História A Casa do Lago - Taehyung e sua cultura inovadora

   Taehyung POV

 Que frio do capeta. O clima aqui muda muito rápido. Sério, deve estar fazendo uns -13 graus. Só não morri de hipotermia essa noite porque fiquei abraçando o corpo quentinho do Jungkook. 

 Em dias frios eu já tenho dificuldade para levantar e ter que lidar com a frieza do chão, com um Jungkook quente nos meus braços fica mais difícil ainda sair da cama. 

 Eu provavelmente voltaria a dormir se já não tivesse perdido o sono e se não tivesse acabado de ter uma ideia genial. Eu não conseguiria voltar a dormir e uma hora ou outra o Kookie acordaria mesmo. 

 — Jungkookie. — dei um beijo na sua nuca pela posição em que estávamos. — Acorda bebê. 

 — Oi hyung — fez uma voz manhosa e se virou para mim ainda de olhos fechados.

 — Bom dia, né?

 — Bom dia. — ele abriu somente uma de suas orbes negras e ficou me observando. Adorável. Me aproximei para dar um beijo em sua testa e percebi que seu rosto estava frio.

 — Seu nariz está gelado e vermelinho.

 — Com um frio desse, está tudo gelado. 

 — Eu sei que esta um frio horrível mas não podemos dormir o dia inteiro, não é? 

 — Não podemos? — ele perguntou fazendo um biquinho. 

 — Claro que não! Quando eu penso que você está vencendo seu sedentarismo você me vem com essa.

 — Você vive dizendo que quer passar o dia abraçadinho comigo, não posso dormir enquanto sou abraçado? 

 — Não. E nós vamos passar o dia abraçadinhos, só que não aqui na cama. 

 — Onde então? 

 — Nós podemos assistir alguma coisa abraçadinhos lá na sala de filmes. O que acha? 

 — Só vou aceitar porque assistir filme abraçadinho é programa de namorados. — levou suas mãos até meus ombros e deu um beijinho na minha bochecha. Aish, o Jungkookie é muito fofo.

 — Você adora fazer programas de namorados, não é? 

 — Eu... Adoro fazer qualquer coisa... Com você... — ele desviou o olhar e suas bochechas ficaram vermelhinhas igual a seu nariz. 

 — Eu adoro quando você fala coisas fofas para mim. Na verdade, tudo em você é fofo. 

 — Hyung, não sei se você percebeu, mas eu estou passando por um processo de tentar não corar e você não está facilitando. 

 — Desculpe? 

 — ... Nós vamos nos levantar agora?

 — Sim. — ele se levantou e separou uma roupa para usar. 

 — Só você mesmo para me fazer levantar de uma cama quentinha para tomar banho nesse frio.

 — Boa sorte? 

 Jungkook entrou no banheiro e eu fui, para variar, ler o meu livrinho.

 Eu estava lendo um capítulo intitulado "A pressa é inimiga da perfeição".

 O capítulo falava que um erro muito comum é partir direto para a penetração, esquecendo das estimulações prévias que o passivo precisa para se preparar. 

 "Carícias, mãos e boca por todo o corpo, beijo grego… Não importa. Há preliminares para todos os gostos, o interessante é que você use e abuse delas."

 Certo, então eu tenho que inovar. Não posso ficar parado. Tenho que tocar o Jungkookie.

 "O parceiro lembrará de você não apenas pela forma com que mete, mas, principalmente, pelo conjunto de satisfações que proporciona, do início ao fim."

 Então não pode só chegar e meter. Mais uma vez, tenho que inovar.

 "Muitos ativos se preocupam só com o seu prazer, sem se importar como vai o do outro. Na cabeça dura de muitos, a satisfação do passivo está apenas em tomar vara e ponto. Poucos se interessam em tocar, chupar, perguntar, acomodar e buscar posições que aumentem a conexão com a outra pessoa."

 Inovar, posições, carícias, fazer ele gostar e inovar.

 "O ideal é que vocês gozem juntos."

 Eu não só vou gozar junto com o Jungkook como eu vou fazê-lo gozar primeiro. 

 Sinceramente, tem bastante informação para absorver. 

 Eu sei que ficar lendo isso aqui me faz uma pessoa terrivelmente pervertida mas sabem o que eu aprendi com esse livro? Que sexo gay também é cultura. 

 Será que é errado eu ficar tarando o Kookie? Espero que não, porque é uma coisa que eu ando fazendo muito. E ele é meu namorado, amo ele e essas coisas vão acontecer mesmo.

 Eu estava tão entretido estendendo meus sex skills que só percebi que o moreno havia saído do banho quando ele se deitou do meu lado. 

 — Sobre o que é esse livro, hyung? — foi ele deitando e eu fechando o livro. 

 — Ahn, é sobre pessoas e culturas inovadoras. Bom, eu já fechei. Assim eu posso tomar meu banho logo para comermos e termos nosso programa de namorados. 

 — Então vai logo por que eu quero que nosso programa de namorados aconteça agora. 

 — Okay, meu coelhinho. — dei um jeito de esconder o livro e fui tomar meu banho. Não sou louco de deixar o Kookie descobrir as coisas que eu ando lendo. 

 Quando sai do banho, chamei o menor para que saíssemos para o café da manhã e depois seguíssemos para a sala de filmes.

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           — Tem algum filme que você queira ver, Tae? — perguntou enquanto analisava as opções.

 — Não. Pode escolher, bebê. 

 — Na verdade eu não conheço nenhum desses aqui. Vou mandar uma mensagem para o Baek para ver se ele tem algum filme para indicar. — ele pegou seu celular e enviou a mensagem. — Ele disse que tem uns filmes legais em sua mala e que quando ele se levantar, ele nos traz.

