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História A Caveira de Cristal - Quidditch


Escrita por: LiliRosen

Capítulo 14 - Quidditch


Capítulo 13 – Quidditch

 

Novembro de 1991

 

As Aulas de Poções continuaram tranquilamente para o trio. Bom, tão tranquilas quanto era possível com as iminentes explosões dos caldeirões de Neville e os sarcasmos do Professor Snape.

 

Nessa aula em particular, Neville tremia por todos os lados perante a mera presença do Morcego, como lhe haviam chamado os gémeos, pelos vistos o seu irmão Charlie podia ter deixado a escola esse ano, mas a sua influência sempre permaneceria. O trio optou por escolher uma mesa bem longe do Herdeiro Longbottom, apenas para poder evitar quaisquer prováveis eventualidades, com propriedades possivelmente catastróficas.

 

Draco olhou para o Pequeno Leão e pensou que seria irresponsável deixá-lo lidar sozinho com aquele desastre. A última vez que o jovem Gryffindor explodira um caldeirão, havia ficado coberto por postulas em toda a extensão dos braços e parte das mãos, ao ter querido proteger o seu rosto no último momento.

 

O loiro sentou-se ao lado de Neville para desconcerto de serpentes e leões. Era sabido que aquele era o local mais perigoso no recinto da extensão de toda a Sala de Aula. Pansy e Blaise tentaram convencê-lo a sentar-se com eles como sempre fazia. Perante a negativa, Blaise afastou-se deles a deitar fumo pelas orelhas, literalmente, e a rogar pragas a Longbottom.

 

À medida que a aula avançava, Draco vigiava Neville e explicava pacientemente cada passo do processo da elaboração do Antídoto a Venenos Comuns, enquanto isso Severus avaliava a poção bem de perto para transtorno do morenito.

 

Severus aproximou-se a Neville para analisar a coloração da poção, fazendo com que este soltasse um ingrediente erróneo dentro do caldeirão. Ante a exclamação do Gryffindor, todos os alunos começaram a enfiar-se debaixo das respetivas mesas, aguardando pela já tão habitual explosão, mas tal nunca se concretizou.

 

Waddiwasi! ― conjurou Draco, expulsando o ingrediente, que se encontrava em queda livre, contra a parede da sala.

 

Os estudantes levantaram-se sem saber o que havia passado.

 

― O que é que estão a olhar feitos trolls? ― cuspiu o Mestre de Poções ― Quero amostras etiquetadas de todas as poções em cima da minha mesa ao finalizar a aula!

 

― Obrigado ― murmurou Neville a Draco, sem que ninguém se apercebesse. Bom, quase ninguém, certa mirada esmeralda presenciou todo o processo do início ao fim, ao não ter tido oportunidade de se agachar a tempo.

 

oOo

 

No Salão Principal, durante o decorrer da hora de almoço, Harry decidiu que já chegava de admirar o seu Querubim de longe e aproximou-se à mesa das serpentes, sendo recebido com miradas incrédulas, acompanhadas de um engenhoso insulto por parte de Zabini, que logo foi posto no seu lugar pelo Herdeiro Malfoy.

 

Antes que o Herói pudesse dizer algo, Ron levantou-se da mesa dos leões e cruzou o corredor que o separava de Harry para começar a repreendê-lo.

 

― Que pensas que estás a fazer ao falar com as serpentes?

 

― Mas se ainda nem sequer o deixaste dizer uma palavra sequer…? ― gozou Zabini.

 

― Ninguém falou contigo, pequeno Death Eater!

 

O silêncio tomou conta do salão e Dumbledore iniciou o seu conhecido teatrinho sobre querer a paz e cooperação entre as Casas. Harry aproveitou a oportunidade e estendeu a mão a Draco, pendido-lhe para que fossem amigos, ao que o loiro sorriu e estreitou a mão do moreno de olhos esmeralda.

 

Ron bateu o pé contrariado e saiu do Salão Principal, sendo seguido de perto por Hermione. Dumbledore fingiu um sorriso e tentou usar Legilimens em Draco, sendo recebido por uma tormenta de pensamentos que lhe deram uma tremenda enxaqueca pois não conseguia acompanhar o ritmo dos pensamentos do menor dos Malfoy.

 

Draco franziu a testa impercetivelmente ao sentir o intruso que se havia infiltrado na sua mente e decidiu que, como bom Malfoy, devia ser bem educado e dar-lhe as respetivas boas-vindas, pelo que expulsou-o da sua mente para consternação do velho, que o olhou desconfiadamente, recebendo em resposta um sorriso inocente de quem não sabe o que fez de errado e porque o estão a ver como se fosse um gato que comeu o seu adorado canário.

 

oOo

 

O dia tão esperado por toda a população da escola havia finalmente chegado… O primeiro Jogo de Quidditch que abria a Temporada, Gryffindor vs. Slytherin.

 

Harry não tinha conseguido comer, por culpa do nervosismo, muito menos pregar olho durante a noite anterior. Oliver Wood interrompeu o seu pequeno-almoço para lhe dizer que a equipa precisava de reunir-se para poder preparar-se para o jogo. O menino assentiu e levantou-se para seguir o Capitão da sua Equipa.

 

oOo

 

O apito soou e as vassouras decolaram. Harry sobrevoou o perímetro do estádio e localizou primeiramente o seu mais recente amigo, o seu Anjo e um sorriso aflorou sem que o pudesse evitar, mas logo se apagou ao ver que o loiro estava acompanhado daquele horrível rufia Zabini.

