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História A Cergueira - Capítulo Quarenta e Seis


Escrita por: AleeLopees

Notas do Autor


Perdão a cada leitor que aguardou o capítulo e se sentiu frustrado a cada entrada na pagina da historia e não esta atualizado. O Bom é que o capítulo aguardado por vocês saiu!

BOA LEITURA 📖

Capítulo 47 - Capítulo Quarenta e Seis


​*Marinette/Adrien Agreste*
 

      "Acorda, meu amor. É Natal!" – Adrien falava ao meu ouvido carinhosamente. Eu rolei na cama para olhar o relógio. Eram 7 da manhã. Rosnei e virei para o lado, definitivamente eu não me levantaria. E então eu realizei que eu ainda estava com as roupas íntimas de ontem. Meu humor melhorou drasticamente quando me lembrei do que aconteceu segundos antes de eu cair num sono profundo.

      "Eu preciso tomar um banho e trocar de roupa." – eu falei me sentando na cama Adrien ainda estava usando aquela boxer.

      "Eu imaginei. Vamos." – ele me puxou da cama me arrastando pro banheiro da suíte. Era três vezes maior do que eu tinha no apartamento. Eu adorei. Tinha um banheiro de um lado e uma enorme banheira do outro lado, no canto. O banheiro era tão claro e limpo. Realmente muito bonito.

       Adrien abriu o chuveiro e deixou a água correr pelo braço esquerdo até se certificar de que a água estava na temperatura ideal. Eu comecei a desfazer os laços do espartilho.

      "Você quer ajuda aí?" – ele falou começando um sorrisinho malicioso nos lábios.

      "Não.. obrigada. Eu consigo terminar sozinha. Além do mais, seus pais estão esperando por nós."

      "Eu ia ser bonzinho." – ele fez um biquinho

      "Você sempre é bonzinho. Seu problema é ser bom demais."

      Ele terminou aquele sorrisinho e me puxou pro chuveiro ao ouvir o barulho das roupas batendo no chão. Sem contar os beijinhos e uns carinhos, nada aconteceu. Nós terminamos o banho e fomos nos arrumar. Eu coloquei uma calça de yoga bem confortável e uma blusa de manga comprida e me sentei para secar o cabelo enquanto ele colocou uma calça de moletom e uma camiseta, dizendo que não ia sair de casa, logo queria ficar bem confortável.

       "Vai indo na frente. Eu quero pegar uma coisinha aqui, e desço." – eu falei para ele beijando de leve sua bochecha. Ele meneou a cabeça e saiu do quarto.

      Eu fui até a minha mochila e puxei o cartão para os pais dele e o livro de música. Me sentei na cama com os presentes e fiquei olhando-os por um tempo. Coloquei o cartão sobre o livro e trouxe-os pro meu peito, abraçando os presentes. E assim eu segui para a sala.

      A casa estava de volta ao normal, como antes da festa. Se eu não estivesse aqui ontem, vendo a festa acontecendo nessa mesma sala, eu não acreditaria que a festa tinha de fato acontecido aqui. Uma grande árvore de Natal estava no canto da sala com vários presentes aos pés.

      Adrien estava sentado no sofá ao lado da árvore e os pais dele estavam sentados no sofá em frente. Os três estavam com roupa de dormir, Gabriel e Ruth ainda com os pijamas da noite anterior, me pareceu.

      "Bom dia, querida!" – Ruth falou sorridente e feliz ao me ver chegando na sala.

      "Eu fiz uma xícara de café, como você gosta." – Adrien falou com um tom doce. Eu fui até o sofá onde ele estava e dei um beijinho em sua bochecha. Fui até a árvore e coloquei meus presentes juntos aos outros. Voltei até Adrien e sentei ao lado dele. Ele me deu uma xícara com café e passou o braço atrás de mim me trazendo para um gostoso abraço.

      "E então... quem vai primeiro?" – Gabriel perguntou como se fosse uma criança de 5 anos. Eu sorri frente ao seu entusiasmo.

