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História A Chama de Sangue - A INJUSTIÇA?


Escrita por: CaldodaAlma

Notas do Autor


Olá! Essa é a minha segunda fic aqui e espero que vocês gostem! Quis tentar uma nova ambientação e descrição de personagens, portanto, qualquer crítica, por favor, façam!!!!

Beijinho
Monte Pedroso

Capítulo 1 - A INJUSTIÇA?


Fanfic / Fanfiction A Chama de Sangue - A INJUSTIÇA?

Capítulo 1 - A injustiça?
            O reino de Ebut estava tranquilo, sereno, em paz, desde a coroação da Rainha Claire. Seu governo foi marcado pela prosperidade, paz e confiança em seu povo. Ela era adorada, porém o peso de sua idade começava a lhe cobrar. Suas viagens que garantiam a manutenção da aliança com diversos povos estava ficando escassa, pois sua vitalidade escorria por entre suas mãos.

A cerimônia que ocorria no gramado do castelo da família contava com presenças ilustres que ajudaram a rainha a governar e confiavam seu povo nela. A ocasião, no entanto, trataria de uma questão extremamente delicada: A sucessão do trono.

Enquanto a família real, com exceção do rei e rainha, andavam pela festa comprimem tando convidados, a cerimônia estava perto de começar. Ouve- se um sino, todos dirigirem-se ao local de proclamação. Cadeiras brancas circundam um enorme palco, onde um tapete vermelho está estendido junto à cinco cadeiras de veludo, organizadas em forma de semicírculo, sendo que a mais vistosa fica mais a frente do que as outras, indicando o trono.

Claire e seu rei caminham para o palco e sentam-se, respectivamente, no trono e na esquerda deste, mostrando que a figura principal é a soberana. Os dois trocam olhares cúmplices, esperando o soar das trompetas que iniciaram a cerimônia. Os cabelos castanhos da rainha estão organizados em um coque com alguns poucos fios soltos emoldurando seu rosto pálido de olhos castanhos, atribuindo ao seu vestido vermelho sangue um ar de graça. Já, Kamo, seu rei, admira sua rainha com seus olhos azuis e cabelos negros em seu traje real enquanto esperam o anúncio de cada um de seus filhos.

O cerimonial começa quando um dos súditos, a serviço da família, soa o trompete e anuncia:

— A princesa do reino de Ebut, Anne Marie Seldom Medna.

As pessoas aplaudem enquanto a menina sobe as escadas e entra no palco, com um sorriso tímido no rosto e um vestido rosa claro, com seus cabelos loiros ondulados atribuindo-a uma imagem de inocente. Anne Marie senta-se do lado do pai, deixando duas cadeiras vazias do outro lado da mãe. Claire e Kamo sorriem para a filha como forma de incentivo, enquanto a pequena fica o rosto vermelho da atenção que recebe.

O trompete soa novamente, seguido por outro anúncio:

— O príncipe do reino de Ebut, Phisto Seldom Medna.

Os aplausos são repetidos e o menino, quatro anos mais velho que sua Anne Marie, entra no palco, passando pelo tapete vermelho, repetindo o caminho de sua irmã, enquanto olha para o povo  com confiança e compostura, apesar de ter apenas 11 anos. Seus olhos azuis e cabelos negros, iguais aos do seu pai, dirigem um olhar gracioso aos seus progenitores enquanto se senta em uma das cadeiras vazias.

Mais uma vez, o trompete ressoa:
             — O príncipe do reino de Ebut, André Seldom Medna.

O homem entra no palco com uma postura digna de realeza, que seus irmão ainda não aprenderam, com os olhos castanhos misturando-se com os cabelos loiros, iguais ao da mãe. Com as mãos atrás das costas ele caminha compassadamente até a última cadeira quando, finalmente, os aplausos cessam. 

A tensão começa a transparecer na plateia, quando toda ela finalmente percebe a finalidade da confraternização: É um anúncio que tem relaciona-se com a coroação, pois falta uma cadeira e isso significa que o último membro,o mais velho dos filhos é quem ficará em pé, cuidando de todos até poder sentar—se no trono.

