- Eu vou sentir tanta saudade de vocês!! - Baekhyun berrava em meio a um abraço comigo e com o Tae.
- A gente também, Baek. - disse enquanto retribuía o abraço triplo. O Byun me soltou e pulou no pescoço do Kim.
- Quem que eu vou irritar agora, TaeTae? Com quem que eu vou implicar se não com tu, peste? - gritava escandalosamente enquanto agarrava o Taehyung.
- Você encontra outra pessoa para irritar fácil fácil. - e era essa a tentativa de consolo do maior.
- Mas você era meu alvo favorito, eu amo você! - consegui ver lágrimas descendo pelas bochechas do Byun, e gente, eu fiquei bem triste.
- Também amo você Baek. Mesmo você sendo empata foda irritante. Amo você. - o Kim retribuía seu abraço e eu conseguia ver seu semblante tristonho.
Estávamos todos tristes. Eu odeio despedidas com todas as minhas forças. E o Baek e o Soo estavam indo para Gyeonggi, não moravam em Seul como eu e Taehyung. Então provavelmente demoraríamos a nos encontrar novamente.
Baekhyung largou o acastanhado e se jogou em mim, literalmente. E se jogou com fé, quase caímos no chão.
Por que as pessoas fazem isso comigo? Eu sou sempre jogado dos lugares, ou alguém se joga em mim, ou se esconde em mim, ou eu caio. Por que as coisas são assim? Não entendo.
Tive que ficar o segurando em meio a sua algazarra.
- O que eu vou fazer sem o meu Kookinho? Quem eu vou constranger e para quem vou contar os babados da vida?
- Existe uma coisa bem legal chamada Skype. Ou FaceTime se você preferir.
- Mas não é a mesma coisa.
- ...
- Eu vou ficar com muita saudade. - continuava a pestanejar mas... Tadinho, ele estava chorando.
- Eu também.
- Tae, ele disse que vai ficar com saudade de mim. - dirigiu sua atenção para o castanho ainda sendo segurado por mim.
- É, eu ouvi. - riu de seu semblante choroso.
- Ele me ama. Não podemos ser separados. Acho que não conseguirei mais sobreviver.
- Okay, Baek. A gente também te ama, também sentiremos saudades, mas já pode sair de cima do Jungkookie. - veio em nossa direção e tirou o Byun de mim, me puxando para si logo em seguida.
- Mas você é um ridículo, Taehyung! - gritou indignado.
- O Jungkook é meu e só meu, eu tenho ciúmes. - respondeu óbvio e fez uma careta para o Byun que ficou mais indignado ainda, revirando os olhos.
- Foi graças a mim que vocês deram o primeiro beijinho, fui eu quem dei a ideia do Kookinho escrever a carta, fui eu que entr-- Taehyung não o deixou terminar.
- 'Tá, 'tá. Eu quero saber do Soo hyung. Onde ele está?
- Você é muito mal agradecido, Kim Taehyung. Ingratíssimo!
- Cadê o Kyungsoo? - perguntou mais uma vez.
- Ele foi levar minhas malas para o ônibus, mas já está vindo.
- Coitado. O hyung é você e ele que se ferra. - repreendeu o Kim.
- Coitado nada, não vem com esse mimimi de hyung e dongsaeng de novo não que eu ele vive me batendo. Só apanho nessa vida.
- Talvez você mereç--
- Talvez eu nada! Cala a boquinha, Taehyung. E olha ele vindo ali. - apontou para Kyungsoo que caminhava até nós.
- Baek, o ônibus só está nos esperando. - revelou triste.
- Eu estou lastimável, personificação da tristeza, o bagaço da laranja. - deixou que mais algumas lágrimas descessem e voltou a nos abraçar. - Você também tem que se despedir deles, Soo. Vem para o nosso abraço.
Kyungsoo veio e ficamos todos abraçados e tristes, deprimidos. Foi uma tragédia.
- Nós vamos visitar vocês qualquer dia. Também vou sentir muita saudade. - Kyungsoo sorriu uma última vez em meio ao abraço e pegou a mão do Baek, o puxando para o ônibus.
Eles entraram, se sentaram, acenaram pela janelinha e por fim... Partiram.
Quando o veículo saiu do meu campo de visão, Taehyung sorriu tristonho, passou seu braço pelos meus ombro e voltamos para a casa.
O ônibus onde eu e Tae iriamos viria mais tarde, portanto fomos procurar algo para fazer.