     Ruth soltou uma pequena gargalhada – "Por que você não entrega os seus presentes?" 

     Gabriel concordou com a cabeça e foi até a árvore pegando 4 pacotes. - "De quem é esse?" – eu perguntei já sabendo a resposta.

     "Acredito que esse é do Adrien." – ele disse entregando um presente a cada um e voltando para o seu lugar, balançando a sua caixa numa tentativa de descobrir qual era o seu presente. 

     "Essa caixa é grande..." – eu reclamei antes mesmo de abrir o presente.

      "Você nem sabe o que é, abra primeiro." – Adrien riu.

       Eu rasguei o papel que envolvia a caixa. Olhei para a caixa, confusa, e então a abri. Tinham muitas coisas dentro da caixa. Uma linda câmera digital, uma mini impressora, milhares de papéis de foto, tinta, pilhas, 5 chips de memória e uma caixinha. Dentro havia 2 cartões-presente. Daqueles que você recarrega certa quantia e dá a alguém.

      "Eu espero que você goste. Eu senti o quão animada você ficou no Dia de Ação de Graças enquanto você tirava fotos. E então eu pensei que esse seria um bom presente. Eu também pensei em álbuns ou algo parecido. Eu perguntei a Alya por lugares que vendessem alguns com uns temas legais, mas como eu não ia conseguir escolher, cego ou não, decidi comprar esses cartões-presente. Alya me indicou duas lojas: a Michel‟s e a Hobby Lobby. Como eu não sabia a melhor, comprei um cartão em cada loja. Cada um está recarregado com 500 dólares e ..." - e ele continuou falando enquanto eu estava lá, com a caixa e os presentes espalhados no meu colo, de boca aberta... chocada. Eu simplesmente AMEI o presente. Mas amei tanto que a minha cabeça estava girando com todas aquelas informações.

       A minha câmera era velhinha, tudo bem. Mas essa era demais! Ele não devia ter gastando tanto comigo. Ainda mais com algo que ele não pode desfrutar. Foi tão altruísta. Foi tão bom. Quando caí em mim eu estava chorando.

      "Mari? Mari, meu amor, se você não gostou não tem problema, podemos trocar." – Adrien falou apavorado

      "Não! Não... eu amei! É só que... foi.. é tão bonito.. quero dizer.. a sua intenção..." – rapidamente coloquei tudo de volta na caixa e coloquei a mesma no chão pulando no colo de Adrien. - "Você é tão perfeito."

       Ele me abraçou imediatamente afundando o rosto nos meus cabelos. - "Você me assustou. Eu fico feliz que você tenha gostado."

      "Eu amei! Muito obrigada. Eu não.. não sei nem o que dizer..." – eu falei ainda soluçando de tanto chorar.

      "Primeiro, pare de chorar. Ainda tem mais uma pilha de presentes. Guarde alguma energia." – ele brincou comigo, tentando me acalmar.

       Eu sorri leve com sua tentativa de me fazer sentir melhor e me sentei ereta. Me toquei de que ele não tinha tido a chance de abrir o presente dele. Tinha uma caixa enorme no chão, na frente dele.

       Quando subi os olhos da caixa eu encarei os pais dele. Sentei no sofá e tomei um gole do meu café. Corei de vergonha, eles olhavam para mim e para Adrien, orgulhosos.

      "Ahh que maneiro! Uma guitarra!" – Adrien falou feliz, como uma criança no meio de uma loja de doces.

      "Nós já achamos um professor pra você em Shreveport. Você não se incomoda, né?" – Gabriel disse com um sorriso orgulhoso. Ele amou a reação do filho. Estava claro em seu olhar.

      "Perfeito pai! Obrigado! Eu adorei!" – ele disse acertando a guitarra no colo e arriscando algumas notas.