 — Certo, mas enquanto ele não vem, podemos começar algum desses aí.

 — Então vou escolher esse aqui porque parece não ser muito velho. — levantou uma das caixas com DVDs.

 — Tudo bem. — ele colocou o filme e veio se sentar junto a mim no sofá. 

 — Kookie, senta aqui. — bati em minhas coxas. 

 — No seu colo? — perguntou surpreso. 

 — Sim, eu disse que ficaríamos abraçadinhos.

 — Ahn, okay. — ele me olhou meio desconfiado mas veio.

 Aish, até ele me olha desconfiado. 

 Só porque eu estou lendo um kamasutra eu deixo de ser uma pessoa do bem? Acho que ruim eu não sou mas... Foi uma boa ideia chamar o Jungkookie para sentar no meu colo? Depende do ponto de vista.

  No começo eu fiquei realmente o abraçando enquanto nós assistíamos, só que o filme era de terror e com o tempo eu cansei de ver o capeta matando as pessoas na TV. 

 Quando parei de prestar atenção no filme, eu fiquei pensando na vida. Ou melhor, fiquei pensando que eu tinha o Jungkook no meu colo. 

 Péssima coisa para se pensar.

 Eu ficava pensando no livro e em como eu queria fazer aquelas coisas com ele e aconteceu o que? Kim Taehyung ficou duro. 

 Duro. Gente, que merda, sério. 

  Eu não tenho nem como me justificar, não dá para falar "ah esse filme é muito delicia, acontece, Kookie". Só tinha gente morrendo no filme todo, como que eu fiquei duro? 

 A minha preocupação de agora é que o Jeon logo logo vai perceber. E se ele ficar com vergonha?

 Ele vai pensar que eu sou o maior tarado, e o pior é que eu sou mesmo! 

 Eu prendi a minha respiração e fiquei pensando em formas de acalmar o meu amigo.

 — Tae? — ai caralho, ele percebeu. 

 — O-oi? — merda. 

 — Você... 

 — Eu...? — ele se virou (e eu tive uma pequena morte quando senti seu peso no meu colo) um pouco, olhando para mim e começou a rir. Por que ele 'tá rindo, porra?

 — Você 'tá duro?! — ele perguntou rindo incrédulo.

 — Eu? Duro? Claro que não! — comecei a rir nervoso. 

 — Não? 

 — Não. 

 — Então o que é isso embaixo de mim? 

 — Isso...

 — Você 'tá duro! 

 — Ai me desculpa, eu 'tô mesmo! Pênis tem vida própria! Por favor não fica triste comigo. — ele começou a rir novamente. POR QUE ELE 'TÁ RINDO???

 Fiquei com raiva agora.

 — Se é tão engraçado, por que você não me ajuda a resolver isso aqui? — o puxei e o virei totalmente, fazendo ele ficar com uma perna de cada lado do meu corpo. Ele parou de rir e arregalou seus olhos. 

 — H-hyung... — agora que eu fiquei alterado o Jungkook tímido resolve voltar a se manifestar. Agora já é tarde. 

 — O que foi? Não é mais engraçado? — perguntei sério. 

 O Jeon ficou me encarando aflito e eu achei que ele iria se levantar ou se afastar, sei lá, qualquer coisa, mas ele me surpreendeu... Me beijando. 

 Ele me puxou e passou a me beijar ardentemente. Levou suas mãos aos meus cabelos e ficou os puxando com seus dedos. Eu e o Jungkookie ainda não havíamos trocado beijos assim... Mais intensos. Eu já estava excitado, ele me beijava de forma desesperada, acabou que eu me desesperei também. 

 Levei minha mãos até sua cintura e tentava a todo custo, trazer seu corpo para mais perto. Com o tempo que foi se passando, o Jungkook começou a se mover sobre meu colo, e isso estava me enlouquecendo. Aquele frio todo pareceu ir se dissipando e eu fui descendo minhas mãos. Quando alcancei sua bunda, apertei com força. 

 O fôlego estava acabando mas eu não queria parar. Fui desacelerando nosso ósculo mas voltei com tudo. Comecei a lamber seu lábio inferior e logo depois dei uma mordiscada no mesmo, o prendendo e o puxando entre meus dentes. 

 Quando não aguentamos mais, separei nossos lábios e levei os meus para seu pescoço. Não me contive em marcar aquela tez clarinha e ao mesmo tempo que beijava e mordia sua epiderme, adentrei minhas mãos em sua calça, dessa vez tendo contato com sua bunda sem pano algum me atrapalhando. Quando apertei suas nádegas, o moreno arfou. E foi esse arfar que me fez voltar a consciência. 

 — Kookie, não podemos.

 — Por que não? 

 — Nós estamos no sofá da sala de filmes, eu não tenho nada para te preparar aqui e o Baekhyun pode chegar a qualquer momento. 

 — Tae... — fez uma voz manhosa e passou a mexer na gola da minha camisa com suas mãos.

 — Não faz assim, Kookie.

 — Aish, tudo bem. — me deu um último selinho e saiu de cima de mim, se sentando ao meu lado. — Você promete que continuaremos outro dia? 

 — Claro que continuaremos.

 — Okay. 

 Passei meu braço sobre seu ombro e voltamos a assistir aquele filme chato. 

 — Kookie? 

 — Hm? 

 — Eu te amo. — ele olhou para mim e sorriu.

 — Eu também.

 Hoje, eu aprendi com o meu livro cheio de cultura, que "A pressa é inimiga da perfeição". Eu sei que às vezes eu fico meio atacado mas... Eu não preciso ter pressa com o Jungkookie. Nós temos todo o tempo do mundo e, com ele, eu quero fazer tudo perfeito. Não me importo de esperar mais um pouco.