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História A Casa do Lago - Ônibus


Escrita por: bonjourtk

Notas do Autor


Olá pessoinhas!

Capítulo fresquinho da madrugada para vocês. Esse será o último com clima de despedida, os próximos já voltam animadinhos.

Só isso.

Perdoem os errinhos e boa leitura!

Capítulo 29 - Ônibus


Fanfic / Fanfiction A Casa do Lago - Ônibus

 Olhei mais uma vez para tudo que estava deixando para trás e pensei no quanto sentiria falta disso, sentiria tanta falta desse lugar. 

 Enquanto observava a casa, antes de entrar naquele ônibus, senti um pingo gélido molhando meu rosto.

 Fitei o céu por instantes e todo aquele cinza nublado parecia desbotar, estava - finalmente - chovendo.

 Eu não ficaria na chuva, portanto segui Taehyung e o arrastei aos últimos bancos do corredor. 

 Últimos bancos porque eu estava de luto e pessoas tristes gostam de mostrar que estão tristes. Pelo menos eu, quando triste, gosto.

 Me sentei ao lado da janela e fiquei assistindo melancolicamente a água da chuva escorrendo pelo vidro. 

 Essas gostas são as minhas lágrimas. 

 Ave maria, eram coisas desse patamar que se passavam pela minha mente neste momento. Para vocês terem ideia de como eu estou triste, até por causa das gotas de água eu estava fazendo drama.

 Jeon Jungkook estava vivendo um dos dias mais deprimentes de sua vida, coitado. 

 Estou até poético perante todo o meu drama.

 Enfim...

 Após sentarmos o castanho levantou a divisão dos bancos e assim eu pude abraçá-lo. 

 - Você parece bem triste. - comentou enquanto alisava o meu rosto.

 - Eu estou bem triste. - revelei em meio a meus pensamentos dramáticos. - Eu odeio despedidas. E odeio quando as coisas acabam. Sinto um vazio enorme. 

 - Eu também não sou fã de despedidas mas... Pense que foi ótimo. Fizemos amizades novas, saímos da zona de conforto e tentamos coisas diferentes. E o mais importante, foi aqui que eu conheci você. - sorriu em uma tentativa de me reconfortar. Mas foi só uma tentativa mesmo, apesar de tê-lo sorrindo para mim, ainda estava deprimido. - Não fique triste.

 - Foi ótimo e aconteceu tudo isso mas... Aish. Eu vou morrer de saudades do Soo dando foras no Baek, e do Baek gritando "Kookinho" a qualquer momento em qualquer lugar e... Vou morrer de saudades de você. 

 - Do Soo e do Baek eu entendo, mas de mim? Ainda estou aqui. - disse sem compreender o que eu havia dito.

 - Você está aqui agora, mas quando voltarmos, você vai para a sua casa e eu para a minha. - disse entristecido e fiz um beicinho. 

 - Mas é só por hoje, bebê.

 - Mas vou sentir sua falta. - adverti.

 - Ficamos 6 meses fora, Jungkookie. Sua família deve estar louca para te ver, assim como a minha. Amanhã já nos encontraremos novamente. 

 - Eu sei, mas você não entende o que quero dizer. 

 Nos separaríamos de tarde quando chegássemos e só nos veríamos amanhã. Pode parecer pouco mas acho que nunca ficamos tanto tempo separados desde que nos conhecemos. Eu não conseguia parar de pensar em como seria passar um dia sem o hyung, nunca pensei que pudesse me tornar tão dependente de alguém. 

 - O que eu não entendo? 

 - É que eu nunca liguei para coisas assim. Nunca me importei com relacionamentos, namoro, gostar de alguém. - soltei uma risada sôfrega. - Mas quando aconteceu... Eu... Acho que não consigo passar um dia sem você. 

 Taehyung sorriu abertamente, segurou meu rosto e deixou um beijo no meu nariz. 

 - Você é tão fofo. - deixou um selar em meus lábios. - Tão lindo. - uniu nossos lábios mais uma vez e por fim nos separou. - Não aceito que você fique triste. 

 - Sinto muito, mas eu já estou. E... você viu o que eu disse? 

 - Que sentiria minha falta? 

 - É... Eu disse isso tão espontaneamente. Antes eu não conseguiria me comunicar assim. 

 - Você mudou, Jungkookie. E mudou para melhor. - o senti deixar um beijo no topo da minha cabeça. Kim Taehyung é tão carinhoso. 

 - Por que? Por que eu mudei? 

 - Porque você me ama! - respondeu convicto e ergueu as sobrancelhas. Kim Taehyung é carinhoso e convencido. Revirei meus olhos com seu comentário mas não neguei seu beijo. Permiti que ele me beijasse suavemente e deixei uma mordidinha em seu lábio inferior, o que o levou a rir em meio ao selar.

 - E o pior é que eu amo mesmo. - proferi com palavras sinceras.

 - Eu também amo você. E como imaginei que estaria tristinho, eu te trouxe uma coisa. - tirou uma barra de chocolate do seu bolso e me entregou. 