      Eu sorri com a situação – "Posso entregar meus presentes? Não é muito..." – falei colocando minha xícara de café na mesinha do lado do sofá e indo até a árvore.

      Entreguei o envelope nas mãos de Ruth e a caixa com o livro para Adrien.

      Adrien destruiu o papel que envolvia a caixa rapidamente. Eu gargalhei da sua excitação. Ele puxou o livro da caixa e passou as mãos primeiro por todo o livro e depois pela capa. Sorrindo ele abriu o livro e passou as mãos pelas folhas.

      "Oh... Mari.." – a expressão no rosto dele era um misto de alegria, surpresa e choque. Ele estava quase chorando. – "O...obrigado"

     "Você gostou?"

     "É perfeito." – Ele correu os dedos mais uma vez pela capa, sorrindo cada vez mais. 

     "O que é?" – Gabriel perguntou confuso.

     "Mari fez um livro de música pra mim" – ele falou orgulhoso.

     "Oh, Mari.. que ideia maravilhosa!" – Ruth falou. Ao olhar para ela, percebi que ela não tinha visto o presente deles. - "Eu espero que goste." – eu apontei para o envelope nas mãos dela – "Não é muito..."

      "Oh! Essas são as fotos do Dia de Ação de Graças?" – Ruth falou olhando uma foto e passando para Gabriel antes de pegar a próxima. Ela sorria em cada uma das fotos, soltando pequenas gargalhadas em algumas. - "Olha como eles estão felizes nessas fotos, Gabriel." – ela sussurrou para o marido.

      Do nada ela saltou do abraço do marido e correu na minha direção me acolhendo num abraço forte – "Muito obrigada."

      "Fico feliz que tenha gostado!"

      "Minha querida, você não tem ideia do quão feliz você me tem feito desde que entrou nas nossas vidas." – ela falou a beira de lágrimas.

       Eu cortei nosso abraço para olhar nos olhos dela. Tive respirar fundo para não chorar também.

      "Adrien, o que você acha de ignorar essas choronas e abrir mais presentes?" – Gabriel falou a fim de chamar nossa atenção. Ruth mostrou a língua pra ele. Ele a puxou pelo braço até que ela caísse no colo dele e a beijou apaixonadamente.

      E assim a troca de presentes seguiu. Rute ganhou jóias, Gabriel uma linda caneta, Adrien ganhou mais alguns cd's. Eu ganhei outro presente de Adrien. Um pijama de seda, azul.

      Quando terminamos eu reparei que tinha mais um presente debaixo da árvore. Uma pequena caixinha. Eu pensei que  tinham esquecido e acabei chamando a atenção de todos para o último presente. - "Acho que vocês esqueceram um."

     "Oh.. é verdade. Por que você não vê de quem é, querida?" – Ruth disse com um lindo sorriso no rosto de coração.

      Eu fui até a árvore tive que me agachar toda para poder alcançar a caixinha. Quando consegui alcançar sentei na frente da árvore e li a etiqueta De Ruth e Gabriel, para Mari.

     "Vocês não precisavam me dar nada..." – eu falei provavelmente um pouco mais alto do que deveria.

      Gabriel gargalhou – "Mari nós iríamos te dar isso você vindo para cá ou não. Agora abra."

      Eu abri a caixinha e encontrei duas passagens de avião com destinos e datas em aberto com validade de um ano.

     "Nós imaginamos que talvez vocês quisessem um lugar e tempo só para vocês. Ou talvez vir nos visitar..." – Ruth falou olhando os próprios pés, querendo esconder o real desejo dela. 

      Eu voei até ela pulando em seu colo, a abraçando forte – "Oh como eu queria que vocês fossem os meus pais... Vocês são perfeitos!"

     "Oh-oh Mari, eu não acho que essa seja uma boa ideia. Eu odeio estragar seu sonho, mas imagine.. seríamos um caso de incesto..." – Adrien brincou comigo. Eu ri e abracei Ruth mais forte.