Nossas malas já estavam feitas e o dormitório organizado, como da primeira vez em que entramos nele. Não havia nada para fazer no quarto então optamos por ir ao pequeno playground nos fundos da casa.
Sentamos nos balanços e permanecemos em silêncio, mesmo que de mãos dadas.
O clima estava nublado, o céu estava em um completo cinza e eu estava bem deprimido por ter que ir embora.
Senti que estava sendo observado e me dirigi ao Kim, que me olhava com uma expressão indecifrável. Sorriu minimamente e quebrou o silêncio.
- Parece que vai chover. - desviou seu olhar para o céu por alguns momentos, logo voltando a me olhar.
- É... - eu não tinha muito o que falar. Não agora, ainda estava triste.
- Você lembra da primeira vez que viemos aqui? - assenti com um movimento positivo. - Nós tiramos uma foto nesse balanço. - indicou com o queixo o assento onde eu estava sentado.
- É, eu me lembro. Você ficou me mandando fechar os olhos para "sorrir espontaneamente". - ri ao me recordar de suas maluquices.
- Sim, foi isso mesmo. Você já revelou a foto, não é?
- Já sim. Deve estar lá na minha casa com a minha mãe.
- Quero ver esse seu álbum depois.
- Tem varias fotos suas. E minhas. Fotos nossas. - se aproximou com seu característico sorriso quadrado adornando seus lábios e me deu um selinho.
- Naquele mesmo dia, antes de virmos para cá, estávamos deitados conversando. E você me perguntou como estava minha situação já que vim aqui para resolver o que quero da minha vida, resolver o meu futuro. Eu me recordo que você disse "Seja lá o que você escolher, vai dar tudo certo. Você é uma pessoa incrível". - sorri timidamente sem saber como responder. - Você me tratava muito bem e, naquela época, eu não entendia o motivo.
- Eu... Já gostava de você nesse dia.
- E eu, idiota, não percebia. - riu sôfrego e me olhou mais uma vez. - Bom, me desculpe.
- Esquece isso, hyung. Já faz tanto tempo. O importante é que você é o meu namorado hoje, e que eu gosto de você e você gosta de mim, não é?
- Eu amo você. - sorriu docemente e uniu nossos lábios mais uma vez. Seu beijo era tão bom, eu nunca cansaria de ter seus lábios unidos aos meus.
Quando nos separamos, ainda mantivemos nossas testas juntas.
- Mas me diz, agora que você tocou no assunto. Esse é o nosso último dia aqui. Já sabe o que quer para o seu futuro, Tae?
- Mais ou menos. - soltou risadas falhadas.
- Defina mais ou menos.
- Sobre profissões, faculdades, essas coisas... Ainda estou em dúvida.
- Então, o que você já sabe? - questionei sem entender.
- A única coisa que eu não quero, é um futuro sem você. O resto não importa. - respondeu sorridente e certo de suas palavras.
Como que se responde a algo assim? Só sentia borboletas - fazendo um estardalhaço, diga-se de passagem - no meu estômago.
- Tae. - o fitei sem conseguir me conter e dei uma de Baekhyun, levantei do balanço em que estava e me joguei em cima do castanho, o abraçando desajeitadamente. Ouvi seus risos e logo fui retribuido. - Eu te amo tanto.
- Eu também amo você, meu coelhinho. - me afastei minimamente para poder ver seu rosto.
Aish, ele parecia tão feliz. Só de pensar que é por minha causa, me sinto realizado. O beijei mais uma vez e quando nos separei, ele simplesmente sorriu.
Com Taehyung, a qualquer momento surgem sorrisos. Sorrisos meus, sorrisos dele, risadas... Cara, eu amo isso. É tão incrível nossa relação em meio a todos esses sorrisos. Não trocaria por nada. Nada mesmo.
Estava pensando nisso até ele dirigir seu olhar para o relógio de pulso que usava.
- Eu adoraria ficar aqui, te beijando nesse balanço até o quebrarmos com o nosso peso, mas... Parece que já deu nossa hora. - mostrou-me o objeto e já havia chegado o horário de irmos para o ônibus. Sai de cima do seu corpo e me levantei. Estendi minha mão e ele a pegou.
- Temos que ir agora. - sorri triste pela hora ter chegado.
- Sim. Mas vai dar tudo certo.
- Eu sei.
- ... Bom, vamos? - assenti e nos dirigimos ao veículo.
É triste quando você não quer ir a algum lugar mas depois não quer mais sair. É triste e engraçado. Mas faz parte da vida e com Taehyung junto a mim, eu sei que realmente dará tudo certo.
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