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História A Carta - Capítulo quatro


Escrita por: galxticats

Notas do Autor


Demorei? Imagina linda.
Desculpa ae galero, estou me aproveitando desses finais de semanas com feriados prolongados para escrever, mas ainda sim 'ta impossível.
Desculpa de verdade.
Espero que gostem do capítulo~

Capítulo 4 - Capítulo quatro



 Estavamos abraçados em meio a praça, mas minha mente estava bem longe do local onde nos encontrávamos. Havia milhares de palavras para serem ditas por mim, mas eu tinha medo de magoar meu pequeno, então apenas fiquei calado com ele em meus braços, mas não parecia que continuaria assim por muito tempo.

 Não queria que aquele momento acabasse nunca. Esperei bastante para sentir o calor de Kyunggie novamente, mas alguma hora eu teria que falar o que vinha em minha mente e essa hora seria agora. Com muita coragem, solto seu corpo quente, ficando apenas de frente para el que me olhou um tanto curioso:

-O Jisoo sabe disso? Que eu sou o pai dele? -Eu estava preocupado com o fato de isso se passar desconhecido pelo menino. O garoto parecia um rebelde, talvez pela falta que eu fiz na vida dele. Meu coração se partiu apenas ao pensar nisso.

-Eu nunca menti para ele, contei toda história e ele entendeu meu lado, mas ele não sabe que é você, apenas que é alguém que ele desconhece. -Kyung suspira. Será que o garoto tinha ódio de mim? Tudo menos isso.

-Kyung, se eu disser que estou bem com tudo isso, será mentira. Você tomou a decisão por mim, eu ia adorar cuidar do Jisoo. Agora eu perdi a vida inteira ao lado do meu filho, e não sei como ele vai me tratar após disso, nem sei como contar a Krystal e ao Changkyun, mas isso não quer dizer que vou esquecer esse assunto. Saiba que eu assumo nosso filho e hoje mesmo falarei com Krystal. -Tomo uma atitude. Eu sabia que seria difícil, mas eu tentaria, teria que tratar disso logo.

-Não! Tudo o que eu fiz foi para vocês ficarem juntos. Vocês são um casal perfeito! Estão destinados... -Kyung dizia tudo desesperadamente.

-Kyunggie... Meu lugar é ao seu lado, sempre foi e sempre será. Krystal é uma pessoa boa e merece toda a verdade. -Eu sabia que a machucaria, mas mentir para ela poderia doer ainda mais.

-JongIn... Isso é uma péssima ideia. Você tem que pensar bem, pensar no seu filho! Como ele ficará com isso tudo? -Kyungsoo ainda tentava me fazer mudar de ideia. Tsc, que baixinho insistente.

-Kyungsoo, ele vai me entender, ele me ama e quer o melhor para mim, como eu quero para ele. Agora fica calmo que eu vou resolver tudo isso. -O puxo de novo para os meus braços.

 Eu não sabia como enfrentaria a Krystal, tinha medo de ter uma briga feia na frente de nosso filho, não queria que ele passasse pela mesma situação que eu passava quando ainda era uma criança.

 Meu pai saía para trabalhar e voltava apenas de madrugado, sempre cheirando a bebida e perfumes diferenciados. Minha omma ficava acordada preocupada com ele e sempre que o mesmo chegava era uma grande discussão entre eles. Minha omma não queria brigar, jamais quis esse ódio na família, e sim queria protegê-lo, mas o mesmo ficava irritado com o tanto que ela se importava com a sua vida e gerava aquele fuzuê todo.

 

 Meu pai sempre foi alguém livre e nunca gostou que alguém mandasse nele, já minha omma era alguém que gostava de proteger e era possessiva com as pessoas que amava. Não era uma boa junção, claramente a saída deles foram o divórcio, mas depois de muito tempo brigando. Eu cresci ouvindo todas as discussões e perdendo o sono com as gritarias no andar de baixo. Eu prometi a mim mesmo que faria diferente quando tivesse um filho, que jamais o faria sofrer desse jeito, então eu sempre evitava o máximo uma briga.

 Meu relacionamento com Krystal não era ruim, éramos bons marido e mulher e sempre fomos muito unidos. Krystal foi alguém que me ajudou em meu pior momento, quando perdi Kyungsoo. Éramos amigos e meus familiares sempre quiseram que eu casasse com ela, mas eu evitava por Kyungsoo. Quando o perdi, ela me ajudou superar e eu aceitei a ideia de casar com ela, vi o quão ela era uma boa pessoa, não tinha interesses, apenas queria meu bem. Diria até que já senti algo por ela, mas nada tão forte como foi com Kyungsoo.