     "Um dia você vai ser a minha filha." – Ela me disse com um beijo na testa. 

     "Ih, Adrien.. estão te empurrando pra igreja aqui, hein?"

     "E eu não ousaria reclamar" – ele respondeu com outro sorriso lindo – "Que tal um café da manhã?"

__________________

     Passamos o resto do dia de Natal curtindo a preguiça dentro de casa. Toquei algumas musicas natalinas no meu piano com Mari todo tempo sentada em colo. Depois ficamos de frente à lareira apenas curtindo o momento. Foi um dia legal.

     Pensei então em entregar o anel à ela, mas não parecia uma boa hora. Não sei por quê. Esse momento precisava ser... perfeito. Um pouco mais romântico talvez?

     Fui fiel ao meu lema de não sair do meu moletom. Isso era uma espécie de tradição na minha família. Também era muito bom ficar vestido assim só para relaxar.

      Não fizemos um grande jantar, somente uma coisinha intima entre nós. Mari ajudou a minha mãe na cozinha, enquanto preparava um assado. Não é uma refeição tradicional, mas nem por isso deixou de ser deliciosa.

      Fiquei feliz no dia seguinte por estar tão descansado. Mas mesmo assim, não saímos de casa. Acho que era exatamente disso que Mari e eu tanto precisávamos. Ficar sentando à toa na lareira, ouvir música, ou ler. Essa coisa não era muito comum entre nós com a vida tão ocupada na faculdade.

      Pensamentos sobre o futuro martelavam minha cabeça. Estava pensando em sair do dormitório e comprar uma casa para nós. Eu adorei a ideia de morar com ela, sendo capaz de segurá-la em meus braços todas as noites, tendo a presença constante dela em minha vida.

      Nesse exato momento estávamos no meu quarto; ela sentada entre minhas pernas e eu acariciando seu longo e sedoso cabelo. - "Mari, quer ir a um show comigo amanhã?"

     "Claro, quem vai tocar?" - Ela se encostou em mim.

      "Tree doors down." - Eu disse num tom mais indiferente possível. Não queria ter contar que eu já tinha comprado os ingressos.

      "Ah, isso seria fantástico! Eu adoraria ir!" - Ela virou-se no meu colo e beijou meu queixo brevemente.

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                  *Marinette*

      Eu não sabia o que vestir para ir ao lugar. Quer dizer, eu sabia que tinha que usar algo casual, mas também estava um tremendo frio lá fora. Peguei uma calça jeans e as botas de couro preto que iam até os meus joelho; Adrien foi quem comprou esse par pra mim. Coloquei uma camiseta, um blusa de botão, e ainda um agasalho. Então vesti o meu novo casaco sobre tudo isso. Me senti super volumosa. Olhei para o espelho e grunhi. Puxei o chapéu para baixo até que cobrisse meus ouvidos. Pra completar envolvi em meu pescoço um cachecol e vesti as luvas. Como é que esse povo aguenta ficar assim o tempo todo? Estava muito frio.

      Eu sai do quarto e fui até a sala onde Adrien estava me esperando. Ele tinha tomado banho e se vestido antes de mim, dando-me um pouco de privacidade. Lógico que eu teria feito tudo isso com muito prazer na frente dele. Mas estávamos na casa de seus pais, então preferimos não exagerar. 

      Parei quando vi Adrien. Ele estava tão gostoso que ficaria babando horas por ele. Usava sua jaqueta de couro preta e um jeans que se ajustava perfeitamente em suas longas e malhadas pernas. Seu cabelo estava coberto por um gorro preto, contrastando lindamente com seu rosto de anjo. Ele parecia até um pouquinho mais alto em suas botas pretas. Ele deve ter me ouvido entrar, porque ele virou o rosto para a minha direção e sorriu.

      Por que eu tinha agido daquele jeito no outro dia? Eu o amava, e isso era o que importava. Ele era perfeito do jeito que ele era. Não precisava mudar, seja por mim ou por qualquer outra pessoa.

