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História A Certain Romance - Aquele em que Jacqueline assiste a banda


Escrita por: 505isabela

Notas do Autor


Atrasei o capítulo mais do que eu esperava por motivos de: sono, festa (sim, eu fui praticamente obrigada a ir em uma festa de 15 anos de alguém q eu não conhecia nada... Idéia dá minha prima) e também preguiça, sorry ahsjhas

Capítulo 16 - Aquele em que Jacqueline assiste a banda


Fanfic / Fanfiction A Certain Romance - Aquele em que Jacqueline assiste a banda

Me afastei de Alex ainda atordoada. Estava bem ciente do que quase aconteceu, e confusa quanto aos motivos que o levaram a fazer isso.

 

 

Enquanto me distanciava, percebi que Alex se manteve no mesmo lugar me observando, talvez estava tão surpreso quanto eu. Voltei para onde todos estavam e descobri que os Arctic Monkeys, banda do Alex e companhia, faria um show exatamente nesta noite, dentro de alguns minutos.

 

Ninguém na mesa pareceu notar nosso desaparecimento repentino, então continuei tomando minha bebida normalmente. Claire e Jamie conversavam bem próximos e era triste ver aquilo. Ele parecia realmente apaixonado por ela, e apesar de saber que o certo era contar a ele o que vi, algo dentro de mim impedia. Eu não suportaria ser a pessoa que daria a ele essa notícia.

 

Alex voltou para a mesa e trazia consigo uma garrafa de cerveja. Observei ele e tudo ao meu redor e de repente tive um sentimento de desânimo. Fiquei triste e cansada do nada, só conseguia pensar em minha cama, que logo não seria mais minha, e em como minha vida estava uma droga.

 

Logo a conversa parou e os garotos foram se apresentar. Eles subiram no palco e começaram a arrumar seus instrumentos. Alex estava preparando sua guitarra quando olhou para mim. Não consegui desviar a tempo, então fui fazer outra coisa. Me sentei no local mais longe que consegui encontrar. Bem escuro e escondido, mas eu sabia que ele me veria ali.

 

Os primeiros acordes foram tocados, e logo Alex começou a cantar.

 

“He's pining for her

In a people carrier

There might be buildings and pretty things to see like that

But architecture won't do

Although it might say a lot about the city or town

I don't care what they've got keep on turning them down

It don't say the funny things she does

Don't even try and cheer him up, because

It just won't happen”

 

No momento que ouvi o trexo “In a people carrier”, senti um intenso frio no estômago. Aquela frase me levou de volta ao dia em que assistimos ao show juntos. O sentimento de agora foi exatamente o mesmo daquela noite. A letra da música encaixava perfeitamente com o que vivemos nesses meses que nos conhecíamos, e tive a certeza de que tinha algo relacionado a mim quando notei que ele não parava de me olhar. Não fui capaz de desviar ou sequer ignorar. Algo me prendeu em seu olhar. Era um daqueles momentos em que a gente percebe que sente algo pela pessoa, mas luta contra isso. Eu tive a certeza de que gostava muito dele, eu sabia disso a um bom tempo, mas só agora fui capaz de admitir para mim mesma sem qualquer medo ou vergonha.

 

Comecei a chorar emocionada. Não quis deixar ele perceber, então virei meu rosto e comecei a fingir estar olhando algo em meu celular. A música logo acabou e eles partiram para a próxima. Imaginei ser outra composição de Alex, mas a letra não parecia ser dedicada a alguém, então assisti normalmente enquanto tentava ignorar os olhares de Alex.

 

Depois de duas músicas eles fizeram uma pausa e eu voltei para onde estava Claire. Ela me olhava de forma estranha, como se estivesse tentando mostrar que sabia de algo.

 

- Eu sei que foi para você - ela falou baixo em meu ouvido.

- Besteria sua - respondi e saí dali.

 

Estava indo ao banheiro para conferir meu cabelo e roupa, quando Chandler praticamente brotou do além. Pulei de susto e tentei fugir dele.

 

- Sabe, eu estive sentindo sua falta.

- Olha Chandler, eu já estou cansada de lidar com você. Minha decisão permanece a mesma.

- Ah vai - ele falou se aproximando - você não quer mesmo? Prefere o narigudo então?

- Oi?

- Eu já percebi algo entre vocês dois, mas como não rola nada eu presumo que você tenha dado um fora nele…

- Não tem nada entre a gente.

- Sabe, eu não imaginei que aquela letra seria logo para você.

- E porque não poderia ser? Sou ruim de mais para isso? - percebi que seus olhos correram por mim e ele se manteve quieto - você também não é grandes coisas, só um bosta.

- Oh oh, a mimadinha tem a boca suja?

- Chandler, vê se para de me encher. Eu estou sem paciência pra você hoje, amanhã e sempre. Vai ver se alguma outra coitada consegue te aturar.

- Espere, você não pode me dar pelo menos um beijo? Eu não vou ficar te pressionando, eu só quero um tempinho com você. Eu sonho em beijar essa sua boca desde meus doze anos.