O trompete ressoa pela última vez:

—A princesa do reino de Ebut, Crissy Seldom Medna.

A moça, com os olhos verdes e cabelos loiros, explora o palco mais do que seus irmãos, enquanto os aplausos dão lugar a assovios e gritos de admiração. Seu sorriso mostra sua satisfação e simpatia. Já o seu vestido vermelho sangue, parecido com o de sua mãe, dão à todos a certeza do que está acontecendo: Ela será a nova rainha.

Os aplausos cessam e sua mãe levanta, caminha até Crissy e proclama:

— Queridos súditos de Ebut, acredito que a idade trouxe junto à sabedoria, sua limitação. Minha saúde pode vir a intervir na minha articulação política e, portanto, na minha tomada de decisões e na vida de todos vocês. A fim de evitar isso , como sempre quis e quero dar o melhor governo a todos vocês, decidi que seria melhor que o trono passasse para a sucessora, minha filha mais velha, Crissy. — A mãe pausa e olha para a filha com um sorriso. — Portanto, aviso à vocês que daqui a três semanas ela será coroada a nova rainha de Ebut.

Os aplausos, assovios e gritos de aprovação inundam o gramado onde ocorre o anúncio. É perceptível que todos apoiam a decisão da rainha, menos um dos membros da família real: André. Seu rosto fechado e seu sorriso amarelo mostram sua insatisfação com o ocorrido. Ele, gêmeo de Crissy, é alguns minutos mais novo que sua irmã, portanto considera injusto essa nomeação.

Para ele, homens são mais aptos a garantirem o direito de seu país, visto que nos últimos governos femininos, os interesses do país ficaram em segundo plano, a fim de garantir a paz. Portanto, o país não entrou em guerra, porém também não conquistou novos territórios. Isso, para ele, é uma desvantagem enorme, mesmo que o povo discorde.

André sabia, no entanto, que deveria ficar feliz por sua irmã, senão desconfiariam dele e poderiam exilá-lo. Portanto, forçou mais ainda seu sorriso e se levantou do trono para congratular a irmã. Seus pais e irmão mais novos fizeram o mesmo.

Toda a família se concentrou na frente do palco e se abraçou, sorrindo para as fotos e mandando sorrisos e acenos para seus súditos. André, estava sorrindo por fora, mas arquitetando seu plano por dentro. Seu desejo era ser coroado rei em vez de sua irmã, e iria fazer de tudo para conseguir.

A comemoração continua até a noite cair, quando seus irmãos mais novos ficam muito cansados e a rainha decide acabar com a festa para cuidar de seus filhos, pois não confiava em ninguém para fazer isso.  A rainha entra no castelo acompanhada de Anne Marie e Phisto, mas antes pede para que a futura rainha, Crissy, anuncie o fim da festa.

Crissy caminha até o palco e pede para o súdito encarregado soar o trompete. Ele logo o faz. O silêncio se estabelece enquanto todos esperam seu anúncio:

— Queridos súditos, muito obrigada por comemorarem comigo e com minha família essa maravilhosa notícia, porém agora nós precisamos de um pouco de tempo em família, assim como vocês precisam. Espero que todos tenham se divertido hoje e que tenham ficado tão felizes quanto eu fiquei com a notícia. Boa noite a todos.

Crissy termina o discurso com um sorriso no rosto e aplausos são a resposta das pessoas. Antes de sair do palco, um som irrompe o ar. Crissy cai no chão com os olhos arregalados de medo e abraça o braço que foi atingido por uma bala enquanto tenta correr para fora do palco e entrar no castelo.
           

Outros tiros soam no ar e o pavor de Crissy cresce. Um homem envolve-a com seu corpo e a conduz pela multidão. Seu corpo é atingido duas vezes, até que consigam entrar no castelo. Assim que entram, o homem se joga no chão, levando Crissy junto, mas usando o seu corpo para protegê-la do impacto. Era melhor ter um osso quebrado do que ser atingido por mais balas que poderiam vir das janelas e expor a vida da princesa à  tal perigo.


Notas Finais


Por favor, digam suas opiniões, isso é importante para que o jeito que eu escreva consiga comunicar com vocês!
Beijinhos
Monte Pedroso


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