 

Espantou os pensamentos negativos da sua mente e localizou de seguida os seus amigos leões que gritavam a todo o pulmão.

 

Regressou então a sua atenção ao jogo e começou a procurar a escorregadia snitch. Depois de um bom bocado reconheceu o brilho inconfundível do outro lado do estádio e voou ao seu encontro. Quando uma bludger saiu do nada e quase o atingiu, mas de alguma forma a vassoura desviou-se sozinha e começou a atribular-se quase jogando o apanhador ao chão, no processo. Harry fazia o seu melhor esforço para não ser expelido da sua Nimbus, que pairava a metros e metros do solo. Não queria imaginar quão catastrófica seria aquela gigantesca queda!

 

Hermione, que via tudo pelos binóculos, assegurou a Ron que Snape era o responsável de enfeitiçar a vassoura de Harry. Cedeu os binóculos a Ron e dirigiu-se o mais velozmente que pôde até ao compartimento das arquibancadas, onde se encontrava todo o Corpo Docente.

 

Enquanto isso, Zabini clamava a toda a voz:

 

― Decide-te de uma vez! Se vais cair fá-lo rápido, já me estou a cansar disto ― disse Blaise para diversão de Crabbe e Goyle. ― O teu bailezinho está a começar a tornar-se repetitivo e extremamente aborrecido ― exclamou, recebendo um golpe na nuca por parte do Dragão. ― Auch!

 

Tal ato só o fez odiar ainda mais o imbecil de Potter. Não suportava a atenção que Draco dispensava para com aquele Duo de Inúteis, Potter e Longbottom.

 

Hermione deslizou-se por detrás das arquibancadas até conseguir localizar os pés de Snape e lançou um encantamento que incendiou a sua capa. Snape levantou-se, empurrando Quirrell no processo, que caiu de forma espalhafatosa em cima de outro professor.

 

Harry retomou o controlo da vassoura para alívio de certo loirinho e raiva de certo italiano. O moreno de orbes esmeralda viu o apanhador de Slytherin perseguir a snitch e uniu-se a ele, recebendo um valente encontrão como receção de boas-vindas.

 

A snitch, não gostando de estar a ser perseguida, iniciou uma manobra em picada, que logo fez o Slytherin desistir da persecução, mas nem por isso a Harry. O Gryffindor colocou-se de pé sobre a Nimbus 2000 e esticou o braço, caindo para a frente.

 

O publico segurou a respiração… e Harry cuspiu a snitch. Os Gryffindors explodiram em vivas, gritos e afins.

 

― Oh! Por favor, isso não conta! ― exclamou Zabini ― Foi sorte de principiante! Onde é que já se viu apanhar a snitch com a boca? Um pouco mais e ele tê-la-ia engolido. Quanto muito, não foi ele que a apanhou e sim a snitch que voou na sua direção. É injusto, ele teve a vitória praticamente numa bandeja de prata.

 

Draco sacudiu a cabeça em negação às palavras do seu amigo e sorriu discretamente.

 

oOo

 

Na Sala Comum de Gryffindor, o ambiente era festivo. Hermione puxou o Harry para um canto e contou-lhe as suas suspeitas sobre Snape.

 

No dia seguinte, o tema por um leve descuido saiu em frente do Draco e este negou-se a acreditar neles.

 

― O Professor Snape nunca faria algo assim.

 

― Mas eu vi-o com os meus próprios olhos.

 

― E quem te garante que não mal entendeste a situação? ― perguntou Draco indignado.

 

― Mas, Draco, Hermione viu-o, não foi alguém que lhe contou e sim ela que viu… com os seus próprios olhos ― disse Harry.

 

― Assim que… concordas com ela? ― perguntou ligeiramente irritado com uma sobrancelha levemente arqueada.

 

― Já viste que sim, Malfoy. Porque é que não deixas de nos chatear de uma vez!? ― exclamou Ron com voz venenosa, jogando mais lenha na fogueira.

 

― Está bem! ― disse para depois virar-se para Harry ― Se essa é a tua opinião, nem sequer penses em falar comigo novamente.

 

― Finalmente! Já estava mais do que na hora! ― constatou Ron de forma mordaz ― Vai! Vai! Vai, que já vais tarde. Vai e não voltes! ― Ondeou a mão em gesto de despedida.

 

Draco virou costas e seguiu caminho através do corredor, indignado pela atitude troglodita de Harry. Óbvio dizer que não tinha sido Severus, conhecia-o muito bem para saber que nunca faria algo tão baixo e carente de honra. Mas não lhes podia dizer a razão pela qual o sabia.

 

Uma das condições para assistir a Hogwarts, fora de facto que o Diretor não podia descobrir que Severus era seu padrinho. Visto que o ancião sabia tudo o que acontecia no colégio, vá-se lá saber como!? Ninguém podia saber. Era muito arriscado! A sua segurança vinha primeiro! Já perdera a conta da quantidade de vezes que havia escutado essa frase nos últimos tempos.

 

oOo

 

Pelo que restou do mês, por mais que Harry tentasse falar com o seu Anjo, Draco recebia-o com uma belíssima e reluzente Lei de Gelo.

 

Os gémeos Weasley acompanhavam a situação de perto, divertindo-se à grande ao assistir as tentativas frustradas de Harry para conseguir uma reação por parte de Draco, fosse ela qual fosse. Será que deveriam ajudá-lo? Nah… Era mais divertido assim! Era como ver um cachorrinho a correr atrás do dono, em busca da sua aprovação e carinho. Simplesmente adorável!



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