 - Tae! - exclamei feliz. 

 - Cuidado com as cáries, viu? 

 - Aish, obrigado. - fiquei até animado agora.

 - De nada, Kookie. 

 - Sério, obrigado. 

 - É só um chocolate. 

 - Mas você se preocupou em comprá-lo para mim. 

 - Sim. Me preocupei porque eu me importo com você. - comprimi meus lábios tentando conter um sorriso tímido e desviei o olhar. - E me preocupei também porque nessa última semana eu queria ser atencioso e romanticozinho.

 - Obrigado de qualquer forma, namorado. - abri a embalagem e passei a degustar do doce.

 Quando finalmente comi toda a barra e já me sentia melhor, me dirigi ao acastanhado que continuava sorrindo para mim. 

 - Ainda temos tempo aqui no ônibus, hyung. Quero aproveitar esse tempo abraçadinho conversando com você.

 - E sobre o que iremos conversar? - perguntou enquanto retribuía meu abraço.

 - Por que não me fala um pouco sobre a sua família? - Taehyung se voltou a mim e assentiu. 

 - Bom, tem a minha mãe, o meu pai e o meu irmão mais velho que é louco para te conhecer. - riu um pouquinho e logo continuou. - Saudades dele. 

 - Por que ele é louco para me conhecer? - fiquei curioso, Taehyung vive falando de seu irmão. 

 - Ele disse que te acha fofinho. 

 - Mas ele nunca me viu. 

 - Na verdade ele já te viu sim. Nós fizemos um FaceTime enquanto você dormia.

 - O que? 

 - FaceTime, video chamada. 

 - Você me filmou enquanto eu dormia? 

 - Não. Bom, mais ou menos. - disse em meio a risadas mas não vi graça alguma naquilo. - Eu estava tentando me filmar, mas estava te agarrando então você meio que apareceu. 

 - Aish, não acredito que você fez isso comigo. 

 - Não foi nada demais, coelhinho. 

 - Eu sou feio dormindo. - falei e um bico se formou em meus lábios. 

 - Não é não, eu te vejo dormindo todo dia e acho a coisa mais linda. 

 - Aish. 

 Apesar de Taehyung e eu ficarmos discutindo sobre eu ser lindo dormindo ou não, tivemos um bom tempo juntos. 

 E eu vou contar um negócio para vocês, eu não gosto de viajar de ônibus. Não gosto mesmo. Quando você entra no veículo, já sente logo de cara um cheiro ruim. Fora que qualquer trajeto parece uma eternidade, o tempo não passa e eu fico enjoado. Entretanto, porém, todavia, quando eu estava com Kim Taehyung lá dentro do transporte, não me senti incomodado. 

 Sério, por que? Por que caralhos essas coisas acontecem? Eu amo ele mas, porra! Até andar de ônibus com aquele retardado é bom. Me sinto tão bem que se torna uma situação bizarra. A única justificativa que encontrei foi: nenhuma. Não tem justificativa. Eu só sou estupidamente apaixonado pelo Taehyung. Sua companhia é tão boa que me esqueço do resto do mundo.

 Passou tão rápido, quando vi, já havíamos chegado. Já tínhamos separado nossas malas e estávamos indo pegar um táxi. Dois na verdade. Destinos diferentes, táxis diferentes. 

 Aish, voltamos para Seul e minha tristeza voltou também. Não queria ficar longe do hyung e já estava sofrendo em antecipação. 

 O acastanhado me puxou até o ponto de táxi e... Soltou a minha mão. Eu 'tô bem triste.

 - Parece que é aqui que nos separamos. - sorriu triste para mim e eu assenti com um movimento positivo. 

 - É, parece que sim. - disse tristonho e abaixei minha cabeça. - Tchau, Tae.

 Já estava me virando e iria entrar em um dos veículos quando Taehyung me segurou. 

 - Onde você pensa que está indo? - perguntou me fitando indignado. 

 - Hm? 

 - Eu quero meu beijo de despedida! - exclamou aborrecido e me puxou para perto de seu corpo. 

 - Ah, me desculpa. - ri fraquinho e o beijei. O deixei aprofundar o selar e inclinei minha cabeça para que pudéssemos ter mais contato. Senti seus braços me envolvendo e o retribuí com ternura. Seu beijo era tão doce e tão bom que a cada toque, eu me sentia mais triste por ter que entrar em um daqueles táxis e ir embora. 

 Quando findamos nosso ósculo, aí sim eu fiquei péssimo. 

 O castanho somente abriu a porta do carro, me ajudou a guardar minhas coisas e sorriu.

 - Não faz essa carinha não, prometo que já já nos veremos novamente. - assenti e entrei no carro. 

 - Até amanhã, Tae. 

 - Até amanhã, Kook. - fechei a porta do carro, passei o endereço para o taxista e segui para a minha casa. 

 Estava ansioso para reencontrar minha família, mas sem o Tae... Queria dizer mais uma vez, que eu 'tô bem triste. 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado e até o próximo!

Beijobeijo


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