito viciante. Sempre me fazia querer estar ali aspirando seu doce perfume. Quando usava minhas blusas ou dormia em minha cama sempre deixava seu cheiro para trás, me fazendo sentir em algum outro momento.

 

  Levo meus lábios ao seu ouvido. Tentei pensar em algo para dizer, mas não vinha nada. Tentei usar a minha voz mais sexy possível, por mais que Kihyun dissesse que eu não precisava disso, pois ele acha a minha voz sexy de qualquer jeito. É, ele é bem sincero:

 

-O seu cheiro também é maravilhoso. -Mordo seu lóbulo levemente.

 

  Eu estava me soltando. Eu deveria me segurar antes que fizesse algum movimento perigoso. Eu achei que iria beijá-lo naquele momento. Meu coração batia rapidamente. Eu queria muito, tanto que tentei me aproximar, mas logo me afastei descartando a ideia. O pequeno treme novamente em meus braços e me abraça apertado, escondendo seu rosto em meu peitoral:

 

-Chan... Eu já disse para não fazer isso... Sua voz é muito sexy, até parece que quer me levar para cama apenas ao abrir a boca. -Ele ri com tal pensamento, mas meu coração para somente ao ouvir.

 

  Talvez ele esteja certo. Talvez eu tenha outras intenções apenas ao usar aquele tom de voz para ele, sabendo que o mesmo adorava ouvi-la. Deixei outro selar em seu pescoço, rindo contra o mesmo. Ele solta um arfar me deixando louco apenas ao ouvir aquilo. Pode parecer exagerado, mas para mim, vulgo adolecente cheio de hormônios correndo a mil por hora, aquele pequeno som havia causado uma fisgada em partes baixas, me deixando descontrolado por mais. Então, substitui selares por beijos mais longos em sua pele, deixando até marcas de chupões. 

 

  Eu não sabia a loucura que estava fazendo, eu deveria ter parado no primeiro beijo, mas ao ouvir seus gemidos baixos como resposta eu apenas o empurrei contra a parede, o prendendo ali. O barulho dos gemidos é cessado porque eu havia me desgrudado de seu pescoço pronto para ir aos seus lábios. Aquele lugar que eu queria tocar a tanto tempo. 

 

  A vida parecia agir contra mim, pois assim que me aproximei o som da porta sendo aberta se faz no local, me fazendo se afastar bruscamente e me agachar no chão, logo pensando na desculpa mais idiota do mundo:

 

-Aqui esta a sua lente Kihyunnie. -Finjo pegar algo e entregar em sua mão.

 

-A-a-ah! Obrigado, Chan. -Ele se vira para parede e finge colocá-la .

 

  Eu queria tanto rir. O momento parecia tão cômico, se não fosse trágico. Só que eu estava muito irritado para soltar qualquer vestígio de risada. Eu finalmente beijaria Kihyun, mas minha mãe havia chegado do trabalho justamente agora. Ela parecia ter notado o clima estranho entre nós e não era para menos. Kihyun e eu estavamos um de frente para o outro em completo silêncio. Ele encarava o chão como se fosse queima-lo e suas mãos estavam sendo apertadas uma pela outra. Eu encarava o teto como se tivesse algo interessante nele Minhas mãos estavam em minha cintura, as apertando como se descontasse todo meu nervosismo naquele local. Minha mãe estava entre a gente. Ela parecia tentar entender o porque de estarmos assim. Sempre que eu e Kihyun estamos juntos é barulho para todo lado. A gente grita como se estivéssemos conversando normalmente. Ela sabia que tinha algo errado, mas eu não me atreveria em falar:

 

-Abram logo essas bocas! Eu sempre digo para diminuírem o tom de voz, mas esse silêncio está me irritando de verdade. Eu nunca achei que ia pedir isso, mas falem algo! -Suas mãos param em sua cintura. Ela parecia indignada com nosso silêncio, logo ela que manda a gente calar a boca a cada cinco minuto.

 

-É-é... Acho que já está tarde. Eu vou embora. -Kihyun se dirige a porta, mas minha mãe segura seu braço.

 

-Kihyun querido, são duas da tarde. -Ela sorri para ele, como se dissesse que ele não é um incomodo.

 

-É que ele vai dormir em casa hoje! Ele precisa buscar as coisas cedo para que não anoiteça e ele tenha que ir no escuro. Sabe, é perigoso. -Digo a primeira coisa que vem em mente.

 

-Changkyun! Você nem ao menos me avisa!? Eu sei que o Kihyun já é de casa, mas me avisava para eu fazer algo especial para ele! -Sua mão deixa um leve tapa em meu braço. Se bem que de leve não teve nada.

 

-Desculpa omma! -Fiz aegyo para ser rapidamente desculpado, vendo um sorriso surgir nos lábios de Kihyun.

 

-Okay, mas só porque meu bebê é muito fofo. -Seus dedos apertam a minha bochecha, me fazendo bufar -Agora vai logo com Kihyun buscar as coisas dele enquanto eu preparo um café da tarde para a gente.

 

  Apenas aceno com a cabeça e levo Kihyun a porta. Eu estava com medo de encará-lo e de dizer algo. Eu queria saber o que ele havia sentido naquele momento, será que ele estava bravo comigo? Acho que não, ele não teria gemido... É tão estranho pensar no quão excitado fiquei tão rapidamente. Que efeito é esse que ele causa em mim? Abro a porta e deixo ele sair na frente, mas assim que faço menção de sair, a sua mão vai de encontro ao meu peito, me impedindo:

 

-Eu vou sozinho. Creio que ambos precisamos de um momento para pensar. Prometo voltar mais tarde. -Ele sorri tentando passar confiança.

 

-Não vou te deixar ir sozinho! As ruas são muito perigosas para vo... -Começo a dar meu discurso.

 

-Eu sei me cuidar Chan! Sou um garoto crescido e responsável. Agora vai preparar algo para fazermos essa noite que eu vou pegar as minhas coisas. -Seu lábios selam os meus de forma rápida, me deixando arrepiado apenas com o mínimo toque.

 

  O vejo ir correndo para sua casa. Seu pequeno corpo se distância rapidamente devido a sua velocidade. O ar que eu havia prendido foi solto rapidamente, tentando normalizar as respirações. O que parecia que nunca seria normalizado era meus batimentos. Eles estavam tão acelerados que achei que pulariam da minha caixa torácica. Minha mão foi de encontro aos meus lábios, colocando os dedos em cima deles. Eu ainda não acreditava no que havia acabado de acontecer. Vários sentimentos se passavam em minha cabeça, mas um entre eles se destacava, e era o amor.

 

  Com um sorriso bobo em meu rosto, subi para o quarto. Eu planejava colocar meus pensamentos em ordens, mas não achava isso necessário, eu havia certeza do que sentia. Então, resolvi fazer oque Kihyun falou, planejar uma noite divertida para nós dois.


Notas Finais


O que acharam?
Até o próximo capítulo^^


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