 Eu e Kyung nos conhecemos na faculdade. O pequeno havia se perdido no primeiro dia de aula e acabou se esbarrando em mim, que estava tentando sair da faculdade para matar aula sem que minha mãe percebesse. Eu não curtia muito administração, apenas fiz pela minha omma, para ajudá-la na empresa, mas com o tempo o curso foi me interessando e boa parte disso foi por Kyungsoo.

 Eu e ele viramos grandes amigos, diria que me apaixonei na primeira troca de olhares que tivemos. Foi uma cena típica que vejo nos dramas que Kyung assiste. Ele se esbarrou contra meu corpo e quase caiu, mas eu segurei a sua cintura. Aqueles pequenos segundos olhando um nos olhos do outro, foram o suficiente para me apaixonar.

 O problema era que eu sempre fui muito lerdo, não notei que gostava dele, ou pelo menos fingia não notar, também não notava que ele se interessava em mim. Foi um longo tempo até que notassemos o amor que sentíamos um pelo outro e depois disso não nos desgrudamos mais.

 Meu filho sempre fica irritado quando digo que ele e seu amigo Kihyun parecem um casal. Eu não digo por mal, ou para zua-lo, eu apenas o entendo. Eu vivi a mesma coisa com Kyungsoo, do mesmo jeitinho. Eu entendo bem tudo aquilo e sei que não irá demorar muito para que ele admita para mim o que sente por Kihyun.

 Minha blusa começou a ser molhada por gotas que caíam do céu, havia começado a chover, mas bem fraquinho. Kyung pareceu também acordar de pensamentos e olhar para mim. Pego a sua mão e começamos a correr pela praça como duas crianças em meio a uma brincadeira. As gotas que caíam pelo nosso corpo faziam uma pequena cosquinha. Estava tudo tão divertido até o primeiro trovão atravessar o céu. Por impulso, Kyung pula assustado em meu colo, afinal o som havia sido muito alto. Notei que ele havia começado a chorar, seria tão adorável se não fosse trágico:

-Vamos para o carro? -Ele assente levemente.

 Faço um pequeno impulso em suas coxas, o puxando para cima. Com ele em meu colo, abraçado ao meu pescoço como se eu fosse um ursinho, corro para o carro, o colocando no banco de carona e depois indo para o de motorista. A cena de Kyung molhado pela chuva era linda de se observar. Seu cabelo moreno molhado caindo sobre seus olhos, seus grandes lábios rosados entreabertos, sua pele com pequena gotas caminhando entre elas. Sua roupa colada ao corpo, aquelas coxas marcadas... Pelo bem de minha sanidade, resolvi parar de observá-lo.

 Seu olhar se encontra ao meu. Nossos corpos começam a se aproximar como se fossem imãs. Nossos lábios se grudam levemente, iniciando um beijo lento. Minha língua invade sua boca aumentando o ritmo do beijo. Com a minha mão ágil, o puxei para meu colo novamente, deixando a mesma em sua cintura. Suas mãos grudam em meus fios negros, os puxando levemente. Por falta de oxigênio, nos separamos, diferente de nossos olhares, que permaneciam juntos um do outro. Nossos peitos subiam e desciam rapidamente devido a falta de ar. Nossos lábios fartos estavam abertos, aproveitei a situação e iniciei um novo beijo na mesma velocidade do anterior.

 Minha mão invade sua blusa, apertando sua cintura quente. O contato havia feito o baixinho tremer, deve ter sido pela diferença de temperaturas que havia entre a gente. Minha mão sobe, passeando pelo seu tronco pálido até chegar ao seu mamilo. Desço meus lábios para seu pescoço, apertando seu pequeno botão ao mesmo tempo. Um pequeno gemido escapa pelo seus lábios, me fazendo sentir uma pequena fisgada em minha região íntima:

-Nini... M-melhor pararmos... -Diz com um tom manhoso.

-Fica difícil parar com você me pedindo desse jeito. -Sorrio, deixando um último selar em seu pescoço. -Estava com tanto saudade de ter esses momentos com você. Não sabe o quanto imaginei isso acontecendo novamente.

-JongIn! Tinha sonhos da gente se beijando enquanto dormia na mesma cama que a sua esposa? -Perguntou fingindo estar horrorizado.

