História A Casa do Lago - A surpresa do Tae - Parte 1

      Jungkook POV

 Hoje eu acordei... Sozinho. Por alguma razão desconhecida por mim, o Tae não estava na cama me abraçando e isso me deixou preocupado. 

 Quando eu vi que ele não estava do meu lado, me levantei. Percebi que tinha um bilhete no criado-mudo que havia perto da cama. 

 " Bom dia, meu coelhinho. 

 Me desculpe por sair sem te avisar e sem te dar bom dia, eu até dei, mas não quis te acordar. Tive que resolver umas coisas, mas volto antes das 10:00. Não pense que vai se ver livre de mim por muito tempo. Bom, eu tenho que ir agora. 

 Beijos. - Tae. "

 Ai que fofo, meu coração aqueceu agora.

 Bom, eu não posso exigir que ele dedique todo seu tempo a mim até porque ele não me deve nada e de qualquer forma, logo logo ele estará de volta. 

 Fui tomar um banho e fiquei pensando em tudo que vem acontecendo. O hyung é tão carinhoso, não me aguento. 

 Parece que eu gosto mais dele a cada dia e isso é bem assustador, não achei que fosse possível. Eu não tenho controle nenhum sobre mim quando o assunto é Kim Taehyung e a imensidão de sentimentos onde caí quando o conheci. 

 Acho que ficar pensando em tudo isso não importa muito porque só de poder dizer que eu gosto dele sem ter receio do que ele pode vir a pensar, já me sinto bem.

 Claro que eu queria que ele também gostasse de mim porque não existe coisa melhor do que amar e ser correspondido mas... Tudo que o hyung faz me deixa feliz. Acho que nunca sorri tanto em um espaço de tempo tão curto. Tudo o que eu tenho a fazer é agradecê-lo. 

 Depois de mais um tempo pensando, eu acabei o banho, terminei de fazer minha higiene e me vesti. Quando sai do banheiro, o acastanhado já havia retornado. 

 — Kookie! — em seu rosto surgiu aquele sorriso lindo que tanto aprecio, ele abriu os braços e veio em minha direção, me abraçando. — Bom dia, meu coelhinho! 

 — Bom dia, hyung. — respondi contente por ver que ele já tinha voltado. 

 — Eu fui o primeiro? 

 — Como assim o primeiro? 

 — O primeiro a te dar bom dia.

 — Ah, foi sim. — sorri.

 — Ah, que bom! — sorriu novamente e passou a mão na minha bochecha. — Para mim é muito importante que eu seja sempre o primeiro. 

 — Por que? — perguntei sem entender.

 — Porque sim! 

 — Aish, seu bobo. — me deu um selinho, e eu, claro que dei umas tremidas né.

 — Posso ser bobo, mas eu te adoro. — por que você fala essas coisas para mim? O coração sente e aperta na batida. — Você já está arrumado. — concluiu ao me analisar.

 — Sim, eu não tinha nada para fazer sem você aqui então fui me arrumar mesmo.

 — Você sentiu minha falta? — perguntou risonho e eu somente desviei o olhar e ignorei.

 — Eu... Posso perguntar onde você estava? — indaguei meio receoso. Para ele não ter me chamado não deve ser da minha conta, não é? 

 — Mas é claro. Você pode me perguntar tudo o que quiser, Jungkookie. 

 — Então... Onde você estava?

 — Eu juro que em dias normais eu responderia, mas hoje eu não posso porque é uma surpresa. 

 — Surpresa? 

 — Sim. Hoje eu quero sair com você, pode ser? 

 — Pode, mas... A gente já não sai juntos todo dia? Não entendi. 

 — É que hoje vai ser diferente. Tipo, só nós dois. — ergui as sobrancelhas. — Você verá. — O que exatamente eu verei?

 — E... E para onde iremos? 

 — Já disse que é uma surpresa. Agora você só vem comigo. — sorriu e entrelaçou nossas mãos me puxando para fora do quarto.