- Chandler - eu suspirei fechando os olhos. Já estava formando mil e um palavrões novos em minha mente. Quando abri os olhos, disposta a xingar ele, pude ver claramente, no outro lado do bar, o adorável Alex Turner. E não estava sozinho. Percebi que ele e sua companhia pareciam bem ocupados. Ou melhor, suas bocas pareciam ocupadas. Olhei para Chandler que estava esperando minha resposta e pensei que não seria uma má ideia ver se eu conseguia provocar Alex, até porque eu precisava confirmar o que ele realmente queria comigo - tudo bem. Mas, uma condição.

- Diga.

- Não vai passar dessa noite.

- Beleza. Então?

- Para de falar - eu disse a ele e me aproximei. Selamos nossos lábios em um beijo, que pelo menos para mim, foi completamente sem sentimento e emoção. Achei tão sem graça, mas estava disposta a provocar Alex - vem, vamos para a pista de dança.

 

Ele concordou e fomos dançar. Chegando ao centro do pub, todos os olhares de nossos amigos se voltaram para nós dois. Me senti terrivelmente desconfortável e também logo percebi que havia cometido um erro enorme.

 

Chandler não parava de me acariciar e perdi a conta de quantos tapas tive que dar em suas mãos, que insistiam em descer para minha bunda. Alex observava tudo com um olhar que não soube enteder. Alguns momentos ele parecia calmo e sereno e em outros era como se ele estivesse explodindo Chandler mentalmente. A última opção não seria tão ruim de realmente acontecesse.

 

Após uma dança interminável e nojenta (sim, nojenta), eu fui me sentar e descansar. Alex sequer olhava para minha cara. Foi uma reação contrária ao que eu esperava, mas não deixou de me trazer resultados. Chandler apareceu logo em seguida, tentou me beijar mas impedi.

 

- Eu estou realmente cansada, vou para casa - falei me levantando e pegando minhas bolsa.

- Deixa que eu te acompanho - ele falou se aproximando.

- Não - o empurrei com a mão - eu disse que não passaria dessa noite.

- Mas ainda é "essa noite" - ele respondeu rindo.

- Não se faça de burro. Tô indo.

 

Deixei ele parado lá e fui embora. O apartamento que eu morava, só por mais alguns dias, não era tão longe, então fui caminhando mesmo.

 

Eu estava apenas duas quadras longe do prédio, quando novamente escutei passos atrás de mim. Andei cerca de dois metros e ouvi novamente. Irritada, me virei e gritei para quem quer que estivesse lá.

 

- Pode parar com a palhaçada!

- Calma Jac - Chandler falou saindo da sombra e eu comecei a rezar tudo o que eu sabia. Eu conhecia ele a anos e sei que ele não era má pessoa a ponto de abusar de mim, mas, as pessoas fazem besteiras sob o efeito da bebida e eu sabia como ele era irracional neste estado. Apressei o passo e ele continuava me seguindo. Infelizmente ele me alcançou - Jac, Jackie, Jac, Jackie… Tantos apelidos para um único nome…

- São só dois imbecil. Me larga - falei quando sua mão segurou meu braço.

- Eu ainda não desisti de você… Você realmente quer dispensar isso aqui? - ele falou de afastando e exibindo seu corpo. Fiquei olhando irritada quando percebi Alex do outro lado da rua. Olhei para ele, que fez um sinal de positivo, imagino que para dizer que estava tudo tranquilo. De repente me senti mais segura. Se Chandler tentasse algo, Al me ajudaria.

- Chandler… Você está esgotando minha paciência. Some daqui agora, é sério.

- Ou o que? - ele disse se aproximando e tentando me beijar.

- P-para, me larga viado - tentei acertar um soco nele mas falhei miseravelmente. Estava pronta para mirar novamente, quando Alex apareceu tentando encarnar o Bruce Lee. Eu estava muito nervosa mas não consegui deixar de rir dos golpes descoordenados que ele dava no ar. Chandler parecia estar se sentindo em uma luta profissional. Dava pulinhos ao redor de Alex e acertava socos em cheio no pobre coitado.

- Imbecil - Alex gritou para ele.

- CHEGA! PAREM OS DOIS!

- Jacqueline… - Chandler tentou falar.

- Cala essa boca! Vocês me escutem!

- Mas…

- EU DISSE CALA A BOCA! OS DOIS PAREM COM ESSA BRIGA BESTA E INFANTIL! CHANDLER - quando berrei seu nome ele deu um pulo e tive que me controlar para não rir - VOCÊ NÃO É O ROCKY!

- Me chama de Rocky e seja minha Adr…

- NÃO! ALEX! PROCURE UM PROFESSOR DE ALGUMA LUTA QUE VOCÊ PREFIRA OU UM OFTALMOLOGISTA! E FAZ O FAVOR DE ME ACOMPANHAR POIS A GENTE PRECISA CONVERSAR.

 

 

 

 

Ele nem protestou. Apenas concordou e me seguiu. Agora era o momento de resolver tudo entre nós dois.


Notas Finais


Espero que tenham gostado ❤


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