-Não... Eu tinha sonhos piores. -Meu tom  malicioso era ressaltado em meio a frase dita.

-Nini! -Ele bate em meu peito e esconde seu rosto em meu pescoço. Tão adorável.

-Que saudade que eu estava de ouvir você me chamando de nini. -O aperto em meio de um abraço.

-Eu também estava com saudade de você... -Sua voz saiu manhosa como uma criança querendo carinho. -Nini.

 Seus lábios selaram o meu pescoço, causando um arrepio passando pelo meu corpo. Era tão bom ficar com o Kyungsoo. Eu me sentia um adolescente apaixonado. Eu queria ficar com ele para sempre e era o que eu ia fazer.

                     ������������

 Após deixar Kyungsoo em sua casa, eu fui em direção a minha residência pensando bem em como iria contar a Krystal sobre a volta de Kyung e toda esse revelação. Não que ela não o conheça, ela apenas tem a visão que ele era apenas um amigo. Por mais que ela tenha me ajudado quando eu estava sofrendo por ele, nunca havia deixado específico de quem eu tanto falava.

 Entrei em casa ouvindo barulhos vindo da cozinha, provavelmente Krystal estaria aquele cômodo. Decido evitá-la por um momento, não que eu tenha perdido a coragem, mas há outra pessoas que deverá ter ciência de tudo o que aconteceu e essa pessoa é Changkyun.

 Subo até o seu quarto, dando uma batida na grande porta de madeira branca antes de entrar. O meu pequeno estava mexendo em seu notebook na cama. Algo parecia o chamar muito atenção, mas preferi não perguntar para não invadir sua privacidade. Assim que o pequeno nota minha presença, ele fecha a tela de seu notebook e o coloca sobre a cama, voltando toda a sua atenção para mim:

-Chan querido... Eu preciso te contar algo. -Me sento na ponta de sua cama. Eu evitava me aproximar e não conseguia olhar em nenhum lugar além de seu piso amarronzado. Era como se ele me julgasse apenas com o olhar.

-Pode contar appa. -Ele se aproxima de mim, colocando a mão sobre meu ombro.

-Você não poderá contar para sua mãe, eu irei conversar com ela mais tarde. -O vejo assentir curioso -Chan... Lembra o cara da carta?

-Ah sim! Você conversou com ele, certo? Como foi? -Me sentia conversando com um melhor amigo e não meu próprio filho.

-Não foi uma das melhores conversas que ‘tive. Eu acabei descobrindo que tenho outro filho. -Vi seus olhos se arregalarem para fora -Eu também estou surpreso. Kyung e eu tínhamos algo antes de eu me relacionar com a sua mãe, mas ele foi embora e não me disse o porque. Hoje acabei descobrindo que ele estava grávido e não queria atrapalhar a minha vida com sua omma... Eu me sinto tão culpado...

 Changkyun estava estático, parecia perdido. Ele olhava para mim assustado, nenhuma evidência de ódio, apenas foi pego de surpresa como eu. Seus pequenos braços passam pelos meus ombros em forma de um abraço carinhoso. Com a confiança passada através de seu abraço, começo a chorar em seu ombro enquanto ele acariciava meus fios negros.

 

 De fato, essa é uma cena difícil de se ver normalmente. Eu e Changkyun sempre fomos, além de pai e filho, como melhores amigos e tratamos um ao outro como tal. Somos muitos apegados. Normalmente, eu acalmava Changkyun. Quando ele ficava com medo no meio das noites, quando tinha problemas na escola, quando brigava com Kihyun... Eu sempre era seu ombro amigo, mas nunca esperava que haveria minha vez.

 Meu filho tentava me acalmar com palavras de conforto. Era bom saber que mesmo com toda essa situação, Changkyun não havia ficado com raiva de mim, muito pelo ao contrário, ele parecia estar ali para me apoiar para sempre:

-Seja sincero comigo. -Tiro meu rosto de seu ombro e o encaro -Você ainda o ama?