 Fomos andando juntos até certo ponto, onde ele parou. Não entendi bem o porque de sua parada, era literalmente um bosque ali. Só tinha mato.

 — Agora você não pode ver mais. 

 — Como não? 

 — Eu vou te levar. — ele parou atrás de mim, cobriu meus olhos com as suas mãos e saiu me guiando. 

 — Taehyung hyung, você está me levando para o bosque?

 — Talvez. 

 — E por que estamos indo até lá? 

 — Você já ouviu falar em piquenique? 

 — Sim, ué.

 — Então já sabe do que se trata. — respondeu óbvio. 

 — Mas por que vamos fazer um piquenique? — eu realmente não sabia onde ele queria chegar com isso.

 — Jungkook! Você não gosta de piqueniques? 

 — Eu nunca fiz nem participei de um, mas se vamos comer, tudo bem por mim. 

 — Então pare de ficar fazendo perguntas, menino. 

 — Aish, hyung. Se eu vou ver quando chegarmos lá, qual a finalidade de cobrir os meus olhos? Você quer que eu caia nesse chão, é isso?

 — Claro que não! Você que está pensando besteiras aí. Eu não posso fazer uma surpresa para você?

 — Poder pode, mas eu queria saber o motivo. 

 — Não falta muito, é só você continuar andando que logo logo saberá. 

 — Aish, tudo bem. Só não vai me derrubar.

 — Não vou.

 Continuamos andando por aproximadamente mais uns 10 minutos (sei lá, sei nem para onde estou indo, quem dirá que horas são) e eu não disse mais nada porque acho que o Tae não me iria me responder mesmo. O que me restava era esperar. 

 — Você não disse que já estávamos chegando, hyung? 

 — Disse, Jungkookie. — respondeu bufando. Pode bufar, querido. Minhas pernas já estão doendo, tenho meus direitos para fazer os questionamentos.

 — Então por que estamos andando sem parar até agora? 

 — Pronto, Kookie. Já chegamos, seu apressado. — ele finalmente tirou as mãos do meu rosto. 

 — Até que enfim! 

 — Aish, só para de reclamar e da uma olhada aí. O que você acha? Sou um bom organizador de piqueniques? — disse apontando para seu "piquenique".

 Sinceramente, estava bem melhor que um piquenique qualquer. Estava bem arrumadinho. Havia uma toalha estendida no chão com uma pequena mesinha em cima. Haviam também umas almofadas para que pudéssemos nos sentar. 

 — Poxa, Tae. Que bonitinho! 

 — Gostou? 

 — Eu adorei, mas... Por que fez tudo isso? 

 — Eu queria fazer algo diferente com você. — eu queria perguntar "por que" mas já usei tanto isso hoje que acho que ele iria embora e me deixaria aqui se eu perguntasse mais alguma vez. — Bom, acho que você não tomou café ainda. Deve estar com fome.
 
             — Eu estou. 

 — Como eu sei que você é formiguinha e gosta de um doce, tem bolo aí. Pode sentar e comer. 

 — Aish hyung, você é o melhor. 

 Havíamos sentando e estávamos comendo quando percebi uma coisa. 

 — Calma, as coisas que você tinha dito que precisava resolver... Era isso? 

 — Era. 

 — Hyung, por favor não me bate por continuar te fazendo perguntas mas... Por que? — eu tinha que questionar, né? Eu tentei mas não dá para entender as coisas assim. 

 — Acho que como você estava com fome, não olhou muito bem para a mesa. Ou mais especificamente, não olhou para o que tem em cima dela. 

 Com a sua frase, parei de observá-lo e desviei meu olhar para a mesinha, só percebendo agora que havia uma carta sobre a mesma. 

 — O que é isso? — perguntei confuso agora segurando a carta.

 — Por que não abre? — perguntou sorrindo. Gente, a confusão aumenta a cada segundo. 

 — Ahn, vou abrir então. — a observei em minhas mãos por mais um momento e comecei a abrir seu envelope. 

 Continua...