      "Olha parece que alguém está pronto pra enfrentar uma tempestade de neve!" - Gabriel brincou. Eu corei e balancei a cabeça assentindo. - "Mas você continua adorável, querida." - Ele tranquilizou-me.

      "Obrigada." - Disse rindo um pouquinho. Andei até Adrien e peguei o braço dele.

      "O táxi deve chegar aqui em alguns minutos." - Ele se abaixou um pouquinho para beijar de leve minha bochecha.

      Sugeri aos pais de Adrien para deixar-me alugar um carro, mas ele negou veementemente alegando que eu não sabia chegar aos locais e isso realmente não ajudaria. Eu tive que concordar com ele, claro. Afinal ele tinha razão. Mas, ainda assim eu me sentia uma grande aproveitadora.

      Olhei pela janela do táxi as ruas bem iluminadas da cidade. Estávamos ambos calados e de mãos dadas. Estava imersa demais nos meus pensamentos para conversar com ele. Não demorou muito tempo até paramos de frente à Blues House. Adrien pagou o taxista antes de sairmos pro frio congelante. Eu me inclinei para Adrien tentando me aquecer da neve.

      "Adrien, eu quero pedir desculpas." - Eu soltei sem pensar muito sobre isso.

      "Pedir desculpas pelo quê?" - Ele perguntou, confuso.

      "A festa. Fui péssima. Eu deveria ter conversado com você antes de ter ficado tão brava." - Mordi meu lábio afastando meus olhos de seu lindo rosto.

      "Marinette, eu devia ter te falado sobre aquilo." - Ele acenou com a mão dele, num gesto como se me pedisse pra esquecer. - "Além disso, isso foi antes de ontem."

      "Quando chegarmos em casa, eu gostaria de conversar sobre isso outra vez. Por favor. Eu quero que você me explique como é ser cego de novo." - Eu apertei minha mão para mostrar-lhe que realmente eu estava falando serio.

      "O que tem mais pra se discutir?" - Ele rosnou.

       Eu suspirei. - "Quero aprender mais sobre a cirurgia. Quero saber sobre por que você não deseja fazê-la. Eu quero que você me mostre como é ser você."

       "Mari, você já sabe de tudo." - Ele disse-me acidamente.

       Nessa altura, estávamos sentados numa mesa na parte de trás da casa de show. - "Isso não é verdade e você sabe disso."

      "Não quero incomodá-la com essas coisa."

      "Você não me incomoda!" - Eu grunhi. Eu não queria que isso se transformasse numa briga, mas eu estava ficando muito aborrecida. - "Pare de ser tão estupidamente teimoso. Eu só quero saber. Tem algo errado nisso?"

      "Você não deveria saber dessas coisas." - Ele disse calmamente, tão baixinho que quase não ouvi suas palavras no local lotado e barulhento.

       "Adrien, por favor." - Eu implorei suavemente.

      Ele baixou o rosto e suspirou. - "Tudo bem. Vamos conversar sobre isso quando voltarmos para Louisiana."

      "Ótimo, obrigada." - Eu disse sorrindo. Retirei meu par de luvas e as enfiei no meu bolso, junto com o meu chapéu.

       A banda veio ao palco e logo depois começaram a tocar. Eles iniciaram o show com uma de suas musicas mais conhecidas.

"Há outro mundo dentro de mim que você nunca poderá ver

Há segredos nesta vida que eu não posso esconder

Em algum lugar da escuridão Há uma luz que eu posso achar

Talvez seja muito longe ou talvez eu seja cego

Talvez cego..."

 

"Então me segure quando eu estiver aqui

E me corrija quando eu estiver errado

Me segure quando eu estiver assustado

E me ame quando eu for embora

Tudo o que eu sou e tudo em mim

Quero ser o que você queria que eu fosse

Eu nunca a decepcionaria até mesmo se eu pudesse

Eu deixaria tudo só para o seu bem

 

Então me segure quando eu estiver aqui

E Me corrijá quando estiver errado

Você pode me segurar quando eu estiver assustado

Mas você não estará lá sempre

Então me ame quando eu partir."

