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História A Casa dos Loucos - Vencer o Passado-Parte 1


Escrita por: LadyD0ll

Notas do Autor


Faaaaaala galera maravilhosa! Tudo suave? Pois é, acabei não postando capítulo na quarta! Mas eu prometo compensar. Ah! Este e os dois próximos capítulos serão narrados por mim, ou seja, em terceira pessoa.

Capítulo 13 - Vencer o Passado-Parte 1


Fanfic / Fanfiction A Casa dos Loucos - Vencer o Passado-Parte 1

O inverno tinha começado há poucos dias, e a neve já caía. Na frente de um orfanato podia-se ouvir um choro de bebê, talvez abandonado para morrer. Felizmente, uma freira escutou, e então abriu a porta da frente vendo o bebê em uma cestinha.

-Meu Deus!-disse a freira pegando a cestinha-pobre criança! Abandonada neste frio!

A freira levou a cesta com o bebê para dentro, e percebeu um bilhete dentro da tal cesta. O bilhete não dizia o porquê da criança ter sido deixada lá, tudo que tinha no bilhete era um nome.

-"Charlotte"... -leu a freira em voz alta.

Anos depois...

Já se faziam 5 anos desde que Charlotte chegou no orfanato. Charlotte, apelidada de Charlie pelas enfermeiras, era uma garota animada que passava boa parte do tempo correndo pra lá e pra cá, o que era um contraste com boa parte das outras crianças do orfanato. Apenas dois jovens eram tão animados quanto ela: os gêmeos John e James.

Os três eram praticamente um time. James entrava em encrenca, John costumava encobrir as travessuras e Charlotte estava sempre livrando os dois dos problemas.

-Ei! Charlotte!-disse James indo até a jovem junto de John.

-O que foi?-Charlotte disse olhando para os dois, que estavam com as roupas cobertas de terra.

-Nós vimos um campo aberto perfeito pra apostar corrida!-disse James.

-Só que a gente se suja pra chegar lá-completou John.

-Eu percebi-Charlotte disse olhando eles de cima a baixo

-E então? Vamos?-os gêmeos disseram em um coro perfeito.

-Mas é claro!-Charlotte disse com animação e os três saíram correndo sem que as freiras vissem. Pelo menos foi o que pensaram, pois  freira Madeleine viu muito bem os três saindo de fininho.

Eles passaram por algumas árvores até chegarem no tal campo. O lugar era enorme, Charlotte deduziu que nenhum dos três conseguiria correr por aquele lugar todo sem se cansar.

Eles marcavam algumas árvores e então corriam até elas e voltam pro ponto de partida. Eles fizeram isso por algum tempo, até que decidiram descansar. John e James se deitaram na grama sem pensar duas vezes, enquanto Charlotte se sentou não muito longe deles.

-A Madre Superiora vai se irritar com a gente-Charlotte disse reparando em suas roupas, que estavam incrivelmente sujas.

-Ah tudo bem! Só vamos ter algumas tarefas a mais como castigo!-John disse calmamente-Agora relaxa um pouco, Charlotte!

John mal tinha acabado de falar e eles ouviram barulhos estranhos. Os três se levantaram assustados tentando saber de onde vinha o barulho.

-Isso são...-Charlotte falou olhando pra os gêmeos.

-...tiros-James completou preocupado.

-O que fare-Charlotte foi interrompida por um barulho de tiro muito próximo, e as crianças se jogaram no chão. Mesmo sendo crianças, aqueles três conheciam a dor da guerra.

Logo, o lugar pacífico em que eles estavam brincando se tornou mais uma parte do campo de guerra da Segunda Guerra Mundial. Charlotte se arrastou para trás de uma rocha ali perto, mas acabou perdendo John e James de vista.

-John?! James?!-Ela gritava, porém os barulhos ensurdecedores dos tiros acabam abafando sua voz.

Ela via vários oficiais passarem por ela sem nem ao menos percebê-la, enquanto a mesma tapava seus ouvidos na esperança de abafar os sons dos tiros.

Aquele momento pareceu uma eternidade, até que Charlotte sentiu um dos homens puxá-la com força pelo braço. Ela gritou de dor até que sentiu o cano de uma arma encostar em sua cabeça.

-CESSEM FOGO OU EU ATIRO-gritou o homem. O silêncio se fez no campo-NÓS CERCAMOS O ORFANATO, SE TENTAREM QUALQUER COISA EU ATIRO NELA E MANDO MATAREM TODOS DO ORFANATO!

-É MENTIRA!-Charlotte gritou-NINGUÉM CERCOU O ORFANATO!

-Calada!-o homem disse apertando mais a arma contra a cabeça da jovem.

Charlotte estava com lágrimas nos olhos e percebeu que nem eram muitos homens que estavam ali, atirando. 10 homens contra 15, no máximo.

-Esperem!-Uma voz que Charlotte conhecia bem disse. Era a freira Madeleine, que a encontrou na porta do orfanato, e que Charlotte tratava como mãe-não machuque a garota! Ela não tem nada a ver com isso!

-Quieta, mulher!-O homem disse e atirou na freira. Nauquele momento, Charlotte sentiu que tudo ficou sem som, porém, ela percebeu que alguém atirou na cabeça do homem que estava ameaçando mata-la, o mesmo que tinha acabdo de matar a mulher que Charlotte chamava de mãe.

O caos se reinstalou no lugar. Charlotte se jogou no chão aos prantos, esquecendo completamente do perigo que corria, agora que estava desprotegida.

Seja lá contra quem estivessem atirando naquele momento, os soldados britânicos venceram. Alguns soldados foram até ela, querendo saber se a mesma estava machucada, mas ela não conseguiu responder. James e John correram de trás das árvores até a freira, e os gêmeos também começaram a chorar.



Ao voltarem pro orfanato acompanhados dos soldados, eles não levaram o castigo que esperavam, mas foram abraçados pela Madre Superiora e por várias outras freiras. Um dos soldados contou à Madre o que houve com Madeleine, e disse que fariam um enterrou digno para aquela servidora de Deus.

No dia seguinte, John, James e Charlotte se encontraram no jardim do orfanato e ficaram sentados no chão, enquanto outras crianças brincavam sem ter idéia do que aqueles três tinham visto.

-É tudo culpa minha-Charlotte disse, quebrando o silêncio entre os três-se eu não tivesse deixado vocês irem até lá, a freira Madeleine não estaria morta.

-Não, nós é que não deveríamos ter te mostrado aquele lugar...-James respondeu triste.

-Não é culpa de ninguém!-John disse se levantando e ficando à frente de Charlotte e James-eu já cansei de perder quem eu amo! De agora em diante, não vamos nos separar! Estaremos unidos, pra sempre!

-É mais fácil falar! Não podemos fazer planos com essa guerra acontecendo!-Charlotte falou quase chorando-nós podemos... podemos até mesmo... morrer!


-Ah... Mesmo quando criança eu já pensava na morte como algo óbvio... então foi a partir daí que eu me tornei a madura do grupo? Eu não gosto disso... por que? Por que eu tenho que lembrar disso?! Por que?! Quem está me fazendo lembrar disso?! Seria melhor se eu... Apenas esquecesse isso... seria melhor se eu... Apenas.... morresse?


Notas Finais


E aqui finalizo mais um capítulo, dessa vez contando um pouco da infância da Charlotte. Para quem não percebeu, o último parágrafo é o pensamento da Charlotte, ou seja, tudo isso foi uma lembrança dela. Bem, é isso!
Um beijo, dois abraços e FUUUUUI!


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