 Essa pergunta havia feito com que eu congelasse. Eu havia superado, eu tinha certeza disso e tempo para eu ter certeza não faltou, mas quando vi aquele pequeno na minha frente novamente, foi como se todos os anos em que achei que amava Krystal verdadeiramente parecessem mais como se fosse eu tentando provar para mim mesmo que havia o esquecido, que podia amar outra pessoa, mas eu estava completamente errado. Eu tinha que ser sincero com Changkyun, assim como seria com Krystal. Eu os amo, convivo com eles como uma família bonita, eles me amaram mesmo quando eu não tinha certeza que era isso que eu queria para mim. Changkyun merece a verdade de mim:

-Eu o amo muito. Eu tentei... Tentei esquece-lo, tentei provar a mim mesmo que conseguiria amar outra pessoa além de Kyung, até achei que tinha dado certo! Mas Kyung volta e me prova que eu estava errado... Não que eu nunca amei a sua mãe! Eu só... Sinto que não me dei por inteiro, eu a amei, mas não inteiramente.

-Appa... Eu não irei brigar com você por causa desse filho. Eu entendi bem o seu lado e sei que a omma também irá te entender, mas... O que me dói é saber que você vai embora de casa... Me acostumei a viver com você, appa. Sabe, será difícil acordar e não o ver na cozinha preparando o café com aquele sorriso animador. Ir à sala e não o ver dançando SHINee. Quando eu ficar desanimado, eu não ter você pra me levar para jogar boliche... -Seus olhos começaram a lacrimejar, logo descendo as pequenas gotas pelo seu rosto.

-Ah meu bebê, não chore, se não eu vou chorar junto! -O puxei para um abraço apertado. -Não sei se vou morar com ele, ainda tenho que me apresentar para meu filho como o pai dele que está sumido há anos. Eu tenho que conversar bem com Kyungsoo. Outra coisa, se eu me mudar, você poderá me visitar quando quiser, dormir lá...

-Eu não sou louco. Jisoo mora lá! E se ele me assassinar enquanto eu durmo? -Seu corpo treme levemente apenas ao mencionar o nome do garoto.

-Para de ser dramático! Eu também era assim com Kyungsoo, mas atrás daquela pessoa fria, ele é um amor e uma fofura. -Digo bobo.

-Ai meu deus. Não quero ter que ver você bobo apaixonado desse jeito, credo. -O nojo em sua voz era visível, mas logo é trocado por um sorriso.

-Estava pesquisando no notebook que estava tão focado? -Puxei assunto.

-Eu estava pesquisando coisas para fazer com Kihyun essa noite. -Engasgo com o ar ao ouvir a resposta. -N-n-não esse t-tipo de coisa!

-Que tipo então? -Começo a rir da sua cara envergonhada.

-Brincadeiras tipo festa do pijama ou coisas como jogos de xbox, apenas pra passar o tempo. -Se explica ainda envergonhado.

-Então ele dormirá aqui?

-Eim. Appa, eu acho que o senhor estava certo esse tempo todo. Eu gosto de Kihyun. Hoje eu tive um ataque de hormônios com ele na cozinha, mas quando fui finalmente beijá-lo, a mamãe entrou na cozinha e eu tive que mentir que estava procurando a lente de contato do Kihyun. -Ele desabafou. Até tentei ficar sério, mas após a ouvir a desculpa terrível dita por ele, eu comecei a gargalhar alto.

-N-não... Acredito... Que tipo de desculpa é essa? -Continuo gargalhando.

 A porta do quarto é aberta, revelando Krystal com uma bandeja cheia de biscoitos e leite:

-Posso saber do que tanto dão risadas? -eEa diz sorridente, colocando as bandejas sobre a cômoda e se sentando ao meu lado.

-Sobre a lente caída de Kihyun. -Volto a rir.

-Tadinho Jong! O garoto não enxerga bem e você ainda o zoa? -Diz inocente, desferindo um tapa em meu ombro, causando mais gargalhadas.

-V-vou comer os biscoitos. -Ele se levanta envergonhado e experimenta o doce.

-Krystal, nós precisamos conversar. -Digo sério.

-Certo, então vamos ao nosso quarto. -Bate a mão levemente em suas coxas e se levanta -Qualquer coisa, não hesite em nos chamar bebê.

-Vai bebê. -Sussurro para meu filho, em meio de uma risada baixa, vendo sua língua sendo mostrada antes de fechar a porta.


 Arrumo minha postura brincalhona, pois agora tudo ficaria sério. Era agora ou nunca. Eu torcia para que nada de ruim acontecesse, mas parecia tão inevitável.


Notas Finais


Então queridos, foi isso. Espero que tenham gostado ^^
Uma perguntinha, vocês conhecem algum capista disponível? Se souberem, me avise.
Até o próximo capítulo.


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