      Mexi no assento de repente me sentindo desconfortável e mordendo fortemente meu lábio. A reação de Adrien foi parecida. Ele suspirou e jogou sua cabeça para trás, passando seus longos dedos por seu cabelo loiro. Sua boca estava numa profunda linha dura.

      Ele bufou e logo depois me puxou da cadeira onde eu estava sentada me colocando em seu colo. Esta ação me surpreendeu e quase cai no chão, mas o seus braços fortes me pegaram.

     "Estou morrendo de medo." - Ele disse ao meu ouvido.

     "De quê?"

     "Da dor, das mudanças. Será que você ainda vai me querer quando eu for normal? Será que gostarei do mundo que eu ver? Vou poder lidar com isso? Eu teria que aprender tanto! Você não sai simplesmente sabendo como as coisas são. Eu teria que aprender a ler e reconhecer os objetos. Basicamente voltaria a ser criança."

      "Sim, mas muito pouco tempo. Você aprenderia muito rápido." - Tentei tranquiliza-lo.

      "Muito provavelmente teria que trancar um ano na faculdade e ter aulas especiais."

      "Isso seria tão ruim?"

      "Eu ia perder minha bolsa."

       Eu reclamei. - "E desde quando o assunto dinheiro é problema pra você?"

       Ele suspirou e virou o rosto para o lado. - "Certo, e se eu fizesse tudo isso, e nada funcionar? Teria passado por uma cirurgia dolorosa por nada!"

     "E se funcionar? Você só está pensando nos pontos negativos." - Corri meus dedos por suas bochechas. - "Eu tenho certeza que você poderia pensar em alguns pontos positivos também."

     "Claro que posso. Te ver é um deles. Eu ser uma pessoa normal na sociedade. Eu não teria ser um estorvo constante para todos. "

      "Você não é um estorvo constante! Meu Deus Adrien! Você é um dos homens mais incríveis que eu conheci. Por favor, não seja ridículo."

      "Então por favor, não menospreze meus medos." - Ele virou o rosto mais uma vez, ligeiramente corado.

       Eu me arrumei em seu colo para que pudesse abraçar sua cintura. Não me importando em estar no meio de uma casa de show. - "Adrien, eu não estou menosprezando-os. Mas, você não deveria criar empecilhos."

     "Será que você ainda me amaria se eu não quiser fazer tudo isto?" - Ele se voltou em direção a mim. Uma única lágrima estava em sua bochecha.

     "Ah, Adrien! É claro que eu amaria. Eu te amo pelo que você é. Eu só gostaria... bem, desejaria, que você pudesse ver o quanto eu te amo, mas o que importa mesmo é que você sinta isso." - Eu coloquei minha mão sobre suas bochechas e me inclinei pra frente beijando sua boca profundamente.

      Senti suas lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto enquanto continuamos nosso beijo. O mundo ao nosso redor simplesmente tinha sumido. Percebi que a música tinha mudado e que era de uma batida mais pesada. Seus dedos prenderam mais forte o meu cabelo, me puxando ainda mais para perto. Eu gemi em seus lábios.

       "Eu quero você." - Ele sussurrou. - "Mari, por inferno esse lugar. Vamos pro um lugar mais intimo. Só eu e você."

       "Adrien, tem certeza?" - Perguntei-lhe calmamente. Meus lábios passeavam da base de seu pescoço até sua orelha. Ele gemeu um pouquinho quando eu trouxe o lóbulo da sua orelha em minha boca.

******************************************************

​Música: 3 doors down - when i'm gone


Notas Finais


Que presente em Mari?! E que sogros
maravilhosos são esses, quero urgentemente um desses 🙏

Adrien como sempre amoroso e safadinho 🙈😉😍


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